O ranking de patrocínio-master no Brasil em 2017, com disputa acirrada no NE

Os maiores patrocínios do Nordeste em 2017: Sport, Bahia, Vitória, Náutico, Ceará, CRB, ABC, Santa Cruz e Fortaleza

À parte do investimento da Crefisa no Palmeiras, com um valor visivelmente acima do mercado, quase todos os outros grandes clubes seguem com instituições bancárias como patrocínio-master. Com a baixa entre as empresas privadas, os clubes toparam até os valores congelados por parte da Caixa Econômica Federal, que cedeu apenas os bônus por títulos na temporada. O blog compilou os valores líquidos dos principais patrocínios dos clubes, o que não necessariamente é o valor total. Como exemplo, Flamengo, Corinthians e São Paulo, os mais populares do país, que expõem marcas nas mangas, barra da camisa e até dentro dos números. Aqui, reforçando, estão os valores de 2017 relacionados ao “master”, no peito da camisa, sem possíveis bônus.

O valor do Palmeiras, quase três vezes o do vice, é mesmo uma exceção, até porque contempla todo o uniforme, pois o clube não detalhou os espaços.

Confira o levantamento do Ibope com todos os patrocínios da Série A aqui.

Já no caso corintiano, que recebeu R$ 30 milhões da Caixa em 2016, o novo contrato é de oito meses. Em tese, justifica a redução de 12 milhões de reais. Porém, caso fosse proporcional, o valor de maio a dezembro deveria ser de 20 mi, e não 18 mi. Já o tricolor paulista receberia R$ 15,7 milhões da Prevent Senior, mas a empresa quis o distrato. Assim, com o espaço vago, acertou um contrato pontual, de três meses – caso fosse anual, a Corr Plastik pagaria R$ 20 milhões, o possível “valor da marca”. Entre os principais times do eixo Rio-SP-RS-MG, apenas o Fluminense seguia sem um patrocinador-master.

Ranking de patrocínio-master no Brasil
1º) R$ 72,0 milhões – Palmeiras (Crefisa – privado)*, Série A
2º) R$ 25,0 milhões – Flamengo (Caixa), A
3º) R$ 18,0 milhões – Corinthians (Caixa)**, A
4º) R$ 12,9 milhões – Grêmio (Banrisul), A
4º) R$ 12,9 milhões – Internacional (Banrisul), B
6º) R$ 11,0 milhões – Cruzeiro (Caixa), A
6º) R$ 11,0 milhões – Atlético-MG (Caixa), A
6º) R$ 11,0 milhões – Santos (Caixa), A
6º) R$ 11,0 milhões – Vasco (Caixa)**, A
10º) R$ 10,0 milhões – Botafogo (Caixa), A
11º) R$ 6 milhões – Sport (Caixa), A
11º) R$ 6 milhões – Bahia (Caixa), A
11º) R$ 6 milhões – Vitória (Caixa), A
11º) R$ 6 milhões – Atlético-PR (Caixa), A
11º) R$ 6 milhões – Coritiba (Caixa), A
16º) R$ 5 milhões – São Paulo (Corr Plastik – privado)***,A 

* O valor pago por todo o uniforme 

** Em negociação, de maio a dezembro
*** Válido por três meses (abril, maio e junho)

No cenário nordestino há um triplo empate neste quesito, entre Sport, Bahia e Vitória, justamente os representantes da região na Série A desta temporada. Os dois rubro-negros, do Recife e Salvador, já recebem este valor (R$ 6 mi) há três anos. Caso o banco tivesse ao menos corrigido o patrocínio a partir da inflação, a cota hoje seria de R$ 7,3 milhões. Detalhe: caso um dos três conquiste a Copa do Nordeste, a Caixa daria mais R$ 300 mil.

Também chama a atenção o valor do Santa Cruz, pouco mais de 1 milhão, abaixo até de ABC e CRB, com torcidas (e marcas) bem menores – e o contrato foi assinado enquanto o tricolor estava na elite. Os corais chegaram a encaminhar um acordo de R$ 3,6 milhões com a Caixa, que acabou não se concretizando (até aqui) devido à ausência das certidões negativas por parte do clube, uma exigência burocrática. Hoje, os dois menores contratos entre os grandes do Nordeste são justamente os não estatais. Ambos com a MRV.

Ranking de patrocínio-master no Nordeste
1º) R$ 6 milhões – Sport (Caixa), Série A
1º) R$ 6 milhões – Bahia (Caixa), A
1º) R$ 6 milhões – Vitória (Caixa), A
4º) R$ 2,4 milhões – Náutico (Caixa), B
4º) R$ 2,4 milhões – Ceará (Caixa), B
6º) R$ 1,5 milhão – CRB (Caixa), B
6º) R$ 1,5 milhão – ABC (Caixa), B
8º) R$ 1,08 milhão – Santa Cruz (MRV Engenharia – privado)*, B
9º) R$ 840 mil – Fortaleza (MRV Engenharia – privado), C
* Válido até abril

O ranking de patrocínio-master no Brasil em 2016, com disputa acirrada no NE

Ranking de patrocinador-master no futebol brasileiro em 2016. Crédito: Ibope/Repucom

O Ibope-Repucom fez um levantamento sobre os maiores contratos de patrocínio-master do futebol brasileiro em 2016. No gráfico divulgado pelo diretor do instituto, José Colagrossi, foram indicados os 15 primeiros times. Não se trata da soma de receitas com o padrão, que pode ser até uma colcha de retalhos, mas do principal investidor, estampado na área nobre do uniforme.

A lista considerou valores oficiais, o que justifica a ausência do Santa Cruz. No acordo recém-firmado, o Tricolor deverá receber R$ 6 milhões anuais da MRV Engenharia, segundo reportagem do globoesporte.com. O valor colocaria os corais em 10º lugar no país, ao lado do rival Sport e de outras três equipes. Vale destacar que a mesma empresa estampa a marca no padrão do Bahia, cujo valor também não foi revelado, mas é especulado em R$ 7 milhões.

No topo, os dois times mais populares do país, Flamengo e Corinthians, ambos patrocinados pela Caixa Econômica Federal. Por sinal, também deve-se ao banco o maior patrocínio da Série B, com R$ 9 milhões ao Vasco, em 8º no geral. Entre os nomes tradicionais, Santos, Flu e Botafogo são as lacunas, pois não têm contratos vigentes – no máximo, acordos pontuais a cada partida.

Maiores patrocínios do Nordeste em 2016
R$ 7 milhões – Bahia (MRV)*
R$ 6 milhões – Sport (Caixa)
R$ 6 milhões – Vitória (Caixa)
R$ 6 milhões – Santa Cruz (MRV)*
* Valores não confirmados

Projeções não oficiais de uniformes do Santa via Dry World, já com a marca MRV

Mockups do futuro uniforme do Santa via Dry World. Arte: Arthur Nog/divulgação

Em maio, no início do Brasileirão, o Santa Cruz irá estrear um novo uniforme, produzido pela canadense Dry World, num contrato de 2016 a 2019. Substituirá a Penalty, cujo acordo está em processo de rescisão movido pelo clube. Na época da divulgação da nova marca, torcedores tricolores criaram alguns mockups, termo usado para modelos de demonstração para projetos de design.

A “antecipação” aconteceu mesmo com poucos padrões da empresa no mercado, que seriam a base para as projeções. De lá pra cá, contudo, Fluminense e Atlético Mineiro lançaram camisas com a mesma fornecedora. Assim, mais opções de mockups aos corais – nem sempre seguidos, diga-se.

Mockups do futuro uniforme do Santa via Dry World. Arte: Arthur Nog/divulgação

Para deixar o mockup ainda mais verossímil, surgiu um novo detalhe. Finalmente o Tricolor encontrou um patrocinador-master, a MRV Engenharia. E o anúncio foi feito pelo presidente do conselho de administração da própria empresa, Rubens Menin – que já havia feito o mesmo, em seu twitter, com o Bahia no ano passado. Era mais do que esperado que novos mockups se espalhassem nas redes sociais. Dito e feito. Doze horas depois, oito modelos já haviam sido produzidos, todos por Arthur Nog.

Entre os modelos apresentados, sendo três brancos, dois alternativos (pretos) e três corais (dois horizontais e um vertical), qual ficou melhor?

Mockups do futuro uniforme do Santa via Dry World. Arte: Arthur Nog/divulgação

Mudaram a sigla e a cifra na camisa do Sport

Nova camisa do Sport com Marquinhos Paraná. Foto: Sport/divulgação

Mudança na sigla do uniforme do Sport.

Sai BMG. Entra MRV.

Do laranja berrante ao amarelo não menos espaçoso.

Da instituição bancária para a engenharia.

O primeiro a vestir a nova camisa foi o volante Marquinhos Paraná, 11º reforço do ano.

No cofre rubro-negro, apesar dos valores não revelados, a verba se aproximou da cota desejada pela diretoria do clube, de R$ 6 milhões por ano.

É o mínimo necessário para concorrer com adversários que vão ganhar até R$ 30 milhões em patrocínios em 2012, durante a Série A…

É importante destacar que o acordo leonino não não foi costurado pela 9ine, que vinha prospectando investidores para o clube. Ou seja, a receita é 100% do Sport.