Após 74 dias de jejum, Sport vence Vitória no Barradão e vai do Z4 à zona da Sula

Série A 2017, 27ª rodada: Vitória x Sport. Foto: Romildo de Jesus/Futura Press/Estadão conteúdo

Eram 9 rodadas sem vitória na Série A, num jejum que derrubou o Sport da zona da Libertadores à zona de rebaixamento. Futebol e confiança abaixo, com foco em Diego Souza, cuja qualidade técnica molda o leão, positiva ou negativamente. Jogando mal e irascível, o meia acabou sofrendo a pressão que cabe a um atleta de sua categoria. Cabia ao próprio sair dessa, pois bola tem. E em Salvador, fez por onde, sendo o nome da vitória. Curiosamente, a última também havia sido na capital baiana, no 3 x 1 sobre o Bahia em 30 de julho. Em outro clássico nordestino, mas contra o Vitória, DS87 fez gol e deu assistência, tirando o time do Z4. Contando com uma rodada camarada, voltou à zona da Sula – a princípio, um objetivo mais modesto que o de outrora.

No Barradão, no duelo entre os rubro-negros, o pernambucano teve mais posse de bola no primeiro tempo. E não foi um falso domínio, pois o time rodou bastante, procurando o ataque. Em duas oportunidades o bom goleiro Caique apareceu muito bem, primeiro num chute cruzado de Diego, de canhota, e depois numa cabeçada de André, após boa trama com Wesley e Patrick. Tendo paciência, o visitante conseguiu abrir o placar aos 45 minutos, numa cobrança de falta. Diego Souza mandou no ângulo, golaço. Assim, tornou-se o maior goleador do Sport no Brasileirão, chegando a 34 gols.

Série A 2017, 27ª rodada: Vitória 1 x 2 Sport. Foto: Mauricia da Mata/E. C. Vitória

Embora tenha arrancado triunfos de peso atuando como visitante, sobre Corinthians, Flamengo, Botafogo e Atlético Mineiro, tendo o segundo melhor rendimento neste contexto, o Vitória deve bastante em casa. Tem apenas dois resultados positivos em 14 partidas, sendo o pior mandante. Daí a pressão por mudanças na equipe. Aos 15/2T, Mancini promoveu a entrada de André Lima (centroavante) e Patric (ala), lançando o time ao ataque. No mesmo instante, Luxemburgo tirou Wesley (atuação ok) e Osvaldo (destoou), colocando Rodrigo e Lenis, reforçando a marcação e o poder de contragolpes.

E na primeira bola recuperada o Sport conseguiu ser fatal, com André limpando a jogada no meio-campo e tocando para DS, livre. O camisa 87 avançou e, na saída do goleiro, rolou para Lenis, com o colombiano empurrando para o gol vazio. No feriado, o Sport enfim se apresentou para o jogo. O resultado só não foi efetivamente tranquilo porque o rival diminuiu aos 38, com o também colombiano Trellez, numa sobra. Sufoco até os descontos, mas com a vitória assegurada, 2 x 1. Faz tempo… Precisamente, 74 dias.

Vitória x Sport na Bahia pelo Brasileirão (11 jogos)
6 vitórias do Leão da Barra
2 empates
3 vitórias do Leão da Ilha (1995, 2014 e 2017)

Série A 2017, 27ª rodada: Vitória x Sport. Foto: Lucio Tavora/Agência Tempo/Estadão conteúdo

O cenário para a grande temporada termina sem comando técnico no Timbu

Náutico em 2013. Fotos: Diario de Pernambuco

O ano prometia. Seria o único representante pernambucano na elite nacional, com o maior orçamento da história do clube, acima de R$ 41 milhões. A base mantida após a 12ª colocação no último Campeonato Brasileiro. Pré-classificado à Copa Sul-americana, de forma inédita no estado. E mais…

Contrato assinado com atuar na Arena Pernambuco, aumentando a receita e a cota de ingressos promocionais do Todos com a Nota, de 8 mil para 15 mil entradas. Ainda sobre a infraestrutura, teria a modernização do centro de treinamento, com direito a um novo sistema de iluminação e hotel. Para completar, um jogador convocado para a Seleção Brasileira.

O cenário do Náutico no começo de 2013 apontava um ano de ouro. Ainda estamos no mês de setembro e o panorama é o avesso do plano alvirrubro.

Colecionando fiascos em larga escala, incluindo Estadual, Copa do Brasil, Sul-americana e Série A, o clube já começa a vislumbrar 2014.

Uma nova temporada e provavelmente num patamar abaixo…

Em pouco mais de oito meses, foram cinco técnicos no Náutico. Administração à parte, quem é o maior culpado entre os treinadores?

1) Gallo, que trocou o planejamento nos Aflitos pela base da Seleção.
2) Mancini, que não conseguiu formar um bom time no Estadual.
3) Silas, que teve tempo, mas não arrumou a casa para a Série A.
4) Zé Teodoro, que afundou o Náutico na classificação.
5) Jorginho, que não conseguiu sequer um empate no Brasileiro.

A temporada deve terminar de forma interina com Levi Gomes e Kuki…

Agora, sobre a gestão do clube vermelho e branco, qual foi o maior erro?

Aniversário do Náutico e presente da sulanca para Mancini

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 0x2 Ypiranga. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Aniversário, jogo em casa, padrão novo à prova. Ao Náutico, era vencer e consolidar a liderança do Estadual, com apenas mais uma rodada pela frente, no próximo fim de semana. Contudo, o adversário inspirava cuidado.

No G4, o Ypiranga foi a Rosa e Silva pelo “empate”, pois continuaria entre os semifinalistas. Era a única vaga aberta, uma vez que os três grandes clubes já haviam alcançado a classificação. A Máquina de Costura foi além. Conquistou a classificação inédita nos Aflitos. Agora, ou irá às Copas do Brasil e do Nordeste, sendo campeão, vice ou terceiro lugar, ou à Série D se ficar em quarto.

O time do Agreste arrumou energia no nervosismo timbu, sobretudo do pressionado técnico Vágner Mancini, e abriu o placar no primeiro tempo, num Peixinho de Danúbio. Leia novamente a primeira frase do post, pois nada daquilo apaziguou a ira da torcida timbu, que vai vendo o time sensação da competição entrando em parafuso a menos de quinze dias da fase decisiva.

As duas derrotas nos clássicos mexeram no ambiente alvirrubro, na diretoria, na comissão técnica e nos jogadores. Com a equipe desarrumada, o Náutico foi para o abafa na etapa final. Criou algumas chances, até acertou a trave.

Mas teve mesmo que engolir seco o revés por 2 x 0, com Diogo ampliando numa cobrança de pênalti aos 34 minutos. Será que Mancini fica até o próximo aniversário do Náutico? Talvez nem até o São João.

Atualização às 21h: Mancini foi demitido em outro trabalho conturbado no Recife.

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 0x2 Ypiranga. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Semana Santa nos Aflitos com fim do jejum e liderança com autoridade

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 0x2 Santa Cruz. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

Sufocou o rival, jogo melhor, teve mais posse de bola, criou boas chances, marcou. Tudo isso se aplica no Clássico das Emoções ao Santa Cruz. Destruidor de favoritismo, agora na liderança do Campeonato Pernambucano.

Nos Aflitos, com a sua torcida registrando ótima presença, o bicampeão estadual mostrou que nos grandes jogos do Estadual a sua aura é diferente.

Ganhou neste domingo por 2 x 0 com autoridade e de lambuja acabou com um jejum de oito clássicos sem vitória em Rosa e Silva. Uma tarde daquelas para o povão. Aos alvirrubros, o segundo revés num duelo deste porte. Sinal amarelo?

De fato, esperava-se a blitz alvirrubra no início, partindo pra cima com a velocidade de Rogério, a qualidade no passe de Martinez e os chutes de Elton.

Bem marcadas, as principais peças do Náutico pouco produziram. César e William Alves estiveram muto bem. O domínio era coral, bem postado em campo, cadenciando a partida. No primeiro tempo teve 53% de posse de bola.

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 0x2 Santa Cruz. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

Com a pelota nos pés, o Santa criou as melhores oportunidades. Aí, o time de Martelotte quase teve o seu grande pecado, pois perdeu três ótimas chances, sendo duas com Renatinho e uma com Dênis Marques.

O surpreendente panorama exigiu que Vágner Mancini modificasse a estrutura tática. Com a dupla de ataque sem marcar, ele exigiu mais combate lá na frente, evitando os espaços. Contudo, o jogo voltou igual. Então, Mancini arriscou, com Pacheco no lugar de Auremir. Enfim, o Timbu se apresentou no jogo.

Impôs um ritmo melhor e inverteu o contexto, passando a pressionar, exigindo bastante do goleiro Tiago Cardoso, em atuação segura. Ao Santa, já cansando, era hora de acertar um contragolpe. Conseguiu.

Aos 33 minutos, Natan recebeu na entrada da área, em posição irregular, e abriu o placar. Em seguida, aos 36, mais um passe deixando um tricolor livre. Dênis Marques tocou com tranquilidade para incendiar de vez.

Um vitória para a torcida não deixar de acreditar no tri. Muito pelo contrário…

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 0x2 Santa Cruz. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press

Náutico e Santa Cruz em possível despedida dos Aflitos. Com ou sem tabu

Clássico das Emoções nos Aflitos de 2006 a 2012. Crédito: Ricardo Fernandes (4 fotos), Inês Campelo, Jaqueline Maia, Helder Tavares e Paulo Paiva, todos do DP/D.A Press

Náutico e Santa Cruz voltam a medir forças nos Aflitos.

Caso os rivais das emoções não se cruzem mais neste Estadual, o clássico deste domingo poderá ser o último na história do estádio de Rosa e Silva.

A partir da iminente Série A o Timbu mandará os seus jogos na Arena Pernambuco. Portanto, um novo clássico entre alvirrubros e tricolores com mando de campo vermelho e branco seria em São Lourenço da Mata, em 2014

Exercício de futurologia à parte, o Náutico está duas divisões acima do rival e tecnicamente também vive um momento bem melhor na competição.

Mas complexo de inferioridade não é com o Santa, bicampeão pernambucano mesmo divisões abaixo. Com a liderança em jogo, a partida tende a ser bem disputada. Em jogo há ainda um tabu bem favorável ao Náutico, de oito partidas.

Desde o confronto pelo quadrangular final do Brasileiro da Série B de 2005, quando Carlinhos Bala e Andrade marcaram os gols da vitória coral, que alcançaria o acesso, o Timbu segura a marca diante do tradicional rival.

São quatro vitórias e quatro empates, com sete jogos pelo Estadual e um pela esvaziada Copa do Nordeste de 2010. No post, imagens dos oito duelos.

05/11/2005 – Náutico 0 x 2 Santa Cruz (Série B)

02/04/2006 – Náutico 3 x 3 Santa Cruz (Estadual)
25/03/2007 – Náutico 2 x 1 Santa Cruz (Estadual)
01/02/2009 – Náutico 2 x 2 Santa Cruz (Estadual)
27/01/2010 – Náutico 2 x 1 Santa Cruz (Estadual)
28/04/2010 – Náutico 1 x 0 Santa Cruz (Estadual)
10/07/2010 – Náutico 1 x 1 Santa Cruz (Nordestão)
30/01/2011 – Náutico 3 x 1 Santa Cruz (Estadual)
04/02/2012 – Náutico 2 x 2 Santa Cruz (Estadual)

Com o foco retomado, mais uma goleada alvirrubra na conta

Pernambuco 2013, 2º turno: Central 0x4 Náutico. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

O Náutico entrou no Lacerdão na liderança do campeonato estadual e ampliou a vantagem na classificação após os noventa minutos, agora com 18 pontos, garantindo a ponta até o dia 31 de março. Serão onze dias até a próxima partida.

Até o próximo clássico, o das emoções.  Na noite desta quarta-feira, no jogos isolado que abriu a oitava rodada, goleada sobre o lanterna Central por 4 x 0. O início do Alvirrubro, disposto a apagar imagem do domingo, foi avassalador.

Espanando de todo jeito, a Patativa, numa má fase técnica e física que assusta, manteve a igualdade até os 28 minutos. Melhor em campo, Martinez esbanjava categoria, no passe e no senso tático. Iniciou a jogada do primeiro gol, acertando o travessão. O lance seguiu num bombardeio e Marcos Vinícius completou.

Em todo o jogo o Central só teve duas oportunidades para reagir. Ambas com Tavares, na pequena área. Uma em cada tempo. O atacante desperdiçou as duas. Eficiente, o Timbu consolidou a vitória no segundo tempo, diminuindo os espaços no meio campo e contragolpeando. Chegou várias vezes e marcou.

Aos 17, Vinícius Pacheco, que acabara de entrar. Aos 28, Rogério, pela 12ª vez no Pernambucano. Ficaria a um do também alvirrubro Elton. Mas segue a dois tentos, pois Elton não deixou por menos e também mandou pro gol, aos 33.

Neste turno são seis vitórias do Timbu e cinco goleadas. Sem abatimento, mas com a pressão do próximo de jogo, novamente de grande porte. Outro clássico.

Pernambucano 2013: Porto 0x4 Central. Foto: centralsc.com.br

Tabu mantido na Ilha do Retiro, em grande estilo

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport 2x1 Náutico. Fotos: Helder Tavares/DP/D.A Press

O favoritismo do Náutico era real no Clássico dos Clássicos. Com um poder de fogo incomum no Estadual, bem acima dos demais adversários, o time vinha encaixado, embalado. O Sport, imerso numa carência técnica, tinha a chance de acordar justamente pelo fator “clássico” da partida deste domingo.

Num duelo bem disputado, o Leão cresceu. Jogou melhor e manteve o tabu na Ilha do Retiro diante do rival centenário desde 2004. Venceu por 2 x 1, de virada.

No primeiro tempo o protagonismo foi dos goleiros Magrão e Felipe, com uma falha e uma defesaça de cada um. No saldo, um gol para alvirrubros (golaço de Rogério) e um gol para rubro-negros (Hugo, num rebote). Além disso, com os times mais abertos, a correria foi de praxe na disputa, com o árbitro Sandro Meira Ricci contornando qualquer animosidade.

Na etapa final, a partida caiu de produção, com os treinadores tentando acertar a marcação. Mancini e Sérgio Guedes sabiam que o jogo não decidia a vida de ninguém. A imagem deixada pela partida, sim, importava.

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport 2x1 Náutico. Fotos: Teresa Maia/DP/D.A Press

Aos poucos, os times foram modificados. Ora pela tática, ora pelo cansaço.

Noventa minutos em campo, o atacante Felipe Azevedo foi o mais aceso na reta final. Acertou o travessão e depois um chutou rasteiro, raspando a trave. Aos 37 minutos, na terceira tentativa, enfim mandou para as redes, num jogada de raça de Lucas Lima, que roubou a bola de Elicarlos, levantando a torcida leonina.

Ao Alvirrubro, apesar do revés, foi um bom teste, mostrando as necessidades da equipe para o restante do Campeonato Pernambucano, no qual segue na liderança isolada. Porém, faltou mais pegada diante de um rival tradicional.

Ao Leão, que precisava de uma carga de adrenalina, o triunfo pode ser o esboço de competitividade. De fato, um clássico no Recife realmente sempre define novos caminhos, mesmo sem o poder de decisão.

Sobre o tabu desde 28 de março de 2004: 11 vitórias e 9 empates.

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport 2x1 Náutico. Foto: Teresa Maia/DP/D.A Press

Elton, Rogério e o impressionante poder de fogo alvirrubro antes do clássico

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 3x0 Porto. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

O encaixe da dupla foi rápido, bem antes do previsto. O rendimento foi melhor do que se imaginava. Foi não. Vem sendo, pois tornou-se uma rotina comum. Elton balança as redes e no mesmo jogo Rogério também deixa a sua marca.

Desde o primeiro turno do Estadual os atletas registram bons números. Neste segundo, o turno que realmente importa, os atacantes alvirrubros arrancaram.

O baiano Elton finalizou de forma certeira nas seis partidas realizadas até aqui nesta fase. Atropelou todos na tabela de artilheiros. Em onze jogos, treze gols. Nesta noite, mandou para as redes numa penalidade.

Na vice-artilharia, Rogério. Em 2012, no Campeonato Brasileiro, era um jogador arisco, abrindo espaços de forma rápida. Tinha o centroavante Kieza como objetivo para o passe final. Nesta temporada, o protagonismo.

Passou a finalizar, uma deficiência crônica há bem pouco tempo, a acertar e marcar belos gols. Na noite desta quarta, mais dois. Em nove jogos, dez gols. Na goleada por 3 x 0 sobre o Porto, em Rosa e Silva, a dupla chegou a 23 gols.

Na partida na qual o time caruaruense tentou marcar forte, sem sucesso, a expectativa era sobre a volta do meia Martinez, com a braçadeira de capitão. Foi mais um a colaborar com a turma lá da frente. Atrás, nenhum gol há três jogos.

Agora, o líder Náutico terá o clássico pela frente. Na Ilha do Retiro, um confronto para referendar o poder de fogo dos Aflitos. Os números são animadores.

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 3x0 Porto. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

Rotina ofensiva do Alvirrubro e esboço de confiança na defesa

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 3x0 Belo Jardim. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

Na rotina alvirrubra neste ano, o ataque funciona de forma plena. A dupla de atacantes ajuda na marcação e define bem, balançando as redes.  Em mais uma goleada neste turno, desta vez no 3 x 0 aplicado sobre o Belo Jardim, Elton chegou a incríveis doze gols em dez jogos na competição.

Elton segue disparado na artilharia, seguido por Rogério, que comemorou mais um gol nesta volta ao time, em ótima fase. No resultado positivo construído sem aceleração máxima em Rosa e Silva, na noite deste sábado, com pouco menos de oito mil torcedores, valeu também o bom rendimento da defesa.

Ponto mais preocupante do Timbu – teoricamente seria a falta de Kieza, mas até aqui não comprometeu -, a zaga chegou a dois jogos sem ser vazada. Parece pouco, sobretudo em um torneio estadual, mas era algo bastante necessário.

As vaias ao goleiro Felipe e as constantes trocas de zagueiros deixaram o setor pressionado neste início de temporada. Essa pressão ainda não foi dissipada, mas o volume ofensivo do líder do campeonato, com a impressionante marca de 22 gols em 5 jogos no turno principal, mudou o foco da torcida alvirrubra.

Até mesmo porque nos Aflitos há a esperança depositada em dois atletas que devem compor a formação titular, com qualidade técnica suficiente para ajudar a turma lá atrás, Rodrigo Souto e Martinez – este ainda articulando na frente. Neste Pernambucano de tiro curto, o encaixe tático será decisivo.

Pernambucano 2013, 2º turno: Náutico 3x0 Belo Jardim. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A Press

Implacável, o Náutico impõe ao Salgueiro a sua maior derrota no Cornélio de Barros

Pernambucano 2013, 2º turno: Salgueiro x Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A transformação do estádio Cornélio de Barros em um alçapão com dez mil lugares elevou ao quadrado a força do Salgueiro como mandante.

Se o Carcará já era difícil de ser batido no Sertão, ficou “quase” invencível no cenário local na sua nova casa, erguida em um acordo envolvendo poder público estadual e municipal e a inicitiva privada ao custo de R$ 6 milhões.

No palco inaugurado há um ano o Salgueiro tinha um retrospecto de 25 jogos, com 17 vitórias, 7 empates e apenas 1 derrota, para o Vitória/BA. Ou seja, nenhum adversário pernambucano havia somado três pontos ali. Diante de 8.712 pessoas, o Náutico quebrou essa escrita, com autoridade.

O Timbu não derrotava o Salgueiro fora de casa desde 3 de março de 2010, na antiga versão do estádio, pelo magro 1 x 0. Na noite desta quarta, o ataque voltou a funcionar com força, resultando numa goleada por 4 x 0, mantendo o clube de Rosa e Silva na liderança do turno principal da competição.

Aos 33 minutos, Élton, com uma touca de natação, recebeu de Rogério, avançou a la Phelps e bateu rasteiro. No minuto seguinte, numa bobeira da defesa, Rogério se antecipou e encobriu o goleiro. A vantagem abateu o Carcará, já surpreendido com a saída do meia Clébson para o Remo.

Na etapa final, o meia Giovanni ampliou. Coube a Élton fechar o placar, de bicicleta. Repetiu a bike de Rogério há uma semana. Por sinal, a disputa particular aponta Élton como artilheiro do Estadual com 10 gols, e Rogério como vice, com 7. Ganhar no Cornélio de Barros é difícil. Golear então…

Pernambucano 2013, 2º turno: Salgueiro 0x4 Náutico. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press