Podcast 45 (139º) – Náutico de Lisca, a crise no Santa e a final da Champions

O melhor momento do Náutico sob a gestão do MTA, com a presença folgada no G4 da Série B, incluindo o papel de Lisca no processo, abre a nova edição do 45 minutos, que analisou ainda as consequências do empate do Santa Cruz em Lucas do Rio Verde, parando uma série de três derrotas no Brasileiro. Acalmou o ambiente? Ainda é preciso mudar? Respondemos no programa. A venda de Joelinton, por 2,2 milhões de euros, também entrou na pauta, assim como a categórica conquista do Barcelona na Champions Leagues, com a consagração de Neymar.

O podcast, com 1h20min, conta com Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade Neto e Rafael Brasileiro. Ouça agora ou quando quiser!

Barcelona chega ao penta da Champions, numa doutrina de como jogar futebol

Champions League 2015, final: Barcelona x Juventus. Foto: Uefa/site oficial

O Barcelona joga mais futebol do que os outros, é preciso admitir. Foi assim sob o comando de Guardiola e é também agora, com Luis Henrique, outro ex-jogador que sabe como poucos como funciona a engrenagem blaugrana. Em Berlim, o Barça fez 3 x 1 na Juventus, com direito ao gol de Neymar aos 51 minutos do segundo tempo, encerrando a peleja.

Por mais aguerrida que a Juve seja, com craques como Tévez, Pirlo e Buffon, sem contar a boa partida realizada, a diferença era enorme, sobretudo na hora de decidir. Foi assim no controle de bola, beirando 70%, na intensidade e na qualidade dos ataques.

É bonito demais ver esse time jogar, dando sinais de carne e osso a uma perfeição vista nos videogames, onde Messi, Neymar e Suárez são destruidores através dos joysticks. E assim foram nesta temporada também. Além do gol do Rakitic aos 4 minutos, o 4º mais rápido em uma final de Champions League, marcaram Luisito e o menino Neymar, fazendo com que o trio sul-americano “MSN” se tornasse o ataque mais ofensivo da história do futebol espanhol, recheado por ataques demolidores.

Champions League 2015, final: Barcelona x Juventus. Foto: Uefa/site oficial

Ao todo, os atacantes marcaram 122 gols em 60 partidas, sendo  58 do argentino Messi, 39 do brasileiro Neymar e 25 do uruguaio Suárez. O time todo fez 175. Ou seja, somente o trio titular foi responsável por 69% dos tentos anotados em jogos oficiais em uma jornada vitoriosa. Na temporada 2014/2015, por sinal, o clube catalão conquistou a tríplice coroa, com a orelhuda da Champions se juntando à liga espanhola e à Copa do Rei.

No estádio Olímpico, o Barcelona chegou ao pentacampeonato europeu.

1992, 2006, 2009, 2011 e 2015.

À Velha Senhora, vice-campeã pela sexta vez, fica um consolo. Qualquer outro clube, hoje, teria saído com a medalha de prata. A diferença no futebol assusta. Pois é. Imagine agora o nível técnico do Barcelona no game Fifa 2016

E um último registro: essa bola que Neymar está jogando é extremamente necessária para revigorar a combalida Seleção Brasileira.

Champions League 2015, final: Barcelona x Juventus. Foto: Uefa/site oficial

A história se repete no Barça com Messi, Ronaldinho e Neymar

Ronaldinho Gaúcho, Lionel Messi e Neymar no Barcelona. Crédito: Futmais/twitter

O perfil Futmais traçou um paralelo histórico entre as parcerias no Barcelina envolvendo Ronaldinho Gaúcho, Lionel Messi e Neymar.

Duas gerações com disputas entre Brasil e Argentina, com personalidade.

Da força nos momentos mais complicados no time.

No apoio tático e técnico em campo.

E, claro, nas comemorações dos muitos gols.

O craque sempre erguendo o novo nome.

2003-2008 Ronaldinho
2008-2014 Messi
2013-2014 Neymar

A história se repete… plentamente?

Da estreia no comando técnico até a estreia no Mundial, as seleções de Dunga

Amistoso, 2014: Brasil 1 x 0 Colômbia. Foto: Rafael Ribeiro/CBF

A segunda Era Dunga no comando técnico da Seleção Brasileira foi iniciada com uma vitória por 1 x 0 sobre a Colômbia, num amistoso nos Estados Unidos. Brilhou a estrela de sempre, Neymar (36 gols em 55 partidas).

Deste primeiro time, já mirando o ciclo de 2018, veremos quantos chegarão em forma e com titularidade assegurada na Rússia. Com alguns nomes experientes, como Maicon e Robinho, acredita-se que nesta primeira formação o momento talvez seja o de dar “cancha” aos mais novos. Agora, a presença dos veteranos seria justamente para diluir a responsabilidade de nomes sem tanto contato com a camisa verde e amarela.

Assim, vale comparar as mudanças na Canarinha do primeiro jogo com o capitão do tetra como treinador até a estreia na Copa do Mundo, o objetivo máximo da Seleção. São cerca de 1.400 dias até nova tentativa para o hexa. Há espaço para novos nomes. Outros já devem se garantir desde já…

Estreia de Dunga como técnico na 1ª Era
Brasil 1 x 1 Noruega (16/08/2006, em Oslo)
Gomes; Cicinho, Lúcio, Juan e Gilberto; Gilberto Silva, Edmílson, Elano e Daniel Carvalho; Robinho e Fred

Estreia de Dunga na Copa do Mundo na 1ª Era
Brasil 2 x 1 Coreia do Norte (15/06/2010, em Joanesburgo)
Júlio César; Maicon, Lúcio, Juan e Michel Bastos; Gilberto Silva, Felipe Melo, Elano e Kaká; Robinho e Luís Fabiano

Observação: durante os quatro anos de preparação, cinco atletas continuaram como titulares até a largada do Mundial da África do Sul: dois zagueiros (Lúcio e Juan), um primeiro volante (Gilberto Silva), um meia (Elano) e um atacante de velocidade (Robinho).

Estreia de Dunga como técnico na 2ª Era
Brasil 1 x 0 Colômbia (05/09/2014, em Miami)
Jefferson; Maicon, Miranda, David Luiz e Filipe Luís; Luis Gustavo, Ramires, Oscar e Willian; Diego Tardelli e Neymar 

Observação: pela lógica do ciclo anterior, seriam favoritos à formação titular, em 2018, Miranda, David Luiz, Luis Gustavo, Oscar e Neymar. Parece mesmo fazer sentido…

Amistoso, 2014: Brasil 1 x 0 Colômbia. Foto: CBF TV/reprodução

O desafio do banho gelado no futebol e a previsível chegada ao Recife

Desafio da água gelada no futebol. Crédito: youtube/reprodução

O viral é o mesmo. Uma ação inusitada ganhando força nas redes sociais e turbinada mundialmente pela participação de celebridades e atletas famosos das mais diversas modalidades.

Foi assim no Harlem Shake, aquela dança doida que surgiu nos Estados Unidos.

Agora é a vez do Ice Bucket Challenge, ou “desafio do banho gelado”. como está sendo chamado por aqui.

O desafio incentiva doações para pesquisas e institutos para diversas doenças. No entanto, a que tem recebido mais atenção é a ALS (no Brasil, ELA) ou esclerose lateral amiotrófica (saiba mais aqui).

Após o banho de gelo (ou água gelada), a pessoa desafia outras, aumentando consideravelmente o raio de ação. Daí, a viralização na web.

No futebol, já participaram nomes como Mario Götze, Iniesta, Gerrard, Marcelo, David Luiz, Benteke, Cristiano Ronaldo, Daniel Alvez, Balotelli, Thiago Silva, Neymar e Sturridge, entre outros…

Como aconteceu no Harlem Shake, a onda deve chegar rapidamente no Brasil.

No Recife, Marinho do Náutico foi o primeiro a puxar a fila…

Desafio da água gelada no futebol. Crédito: youtube/reprodução

O peso do 7 x 1 nos direitos econômicos

A goleada de 7 x 1 ainda vai aterrorizar a Seleção Brasileira por muito tempo.  A torcida, envergonhada com a pior derrota da história da Canarinha, e também os jogadores que fizeram parte do time verde e amarelo…

A Pluri Consultoria avaliou o peso da derrota entre os convocados. Dos 23 jogadores, apenas um (Neymar, que não esteve em camp) saiu valorizado…

Confira os dados, reunidos por Ed Wanderley, do Diario.

O artilheiro mexicano impedido pela Fifa, mas eleito pela torcida o craque do jogo

Copa do Mundo 2014, fase de grupos: México 1x0 Camarões. Foto: Matthias Hangst/Getty Images

Giovani dos Santos viveu um dia inesquecível na Copa, para o bem e para o mal.

Numa estreia com mais de 13 mil mexicanos na Arena das Dunas, debaixo de um temporal, o camisa 10 vibrou com a vitória sobre Camarões.

Uma partioda bem disputada, num gramado impecável apesar da chuva, com muitas chances de gol e, como de praxe, erros de arbitragem.

O gol de Peralta foi legal, o suficiente para a vitória do México por 1 x 0.

Caso a regra tivesse sido bem aplicada, o representante da Concacaf teria goleado os africanos, puxados por Eto´o.

Giovani dos Santos, craque da partida México 1x0 Camarões, na Copa do Mundo de 2014. Crédito: Fifa

No primeiro tempo, o assistente colombiano Humberto Clavijo levantou a bandeira duas vezes, de uma miopia e falta de conhecimento da regra incríveis!

Nos dois lances, Giovani dos Santos concluiu cruzamentos com perfeição para as redes. Viu seus dois gols serem mal anulados.

É cedo, mas ao menos por um dia, o atacante do Villarreal seria o artilheiro da Copa, ao lado de Neymar, futuro adversário no grupo A.

No fim da partida, a torcida global reconheceu o seu desempenho à vera.

Foi eleito o craque do jogo, em votação oficial na Fifa… Mesmo sem os gols.

Copa do Mundo 2014, fase de grupos: México 1x0 Camarões. Foto: Miguel Tovar/Getty Image

O primeiro ato brasileiro em sua Copa com a assinatura de Neymar

Copa do Mundo de 2014, fase de grupos: Brasil x Croácia. Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM

Os 62.103 torcedores cantando em voz alta o hino nacional com os jogadores visivelmente emocionados já foi de arrepiar. A atmosfera estava pronta.

Era o início da festa no Itaquerão. Outra vibração assim em São Paulo, só aos 45 minutos do segundo tempo, em um jogo tenso e bem disputado. Brasil 3 x 1.

Após a festa de abertura sem sal, o começo da partida não foi dos melhores. A responsabilidade de atuar em casa realmente é grande, pesa.

A cobertura dos laterais brasileiros foi falha durante boa parte do jogo. E o bem armado time da Croácia aproveitou cedo. E ainda contou com a ajuda…

A meta de Júlio César foi vazada aos 11 minutos, após bola cruzada pelo lado esquerdo, passando em sequência por Thiago Silva, Luiz Gustavo e David Luiz.

A Brazuca acabou nos pés de Marcelo, de uma infelicidade tremenda. Marcou o primeiro gol contra da Seleção em toda a história dos Mundiais.

Copa do Mundo de 2014, fase de grupos: Brasil 3x1 Croácia. Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM

O empate veio num chute quase despretensioso de Neymar, ainda na primeira etapa. Lance para acalmar a Canarinha, para trazer de volta a torcida. O time canarinho queria jogo, não se absteve do ataque.

A primeira mudança de Felipão aconteceu aos 20 do segundo tempo. Paulinho, ainda em recuperação, deu lugar ao pernambucano Hernanes. O Profeta é o reserva mais acionado nesta Era Scolari. Nesta tarde, limitou-se à marcação.

A virada minutos depois, mas numa penalidade mandrake marcada pelo árbitro japonês Yuichi Nishimura, bem confuso nos seus critérios.

Fred caiu na área, sem sofrer qualquer contato. Na cobrança, Neymar mandou para as redes e já largou na artilharia – algo simbólico, uma vez que o camisa 10 é a maior aposta do país na Copa do Mundo de 2014.

No finzinho, o lance mais bonito. Num contragolpe rapidíssimo, Oscar – muito bem – tocou de biquinho, de fora da área. Acertou o cantinho do goleiro croata.

Do banco, para onde havia ido há pouco descansar, Neymar abriu o sorriso de vez. E ainda seria eleito pela Fifa, justamente, o craque do dia.

Copa do Mundo de 2014, fase de grupos: Brasil x Croácia. Foto: Jefferson Bernardes/VIPCOMM

Entre pousos e decolagens, já tem jogo na maior porta de entrada do país

Torcidas de Brasil, Argentina e Uruguai. Foto: João de Andrade Net/DP/D.A Press

O Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, é a principal porta de entrada de turistas no país. Seja no desembarque imediato ou no enorme fluxo de conexões, o movimento é intenso.

Em 2013 foram 36,6 milhões de passageiros nos check-ins, dos quais 12,4 milhões em voos internacionais. Decolagens e pousos num ritmo frenético.

Na Copa do Mundo de 2014 espera-se um recorde – teme-se até um colapso.

Mais de 600 mil estrangeiros devem viajar ao Brasil. Era essa a meta inicial, já batida segundo o balanço de ingressos da Fifa.

Aeroporto Internacional de Guarulhos. Foto: Infraero/divulgação

As torcidas dos países participantes do Mundial já começaram a desembarcar, a esperar as malas na esteira e a cumprir o lento processo de imigração e alfândega. Contudo, esse público também já começou a curtir o país…

Nesse processo de desembarque, a rivalidade tão cantada nas arquibancadas fica de lado, como no registro do repórter João de Andrade, correspondente do Diario de Pernambuco na capital paulista.

Inlgeses com uniformes das seleções de Brasil, Argentina e Uruguai reunidos numa mesa com o carteado rolando solto após a viagem. E espanhóis observando de longe. Vai ter jogo.

Torcedores da Espanha no Aeroporto de Guarulhos. Foto: João de Andrade Neto/DP/D.A Press

Copeiro, Felipão já estimula os pênaltis, com Júlio César, Victor e Jefferson

Júlio César, Victor e Jefferson, os goleiros das Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014. Foto: Gaspar Nóbrega/VIPCOMM

Teresópolis – O Brasil sequer estreou na Copa do Mundo, então falar de uma disputa de pênaltis a partir das oitavas de final talvez seja bastante cedo. Ou não. Copeiro em sua essência futebolística, o técnico Felipão vai estimulando ao fim de cada coletivo na Granja Comary uma série de cobranças de pênalti.

Há duas formas de observar esse treinamento. Ou no viés dos atacantes, que não vêm rendendo bem, ou dos goleiros, em excelente forma caso necessário o dramático desempate. Júlio César, Victor e Jefferson vêm defendendo várias cobranças nos treinos. Aqui, um registro do blog com o goleiro do Botafogo, com duas defesas em quatro cobranças.

Todos os cobradores, Neymar, Fred, Marcelo, David Luiz e Willian, são os já indicados por Felipão caso necessária uma situação do tipo. A ordem possivelmente seria esta.

Até hoje, a Seleção Brasileira já passou por três disputas assim, todas dramáticas. em 1986, quando Zico perdeu uma cobrança ainda no tempo normal, o país acabou eliminado pela França de Platini (3 x 4). Em uma das cobranças, a bola bateu nas costas do goleiro Carlos entrou. Era o início do fantasma dos Bleus.

Nas outras duas, apesar da elevada carga emocional imposta, os resultados foram festejados. Em 1994, na primeira final da história decidida nos tiros livres, com Baggio chutando por cima a última bola da Azzurra (3 x 2), e em 1998, numa semifinal antológica contra a Holanda (4 x 2), com Taffarel brilhando com duas defesas nos pênaltis – e já havia defendido o chute de Massaro quatro anos antes.

Na última disputa de pênaltis da Seleção, na Copa América de 2011, o país foi eliminado pelo Paraguai desperdiçando quatro cobranças. Portanto, é bom que os atacantes melhorem também…

Júlio César, Victor e Jefferson, os goleiros das Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014. Foto: Gaspar Nóbrega/VIPCOMM