Paciência para pontuar e tropeçar

Série B 2011: Náutico 2 x 2 Icasa. Foto: Blenda Souto Maior/Diario de Pernambuco

Com apenas 25 segundos de jogo, Kieza recebeu um ótimo lançamento na área e, esperto, driblou o goleiro do Icasa e abriu o placar nos Aflitos.

Início da farra de gols na casa timbu, na tarde deste sábado.

O Alvirrubro criou outras chances de balançar as redes, mas o segundo tento só veio aos 34 minutos, novamente com Kieza.

Cobrando uma penalidade máxima, o camisa 9 deslocou o goleiro Marcelo Pitol e marcou o seu 18º gol na Série B. Artilheiro disparado do Brasileiro.

Um ótimo índice, com 18 gols em 29 rodadas, o que dá 0,62 a cada jogo do Náutico.

Então, por que essas fotos com o desânimo de Kieza na partida ilustram este post?

Resposta: um novo tropeço em casa nesta cada vez mais afunilada Segundona…

O time cearense, mesmo pressionado no caldeirão alvirrubro, conseguiu ir buscar o empate, já aos 36 minutos da etapa final: 2 x 2.

A invencibilidade nos Aflitos ainda é um fato, com 10 vitórias e 5 empates.

Outro fato ainda maior é de que nas últimas duas apresentações, contra os ameaçados Duque de Caxias e Icasa, os comandados de Waldemar Lemos somaram 2 pontos.

O estádio de Rosa e Silva vem sendo a base de pontuação da equipe na Série B. Sem ela, porém, a vantagem ficará cada vez mais curta no G4.

É preciso de mais de paciência. Do time em campo e da ansiosa torcida fora dele…

Série B 2011: Náutico 2 x 2 Icasa. Foto: Blenda Souto Maior/Diario de Pernambuco

Irreconhecível e indefensável

Série B 2011: Paraná 2 x 0 Náutico. Foto: Denis Ferreira Netto

No termômetro, uma clima variando entre 12 e 14 graus.

Frio. Para o padrão recifense, então…

Mas não tanto quanto o futebol apresentado pelo Náutico nesta noite, em Curitiba.

Jogando quase completo, desfalcado apenas de Jeff Silva – justamente em uma vaga com reposição, Airton -, o Timbu foi incapaz de agredir o Paraná Clube.

Foram 90 minutos de amplo domínio do adversário, em má fase na competição.

Não que o Tricolor Paranaense tenha feito uma boa apresentação nesta sexta-feira, apesar da raça, mas é porque simplesmente não viu do outro lado um time aplicado…

Derrota justa, por 2 x 0. Um dado estatístico torna o argumento mais forte.

O relógio do árbitro José de Caldas marcava 24 minutos do segundo tempo, já com 76% da partida. Até ali, 14 finalizações para o Paraná e nenhuma para o Timbu, zero.

A primeira finalização aconteceu no minuto seguinte, com Alexandro, numa bicicleta sem direção alguma. Ficou nisso, empacando o G4, mas com dois jogos nos Aflitos agora.

Essa foi a pior partida do Náutico na Série B.

Para não parecer tão severo, eis a declaração de Eduardo Ramos, o camisa 10.

“Essa foi a pior partida do time na Série B”.

O “indefensável” do título não se refere, obviamente, ao primeiro gol da partida, numa falha de Gideão, mas sim à postura da equipe, que queimou gordura. Bola pra frente.

Série B 2011: Paraná Clube 2 x 0 Náutico. Foto: Robson E. V. Mafra (Paraná)/divulgação

Queimando a gordura alvirrubra

Série B 2011: Bragantino 2x1 Náutico. Foto: Fábio Eduardo (Bragantino)/divulgação

Com apenas 45 segundos o esquema alvirrubro foi desmontado.

Numa arrancada incrível, Léo Jaime invadiu a área pelo lado esquerdo e tocou com categoria na saída do goleiro Gideão.

Não marcou três gols numa mesma partida, mas “pediu” a música, Abaixo a depressão.

Foi a 5ª vitória consecutiva do Bragantino, que saiu do 16º lugar para a 6ª posição, sonhando com o G4. Mais um na enorme fila…

Ao Náutico, em 3º lugar, o aprendizado sobre a falta de atenção, pois ter a meta vazada em tão pouco tempo aniquila qualquer preleção.

A verdade é que todo o primeiro tempo timbu foi ruim, com uma arbitragem ainda pior. O segundo gol paulista, por exemplo, resultou numa reclamação daquelas. Impedimento…

Na etapa final, quando tirou um volante e colocou mais um meia de criação, aproveitando o fato de jogar com um a mais, o tempo já era escasso.

Ainda assim, o time pernambucano melhorou em campo e passou a criar. O Alvirrubro lutou pelo empate, mas a derrota por 2 x 1 acabou sendo justa.

O time não esteve numa boa noite. Pior, a rodada não ajudou. Dos oito primeiros colocados, sete venceram nesta 23ª rodada. Só o Timbu ficou parado…

Queimou a gordura na Terra da Linguiça. Faz sentido…

Série B 2011: Bragantino 2x1 Náutico. Foto: Fábio Eduardo (Bragantino)/divulgação

A canoa mais resistente dos Aflitos

Série B 2011: Náutico 2 x 1 Criciúma. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Historicamente, 65 pontos é o número mágico na Série B para garantir o acesso.

O agora vice-líder Náutico chegou neste sábado aos 41 pontos em 22 rodadas. Após a 11ª vitória na Segundona, com o 2 x 1 sobre o Criciúma, faltam 24 pontos.

Faltam 8 vitórias, em contagem regressiva, uma vez que dos 16 jogos restantes, oito serão nos Aflitos. Lá, o Náutico se mantém como único invicto desta equilibrada Série B.

Portanto, numa conta sem mistério algum, basta vencer todos os jogos em casa e o Alvirrubro estará de volta à elite nacional.

Motivo para gerar confiança, como neste sábado, quando 16.325 torcedores pagaram ingresso para apoiar o Timbu diante do Criciúma, mais preocupado em “marcar” (elogio para a pancadaria) do que jogar futebol.

Com os empates de Portuguesa e Ponte, bastava uma vitória simples para o Náutico não só alcançar a 2ª posição como ficar a apenas dois pontos da liderança.

A ausência de Eduardo Ramos foi sentida na partida, sem um homem de criação de qualidade. Elton, escalado para a missão, logo se machucou, aumentando o problema.

Então, foi na base da superação, na pressão e com uma dose incrível de regularidade. Paralelamente a isso, Kieza recebia uma duríssima marcação individual.

Em 20 minutos de jogo, o Criciúma cometeu nada menos que 13 faltas!

O duelo seguia encardido. Veio a bola parada, vital em qualquer partida na qual a bola para de rolar no gramado. No finzinho do primeiro tempo, Peter cobrou uma falta pelo lado esquerdo e o caçado Kieza desviou de cabeça.

Foi uma festa daquelas nos Aflitos (o início, na verdade). Foi o 13º gol do artilheiro timbu, agora também artilheiro da Série B. Náutico 1×0 Criciúma.

Peter foi recompensando pela assistência com a autoria do segundo tento, aos 25 minutos da etapa final. Desta vez, a assistência foi o ala Airton, substituindo Jeff Silva.

O Criciúma ainda diminuiu nos descontos. Nada que impedisse a torcida alvirrubra de começar a cantar nos Aflitos “se a canoa não virar…”

O time está remando demais. A praia começa a surgir no horizonte.

Série B 2011: Náutico 2 x 1 Criciúma. Foto: Roberto Ramos/Diario de Pernambuco

Bônus na cartilha alvirrubra

Série B 2011: Goiás 1 x 2 Náutico. Foto: Goiás/divulgação

Analisando a tabela como um todo, dificilmente o técnico Waldemar Lemos cravaria uma vitória no Serra Dourada, diante do Goiás.

Ir até Goiânia para enfrentar o clube esmeraldino, um dos mais ricos e tradicionais desta Série B, nunca foi bom negócio. Nem mesmo para os grandes clubes na Série A.

Na tabela, este jogo pode ser um daqueles “descartáveis”, tendo o empate como bônus.

Imagine, então, após uma atuação opca no primeiro tempo, tendo o goleiro Gideão como destaque, crescer na etapa final, encaixar a marcação e, sobretudo, os contragolpes, definindo uma vitória daquelas…

Na noite desta sexta-feira, o cirúrgico Náutico venceu o Goiás por 2 x 1 e subiu de vez no Campeonato Brasileiro, com raiz no G4.

Os gols alvirrubros saíram aos 13 e 22 minutos do segundo tempo.

Primeiro com o atacante Kieza, o 12º do artilheiro na competição, mandando para as redes após cruzamento rasteiro de Peter. Bateu forte, consciente. Desmanchou o Goiás.

Depois, com o meia Eduardo Ramos. De forma surpreendente, saindo de sua característica mais cadenciada, o camisa 10 roubou a bola ainda no campo de defesa e avançou mais de 40 metros em velocidade.

Cara a cara com Harlei, tocou com categoria, deslocando o goleirão. Iarley diminuiu de cabeça, nos descontos, mas não impediu a soma de três pontos para Rosa e Silva

Em sua 11ª partida como visitante, esta foi a 3ª vitória do Náutico e, beneficiado pelo tropeço da Ponte Preta, o Timbu ficou a um ponto do adversário, o vice-líder (39 x 38).

Apontada pelos próprios alvirrubros como a sequência mais difícil nesta Segundona, com Ponte Preta (F), Portuguesa (C), Goiás (F) e Criciúma (C), o time pernambucano chegará na última partida com dois empates e uma vitória, em um bom desempenho.

Ainda no gramado, os jogadores ficaram de joelhos e agradeceram. Os comandados de Waldemar Lemos voltam ao Recife com a certeza de um bônus na bagagem…

Série B 2011: Goiás 1 x 2 Náutico. Foto: Goiás/divulgação

Batalhinha dos Aflitos

Série B 2011: Náutico x Portuguesa. Foto: Náutico/divulgação

Assim que o árbitro Gutemberg de Paula Fonseca encerrou o jogo nos Aflitos, na noite desta terça-feira, uma certa frase rendeu bastante no microblog Twitter.

Por sinal, foi o título deste post.

Ironia que remete, obviamente, ao jogo de 2005 contra o Grêmio, também na Série B.

Desta vez, um jogo duríssimo, com cara de revanche. Na estreia, o Náutico havia sido goleado pela Portugusa por 4 x 0. O Timbu evoluiu desde então e subiu na classificação.

Saiu da lanterna na primeira rodada para uma consolidada 3ª colocação.

Então, nos Aflitos, diante de 16.548 torcedores, uma verdadeira panela de pressão. O Alvirrubro criou as suas chances no primeiro tempo, assim como a lúcida Lusa. Dessa vez, Kieza e Edno não decidiram.

No fim do primeiro tempo, o lance que decidiu a história do jogo.

Ferdinando derrubou Kieza e recebeu, merecidamente, o segundo cartão amarelo. Foi expulso. Em seguida, por reclamação, Marcelo Cordeiro também ganhou o vermelho.

Em dois minutos, o Náutico via surgir uma chance claríssima para derrubar o perigoso ponteiro, com cinco vitórias como visitante e só uma derrota longe do Canindé.

E foram 49 minutos de vantagem no segundo tempo, incluindo os acréscimos, com o Náutico martelando o adversário, completamente fechado pelo técnuico Jorginho.

A cada gol perdido, mãos na cabeça na lotada arquibancada em Rosa e Silva.

Kieza, Rogério, Philip e Eduardo Ramos perderam as melhores oportunidades.

O empate sem gols acabou não saindo do placar. Um 0 x 0 frustrante.

Em dois jogos seguidos contra os melhores, Ponte e Lusa, dois empates nos quais a vitória pernambucana esteve muito perto. Pelo contexto, foi, sim, uma batalhinha.

Nada que mude o foco de um time a quatro pontos do 5º lugar, firme no G4. Menos mal.

Série B 2011: Náutico x Portuguesa. Foto: Náutico/divulgação

Boa, Náutico

Série B 2011: Náutico 3x1 Boa. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Cada vez mais enraizado no G4, o limitado time do Náutico já passou dos limites.

Alguém ainda duvida da mira no acesso…?

O Alvirrubro começa a abrir vantagem sobre o 5º lugar, montando um lastro importante para o decorrer da competição, que chegará à metade na próxima rodada.

Encaixando uma sequência de bons resultados, o Timbu já vislumbra até a liderança, ajudado pelos tropeços de Portuguesa e Ponte Preta.

E, sobretudo, pela força no estádio Aflitos, tomado por 15.782 torcedores.

Com os dias contados, a casa alvirrubra voltou mesmo a ser caldeirão, algo que sempre fez a diferença para o clube., mesmo quando não apresenta um grande futebol, como desta vez. Nesta Série B, ainda invicto em casa, soma 9 vitórias e 2 empates.

A 9ª vitória foi na noite desta sexta-feira, sobre os mineiros do Boa Esporte, por 3 x 1.

Aos 11 minutos, o atacante Kieza, rechaçando qualquer “azar” do novo teceiro padrão, se livrou da marcação e chutou no cantinho. No segundo tempo, aumentando a pressão, Elicarlos ampliou, aos 10.

Logo depois, de pênalti, marcou mais um gol, chegando a 11 tentos na Segundona e entrando de vez na briga pela artilharia da competição.

Está a apenas 1 gol de Ricardo Jesus, da Ponte. Briga boa, mas o foco não pode mudar.

O Boa ainda diminuiu. Esse gol serviu para o técnico Waldemar Lemos cobrar mais atenção da equipe. Sim, a fase é boa. Mas o desfecho do Brasileiro ainda está longe…

Série B 2011: Náutico x Boa. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

O técnico fez chover

Pernambucano 2011: Petrolina 0x1 Náutico. Foto: Regina Lima/Esp DP/D.A Press

Confronto complicadíssimo em Petrolina.

O time da casa, bem treinado por Neco, surpreende no Estadual.

Para piorar a situação do Náutico na noite desta quarta, um toró daqueles.

Chuva durante toda a partida…

A chuva de gols não existiu. O jogo, equilibrado, parecia caminhar para um empate, apesar do maior volume de jogo da Fera Sertaneja.

Mas o técnico Roberto Fernandes resolveu arriscar, investir no resultado.

Promoveu as entradas do meia Philip e do atacante Kieaza na etapa final.

Até porque o Timbu passou a jogar com um atleta a mais em campo.

Aos 39 minutos, o gol da vitória alvirrubra.

Boa jogada de Philip. Passou por dois jogadores, com categoria, e bateu cruzado. Atento, o centroavante Kieza empurrou para o gol, 1 x 0 cirúrgico.

Três pontos importantíssimos, mantendo a distância de sete pontos sobre o rival.

Dedo do treinador?