O filme repetido do Leão fora de casa, com o seu ataque indecente

Série A 2014, Grêmio x Sport. Foto: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

O Sport perdeu do Grêmio de previsível em Porto Alegre, por 2 x 0, num filme bem repetido. Criou algumas chances, não aproveitou, sofreu um gol e se desmontou. Com uma qualidade ofensiva indecente, o Leão soma apenas 21 gols em 27 partidas.

Esta aí a explicação para um rendimento tão ruim como visitante. Nas últimas nove apresentações fora de casa, o time marcou apenas um gol, de pênalti…

Nesta quarta, na belíssima arena gremista, o técnico Eduardo Batista tentou fazer algo diferente, armando um ferrolho, povoando o meio-campo com volantes. Assim,sobraram Ibson e Felipe Azevedo. Mesmo com o time de Felipão não tendo um ataque tão eficiente, não tinha como ignorar o péssimo retrospecto em Porto Alegre, onde o Sport nunca vencera o Tricolor.

Antes dos dez minutos, o Leão acertou o travessão numa cobrança de falta de Neto Baiano. Depois, mais duas cabeçadas com Patric e Durval. Àquela altura, o filme do Corinthians já passava na cabeça do torcedor.

Dito e feito. De forma despretensiosa – e até contando com a sorte numa rebatida da zaga – , o Tricolor abriu o placar com Alan Ruiz. Em desvantagem, a missão de sempre, tendo que sair mais para o jogo. Teria que mudar muito, pois o Rubro-negro tinha só 43% de posse de bola.

A equipe voltou com Ananias e Felipe Azevedo (saíram Augusto e Neto). Melhorou um pouco, teve mais a bola consigo (54%) e voltou a criar a chances. No entanto, a capacidade de desperdiçá-las impressiona…

Num contra-ataque aos 31 minutos, Dudu arrancou sozinho e zaga nem falta conseguiu fazer. O gremista driblou Magrão e selou a 8ª derrota seguida do Leão como visitante neste Brasileirão. Rendimento pífio, com o time estacionado nos 36 pontos.

Série A 2014, Grêmio x Sport. Foto: LUCAS UEBEL/GREMIO FBPA

O Leão de sempre fora de casa. Melhor para os adversários, bons ou ruins

Série A 2014, 25ª rodada: Bahia 1x0 Sport. Foto: FELIPE OLIVEIRA/AGIF/ESTADÃO CONTEÚDO

Mal no campeonato e sem fazer uma boa partida em casa, o Bahia errou bastante, mas conseguiu acertar uma jogada, viu a zaga adversário bater cabeça, e abriu o placar.

O gol saiu aos 26 minutos do segundo tempo.

O Sport estava precavido como sempre, cozinhando partida como visitante como sempre, sem poder ofensivo. Obviamente, esse poder não surgiria do novo. Claro, não surpreendeu.

Após ficar em desvantagem na Fonte Nova, o Leão finalizou apenas duas vezes.

Dois chutes de fora da área, com Ananias e Rithely. Fora isso, passes errados e pouquíssima verticalização.

Diego Souza começou bem a partida, mas se acomodou no segundo tempo. O meio-campo, aliás, foi pouco combativo, sobretudo após a saída de Ronaldo.

O time também sofreu bastante com a ausência de Patric no lado direito. Vitor talvez seja a melhor peça de reposição do elenco leonino, mas falhou demais no apoio.

No clássico entre os maiores clubes da região, melhor para o Bahia, soberano no retrospeto histórico. Mais uma vitória na conta, 1 x 0 nesta quarta.

Em 81 confrontos, são 34 vitórias baianas e 19 pernambucanas.

Ao Sport, uma derrota amarga na Série A, merecida.

Foi o sexto revés seguido do time comandado por Eduardo Batista como visitante…

Caso não tivesse convertido uma penalidade contra a Chapecoense seriam sete jogos sem fazer um gol sequer longe de casa…

Fica difícil sustentar uma grande campanha apenas como mandante.

Série A 2014, 25ª rodada: Bahia 1x0 Sport. Foto: EDUARDO MARTINS/AGÊNCIA A TARDE/ESTADÃO CONTEÚDO

Seleção nordestina é premiada com timing irregular

Seleção oficial da Copa do Nordeste 2014. Crédito: Esporte Interativo

A decisão da Copa do Nordeste de 2014, entre Ceará e Sport, no Castelão, aconteceu no dia 9 de abril. Somente agora, em 18 de setembro, haverá a premiação oficial da seleção dos melhores jogadores da competição.

Ou seja, 162 dias depois do troféu dourado ter sido erguido pelo Leão.

Nos campeonatos estaduais, incluindo o Pernambucano, a festa de entrega costuma ocorrer no dia seguinte à decisão ou no domingo seguinte.

No Nordestão, a cerimônia de premiação dos onze titulares (6 do Sport, 3 do Ceará, 1 do Santa Cruz e 1 do CSA) será realizada no Recife, paralela ao lançamento do regional de 2015. Que em 2015 a entrega seja mais rápida…

Pontinho leonino em jogo duro de assistir

Série A 2014, 22ª rodada: Sport x Inter. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Um jogo de futebol envolvendo dois times entre os oito melhores colocados da Série A merecia um nível técnico melhor.

O empate em 0 x 0 entre Sport e Inter, na Arena Pernambuco, foi duro de assistir.

Foi uma partida de muita marcação, mas com uma maior posse de bola dos colorados, que chegaram a ter 57% de domínio.

Mesmo com Diego Souza enfim jogando boa parte do tempo, o técnico leonino, Eduardo Batista, não abriu mão do seu esquema. Precaução.

Talvez por ser refém de uma única forma de jogar – e que vem rendendo pontos, sendo justo -, o treinador tenha optado mais uma vez por peças de pouquíssimo futebol.

A vaia na primeira substituição da equipe, com a saída de Felipe Azevedo e a entrada de Érico Júnior, foi emblemática… Ninguém agradou ali.

No fim, Neto Baiano, completando 32 anos nesta quarta, ganhou nova chance. Aí, voltamos à questão do esquema tático, com o centroavante entrando no lugar de Diego Souza. Parece ser difícil encaixar os dois no mesmo time.

Sobre o Internacional, muita gritaria de Abel Braga na área técnica e catimba do D’Alessandro, que junto a Alex levou perigo no primeiro tempo.

Na segunda etapa, o maior objetivo parecia sobreviver acordado até o apito final.

Sem jogar bem – ofensivamente falando, diga-se -, o Leão somou um pontinho importante num resultado que não agradou, com vaias. Talvez lá na frente esse placar seja mais valorizado…

Série A 2014, 22ª rodada: Sport x Inter. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A bipolaridade do Sport longe do Recife assusta

Série A 2014, 21ª rodada: Chapecoense 3x1 Sport. Foto: JARDEL DA COSTA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Em casa, na Ilha do Retiro ou na Arena Pernambuco, o Sport vem fazendo muito bem o seu papel. Sofreu apenas uma derrota em dez jogos. Ao deixar o Grande Recife, o time parece assumir a bipolaridade.Vai fazer turismo, basicamente.

Já são cinco derrotas seguidas como visitante,quase sempre como uma presa fácil. É difícil para o comandante Eduardo Batista explicar ao torcedor rubro-negro os motivos de tanta passividade longe de casa.

O papel parece se repetir contra qualquer time, em qualquer situação. Na noite deste sábado, o Sport foi derrotado pela Chapecoense por 3 x 1. O time catarinense havia vencido apenas uma vez nas últimas oito apresentações.

O pior é que a equipe pernambucana começou bem distribuída em campo, jogando com tranquilidade. Criou as primeiras chances, abrindo espaço no campo catarinense. Aos poucos, a Chape apertou a marcação e ganhou faltas próximas à área adversária. Momento paralelo ao “mais do mesmo” do visitante. Lá do outro lado, o falso 9, o falso 11 e o falso 7 seguiam omissos ofensivamente.

Aos 41 minutos, numa falta cobrada pelo ex-rubro-negro Camilo, a bola sobrou para o zagueiro Grolli mandar um chutaço no ângulo de Magrão Na segunda etapa, Eduardo fez a mesma alteração da rodada passada, com Vitor no lugar de Érico Júnior – é incompreensível porque ele não escala logo assim, enquanto segue com desfalques. O discurso no vestiário sumiu aos 17 segundos. Foi o que a Chapecoense precisou para bater o centro, tocar a bola e ampliar com o pesado atacante Tiago Luís.

Com uma desvantagem ainda maior, o Leão insistiu bastante na jogada área, fora de sua característica. Porém, de tanto insistir ainda arrumou um pênalti aos 36. Lance convertido por Felipe Azevedo, agora com 2 gols em 21 rodadas (!). O que poderia ser uma reação parou no terceiro gol (outro de Grolli) após uma bola levantada na área do Sport…

Agora é juntar os cacos e fazer mais um check-in no aeroporto, novamente sem pontos na mala…

Série A 2014, 21ª rodada: Chapecoense 3x1 Sport. Foto: JARDEL DA COSTA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Sem sair do país, o Sport escreve a sua pior campanha internacional

Copa Sul-Americana, 2ª fase: Vitória 2x1 Sport. Foto: EDSON RUIZ/COOFIAV/ESTADÃO CONTEÚDO

A eliminação do Sport na Copa Sul-Americana de 2014 é uma das mais vexatórias da história rubro-negra. Sem dúvida alguma, a pior entre as suas quatro campanhas internacionais.

A queda começou pela empolgação criada pelo clube, nas palavras do presidente e do técnico, que chegou a falar em favoritismo ao título. O investimento em jogadores caros como Diego Souza e Ibson faziam parte do processo. Claro, foram contratações dignas de elogio, mas que mal tiveram tempo no foco principal de suas negociações.

Derrotado duas vezes pelo time reserva do Vitória, o lanterna do Brasileirão, com falhas gritantes na defesa, o Leão sequer saiu do país.

No Barradão, num vazio do tamanho do interesse dos baianos pelo torneio, o Sport até fez uma partida superior àquela tenebrosa apresentação na Ilha. Contudo, mostrou pela enésima vez uma deficiência nas conclusões.

Finalizaram com perigo Ibson, Wendel, Rithely, Felipe Azevedo e Érico Júnior. Rithely ainda teria outra oportunidade, marcando o único gol leonino, mas insuficiente para evitar o revés por 2 x 1, nesta quarta.

Nota-se que quem não finalizou com perigo foi justamente o centroavante do time, Neto Baiano, em outra jornada apagada, chegando atrasado nos lances. No seu único chute, a bola quase foi para a lateral.

A Sula era a prioridade rubro-negra no segundo semestre. Já era. Agora, “resta” conduzir a campanha na Série A, até aqui histórica. Mas é preciso ver o quanto o moral do elenco será abalado pelo sonho paralelo (e distante)…

Copa Sul-Americana, 2ª fase: Vitória 2x1 Sport. Foto: Eduardo Martins/A Tarde/Futura Press

Inoperante ofensivamente, o Sport cai na Ilha e complica sonho internacional

Copa Sul-Americana, 2ª fase: Sport x Vitória. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Sport perdeu do expressinho do Vitória, lanterna do Brasileiro. Pois é.

Caiu em um jogo tido como prioridade há meses, no qual uma boa pontuação na Série A possibilitaria o foco na Copa Sul-Americana, na sua obsessão internacional.

A noite começou com a Ilha do Retiro bem morna, com um público aquém do esperado. Apenas 6.025 espectadores.

Em campo, a formação titular do leão pernambucano, já tendo Ibson de saída. Contudo, a equipe de Eduardo Batista (que grita por uma variação tática) não jogou futebol.

Quase não finalizou e cansou de dar espaço aos perigosos contragolpes baianos.

Em dez minutos de bola rolando foram logo dois. No segundo, o gol do jogo, com o experiente e técnico atacante Marcinho mandando na gaveta de Magrão.

A partir dali, a atuação de (quase) sempre, com o chutão, a palavra literal da “ligação direta”. Para isso, pesou o mau futebol dos volantes Wendel e Rithely.

Copa Sul-Americana, 2ª fase: Sport x Vitória. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

À frente, um Felipe Azevedo nulo. Saiu ainda no primeiro tempo. Diego Souza, ainda buscando um melhor condicionamento físico, entrou e melhorou o passe, mas foi escalado fora de sua função.

Também no ataque, Neto Baiano mandou uma trave. Até a sua luta em campo foi apática desta vez. Precisa chutar.

Enquanto isso, o visitante veio sem oito titulares, praticamente relegando a Sula. Mas jogou sério, dentro de suas limitações, e construiu uma ótima vantagem para a volta, na próxima quarta, no Barradão.

Derrotado por 1 x 0, o Sport será obrigado a vencer em Salvador. Por 1 x 0 para levar para os pênaltis ou qualquer outro placar para avançar diretamente.

Difícil mesmo parece ser marcar um gol. Contra o Palmeiras, criou 20 chances e marcou 2 vezes. Na sequência, contra o Flu, passou em branco. Agora, outra vez.

A crise ofensiva é crônica. A pontuação no Brasileiro não pode esconder isso.

Ainda mais quando a prioridade internacional acaba prejudicada por tal contexto…

Copa Sul-Americana, 2ª fase: Sport x Vitória. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A numeração oficial do Sport na Sul-Americana, do 1 ao 30

Numeração oficial do Sport na Copa Sul-Americana. Crédito: Conmebol

A Conmebol publicou em seu site a relação oficial de jogadores inscritos pelo Sport para a Copa Sul-americana de 2014. Cada clube pode inscrever até 30 atletas no torneio internacional. O Leão larga com os 30 nomes inscritos, sem nenhuma grande surpresa na lista.

Outra curiosidade diferença está na numeração, sem espaço para qualquer número marketeiro. Nada de Diego Souza 87 ou Ibson 80, por exemplo.

O regulamento da Sula adota numeração fixa de 1 a 30. No caso, os dois principais reforços rubro-negros vão vestir as camisas 26 e 28. Outros jogadores seguem com seus padrões clássicos, como Magrão (1) e Durval (4).

A numeração será exclusiva no torneio, a princípio em 28 de agosto no Recife e 3 de setembro em Salvador, contra o Vitória. Dá pra ir mais longe…?

Falta ao Sport sair da obviedade ofensiva para enfim se recuperar na elite

Série A 2014, 15ª rodada: Sport 1x1 Atlético-PR. Foto: Edvaldro Rodrigues/DP/D.A Press

O Sport foi um time com intensidade no primeiro tempo contra o Atlético-PR. Teve volume de jogo sobretudo quando a bola passou nos pés do seu meio-campista, o estreante Régis, há algum tempo aguardado.

Um jogador rápido e que não parece buscar a obviedade sempre, como os dois pontas escalados, Felipe Azevedo e Érico Júnior. Ambos muito abertos, num esforço gigante para ir até a linha de fundo, mas sem qualidade na hora do último passe para Neto Baiano. Assim, o centroavante pouco fez, só o combate.

O gol paranaense anotado por Cléberson aos 25 minutos, subindo sozinho, não diminuiu o ímpeto da equipe, que empatou aos 40, num rebote de Régis.

Por que o texto se refere apenas ao primeiro tempo até aqui? Foi o único período em que o Leão realmente jogou futebol. Um lampejo de bom futebol.

Na segunda etapa, a partida caiu bastante, sem chances claras, com leoninos acertando os próprios leoninos nas finalizações e com a entrada do improdutivo Zé Mário no lugar do estreante, poupado de um maior desgaste.

Sem a mesma velocidade e criatividade, o jogou travou. Reconheço que o atleta se esforçou nesta noite, mas não foi suficiente. Era a volta da obviedade. O empate em 1 x 1 mantém o time entre os dez primeiros colocados, mas com a gordura sumindo numa dieta veloz. Já são três jogos sem vitória.

Os 14 mil torcedores presentes na Ilha neste domingo saíram pensando a mesma coisa. Quando Diego Souza vai estrear? E que é preciso render…

Série A 2014, 15ª rodada: Sport 1x1 Atlético-PR. Foto: Edvaldro Rodrigues/DP/D.A Press

Sport carimba o campeão da Recopa. Só sei que foi assim…

Série A 2014, 12ª rodada: Sport 2x1 Atlético-MG. Foto: sportrecife/instagram

Eurico e Severino, os heróis de uma tarde dedicada a Ariano.

Saídos diretamente de O Santo e a Porca e O Auto da Compadecida.

Chicó, o maior personagem, vestiu a 9, mas não esteve em seu melhor dia. Contudo, a obra do escritor rubro-negro é vasta. Do tamanho do Sertão.

Havia espaço para vários outros nomes.

Os atleticanos, no embalo de uma Recopa erguida em Minas, bem que tentaram acabar com um domingo em memória a Suassuna.

Pressionaram bastante, com muita qualidade. Tardelli, Maicossuel, Jô…

Pararam em João Grilo, vulgo Magrão.

Pois é. Do outro lado, encontraram adversários rebatizados, encarnando nomes já gravados na cultura nordestina… e brasileira.

Após um tempo de pouca ação do time de Ariano, a bronca no intervalo. Responsável pela formação, Eduardo Batista vai usando uma criatividade armorial para fazer o Sport render. Vem conseguindo.

Para isso, era preciso fazer a equipe acordar na marcação, melhorar as jogadas pelos lados e, sobretudo, chutar mais.

Não há reino mágico que faça isso tudo surgir sem esforço… E houve.

A tarde de alegria, como foi a vida de Ariano, começou com Severino, outrora Durval, lançando para Eurico, o improvável Felipe Azevedo. Bola nas redes.

Seguiu com o próprio Severino, regenerado, ampliando no buruçu.

No fim, o rebuliço ainda foi grande, mas Ariano teve uma merecida vitória, 2 x 1.

Foi uma partida dificílima na velha Ilha, mas só sei que foi assim…

Série A 2014, 12ª rodada: Sport 2x1 Atlético-MG. Foto: Roberto Ramos/DP/D.A Press