De novo, o Serra Dourada abre as portas da elite para o Sport

Série A 2012: Atlético-GO 0x1 Sport. Foto: ADALBERTO MARQUES/AGIF/ESTADÃO

No Serra Dourada, apenas 449 pagantes.

Foi o pior público desta Série A. Campo grande, vazio, ideal para o time visitante…

Priorizando a Copa Sul-americana, o Atlético Goianiense poupou vários titulares.

Titulares que, diga-se de passagem, não ajudaram muito a tirar o time da última colocação do competição nacional.

Neste cenário, animado pela vitória sobre a Ponte Preta, o Sport jogou com o dever de voltar para o Recife com três pontos na bagagem. Era “a” chance.

Apesar desete contexto, devido à tensão que toma conta da equipe leonina, não havia com ser fácil a partida. Não foi.

No mesmo estádio conseguiu o acesso à elite na última temporada, o Sport precisou se superar, em uma fraquíssima atuação, para vencer.

Venceu. Pelo placar mínimo, com cara de goleada.

No primeiro tempo, os rubro-negros viram Saulo defender um pênalti cobrado por Patric. O goleiro segue invicto como titular, com quatro vitórias e dois empates.

Como há um ano, o gol salvador foi de cabeça, no segundo tempo.

Em vez de Bruno Mineiro, o meia Hugo se apresentou, logo aos três minutos.

Depois, mesmo diante de um adversário impotente, foi um sufoco inacreditável. Aos gritos, o técnico Sérgio Guedes tentava consertar a equipe, visivelmente sem gás.

Mas conseguiu segurar o 1 x 0.

Pela primeira vez no Brasileirão o time conseguiu vencer dois jogos seguidos. Resultados que o deixaram a três pontos do 16º colocado. No início da semana eram oito!

Agora, será uma semana inteira para corrigir os inúmeros erros vistos em Goiânia, até porque o próximo adversário será o São Paulo, na Ilha do Retiro. Outro patamar.

Até la, um classificação um pouco mais saudável. Chegou a hora do Sport…?

Série A 2012: Atlético-GO 0x1 Sport. Foto: ADALBERTO MARQUES/AGIF/ESTADÃO

Com sofrimento além da conta, Leão perde em BH

Série A 2012: Atlético-MG x Sport. Foto: Alexandre Guzanche/EM/D.A Press

Tudo ia contra a lógica…

Três derrotas seguidas, desestimulado e com a chance de rebaixamento chegando a 96%. Ataque inoperante, seis meses sem marcar um gol de bola parada.

Sem contar o fortíssimo adversário pela frente, o terceiro colocado, jogando com o apoio da torcida neste domingo. Em casa, ainda não havia perdido na competição.

Contra tudo isso, o Sport parecia surpreender em Belo Horizonte.

Vencia o Atlético Mineiro até os 31 minutos do segundo tempo. Gol de cabeça de Hugo após cobrança de escanteio de Cicinho, aos 15 minutos da primeira etapa.

Até a igualdade, o sufoco foi intenso, além de uma arbitragem controversa, minando quase toda as ações leoninas, fora os dois pênaltis não assinalados.

Caseiro além da conta o árbitro Flávio Rodrigues Guerra.

Ainda assim, o time pernambucano encaixou alguns contragolpes.

Em um deles, Gilsinho fez muito torcedor rubro-negro arrancar os cabelos ao entrar cara a cara com o goleiro. O atacante perdeu uma chance de ouro de ampliar.

Rithely também havia perdido o seu gol, como quase sempre acontece. Uma vantagem mais larga fez falta até o apito final, com quatro minutos de acréscimo.

Aos 31 e aos 47 minutos, o atacante Leonardo virou a partida, 2 x 1.

Dois gols sofridos no segundo tempo, algo de praxe nesta campanha na Série A. Nas três derrotas anteriores, dos onze gols sofridos, nove haviam sido na segunda etapa.

Havia esta preocupação. Desta vez, até houve luta. Não bastou… Faltou afinco.

Série A 2012: Atlético-MG x Sport. Foto: Alexandre Guzanche/EM/D.A Press

Sport jogou para ganhar durante 45 minutos. Empatou

Série A 2012: Sport 1x1 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Três vitórias em quatro jogos. Recuperação. Era o que se esperava na Ilha do Retiro.

O confronto desta quarta-feira poderia marcar de vez a curva ascendente do Sport no returno. Por sinal, o tradicional adversário era o melhor time desta segunda metade da Série A, invicto há cinco rodadas. Um “confronto direto”.

Com William Rocha vetado pelo departamento médico, Waldemar Lemos deu uma nova chance para o jovem Renê no lado esquerdo. Era a maior surpresa na noite.

Pois com apenas cinco minutos de jogo o lateral-esquerdo aliviou o peso da responsabilidade. Recebeu de Felipe Azevedo e cruzou rápido, certeiro. Hugo se antecipou à zaga e cabeceou para as redes. Logo depois, novamente com bola área, mas pela direita, Rithely por pouco não ampliou. Uma blitz que assustou o Bahia.

Surpreendentemente, o ritmo continuou a favor do Leão, com várias chances criadas na primeira etapa. Foram dez, algumas claríssimas, contra apenas uma dos baianos.

Vez por outra a zaga leonina se apresentava de forma desatenta. Mas o jogo era mesmo do outro lado, com a bola sempre se aproximando da meta de Marcelo Lomba.

Obviamente, futebol são 90 minutos, mas os primeiros 45 do Sport nesta quarta foram os melhores do time nesta Série A. Dito e feito.  O Tricolor de Aço voltou melhor na etapa complementar. Adiantou a marcação e foi superior em boa parte do jogo.

Tanto que o técnico rubro-negro acionou o esquecido meia Felipe Menezes aos 25 minutos. No lugar de Hugo, muito bem, mas cansado, ele teria o papel de prender mais a bola no meio-campo. Não foi bem. O time todo aparentava desgaste.

Sem Rithely, substituído após sentir dores na coxa, havia acabado os contra-golpes. Ao Bahia, oportunidades. Uma delas num chutaço de Elias, acertando o travessão. O jogo fácil e envolvente do primeiro tempo cedia lugar à valentia, sem padrão tático.

Aos 38, enfim, o Bahia chegou ao empate, num chute cruzado de Hélder.

Durante quase toda a partida o Sport ficou a dois pontos de deixar a zona de degola. O frustrante empate em 1 x 1 deixou o Leão a quatro. Antes da rodada, eram três.

As chances apareceram para os pernambucanos, que não aproveitaram. Futebol…

Série A 2012: Sport 1x1 Bahia. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Sem base para novidades, Sport cai no Pacaembu

Série A 2012: Palmeiras 3x1 Sport. Foto: PIERVI FONSECA/AGIF/AE

Com o Pacaembu cheio, tomado por 30.463 torcedores, o Palmeiras foi no embalo da pressão da arquibancada. Os alviverdes buscaram bastante o gol, usando as laterais.

No primeiro tempo foi um festival de bolas alçadas na área do Sport. Para ser mais exato, foram 15 cruzamentos do time paulista. Apenas seis do visitante pernambucano.

Uma dessas raras chances leoninas surgiu aos 46 minutos, na única boa finalização.

No momento em que conseguiu tocar a bola com um pouco mais de ritmo, o Leão assustou. Hugo cruzou, Felipe Azevedo subiu bem e exigiu uma ótima defesa de Bruno.

Até ali, quem aparecia nesta quinta, para “variar”, era Magrão.

Quando não salvou, a trave ajudou, num lance incrível de Obina, aos 27 minutos. Oportunidade articulada numa falha de posicionamento dos leoninos.

Era preciso mudar a postura do Sport, facilmente envolvido pelo time de Felipão.

No início da etapa final, o jovem Welton, surpresa na escalação, vacilou na marcação e Luan por pouco não marcou. O número 30 nas costas parecia o peso da camisa.

Aos 7 minutos, o primeiro gol palmeirense. Curiosamente, não foi na pressão.

A jogada começou nos seguidos passes errados do Sport, sem consistência na meiuca. Numa estocada, um chute de longa distância de Corrêa. Falha grave de Magrão.

Com o time abdicando do ataque, a reação seria difícil. Só na base da vontade.

Ou, então, em um lance fortuito. Aconteceu. Aos 16, o canhoto Rivaldo mandou um míssil de pé direito. Acertou o ângulo e empatou.

A festa durou um minuto. Em falha de atenção incrível de Welton após um lançamento, Tiago Real dominou na área e desempatou. Nervoso, o garoto de 20 anos não marcava.

Aos 22, acredite, mais uma bola em cima do frágil lado direito do Leão. Obina se aproveitou e decretou a vitória dos paulistas, por 3 x 1. Lutaram pela boa vantagem.

Dar chance à base é necessário para qualquer clube. No entanto, existe o momento para isso. Um jogo tenso, entre duas equipes desesperadas, não parecia o ideal…

Faltou personalidade em São Paulo. Dos mais experientes ao novo profissional.

Série A 2012: Palmeiras 3x1 Sport. Foto: WAGNER CARMO/AE

Com sofrimento e raça, uma vitória rubro-negra

Série A 2012: Sport x Santos. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Incomodava bastante a torcida o longo período sem vitórias.

Eram onze jogos na Série A sem somar três pontos numa mesma partida. Mais um jogo sem triunfo e o Sport igualaria o seu recorde negativo na elite, de 1999.

Encarar o Santos não parecia a garantia de que o tabu acabaria. Aos poucos, as notícias foram aliviando a pressão nos rubro-negros. Em tese.

Primeiro, Paulo Henrique Ganso foi vetado por uma contusão. Depois, faltando 24 horas para a peleja, Neymar sofreu uma indisposição intestinal e também ficou de fora.

No entanto, mesmo sem os seus astros o Santos teve um bom domínio territorial na Ilha do Retiro, na tarde deste domingo.

Contra Náutico e Flamengo o Leão apresentou um bom desempenho, tanto no ataque quanto na defesa. Diante do Peixe, o time de Waldemar Lemos oscilou demais.

Como estamos falando de futebol, isso não quer dizer nada. Mesmo atacando pouco e de forma pouco organizada, o Sport marcou duas vezes na primeira etapa.

O primeiro foi logo aos três minutos, para alegria dos 22.167 torcedores presentes.

Após cobrança de escanteio, Cicinho achou bem o espaço e cruzou. A bola passou na frente de todo mundo, menos de Hugo, o último da fila. Cabeceou firme.

Aos 37 minutos, Felipe Azevedo bateu de fora da área e marcou o seu quinto gol na competição. Contou com um desvio maroto da zaga.

Essas foram as únicas finalizações certas do Sport na primeira metade do duelo. Não que o Santos tenha finalizado, pois também não o fez. Mas cercou bastante.

No segundo tempo, aos 6 minutos, o Santos chegou. Numa rápida estocada pelo lado esquerdo, Gerson Magrão cruzou e o atacante André testou para as redes.

Aos 13 minutos o jogo ganhou um ar dramático com a expulsão do zagueiro Edcarlos. Recebeu o segundo amarelo. No primeiro, havia dando uma tapa ridícula na bola.

Depois disso, com o Leão sem força ofensiva, só mesmo com muita vontade em campo para segurar a pressão dos paulistas. Para segurar o importantíssimo 2 x 1.

Para acabar com o incômodo jejum sem vitória… Ainda que o caminho siga difícil.

Série A 2012: Sport x Santos. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Com atitude, um pontinho leonino no Rio de Janeiro

Série A 2012: Flamengo x Sport. Foto: CELSO PUPO/FOTOARENA/AE

Em Volta Redonda, o “cinzento” Sport iniciou o duelo contra o Fla na noite desta quinta com a mesma formação do clássico passado.

Na equipe, duas peças irregulares. O cabeça de área Renan e o atacante Gilsinho. O primeiro acabou sentindo uma lesão ainda no primeiro tempo e cedeu o lugar a Tobi.

O segundo, importante taticamente, correndo bastante, pouco fez ofensivamente.

Lá na frente, o time pernambucano atacou pelos dois lados. Entrou disposto. Contou com ótima atuação do meia Hugo, que enfim fez o que se esperava dele.

O camisa de número 80 armou boas jogadas, chamou pelo menos dois marcadores do Fla e ainda ajudou na defesa, mostrando um ímpeto que talvez sirva para todo o time.

Apesar disso, o Flamengo, sem pressa em campo, conseguiu abrir o placar.

Thomás fez boa jogada pelo lado esquerdo, em cima de Cicinho, e tocou para Ibson, que bateu de trivela. No primeiro ataque dos cariocas, 1 x 0. Eram apenas 13 minutos.

Apesar da má fase e do baque inicial, os rubro-negros pernambucanos não se abateram.

Seis minutos depois, num contragolpe, Moacir tocou para Hugo e este bateu cruzado. A bola explodiu na trave e voltou para Felipe Azevedo. Bateu nele e foi para as redes.

Enfim, um tento para a torcida do Sport. Após incríveis 757 minutos de jejum!

Após a igualdade o Leão passou a ocupar melhor os espaços no campo. Controlou a bola. O time comandado por Waldemar Lemos teve 52% de posse no primeiro tempo.

Na etapa final, muita correria dos dois lados. Uma partida nervosa, com inúmeros contragolpes. Magrão, jogando pela 400ª vez pelo clube, fez duas grandes defesas.

Do outro lado, Rithelly, Felipe Azevedo e Hugo ficaram bem perto de virar o placar. Aos 31, livre, Hugo viu um impedimento mal assinalado.

Por sinal, foram 12 faltas cometidas pelo Mengão e 24 do Leão, o que mostra o critério um tanto controverso do árbitro. Porém, o empate em 1 x 1 foi importante para o Sport.

Diante de uma duradoura crise técnica, o grupo se mostrou moralmente capaz.

Série A 2012: Flamengo 1x1 Sport. Foto: Alexandre Vidal/FlaImagem