Sport vence Ponte Preta e abre vantagem visando inédita vaga nas quartas da Sula

Copa Sul-Americana 2017, oitavas: Sport 3 x 1 Ponte Preta. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

A duradoura má fase no Brasileirão, há seis rodadas sem vitória, trouxe uma desconfiança enorme para a meta paralela do Sport neste segundo semestre, a Copa Sul-Americana. Após eliminar um time do Uruguai e outro da Argentina, os leoninos teriam um duelo nacional nas oitavas de final. E em dois jogos pela Série A, sequer conseguiram balançar as redes da Ponte. Ajustes na escalação (4 mudanças) e na organização (volta dos pontas) e imposição, um combo necessário para reverter o cenário. O que aconteceu.

O Sport venceu por 3 x 1, um placar até econômico para a disparidade vista na Ilha. O mandante foi superior o jogo inteiro, com posse de bola, criação de jogadas e finalizações certas (11 x 2). No lado esquerdo, Luxa voltou à composição Mena/Sander, deixando o chileno à frente, região onde rendeu mais – e também foi o responsável pela bola parada, de melhor aproveitamento que os demais companheiros. Na direta, Raul Prata ganhou a preferência do técnico, ocupando o lugar do inconstante Samuel Xavier. Não teve uma grande atuação, mas a regularidade na recomposição já foi suficiente para melhorar o setor – no fim, seria premiado com uma assistência.

Copa Sul-Americana 2017, oitavas: Sport 3 x 1 Ponte Preta. Foto: Conmebol/twitter (@conmebol)

Mas foi no meio-campo onde ocorreu a transformação para uma atuação consistente. Patrick foi o motorzinho do time, tendo, enfim, um companheiro de ótimo rendimento técnico. Em baixa e cobrado, Rithely conseguiu fazer o time andar, na antecipação e recuperação de bolas e na distribuição, sobretudo nos passes verticalizados. Com o time jogando acima da média, seria natural que outras peças também melhorassem, como Diego Souza. O meia, que na Sula joga com a 10, voltou a carregar a bola a partir do círculo central, como em seus melhores momentos no clube, na visão do blog.

Num jogo em que o placar eletrônico chegou a registrar 3 x 0, com gols de Ronaldo Alves, Rithely e André, o tento campineiro, através de Felipe Saraiva, aos 37/2T, acabou sendo um “castigo”. A enorme vantagem virou uma boa vantagem, devido ao gol qualificado, mas com a vaga ainda ao alcance de uma classificação inédita para o futebol nordestino…

Os jogos do Sport como mandante na Copa Sul-Americana
20/08/2013 – Sport 2 x 0 Náutico – 16.125 pessoas (Ilha, 2ª fase)
23/10/2013 – Sport 1 x 2 Libertad (PAR) – 17.575 (Arena PE, oitavas)
28/08/2014 – Sport 0 x 1 Vitória – 6.025 (Ilha, 2ª fase)
27/08/2015 – Sport 4 x 1 Bahia – 8.201 (Ilha, 2ª fase)
23/09/2015 – Sport 1 x 1 Huracán (ARG) – 7.726 (Ilha, oitavas)
31/08/2016 – Sport 0 x 1 Santa Cruz – 6.570 (Arena PE, 2ª fase)
06/04/2017 – Sport 3 x 0 Danubio (URU) – 13.582 (Ilha, 1ª fase)
06/07/2017 – Sport 2 x 0 Arsenal (ARG) – 7.694 (Ilha, 2ª fase)
13/09/2017 – Sport 3 x 1 Ponte Preta – 6.254 (Ilha, oitavas)

9 jogos; 5 vitórias, 1 empate e 3 derrotas; 16 GP e 7 GP; 59% de apto.

Copa Sul-Americana 2017, oitavas: Sport 3 x 1 Ponte Preta. Foto: Conmebol/twitter (@conmebol)

Sport goleia o Coritiba no Couto Pereira, chega a 3 vitórias seguidas e entra no G6

Série A 2017, 12ª rodada: Coritiba 0 x 3 Sport. Foto: Joka Madruga/Futura Press/Estadão conteúdo

O confronto valia o “G6” após 12 rodadas. Em Curitiba, o vencedor da peleja entraria na zona da Libertadores, com o empate mantendo o Cruzeiro lá. Sem Diego Souza, num imbróglio com o “sai-não-sai”, o time pernambucano precisou ser rearrumado, com Everton Felipe assumindo (bem) o meio. O Sport já havia vencido dois jogos sem DS87, contra Grêmio e Fla. E repetiu diante do Coritiba, com a terceira vitória seguida na Série A, sem sofrer gols.

O futebol apresentado pelo leão nos 20 primeiros minutos foi excelente, com transições rápidas, abusando do lado esquerdo, sempre produtivo. Foram cinco chances reais. Nas três primeiras, o goleiro Wilson salvou o mandante. Em seguida, já aos 17, finalmente o gol. De garçom nos primeiros lances, Mena (de ponta esquerda) foi o finalizador. Recebeu e marcou um belo gol. E olhe que Rithely, em outra trama pela esquerda, ainda bateu por cima na sequência. Vaiado, o Coritiba demorou a entrar no jogo. Se ofensivamente o leão estava bem, na marcação havia espaço, sobretudo na cabeça de área. Por ali, o Coxa arriscou ao menos três vezes – em um desses arremates, de Galdezani, ex-Sport, Magrão fez grande defesa. Porém, houve a cobrança de Luxemburgo, com o visitante, bem distribuído em campo, passando a valorizar mais a posse. Diminuiu o ritmo e segurou a vantagem até o intervalo.

No segundo tempo, a proposta leonina foi mais defensiva, com Ronaldo Alves e Henríquez rasgavam tudo lá atrás (seguindo o revezamento de duplas no setor). A pressão do Coxa aconteceu, sobretudo com Kléber e Henrique, num volume de jogo esperado. Ligado demais, o Sport conseguiu conter e articulou inúmeros contragolpes, esticando bastante as jogadas, até obter sucesso, com Rogério, que acabara de entrar. Aos 39, o atacante ampliou ao finalizar de primeira um cruzamento de Mena, o melhor em campo. Nos descontos, com a partida definida, um gol contra do Coxa, em outro cruzamento (este da direita), transformou a vitória leonina em goleada no Couto Pereira, 3 x 0.

Coritiba x Sport em Curitiba, pelo Brasileiro
8 vitórias do Coxa
5 empates
3 vitórias do Leão (2012, 2014 e 2017)

Série A 2017, 12ª rodada: Coritiba 0 x 3 Sport. Foto: Joka Madruga/Futura Press/Estadão conteúdo

Diego Souza marca o 50º gol pelo Sport, que vence a segunda seguida na Série A

Série A 2017, 11ª rodada: Sport 1 x 0 Atlético-PR. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Coletivamente, o Sport fez uma boa partida diante do Atlético-PR. Com a bola nos pés, tendo 55% de posse, não abdicou de uma proposta ofensiva, chegando bastante à meta de Weverton. Segundo o Footstats, o número de finalizações ficou em 18 x 1 a favor do leão! Ressalvando que única chance paranaense saiu de uma saída errada dos leoninos. Criando, não chegou.

Defensivamente, o leão anulou o rival, e à frente todas as peças funcionaram. Mesmo num gramado ruim, enlameado, o time conseguiu jogar. Diego Souza ditou o ritmo, abrindo espaço e carregando a bola. Everton Felipe foi o melhor no 1º tempo. Caiu na na volta do intervalo, substituído por Rogério, que teve o claro papel de puxar contragolpes, impondo velocidade e consciência desta vez. O mesmo vale na análise Osvaldo/Lenis, titular e substituto. Com esta engrenagem, a vitória sobre o Furacão foi merecida, na primeira sequência de resultados positivos neste Brasileirão, após o jogo na Vila Belmiro.

Entretanto, o gol que garantiu a vitória por 1 x 0 saiu de uma penalidade inexistente. Embora tenha pressionado desde o começo, com bola na trave, bola raspando e defesas do goleiro, o lance capital só ocorreu aos 30 do segundo tempo. Rogério limpou e chutou, com Wanderson cortando. O árbitro Grazianni Maciel enxergou toque de mão do zagueiro, mas a bola bateu na sua cabeça e na coxa. Na cobrança, DS87 ignorou a pressão sobre a situação Sport/Palmeiras, entre ficar na Ilha e ir para o Palestra, e bateu colocado, certeiro. O meia chegou a 50 gols em 148 jogos com a camisa rubro-negra, dos quais 31 (ou 62%) na Série A, mostrando a sua importância…

Sport x Atlético-PR no Recife, pelo Brasileiro
8 vitórias do Leão
6 empates
1 vitória do Furacão

Série A 2017, 11ª rodada: Sport 1 x 0 Atlético-PR. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Os bastidores do título do Sport no Sertão

Vinte anos depois, o Sport voltou a comemorar um título no interior do estado. Entretanto, em vez de uma conquista antecipada, como aconteceu no Antônio Inácio, em Caruaru, o leão teve que encerar uma decisão no estádio Cornélio de Barros, em Salgueiro. A TV Sport registrou toda a viagem, num traslado feito de ônibus, com imagens do jogo e a festa com a taça no campo e no vestiário. O vídeo de bastidores, produzido pelo clube, tem nove minutos e também traz depoimentos dos campeões pernambucanos de 2017. Assista.

Na final, o Sport venceu o Salgueiro por 1 x 0. Leia a análise aqui.

Manchetes do 41º título estadual do Sport

As manchetes do Diario de Pernambuco e do Superesportes sobre o 41º título pernambucano do Sport

Eis as capas publicadas pelo Diario de Pernambuco após a primeira finalíssima do futebol pernambucano realizada no interior, lá no sertão.

Nas bancas desta quinta-feira, o 41º título estadual do Sport estampa a manchete do jornal (“41”) e também do caderno Superesportes (“Vermelho e preto do sertão ao litoral”), com destaque para o meia Diego Souza, que não falou sobre o seu futuro durante a festa de sua primeira taça no clube.

Confira as capas em uma resolução maior aqui e aqui.

Sport faz boa partida em BH e empata com o Galo, com o primeiro ponto fora

Série A 2017, 9ª rodada: Atlético-MG 2 x 2 Sport. Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press

Na coletiva após a primeira derrota na Ilha, neste Brasileirão, Luxemburgo mostrou-se mais decepcionado com a atitude do time, “sem espírito de decisão” diante do Vitória. Análise pertinente sobre uma equipe burocrática. O Sport trocou quase o dobro de passes em relação ao rubro-negro baiano, quase sempre para os lados ou para trás. Três dias depois, um futebol bem diferente no Independência. E assim como na queixa de domingo, a satisfação em BH também se sobrepôs ao empate. Isso porque o Sport foi propositivo. Jogou para vencer durante os 90 minutos. Marcou a saída de bola, criou, tocou a bola de forma vertical, inverteu jogadas, finalizou (13 x 5!). Merecia melhor sorte. Até então zerado como visitante, o leão foi superior ao galo.

Nos primeiros quinze minutos, todas as chances foram do Sport, começando o protagonismo de Diego Souza. Apagado (e vaiado) na rodada anterior, o meia-atacante ditou o ritmo do jogo. E em mais um ataque bem armado, Osvaldo abriu o placar, contando com o desvio. Foi o milésimo gol da história leonina na Série A. Se o time recuou ou ou Galo acordou, talvez ambos, o fato é que depois o mandante passou a pressionar. Quase sempre na bola área. Por baixo, não avançou. A bronca é que a bola aérea vem sendo o calo do Sport, que sofreu dois gols de cabeça, ambos com Ronaldo Alves desatento. O 2 x 1 na primeira etapa soou injusto, embora com a ressalva da eficiência atleticana.

Na etapa complementar, Luxa acionou Lenis no lugar de Everton Felipe, único no ataque a não dar prosseguimento às jogadas – leve, o colombiano puxou vários ataques pela esquerda. Pouco depois, o Sport empatou num pênalti sofrido e convertido por Diego Souza. Além do tento, o camisa 87 ainda deu, durante todo o jogo, passes para gol para Rithely (cabeça), André (pequena área) e Lenis (contragolpe), mas nenhum foi convertido. Ao menos o time não falhou mais na defesa, segurando o 2 x 2 e somando um ponto importante, moralmente falando. Importante para tentar sair do Z4.

Atlético-MG x Sport em Belo Horizonte, pelo Brasileiro
11 vitórias do Galo
6 empates
2 vitórias do Leão

Série A 2017, 9ª rodada: Atlético-MG 2 x 2 Sport. Foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press

Involuindo, Sport perde do Vitória na Ilha e entra no Z4 em semana complicada

Série A 2017, 8ª rodada: Sport 1 x 3 Vitória. Foto: Peu Ricardo/DP

O Sport deu sequência ao seu futebol burocrático no Brasileirão, sem intensidade, como de costume, com excesso de passes laterais e muitos erros na saída de jogo. Nem a volta de Diego Souza mudou a cara do time, com o camisa 87 jogando mais adiantado e pouco participativo na criação, quase inexistente. Por sinal, a distância entre a defesa e o ataque chamou a atenção, com um deserto de rubro-negros no círculo central. Ao menos entre os pernambucanos, pois o rubro-negro baiano, excepcionalmente de branco, jogou de forma bem mais aguda, melhor o tempo inteiro.

Segundo o Footstats, o número de passes certos foi Sport 405 x 260 Vitória, com o visitante proporcionalmente errando mais, 11,1% x 12,4%. Menos passes e mais objetividade, armado bem os contragolpes. Não por acaso, nesta partida, foi o dado bruto de passes errados que comprometeu, 51 x 37. Pior para o Sport, grotesco defensivamente – numa queda brusca em relação ao jogo anterior, contra o São Paulo. Lá na frente, ainda sofreu com atuações individuais abaixo da crítica, como Oswaldo, Thomás, Samuel Xavier e o próprio DS87, resumido ao gol de carrinho. Para completar, Luxemburgo mexeu muito mal, sacando André, “punido” por uma chance perdida, que poderia ter gerado o empate. Acionou Leandro Pereira, que ainda não disse a que veio e que, tecnicamente, não muda jogo algum. Desconstruiu o mínimo.

Tão mal assim, o Sport acabou superado, 1 x 3, na primeira derrota na Ilha do Retiro. O que torna ainda pior o resultado é a tabela da Série A, pois foi o 5º jogo em casa em 8 rodadas. Portanto, a “conta” vem agora, longe do Recife, onde ainda não pontuou. De cara, Galo (quarta) e Santos (sábado), dois dos principais elencos da competição. Só uma transformação improvável, a curto prazo, tiraria o clube do Z4. Involuindo há dez dias, fez por onde…

Sport x Vitória no Recife, pelo Brasileiro
6 vitórias do Leão da Ilha
4 empates
2 vitórias do Leão da Barra

Série A 2017, 8ª rodada: Sport 1 x 3 Vitória. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Sport empata sem gols com o São Paulo em partida de pouca criatividade na Ilha

Série A 2017, 7ª rodada: Sport 0 x 0 São Paulo. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

As duas primeiras vitórias do Sport no Campeonato Brasileiro tiveram dois pontos em comum: ambas na Ilha do Retiro e sem Diego Souza. Após outra derrota como visitante, o leão voltou ao seu reduto para enfrentar o São Paulo, de começo bem irregular sob comando de Rogério Ceni – hoje, com desfalques, parece uma equipe sem identidade. Mais uma vez, DS87 não estaria em campo, ainda na viagem de volta da Austrália, onde defendeu a Seleção. Se houve um lampejo de discurso sobre a intensidade do time com ou sem o jogador (menor maior, respectivamente), o empate em 0 x 0 talvez tenha deixado claro outro ponto, a falta de criatividade nas jogadas.

Foram 57 passes errados e 20 cruzamentos na área, apenas um terminando em finalização, numa cabeçada de André. À parte disso, toques para os lados e exploração das pontas até o limite. Pior ainda foi o desempenho no primeiro tempo, com Thallyson sem conseguir dar fluidez no setor. Peça de confiança de Luxemburgo nesse início de trabalho, o jogador ainda é verde e não apresentou futebol suficiente para essa titularidade em sequência. Ao menos Luxa corrigiu isso no intervalo, com a entrada de Everton Felipe. Mudança efetiva, com o meia ganhando mais jogadas e dando um sinal de vida na área central, arriscando infiltrações. Porém, ao tentar bastante o passe mais difícil, EF acaba tirando o encaixe do time, que suou bastante para conter os contragolpes do time paulista – Durval e Ronaldo Alves muito bem.

Em um segundo tempo melhor, o Sport contou com as entradas de Rogério (Thomás) e Juninho (Osvaldo), mas com o mesmo estilo de jogo, bem marcado. O empate acabou sendo o primeiro jogo do ano em que o rubro-negro não balançou as redes na Ilha (e foram 21). No fim ficou o alívio pela defesaça de Magrão numa cabeçada de Gilberto (ex-Santa e ex-Sport), nos descontos, e a queixa sobre dois pênaltis não assinalados por Héber Roberto Lopes – que errou nas duas vezes, na visão do blog. Ficou, também, a certeza de que a ausência do meia Diego Souza nas vitórias anteriores foi mais circunstancial do que a causa delas. Qualidade técnica faz falta, sempre.

Sport x São Paulo no Recife, pelo Brasileiro
8 vitórias do Leão
8 empates
4 vitórias do Tricolor

Série A 2017, 7ª rodada: Sport 0 x 0 São Paulo. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Sport perde do Vasco em São Januário e segue sem pontuar como visitante

Série A 2017, 6ª rodada: Vasco x Sport. Foto: Celso Pupo/Foto Arena/Estadão conteúdo

Três jogos como visitante no Campeonato Brasileiro, três derrotas. Em todas, o Sport teve como característica marcante o futebol passivo. Desconto dado à estreia contra a Ponte Preta, quase uma formação reserva, nos jogos seguintes a inoperância ofensiva do time estagnou qualquer possibilidade de vitória. E até mesmo o empate, uma vez que defensivamente a equipe vem falhando sistematicamente, sofrendo gols em cinco dos seis jogos disputados.

Se contra o Avaí o time foi cobrado, como ficou claro na fala de Luxemburgo no vídeo de bastidores da vitória contra o Fla, diante do Vasco a equipe voltou a jogar sem inspiração. Com a posse de bola, limitou-se a trocar passes laterais na intermediária, buscando infiltrações, sem sucesso. A verticalização de jogadas é, com o perdão do trocadilho, uma barreira na equipe. Se na Ilha ainda há “coragem” para buscar algo, fora do Recife o time vem muito mal. Nada diferente do histórico do leão, manso longe de casa. Em 2017, porém, chama a atenção a quantidade de oportunidades claras. Em São Januário, teve apenas duas, com Rithely (1T) e Thomás (2T), com uma sensação de cansaço já na metade do segundo tempo.

Desta vez, o próprio Luxemburgo colaborou para a má atuação. Na quarta, melhorou o time no intervalo. Desta vez, piorou. Thallyson estava mal, mas não era o pior (era Thomás). Deu lugar ao estreante Sander, com o lateral/volante Patrick indo para o meio. Lá, nem combateu nem ajudou na criação. Escolha pior ocorreu ao tomar o gol de Luís Fabiano, livre, por mais que fosse o único a ser marcado. Acionou Leandro Pereira, deixando um hiato entre setores, pois Rithely não exerce a função de meia – o péssimo início do camisa 21 contra o Flamengo parecia ter mostrado isso. Assim, a ligação direta tornou-se recorrente. Nesta temporada, quantas vezes isso funcionou no Sport? Duas? Uma? Nenhuma. Num contragolpe, ainda levou o segundo gol. Nos acréscimos, André descontou de pênalti,  2 x 1. Só serviu para quebrar uma estatística. Ao menos o time já fez um golzinho fora de casa…

Vasco x Sport no Rio de Janeiro, pelo Brasileiro
5 vitórias do Vasco
2 empates
4 vitórias do Leão

Série A 2017, 6ª rodada: Vasco x Sport. Foto: Vasco/twitter (@vascodagama)

Com boa leitura de Luxemburgo, Sport vence o Flamengo na Ilha do Retiro

Série A 2017, 5ª rodada: Sport 2 x 0 Flamengo. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Três dias separaram uma atuação sem rotação e objetividade ofensiva de uma apresentação de muita entrega e reorganização tática durante o jogo, a partir da efetividade do treinador. Se a partida contra Avaí expôs o que há de pior no Sport neste ano, a noite contra o Flamengo trouxe alento ao torcedor para o decorrer do Brasileirão. Diante de um adversário bem mais técnico e perigoso, o rubro-negro pernambucano conseguiu conter a pressão inicial e reverteu o quadro, arrancando uma boa vitória na Ilha do Retiro.

Para começar, Luxemburgo estava obrigado a promover mudanças, sobretudo com a ausência de Diego Souza, servindo à Seleção – talvez tenha sido bom para todos os lados, com o time recompactado e o meia focado na camisa verde e amarela. Além do reforço nas laterais (em vez de nomes da base numa fogueira), o treinador optou por três volantes de saída, com Rithely bem adiantado. O camisa 21 não rendeu nesta função, ficando à parte das trocas de passes e até mesmo da marcação no meio. Coube a Luxa reconhecer o descompasso e reposicioná-lo ao círculo central, onde tomou conta com a ajuda de um aguerrido Anselmo, com quem pode fazer boa dupla. No ataque, Rogério ficou no banco. Nas pontas, Osvaldo e Everton Felipe. Ainda no primeiro tempo, o treinador inverteu os lados, com Osvaldo indo para a direita, onde infernizou o lado de Renê, já pressionado pela antiga torcida.

Jogando também com amplitude, o Fla tentou sair bastante com Diego, bem marcado. Nos primeiros 15 minutos, o domínio foi carioca. Até que o Sport finalmente conseguiu afastar o adversário de seu campo, ao acelerar o jogo – chegando à linha de fundo. E neste jogo pegado, destoou bastante as atuações dos goleiros, com Magrão operando milagres e Muralha inseguro. Além de ter provocado um tiro indireto dentro da área, o goleiro devolveu mal em outro lance, com Osvaldo pegando e mandando no ângulo. Também no segundo tempo, Thomás, que entrara bem de novo, acertou o canto para fazer 2 x 0. No primeiro tempo, em lance parecidíssimo, Magrão espalmou. Foi assim a noite inteira, com três pontos e moral recuperado no Sport…

Sport x Flamengo no Recife, pelo Brasileiro
8 vitórias do Leão
4 empates
4 vitórias do Fla

Série A 2017, 5ª rodada: Sport 2 x 0 Flamengo. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife