Juninho marca duas vezes no finzinho e Sport vence o Náutico de virada na Ilha

Pernambucano 2017, semifinal: Sport 3 x 2 Náutico. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

O quadro se repetiu, com o prata da casa Juninho sendo acionado no lugar de André no segundo tempo. Com a milionária contratação passando em banco – desperdiçou três chances incríveis, mas foi útil no esquema – o atacante de 18 anos foi chamado por Ney Franco. Contra o Campinense, marcou o único e importante gol leonino no primeiro jogo do confronto, contra o Joinville, recebeu ótimo passe de Rithely e finalizou quase sem espaço, e agora contra o Náutico foi ainda mais avassalador. O Sport perdia o clássico até os 45 minutos do segundo tempo, no jogo de ida da semifinal do Estadual.

Em plena Ilha, a torcida alvirrubra celebrava o silêncio do público mandante. Apesar do 2 x 1, os leoninos haviam dominado, finalizando bastante contra a meta de Tiago Cardoso – com ótima atuação até então, mostrando o porquê de sua contratação. Após disputar algumas jogadas longe da área, uma vez que também atua como meia, Juninho acabou sendo orientado a ficar na área. No primeiro lance, iniciado por Everton Felipe (que também entrou no decorrer), a jogada prosseguiu com Rogério, num cruzamento na medida. De cabeça, com força, o empate. Na pressão do estádio, numa festa já invertida, o rubro-negro manteve o rival alvirrubro em seu campo, trocando passes nos descontos, buscando espaço para a última tentativa.

Pernambucano 2017, semifinal: Sport 3 x 2 Náutico. Foto: Rafael Martins/DP

Após o escanteio conquistado por Lenis, Everton Felipe cobrou baixo, como de costume, mas Juninho se antecipou a João Ananias, girou e finalizou. Em menos de dois minutos, da derrota à vitória, 3 x 2. Juninho chegou a 5 gols em 14 jogos como profissional. Começo promissor, pressionando André, com os mesmos 5 gols nesta volta. Sobre o resultado, o leão, que ganhou o primeiro clássico no ano, tem o empate a seu favor, num momento em que vem ganhando casca em mata-matas. Entretanto, terá que corrigir os problemas defensivos. De posicionamento, de rebotes e até mesmo de escalação – caso Ronaldo Alves siga fora. Em quatro jogos seguidos na Ilha (Campinense, Danubio, Joinville e Náutico), só não tomou gol em um.

Quanto ao alvirrubro, fica a lamentação após jogar com muita disposição defensiva. A zaga cortou cruzamentos, dividiu jogadas, rasgou, os volantes ocuparam os espaços no meio e os atacantes tentaram prender a bola. Foi a tática de Milton Cruz. Teve poucas chances, mas construía uma vitória justa. Sem contar o gol anulado de Everton Páscoa, quando estava 1 x 1. Embora torcedores e parte da imprensa considerem que a partida teria chegado aos 3 x 1, pois o gol de Anselmo saiu dois minutos depois, não me parece correta a leitura de que o lance seguiria da mesma forma caso o primeiro o gol tivesse sido valido. De toda forma, a queixa é justa, pois foi o lance capital da partida, mal assinalado. E o jogo na Arena promete…

Pernambucano 2017, semifinal: Sport 3 x 2 Náutico. Foto: Rafael Martins/DP

Sport não joga bem, mas vence Joinville e consegue vantagem na Copa do Brasil

Copa do Brasil 2017, 4ª fase: Sport 2 x 1 Joinville. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Este mês de abril proporcionou um cenário inédito no Sport, com a disputa de mata-matas em quatro competições oficiais distintas, nos âmbitos estadual, regional, nacional e internacional. Uma sequência de quarta/domingo com jogos de maior pressão e cobrança. Ao utilizar equipes alternativas em seis jogos no hexagonal, o objetivo do Sport era, justamente, chegar neste momento com o time principal mais encaixado e descansado. Foi assim com Campinense e Danubio, em boas atuações pelo Nordestão e Sula. Embora também tenha vencido o Joinville, a rotação do time foi bem abaixo.

O leão encarou mais um time recuado, jogando por um bola – que existiu, numa saída errada de Magrão. Estudando o adversário além da conta, o Sport trocava passes sem conseguir verticalizar jogadas. Everton Felipe jogou mal e André, isolado, pouco participou. Ney Franco trocou os dois no segundo tempo, no mesmo instante, quando o jogo já estava 1 x 1. Entraram Lenis e Juninho. O colombiano foi arisco, avançando em todas as jogadas de linha de fundo. Como desperdiçou três chances, ouviu reclamações, apesar de ter mostrado futebol. Já o prata da casa mostrou serviço novamente ao substituir o centroavante titular. Segue prendendo a bola, mas também tem qualidade, como no gol da vitória, aos 38. Num belo passe de Rithely (que já havia feito um golaço sob um toró), o atacante dominou rápido e finalizou ainda melhor.

Para um time que não mostrou organização na Ilha, a vitória por 2 x 1 acabou sendo satisfatória. Terá o empate dentro de uma semana, na Arena Joinville, onde deverá encontrar uma atmosfera maior que a ida, com menos de 5 mil torcedores – com chuva e tevê, é verdade. Acabou simulando um peso menor a um confronto (acessível) que vale R$ 1,05 milhão de cota e a vaga nas oitavas da Copa do Brasil, onde o rubro-negro não chega desde 2010.

Copa do Brasil 2017, 4ª fase: Sport 2 x 1 Joinville. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Em última apresentação alternativa, Sport vence o Central e encara clássico na semi

Pernambucano 2017, 10ª rodada: Central 1 x 3 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Encerrando a sua participação no modorrento hexagonal de 2017, o Sport venceu o Central num jogo atípico. Apesar da fragilidade do ‘mandante’, o leão só balançou as redes do Arruda no segundo tempo. Abriu o placar com Juninho, que parecia em dúvida sobre o que fazer em cima da linha – comentando o lance, achou que a jogada havia sido anulada. A quinze minutos do fim, tomou o gol de empate, que evitaria um clássico na semi do Estadual. Porém, acelerou o mínimo necessário e marcou com Leandro Pereira, numa sequência de quatro chutes do time, e Lenis, de pênalti.

O 3 x 1 colocou o clube em rota de clássico, contra Santa ou Náutico – definem no último jogo desta fase, na segunda-feira. Na visão do blog, o Salgueiro seria um adversário mais acessível. Entretanto, no planejamento do Sport, segundo Ney Franco, o confronto resultaria numa viagem desgastante ao Sertão a poucos dias de outra semi, pelo Nordestão (contra o Santa), na mesma semana em que a equipe voltaria de Joinville, pela Copa do Brasil. Ou seja, preferiu a pressão de um clássico local do que as escalas das viagens.

Na prática, não havia dúvidas acerca do jogo de domingo, no qual o rubro-negro usou um time alternativo pela última vez neste torneio – invicto após seis jogos. Reservas e Sub 20. Uma mescla suficiente, embora o primeiro tempo tenha sido de puro marasmo, técnico e tático. A partir de agora, força máxima, com quatro ou seis clássicos nos próximos 30 dias…

Escalações alternativas (entre parênteses, os leoninos oriundos da base):
02/02 – Salgueiro 0 x 0 Sport (6)
15/02 – Sport 1 x 0 Belo Jardim (5)
01/03 – Sport 1 x 1 Náutico (6)
19/03 – Belo Jardim 0 x 1 Sport (8)
03/04 – Sport 2 x 2 Salgueiro (14)
09/04 – Central 1 x 3 Sport (6)

Pernambucano 2017, 10ª rodada: Central 1 x 3 Sport. Foto: Williams Aguiar/Sport Club do Recife

Arena Pernambuco em 3D

Orçada em R$ 532 milhões, a Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata, começa a sair do papel. Ainda em marcha lenta, aguardando o parecer arqueológico.

O estádio pernambucano para a Copa do Mundo de 2014 está sendo desenvolvido pelo consórcio liderado pela construtora Odebrecht.

Abaixo, o vídeo institucional do projeto, com imagens em 3D da futura Cidade da Copa, assim como as obras viárias e depoimentos de Juninho Pernambucano e Ricardo Rocha.

Confira o hotsite Diario de uma Arena, sobre a evolução da obra, clicando AQUI.

No vídeo, o prazo de conclusão do estádio de 46 mil lugares: dezembro de 2012.

8 toneladas

Gol pela vida 2010: Ciro e Kuki comemoram mais um gol dos amigos de Juninho Pernambucano, que venceu o time dos amigos de Ricardo Rocha por 6 x 0. Foto: Inês Campelo/DP

Céu nublado durante todo o domingo e pancadas de chuva no Recife.

Logo num dia marcado para uma partida beneficente nos Aflitos para as vítimas das enchentes que castigaram a mata sul de Pernambuco. E foram muitas. Milhares. Mais de 82 mil desabrigados e desalojados em 68 municípios.

A população do Grande Recife atendeu ao pedido de solidariedade.

Foram 8 toneladas de alimentos arrecadados no jogo, que contou com craques de um passado recente, conscientes do dever de ajudar.

No fim, uma goleada daquelas.

Amigos de Juninho Pernambucano 6 x 0 Amigos de Ricardo Rocha.

O placar não importa. Valeu o show de Pig, que marcou 2 gols. Pig?! Sim. Fez parte da geração do Sport de Juninho, Chiquinho e Leonardo de 1994, mas não deslanchou.

Como curiosidade, vale dizer que o time da imprensa pernambucana venceu a equipe dos artistas locais por 6 x 3, na preliminar.

Colaboradores do blog como Fred Figueiroa (goleiro mandake), Lucas Fitipaldi, Celso Ishigami e Alexandre Barbosa participaram dessa legítima pelada!

Aprendendo a mexer com cash

Bola de dinheiro

Ao todo, o Sport tem 72 jogadores com contrato assinado, de acordo com o Boletim Informativo Diário (BID) da CBF. Contratos profissionais, com atletas a partir das categorias juvenil e júnior (veja AQUI). De todos eles, o maior contrato vigente é justamente o do atacante Ciro, até 5 de agosto de 2013.

Não por acaso, o contrato dele tem a maior multa rescisória do Leão, com valores de R$ 20 milhões para clubes brasileiros e R$ 40 milhões para times estrangeiros. Algumas sondagens do exterior teriam chegado a R$ 10 mi no ano passado!

A multa, porém, é apenas um parâmetro para as negociações, que quase sempre são abaixo do valor estipulado. De qualquer forma, acredita-se que a possível venda dos direitos econômicos da revelação leonina chegue a pelo menos metade, se for no Brasil.

Como se sabe, o craque afirmou, em entrevista ao repórter André Albuquerque, do Diario de Pernambuco, que o Palmeiras o sondou recentemente (veja AQUI).

Independentemente do desfecho dessa negociação, a primeira dúvida é:

Será que o Sport vai conseguir vender o atacante Ciro por mais de R$ 3,5 milhões?

O valor pode parecer baixo para as pretensões rubro-negras. No entanto, o número já seria um recorde em Pernambuco. A maior transação aconteceu há 12 anos.

O país cresceu economicamente, a moeda ganhou força, as cotas de patrocínio dos clubes aumentaram, mas venda do meia Jackson, hoje no Santa Cruz, ainda é um marco. Curiosamente, aquela negociação foi justamente entre Sport e Palmeiras…

Segunda dúvida:

Os clubes do Recife não sabem negociar ou o nível dos atletas revelados é baixo?

Vendas milionárias de Pernambuco (valores em Reais, em vigor desde 1994)

  • Top 5

3.500.000 – Jackson (meia), do Sport para o Palmeiras, em 1998
2.200.000 – Bosco (goleiro), do Sport para o Cruzeiro, em 2001
2.100.000 – Gilmar (atacante), do Náutico para o Guingamp (França), em 2009
2.000.000 – Daniel Paulista (volante), do Sport para o Rapid (Romênia), em 2008
1.800.000 – Fumagalli (meia), do Sport para o Al-Rayyan (Catar), em 2007

  • Top 10

1.750.000 – Leonardo (atacante), do Sport para o Cruzeiro, em 2001
1.500.000 – Juninho Pernambucano (meia), do Sport para o Vasco, em 1995
1.500.000 – Juninho Petrolina (meia), do Sport para o Atlético-MG, em 1998
1.500.000 – Cleber Santana (meia), do Sport para o Vitória/BA, em 2004
1.300.000 – Pantera (atacante), do Santa Cruz para o Compostela (Espanha), em 1996

  • Top 20*

1.300.000 – Chiquinho (meia), do Sport para o Vitória/BA, em 1997
1.200.000 – Carlinhos Bala (atacante), do Santa Cruz para o Cruzeiro, em 2006
1.100.000 – Moacir (volante), do Sport para o Corinthians, em 2010
1.000.000 – Russo (lateral-direito), do Sport para o Vitória/BA, em 1997
1.000.000 – Edson (lateral-esquerdo), do Sport para o Corinthians, em 2000
1.000.000 – Grafite (atacante), do Santa Cruz para o Grêmio, em 2001
1.000.000 – Wellington (atacante), do Náutico para o TSG Hoffenheim, em 2008

*Nota-se que para completar o top 20 ainda faltam três negociações milionárias…

Gol pela vida

Enchente em Barreiros/PE (21/06/2010). Foto: Alcione Ferreira/DP

A causa é nobre.

Um jogo para arrecadar donativos para as vítimas das enchentes que castigaram Pernambuco, atingindo 68 municípios. Mais de 82 mil pessoas ficaram desabrigadas ou desalojadas durante a tragédia, já considerada como um tsunami de água doce.

O domingo, reservado para o futebol, não terá nenhum jogo profissional no Recife. Com a data vaga, um jogo beneficente foi marcado para os Aflitos, às 17h. O amistoso “Campeões de mãos dadas por Pernambuco” foi anunciado nesta quarta.

A entrada? Um quilo de alimento ou material de higiene pessoal.

Em campo, muitos craques. Inclusive cinco campeões mundiais de 1994.

Amigos de Juninho Pernambucano
Magrão, Albérico, Givaldo, Lúcio Surubim, Adriano, Sandro, Dário, Zé Carlos, Toninho Cerezo, Alexandre Gallo, Zé do Carmo, Ataíde, Juninho Pernambucano, Nildo, Ciro, Kuki, Leonardo, entre outros.

Amigos de Ricardo Rocha
Do time do tetracampeonato: Ricardo Rocha, Jorginho, Márcio Santos, Viola e Paulo Sérgio. Demais ex-craques: Ricardo Pinto, Mauro Galvão, Gonçalves, Amaral, Robert, Ailton, João Paulo etc.

Vale a pena ir aos Aflitos… Além solidariedade, o nível técnico realmente será dos melhores. Alguma ideia para escalar as equipes?!