Posse de bola e falta de objetividade, o script do Sport na derrota para o Avaí

Série a 2017, 4ª rodada: Avaí 1x0 Sport. Foto: Jamira Furlani/Avaí F.C.

O Sport teve a posse de bola a manhã inteira na Ressacada. De 57% no primeiro tempo, subiu para 63% na etapa complementar. Um controle pautado na falta de objetividade, sem conseguir uma infiltração sequer na zaga do Avaí, que após marcar o seu primeiro gol no Brasileiro, no primeiro tempo, não teve qualquer pudor em se manter atrás da linha da bola até o apito final. Se o jogo em Florianópolis era tido como uma boa opção para pontuar fora de casa, e, francamente, era mesmo, o rubro-negro passou longe disso. Girou a bola o quanto pôde, uma vez que não conseguiu trocar três passes verticais.

Apesar de ter jogadores técnicos, o futebol foi burocrático, com Diego Souza vivendo seu o momento mais apagado no clube (na véspera da apresentação na Seleção), André isolado (não finalizou), Rogério em jejum (15 jogos) e Osvaldo sem diálogo no setor. No segundo tempo, Luxemburgo, sem sua “estreia” na Série A, sacou os dois últimos e colocou Thomás (deu uma maior movimentação) e Thallyson (errando tantos passes quanto os demais). Por sinal, foram três jogadores da base acionados. Aqui, cabe uma observação. Na 4ª rodada da competição, a utilização de Fabrício, Evandro e Thallyson não está relacionada à convicção nos pratas-da-casa, mas na falta de peças, ou por lesão, como na direita, num gerenciamento equivocado da temporada, ou por reposição, na esquerda. A maturação dos jogadores acaba sendo forçada num elenco caro, com condições de fomentar apresentações paulatinas. Ou Fabrício, volante de ofício, não passou numa fogueira sendo lateral-direito? E o que dizer de Evandro, 4ª opção até pouco tempo?

Por fim, a zaga, que em tese não teve trabalho. Contudo, os avanços do leão da ilha de lá, sobretudo no primeiro tempo, levaram perigo, a partir de erros no meio-campo e da falta de cobertura – algo recorrente, tanto que foi a 8ª vez seguida que o time sofreu o primeiro gol do jogo. Resumindo: a derrota por 1 x 0 foi justa. Exceção feita à posse, faltou muito ao rubro-negro…

Série a 2017, 4ª rodada: Avaí 1x0 Sport. Foto: Jamira Furlani/Avaí F.C.

Na estreia de Luxa, Sport empata com o Botafogo e é eliminado da Copa do Brasil

Copa do Brasil 2017, oitavas de final: Sport 1x1 Botafogo. Foto: Ricardo Fernandes/DP

Com problemas defensivos crônicos e com Rogério expulso mais uma vez, a reação do Sport acabou sendo insuficiente. Num campo pesadíssimo na Ilha, o rubro-negro até conseguiu igualar o marcador, com Durval, mas não saiu disso. O empate em 1 x 1 com Botafogo resultou na eliminação na Copa do Brasil. À vera, o leão perdeu a vaga no jogo de ida, no Rio, quando tomou a virada com um jogador mais, com Diego Souza desperdiçando um pênalti.

No Recife, uma vitória simples bastaria, mas com onze minutos o clube carioca já havia aberto o marcador – numa cena recorrente nos últimos jogos na Ilha, com o time tendo sistematicamente que buscar uma reversão. E vale o registro que foi um golaço. Durval saiu jogando muito mal, entregando a bola nos pés do adversário. Ex-Santa e muito bem no Fogão, João Paulo recuperou deu um ótimo passe, por cima, para Roger, ex-Sport. O atacante deu um corte humilhante em Matheus Ferraz e tocou por cima de Magrão. A partir dali, só a virada, para ao menos levar a disputa aos pênaltis – no que teria sido um interessante duelo Gatito x Magrão. Com 62% de posse de bola, o leão lutou e até criou algumas chances na primeira etapa, mas seguiu desorganizado – e ainda viu o Bota ter um gol muito mal anulado. Estreante na noite, o técnico Vanderlei Luxemburgo fez a sua primeira mudança aos 30 minutos. Colocou Lenis no lugar de Everton Felipe, para explorar a ponta. Acertou no substituto, mas errou o alvo. Rogério já estava mal em campo.

Aos 13 da segunda etapa, o atacante receberia o vermelho. Foi a segunda expulsão seguida em um jogo decisivo, na sequência da final regional na Fonte Nova. Acredite, o Sport melhorou depois. Chegou ao empate com o capitão, após escanteio cobrado Fabrício, e pressionou bastante na bola área (27 x 4!), sobretudo após a entrada de Marquinhos. Efetivamente, porém, não teve uma grande chance. Uma sucessão de erros recorrentes, em 2017, definiu a queda nas oitavas, num confronto cujo início foi até animador…

Copa do Brasil 2017, oitavas de final: Sport 1x1 Botafogo. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Com hat-trick de André, Sport conquista a primeira vitória virando sobre o Grêmio

Série A 2017, 3ª rodada: Sport 4 x 3 Grêmio. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Diante de apenas 3.441 espectadores (num reflexo da política de ingressos do clube), sem Diego Souza (poupado), sem técnico efetivo (Daniel Paulista de volta) e sem confiança (seis jogos sem vitória e vindo de um doloroso vice). Para o chuvoso cenário ficar ainda mais adverso, some dois gols do visitante em apenas 17 minutos, em duas falhas pesadas da defesa, num corte errado no primeiro e posicionamento estático no segundo. A revolta na Ilha era natural em relação ao Sport. O único ponto “a favor” na noite era o nível técnico do adversário. Embora tenha começado a rodada como líder, o Grêmio mandou uma formação bem alternativa para o Recife. Ainda assim, sob o comando de Renato Gaúcho, começou levando perigo em todos os ataques.

Sob vaias, os rubro-negros só acordaram na metade da primeira etapa, passando a explorar as pontas, buscando a bola aérea. Com o campo ficando pesado, era a saída natural, ainda mais com o time azul retraído após a boa vantagem construída. Numa troca de passes, André escorou um cruzamento com precisão e diminuiu. A partir dali, com 34 minutos, os leoninos finalmente conseguiram obter o controle do jogo. Com Everton Felipe conduzindo as jogadas (cairia de produção no segundo tempo), o empate passou raspando até o intervalo. Ao menos amenizou as vaias, já num misto de aplausos.

Com Lenis no lugar de Rogério – que discutiu com Rithely após excesso de individualismo -, o time melhorou. Há tempos o colombiano alterna atuações horríveis e participações eficientes na ponta. Desta vez, acelerou o jogo, procurando bastante André. Antes dele, Matheus Ferraz empataria de cabeça, justificando o seu ponto forte. Para a virada, outra entrada importante. Acionado na final da Lampions, Marquinhos caiu na outra ponta, cruzando para André virar. A dupla ainda participaria do contragolpe que resultaria no terceiro gol do camisa 90, num hat-trick de peso no Brasileirão (primeiro desde Patric, contra o Santos, em 2014). Como o Sport segue inconstante, Matheus ainda cometeria um pênalti, com Fernandinho reduzindo. Pra completar, Mena expulso. Tinha tudo pra dar errado, mas deu Sport, 4 x 3.

Série A 2017, 3ª rodada: Sport 4 x 3 Grêmio. Foto: Peu Ricardo/DP

Bahia domina o Sport, vence na Fonte Nova e é tricampeão da Copa do Nordeste

Nordestão 2017, final: Bahia 1 x 0 Sport. Foto: Bahia/twitter (@ECBahia)

O Bahia foi melhor na Ilha do Retiro e muito melhor na Fonte Nova. Confiante, mais organizado taticamente e com a volta de sua principal peça, o meia Régis, o tricolor de aço entrou em campo para decidir logo a partida. Jogou pilhado pelo título do Nordestão. Do outro lado, o pressionado Ney Franco escalou o Sport com três zagueiros, uma formação testada durante um mísero treino. O técnico imaginava conter o rápido ataque baiano e aproveitar as (poucas) chances. Fez nem uma coisa nem outra.

Além da visível falta de entrosamento da defesa, sobretudo no posicionamento, o ataque rubro-negro seguiu distante, sem conseguir trocar três passes verticalizados. Pior, com onze minutos Edigar Junio recebeu na meia lua, girou sobre Durval e tocou na saída de Magrão. Ali, o empate com gols no Recife tornava-se uma vantagem ainda maior. Apesar disso, o leão seguia, em tese, por um gol. Caso chegasse ao empate, ao menos estenderia a disputa para os pênaltis. Então era manter a tranquilidade, o que não ocorreu, com amarelos por reclamação (Ronaldo) e falta (Rogério).

Nordestão 2017, final: Bahia 1 x 0 Sport. Foto: Romildo de  Jesus/Futura Press/Estadão conteúdo

Aos 32 minutos, a final tornou-se inglória aos rubro-negros. Rogério, apagado há semanas, foi expulso após receber o segundo amarelo numa simulação de pênalti. Desorganizado, sem ímpeto ofensivo e com dez jogadores, o Sport foi engolido em campo. A partir disso, Zé Rafael, Allione, Régis, Edigar Junior e Juninho (no segundo tempo) finalizaram com muito perigo. Então, entrou a figura de Magrão. O goleiro quarentão destoou do time com ótima atuação, mantendo o magro 1 x 0.

Lá na frente, Diego Souza não desequilibrou. Nem armou nem chutou. André batalhou bastante, mas esteve isolado durante quase toda a partida. E o leão acabou finalizando apenas uma vez, com Everton Felipe aos 25 do segundo tempo – entrara pouco antes, com rara lucidez na noite. Com um rendimento assim, a taça dourada passou longe do leão, cuja derrota em Salvador ampliou a má estatística de Ney Franco, agora com 1 vitória nos últimos 11 jogos. A verdade é que não houve superação suficiente para tirar o tri do Baêa. Melhor time desta edição, o clube festejou diante 41.175 torcedores, incluindo dois mil rubro-negros incrédulos diante de uma atuação tão fraca…

Atualização: sem surpresa, Ney Franco foi demitido logo após o jogo.

Nordestão 2017, final: Bahia 1 x 0 Sport. Foto: Romildo de  Jesus/Futura Press/Estadão conteúdo

Troféu, bola e moeda de arbitragem especiais para a decisão do Nordestão

Na véspera da decisão da Copa do Nordeste de 2017, a Fonte Nova foi iluminada em caráter especial para a produção de imagens de divulgação, com algumas das principais peças do torneio. Sobretudo a orelhuda dourada, disputada por Bahia e Sport e colocada na beira do campo soteropolitano. Confira os elementos criados pela organização do torneio.

O troféu tem mesmo modelo desde 2015, com nove anéis simbolizando os estados da região. A posse é definitiva, com uma nova taça replicada a cada edição. Nas alças, fitas nas cores dos finalistas (rubro-negras e tricolores). Após o apito final, as duas alças terão fitas idênticas, do campeão.

A taça da Copa do Nordeste de 2017 na Fonte Nova. Foto: divulgação

A bola Asa Branca IV passou a ter modelos exclusivos, nesta edição, durante semifinal. Além dos escudos dos clubes, há a data e a fase corresopndente. O modelo personalizado não é comercializado pela Topper.

A bola oficial da decisão da Copa do Nordeste 2017. Crédito: divulgação

As moedinhas da arbitragem seguem a mesma lógica das bolas oficiais, com detalhes personalizados sobre a partida (escudos, data e fase). Fica como lembrança. No caso, para o juiz alagoano Francisco Carlos do Nascimento.

A moeda do árbitro para a decisão da Copa do Nordeste. Foto: divulgação

As prováveis formações de Bahia e Sport na decisão da Copa do Nordeste de 2017

As possíveis formações de Bahia e Sport para o jogo de volta da final da Lampions. Arte: Cassio Zirpoli (via Football User)

Os finalistas chegam na Fonte Nova com formações bem distintas em relação ao jogo de ida, o 1 x 1 na Ilha. Seja por volta de suspensão, novas contusões ou opções (técnica e tática) dos treinadores, Bahia e Sport chegam com surpresas para a grande decisão regional. No mandante, era esperada uma formação mais ofensiva, apesar da boa organização mostrada no Recife. Guto Ferreira deve abrir mão dos três volantes para decidir o jogo, como fez na semi contra o Vitória. Já Ney Franco, pressionado pela má sequência (1 vitória em 10 jogos), deve apostar num sistema inédito, considerando o time principal. Seriam três zagueiros, sem Ronaldo Alves, que sequer viajou. Com apuração dos repórteres Daniel Leal e João de Andrade Neto, do Superesportes, e a colaboração de Vitor Villar, do jornal baiano Correio, chegamos às prováveis escalações na final do Nordestão 2017, nesta quarta-feira. Nenhuma confirmada, obviamente.

Concorda com as escalações? Cabe alguma surpresa?

Bahia
Na Ilha, o tricolor de aço jogou com três volantes. Em casa, deve atuar com dois volantes, incluindo Edson, desfalque no primeiro jogo. Portanto, Matheus Sales e Juninho (forte na bola parada) devem começar no banco. Mais à frente, o time terá a volta de Régis, artilheiro do torneio, com 6 gols. Com isso, o poder de fogo do mandante aumenta bastante, tendo como lastro o bom momento do setor (completo). Sobre a formação acima, uma surpresa pode ser a permanência do lateral-esquerdo Matheus Reis na vaga de Armero.

Formação (4-2-3-1): Jean; Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Armero; Edson e Renê Junior; Régis, Zé Rafael e Allione; Edigar Junio

Desfalques: Jackson (lesão no menisco) e Hernane Brocador (fratura na tíbia)

Sport 
No último treino antes do jogo, na Ilha, Ney Franco testou uma formação com três zagueiros, tentando reforçar a defesa, carente do volante Rithely – suspenso nos dois jogos. Com a volta de Mena e a lesão de Samuel, Prata segue no time, mas em sua função original, na direita. Em busca de pelo menos um gol para “entrar” no jogo, o leão começa precavido, apostando na investida do trio DS (11 gols no ano), Rogério (8) e André (7). Porém, o setor precisa de diálogo. Preterido, Everton Felipe aparece com a principal aposta no decorrer.

Formação (3-4-1-2): Magrão; Matheus Ferraz, Henríquez e Durval; Raul Prata, Fabrício, Ronaldo e Mena; Diego Souza; André e Rogério

Desfalques: Ronaldo Alves (problema muscular), Samuel Xavier (estiramento) e Rithely (suspenso)

Jogando mal outra vez, o Sport fica no empate com o Cruzeiro. E saiu no lucro

Série A 2017, 2ª rodada: Sport 1 x 1 Cruzeiro. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O primeiro tempo foi até equilibrado, com o leão criando três boas chances. No segundo, o Cruzeiro dominou o jogo na Ilha. Enquanto o goleiro mineiro, Fábio, foi quase um espectador no período, Magrão comprovou a ótima forma na temporada, salvando o Sport de mais uma derrota no Brasileirão. O empate em 1 x 1 acabou de bom tamanho para o time pernambucano, ainda desorganizado e, nesta partida especificamente, dando sinais de cansaço.

Fragilizado pela má sequência – agora, 1 vitória em 10 jogos -, o Sport entrou em campo quase como franco atirador. Embora tenha contado com Rithely, que dá outra cara à equipe, melhorando a marcação e dando escape na criação, acabou poupando os cabeças de área, com Ronaldo utilizado no primeiro tempo e Fabrício no segundo. A interseção entre eles foi Neto Moura, cuja escalação destoou. Pouco participativo, o volante já havia ido mal em Campinas. No Recife foi quase nulo, sobrecarregando os companheiros na recomposição. Por sinal, a sua titularidade nos dois jogos da Série A é um sinal claro de fadiga no time. Ney Franco só “corrigiu” isso aos 9 da segunda etapa, justamente quando a equipe começava a pregar. Rogério (mal) e Osvaldo (arisco) desaceleraram e Diego Souza foi de centroavante a armador, ficando mais recuado a cada minuto. André? Nem no banco, poupado.

Àquela altura, já com o 1 x 1 (Alisson na primeira chegada celeste e DS87 de pênalti), coube ao Sport suportar a pressão. Trocando passes e explorando as laterais (Prata e Evandro, este numa fogueira), o visitante chegou incontáveis vezes à meta de Magrão, pois o mandante não prendia a bola um segundo sequer à frente. Na partida que reuniu os campeões de 87 para o novo uniforme, mas com apenas 4.459 espectadores, a vaia no fim foi inevitável. Direcionada sobretudo ao treinador, que deverá ter na quarta-feira, na decisão regional em Salvador, o divisor de águas em seu trabalho no rubro-negro.

Série A 2017, 2ª rodada: Sport 1 x 1 Cruzeiro. Foto: Léo Caldas/Cruzeiro

Podcast – Análise do empate entre Sport e Bahia no jogo de ida da final nordestina

Copa do Nordeste 2017, final: Sport 1 x 1 Bahia. Foto: Felipe Oliveira/Bahia/site oficial

O Sport não jogou bem no primeiro jogo da final da Copa do Nordeste. O leão só empatou a dez minutos do fim, numa noite de desorganização tática. A partida foi analisada pelo 45 minutos, com o desempenho coletivo dos dois times, com superioridade baiana, sobretudo no meio-campo (povoado). No rubro-negro, o debate ainda se estendeu às atuações individuais (Matheus Ferraz foi o melhor, acredite), além dos caminhos para surpreender na Fonte Nova. Estou nessa gravação com Fred Figueiroa. Ouça!

17/05 – Sport 1 x 1 Bahia (38 min)

Sport joga mal, fica só no empate com o Bahia e aumenta a pressão na Fonte Nova

Copa do Nordeste 2017, final: Sport 1 x 1 Bahia. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Em uma final repleta de desfalques, o Sport acabou sentindo mais. Embora tenha jogado sem Régis, artilheiro do torneio, entre outras ausências, o Bahia mostrou muita organização na Ilha do Retiro, no primeiro jogo da final da Copa do Nordeste. Com os três volantes marcando bem e Juninho conseguindo distribuir o jogo, o tricolor de aço ganhou a disputa no setor, onde o leão não teve Rithely, peça essencial para o desenvolvimento do time. Por sinal, um desfalque também para o segundo jogo, consequência de uma dupla suspensão – terceiro amarelo e vermelho direto no Arruda.

Diante de 26 mil torcedores, numa trégua após as goleadas sofridas na última semana, o Sport foi só transpiração. Passou longe de se impor como mandante. No primeiro tempo, até chegou com perigo, com Matheus Ferraz cabeceando na trave e em duas finalizações de Rogério. Entretanto, a falta de combate fez com que o rival, com marcação alta, levasse perigo nas pontas. Sobretudo com a zaga descoberta – ao menos a dupla Durval/Matheus foi bem. No primeiro tempo, o Baêa ainda saiu reclamando bastante de uma penalidade não assinalada, de Magrão em Allione, e de um gol anulado de Zé Rafael. Na visão do blog, o árbitro só acertou no segundo lance.

Copa do Nordeste 2017, final: Sport 1 x 1 Bahia. Felipe Oliveira/Foto: Bahia/twitter (@ECBahia)

No segundo tempo, Ney Franco foi o primeiro mexer, logo no começo. Tirou Everton Felipe e colocou Juninho na ponta direita. Uma troca arriscada demais, perdendo toda a recomposição, além de colocar um atacante sem diálogo com os demais – falha gritante no sistema ofensivo do Sport. O castigo veio no minuto seguinte, com o Bahia avançando justamente naquele setor modificado, se aproveitando ainda da má partida de Samuel Xavier. Num chutaço, Juninho abriu o placar. Àquela altura, vantagem justíssima.

A falta de repertório na criação de jogadas do Sport assustou, com Diego Souza, de volta após três partidas, sem aproximação com o ataque. Atuação apenas regular. Já na casa dos 35, num escanteio cobrado por Fabrício, Juninho limpou a barra do treinador, mostrando estrela mais uma vez. O 1 x 1 levantou a Ilha, com 14 minutos de pressão, na base do abafa, até o apito final. Depois, vaia merecida. Pelo futebol apresentado, o empate acabou sendo lucro para o leão, que agora precisa marcar pelo menos um gol na Fonte Nova, dentro de uma semana, para tentar o tetra do Nordestão. Precisará da mesma frieza vista no Bahia.

Copa do Nordeste 2017, final: Sport 1 x 1 Bahia. Foto: Felipe Oliveira/Bahia/site oficial

As prováveis formações de Sport e Bahia no jogo de ida da final do Nordestão 2017

Prováveis formações de Sport e Bahia para o jogo de ida da final do Nordestão 2017. Arte: Cassio Zirpoli/DP, via footbaluser.com

Em 2016, Sport e Bahia faturaram R$ 129 milhões, cada um. As maiores receitas no Nordeste, num cenário que deve se manter nesta temporada, resultando em jogadores de qualidade, ao custo de cifras milionárias. Entretanto, para a final da Copa do Nordeste, os dois clubes acabam chegando repletos de desfalques, por lesão e suspensão. Tecnicamente, a decisão poderia ser ainda maior, mas os nomes à disposição também deixam o clássico equilibrado. Sem surpresa, os técnicos Ney Franco e Guto Ferreira fizeram mistério acerca das escalações para o jogo de ida, na Ilha do Retiro. Com apuração dos repórteres Daniel Leal e João de Andrade Neto, do Superesportes, e a colaboração de Vitor Villar, do jornal baiano Correio, chegamos às prováveis formações do finalistas da Lampions 2017.

Concorda com as escalações? Cabe alguma surpresa?

Sport 
No leão da ilha, o treinador abre mão dos três volantes, num sistema que não rende sem Rithely – suspenso nos dois jogos. Recuperado após três jogos ausente, DS87 volta como meia, com Everton Felipe indo para a ponta direita – embora uma inversão entre os dois não seja descartada. Na cabeça de área, Ronaldo fica como primeiro volante. Na lateral esquerda, o lateral-direito Raul Prata ganha chance. Já jogou assim.

Formação: Magrão; Samuel Xavier, Matheus Ferraz, Durval e Raul Prata; Fabrício, Ronaldo e Diego Souza; Everton Felipe, Rogério e André

Desfalques: Ronaldo Alves (problema muscular), Mena (distensão) e Rithely (suspenso)

Bahia
No tricolor de aço, que não terá o artilheiro do torneio, Régis, a solução acaba sendo o recuo de Zé Rafel, com Edigar Junio centralizado à frente – ganhou a disputa pela vaga deixada pelo Brocador, lesionado. Renê Júnior retorna após dois jogos, quando desfalcou o time devido a uma lesão na coxa. Momento oportuno, após a suspensão do volante Edson, destaque na estreia no Brasileirão, no 6 x 2 no Atlético-PR.

Formação: Jean; Eduardo, Tiago, Lucas Fonseca e Matheus Reis; Renê Junior, Juninho e Zé Rafael; Allione, Diego Rosa e Edigar Junior

Desfalques: Jackson (lesão no menisco), Hernane Brocador (fratura na tíbia), Armero (suspenso), Edson (suspenso) e Régis (suspenso)