De 72 horas a 4 mil horas, a evolução da transmissão na TV dos Jogos Olímpicos

Mosaico de transmissão da Olimpíada 2016. Foto: Cassio Zirpoli/DP

Com a transmissão de todas as competições nas 42 modalidades, o Sportv anunciou a “maior cobertura da história da Olimpíada” no Rio de Janeiro. Com 56 canais, sendo 16 na tevê a cabo e 40 na internet, a emissora agendou 100% do evento. Para dar conta, escalou 35 narradores e 110 comentaristas. A oferta ao vivo foi tão intensa que acabou sendo difícil para o telespectador se concentrar em um canal, com “queixas” nas redes sociais. A cobrança deu certo, tanto que, no 6º dia, o Sportv passou disponibilizar um mosaico com 16 canais – até então, os mosaicos contavam com no máximo quatro telas, durante o Campeonato Brasileiro de futebol. Essa macro transmissão contrasta frontalmente com a primeira Olimpíada exibida ao vivo na televisão, há 80 anos.

Em Berlim, no evento-propaganda de Hitler, as principais provas passaram num circuito fechado do governo e em 25 auditórios públicos, com telões especiais. Segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI), 162.228 pessoas assistiram à transmissão, espalhada em três cidades. Além da capital, Potsdam (a 35 km) e Leipzig (a 189 km) também receberam as imagens, via cabo. A equipe técnica usou 21 câmeras, com tecnologia bem distinta – uma delas tinha 1,82 cm. Na primeira Olimpíada após a Segunda Guerra Mundial, em Londres, em 1948, a transmissão começou efetivamente para as casas. Eram 60 mil aparelhos num raio de 80 quilômetros da cidade-sede. Da abertura ao encerramento foram quase quatro horas diárias, sempre ao vivo em Wembley (não havia videotape), o dobro do planejado pela British Broadcasting Corporation, a BBC.

A exibição dos Jogos deu um grande salto em 1968, na Cidade do México, após a utilização de satélites, quebrando todas as fronteiras. Foram 600 milhões de telespectadores, naquele ano, com alguns países recebendo imagens coloridas. O Brasil só entraria no circuito na edição seguinte, quando a Rede Globo adquiriu os direitos, com Léo Batista lendo os boletins no fim da noite. Em Munique sugiram inovações como slow motion e câmeras debaixo d´água, tendo como astro o norte-americano Mark Spitz, com sete ouros nas piscinas. Após a disputa política nos Jogos de 1980 (boicote capitalista) e 1984 (boicote comunista), os valores dos direitos de transmissão subiram bastante, com vendas separadas, sendo o mercado norte-americano sempre o mais caro. 

A partir de 2001, mesmo com a negociação retalhada, a Olympic Broadcasting Services (OBS) passou a ser a única produtora de imagens. Ligada ao COI, a empresa tornou-se responsável por toda a cobertura oficial dos eventos, descontando entrevistas em zonas mistas. Nesse período, as inovações foram marcadas pela reproduções de imagens (ao vivo) em alta definição, três dimensões e via mobile. Por sinal, a transmissão na internet (celulares, tablets e computadores) passou de 628 milhões de “video streams” em Beijing para 1,5 bilhão em Londres, que recebeu o evento pela terceira vez. 

Evolução até o Rio, num alcance olímpico como nunca se viu…

Evolução da transmissão olímpica na TV
1904 – Primeira gravação, com frames do estádio de Saint Louis no cinema
1936 – Primeira transmissão ao vivo, em circuito fechado para três cidades
1948 – Primeira transmissão ao vivo na tv aberta, para Londres
1956 – Primeira transmissão internacional, com filmes (Europa e EUA)
1960 – Primeira transmissão internacional ao vivo, para 18 países
1964 – Primeira transmissão internacional via satélite (chegou aos EUA)
1968 – Primeira transmissão em cores
1972 – Primeira transmissão para o Brasil
1976 – Primeira transmissão com “cameraman” nas provas
1992 – Primeira vez com pay-pew-view, nos EUA
2004 – Primeira transmissão em alta definição (HD)
2008 – Primeira transmissão em plataformas mobile
2012 – Primeira transmissão ao vivo em 3D
2016 – Primeira transmissão 100% de um canal*
* Através do sinal produzido pela Olympic Broadcasting Services (OBS)

Tempo de exibição (horas acumuladas por canal)
1936 – 72 horas, governo alemão
1948 – 64 horas, BBC (Inglaterra)
1984 – 184 horas, ABC (Estados Unidos)
2000 – 400 horas, NBC (Estados Unidos)
2016 – 4.000 horas, Sportv (Brasil)

Audiência global
1936 – 162 mil
1948 – 500 mil
1968 – 600 milhões
1984 – 2,5 bilhões
1992 – 3,5 bilhões
2000 – 3,6 bilhões
2004 – 3,9 bilhões
2008 – 3,6 bilhões
2012 – 3,6 bilhões

Direitos de transmissão (da maior emissora)
1948 – £ 1.000 (BBC, Inglaterra)
1960 – US$ 394 mil (CBS, Estados Unidos, por videotapes)
1980 – US$ 87 milhões (USSR State TV, União Soviética)
1984 – US$ 225 milhões (ABC, Estados Unidos)
1988 – US$ 398 milhões (NBC, Estados Unidos)
2004 – US$ 793 milhões (NBC, Estados Unidos)

2024-2032 – US$ 7,65 bilhões (NBC, Estados Unidos)

Vinhetas da Olimpíada 2016 e Copa 2014

Em um intervalo de dois anos, os dois maiores eventos esportivos no Brasil, sob olhares do mundo inteiro. A Copa do Mundo e a Olimpíada são fenômenos de audiência. A decisão de 2014, entre Alemanha e Argentina, foi vista por mais de 700 milhões de pessoas, quebrando recorde de um jogo. Já a cerimônia de abertura dos Jogos de 2012, em Londres, teve uma audiência global de 900 milhões. A transmissão é mesmo um componente essencial nos eventos da Fifa e do COI, seja na televisão, tablet, celular, cinema etc.

Em cada um, uma vinheta oficial específica, com elementos do país da disputa. Após o inesquecível “OEAAA” no Mundial, visto pela primeira vez no jogo Brasil x Croácia, na Arena Corinthians, vamos a um passeio pela Cidade Maravilhosa ao som da “baiana”. A estreia da vinheta produzida pela OBS, a Olympic Broadcasting Services, foi no futebol feminino, com Suécia x África do Sul, no Engenhão, dois dias antes da abertura oficial da Olimpíada.

Assista às vinhetas…Qual a melhor?

Vinheta da Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro

Vinheta da Copa do Mundo de 2014, no Brasil

As 108 medalhas olímpicas do Brasil e a expectativa para os pódios em 2016

Em 21 participações, de 1920 a 2012, o Brasil conquistou 108 medalhas nos Jogos Olímpicos, em 14 modalidades distintas. Abaixo, o infográfico produzido pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) sobre todos os pódios conquistados pelo país. Para o quadro de medalhas no Rio, a entidade e o Infostrada Sports, site especializado em análises de competições, estimam o 10º lugar para o país. Já a tradicional revista norte-americana Sports Illustrated foi menos otimista em termos de classificação, deixando o Brasil fora do top ten. Confira o raio x da delegação brasileira, com 465 atletas inscritos, clicando aqui.

A previsão sobre o Brasil na Olimpíada de 2016:

COB
23 medalhas (sem distinção), 10º lugar

Infostrada (site)
20 medalhas (8 ouros, 9 pratas e 3 bronzes), 10º lugar 

Sports Illustrated (revista)
20 medalhas (6 ouros, 4 pratas e 10 bronzes), fora do top ten…

Em tese, o Brasil terá, ao final da 31ª edição, entre 128 e 131 medalhas…

Infográfico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) sobre as medalhas olímpicas do país de 1920 a 2012

Infográfico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) sobre as medalhas olímpicas do país de 1920 a 2012

Infográfico do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) sobre as medalhas olímpicas do país de 1920 a 2012

Infográfico do Podcast 45 Minutos, edição 189. Arte: Fred Figueiroa/DP/D.A Press

Raio X da delegação recorde do Brasil para os Jogos Olímpicos de 2016

Infográfico do COB sobre a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016

A uma semana dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) divulgou um relatório sobre os 465 atletas do país confirmados no evento, sendo 256 homens e 209 mulheres. Gente espalhada entre os 12.500 competidores oriundos das 206 nações filiadas, além do “time de refugiados”. Da delegação verde e amarela, 68% dos convocados vão disputar a Olimpíada pela primeira vez. O perfil médio do Time Brasil, segundo o raio x, é de 1,76m, 73 quilos e 27 anos. Abaixo, o infográfico completo.

Com 15 representantes (13 mulheres e 2 homens), Pernambuco corresponde a 3,2% da delegação. Do estado, vão à Cidade Maravilhosa os seguintes nomes: Keila Costa (saltos em distância e triplo), Érica Sena (marcha atlética), Cisiane Dutra (marcha atlética), Wagner Domingos (lançamento de martelo), Joanna Maranhão (natação, 200m e 400m medley e 200m borboleta), Etiene Medeiros (natação, 50m e 100m livres, 100m costas e revezamentos), Yane Marques (pentatlo moderno), Felipe Nascimento (pentatlo moderno), Teliana Pereira (tênis), Jaqueline (vôlei), Dani Lins (vôlei), Samira Rocha (handebol), Bárbara (futebol), Amanda Araújo (rúgbi) e Cláudia Jaqueline (rúgbi).

Infográfico do COB sobre a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016

Infográfico do COB sobre a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016

Infográfico do COB sobre a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016

Infográfico do COB sobre a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016

Infográfico do COB sobre a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016

Infográfico do COB sobre a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016

Infográfico do COB sobre a delegação brasileira nos Jogos Olímpicos de 2016

Podiocast – Analisando as chances de ouro para o Brasil nos Jogos do Rio

Podiocast 1

A menos de um mês para os Jogos do Rio de Janeiro, o 45 minutos apresenta o seu mais novo programa: o Podiocast. A primeira edição, com mais de duas horas, girou em dois temas, o peso psicológico de atuar em casa para os brasileiros e as principais chances de medalha de ouro para o país em 2016. No programa, outros assuntos como narrações históricas, os grandes atletas e episódios inesquecíveis na Olimpíada. Sempre com debate e números.

Confira os temas desta edição aqui.

Neste projeto olímpico, estou ao lado de Celso Ishigami, Fred Figueiroa, João de Andrade, Rafael Brasileiro e de dois novos integrantes, Cabral Neto e Lucas Fitipaldi. A ex-nadadora e psicóloga esportiva Isabela Amblard foi a convidada.

As medalhas olímpicas do Rio em 2016

As medalhas da Olimpíada de 2016. Foto: Rio 2016/twitter

Em 2016, no Rio de Janeiro, serão distribuídas 5.130 medalhas nas premiações, sendo 2.488 olímpicas e 2.642 paralímpicas. A peças, apresentadas pelo comitê organizador, foram produzidas pela Casa da Moeda do Brasil, com mais de 30% da prata e do bronze oriundos de reciclagem. Entre as novidades, os guizos nos modelos paralímpicos, sendo possível distinguir através do som a tipo da premiação, ouro, prata ou bronze. Inclusão, com o slogan “Um Mundo Novo”.

Confira as medalhas de ouro de 1996 a 2016 clicando aqui.

De 1920, quando a delegação brasileira estreou, até 2012, o país ganhou 108 medalhas, sendo 23 ouros, 30 pratas e 55 bronzes. Para esta edição, o COB projeta 27 medalhas no quadro geral. Saiba mais aqui.

Abaixo, o vídeo com detalhes da produção das medalhas para o evento no Rio.

Os dez nomes dos Refugiados Olímpicos, representando mais de 60 milhões

Time dos refugiados nos Jogos Olímpicos de 2016. Crédito: unhcr.org

Pela primeira vez na história, a Olimpíada irá acolher uma equipe de refugiados durantes as competições. Uma equipe pequena, mas que representa um duro tema atual, com números exorbitantes. Somente em 2015, segundo a ONU, mais de 60 milhões de pessoas que fugiram de seus países devido às guerras e perseguições, na maior crise migratória desde a Segunda Guerra Mundial.

Oficialmente chamado de Team Refugee Olympic Athletes (Team ROA), a delegação terá dez nomes, já confirmados pelo comitê olímpico internacional após uma seletiva com 43 candidatos. Com tratamento idêntico às 206 nações filiadas, o “Time de Refugiados” participará de todo o programa no Rio de Janeiro, como as boas vindas na cerimônia de abertura no Maracanã, marchando à frentes do país-sede, inclusive, e alojamento na Vila Olímpica, tomada por quase 11 mil competidores. Em qualquer representação do time, incluindo algum pódio, a bandeira e o hino serão os temas olímpicos oficiais.

O grupo, formado por seis atletas, dois nadadores e dois judocas, recebeu suporte para treinamento, incluindo técnicos e preparados físicos. A pretensão é simples. Literalmente, competir. Todos os custos são providos pela organização assistencialista Olympic Solidarity, numa ajuda que deve se estender após o evento na Cidade Maravilhosa e às próximas edições, ampliando a equipe.

Treinamento da equipe de atletismo do time de refugiados. Crédito: unhcr.org

Conheça os atletas da 207ª delegação dos Jogos Olímpicos de 2016…

James Nyang Chiengjiek, 28 anos
Naturalidade: Sudão do Sul
Refúgio: Quênia
Modalidade: atletismo (800 metros)
“Correndo bem, eu estarei fazendo algo bom para ajudar os outros”

Yusra Mardini, 18 anos
Naturalidade: Síria
Refúgio: Alemanha
Modalidade: natação (200 metros livres)
“Eu quero mostrar a todos que depois da dor, depois da tempestade, vêm dias calmos”

Yolande Mabika, 28 anos
Naturalidade; Congo
Refúgio: Brasil
Modalidade: judô (peso médio)
“Judô nunca me deu dinheiro, mas me deu um coração forte”

Paulo Amotun Lokoro, 24 anos
Naturalidade: Sudão do Sul
Refúgio: Quênia
Modalide: atletismo (1.500 metros)
“Antes de eu chegar aqui, eu não tinha nem tênis para treinar”

Rami Anis, 25 anos
Naturalidade: Síria
Refúgio: Bélgica
Modalidade: natação (100 metros borboleta)
“A piscina é a minha casa”

Treinamento da equipe de natação do time de refugiados. Crédito: unhcr.org

Yiech Pur Biel, 21 anos
Naturalidade: Sudão do Sul
Refúgio: Quênia
Modalidade: atletismo (800 metros)
“Eu posso mostrar aos meus companheiros refugiados que eles têm chance e esperança na vida”

Rose Nathike Lokonyen, 23 anos
Naturalidade: Sudão do Sul
Refúgio: Quênia
Modalidade: atletismo (800 metros)
“Eu estarei representando o meu povo no Rio”

Popole Misenga, 24 anos
Naturalidade: Congo
Refúgio: Brasil
Modalidade; judô
“O judô me ajudou dando-me serenidade, disciplina e compromisso”

Yonas Kinde, 36 anos
Naturalidade: Etiópia
Refúgio: Luxemburgo
Modalidade: atletismo (maratona)
“Nós podemos fazer tudo no campo de refugiados”

Anjelina Nadai Lohalith, 21 anos
Naturalidade: Sudão do Sul
Refúgio: Quênia
Modalidade: atletismo (1.500 metros)
“No último ano, a fome foi muito difícil”

Treinamento da equipe de judô do time de refugiados. Crédito: unhcr.org

No meio do caos, a passagem da tocha olímpica vira piada em Olinda e no Recife

Tocha olímpica...

O Grande Recife amanheceu submerso, com ruas e avenidas inundadas, desmoronamento de barreiras, queda de árvores, pessoas ilhadas e tragédias familiares. Ainda assim, no meio do caos, algumas pessoas conseguiram juntar forças para manter o bom humor, “antecipando” o revezamento da tocha olímpica na cidade, agendado para o dia seguinte.

Um misto de irreverência e protesto (pra lá de justo).

Os vídeos foram compartilhadas nas redes sociais. Assista.

Estrutura dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro a quatro meses da abertura

Parque Olímpico da Barra. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br

Faltam quatro meses para o início dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro, cujo orçamento em infraestrutura (esportes, mobilidade, meio ambiente, renovação urbana etc) chega a R$ 38 bilhões. Após uma vistoria em abril, o Ministério do Esporte divulgou imagens aéreas das obras, até porque do alto a sensação de conclusão é maior, sobretudo pelo visual natural. Em relação à obra, o avanço já expõe coberturas, pisos sintéticos, pintura, gramado etc.

Agora, sim, com cara de Olimpíada. Entretanto, apesar dos testes realizados, as arenas ainda estão nos ajustes finais – a esta altura, o parque de Londres estava quase pronto. Confira o passeio no Parque da Barra e no Complexo Esportivo de Deodoro. Vale lembrar que a abertura, em 5 de agosto (e a final dos torneios de futebol) será no Maracanã, enquanto as provas de atletismo ocorrerão no Engenhão, já fechado para o campeonato carioca de futebol devido à reforma.

Ao todo são 7,5 milhões de ingressos para as disputas olímpicas nas 37 arenas.

Compare o andamento da construção com imagens de agosto aqui.

Arena Olímpica (Barra)
Capacidade: 12 mil
Modalidades: ginástica artística, rítmica e trampolim

Arena Olímpica. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br

Velódromo (Barra)
Capacidade: 5 mil
Modalidade: ciclismo (pista)

Velódromo. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br

Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos (Barra)
Capacidade: 18 mil
Modalidades: natação e polo aquático

Estádio Olímpico de Esportes Aquáticos. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br

Centro Olímpico de Tênis (Barra)
Quadra principal: 10 mil
Quadra 2: 5 mil
Quadra 3: 3 mil
7 quadras de jogo: 250 lugares cada

Centro Olímpico de Tênis. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br

Arena do Futuro (Barra)
Capacidade: 12 mil
Modalidade: handebol

Arena do Futuro. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br

Arena Carioca 3, 2 e 1 (Barra)

Arena Carioca 1
Capacidade: 16 mil
Modalidade: basquete

Arena Carioca 2
Capacidade: 10 mil
Modalidades: judô, luta greco-romana e luta livre

Arena Carioca 3
Capacidade: 10 mil
Modalidades: esgrima e taekwondo

Arena Carioca 3, 2 e 1. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br

Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca
Capacidade: 17.950 atletas em 31 prédios

Vila dos Atletas, na Barra da Tijuca. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br

Centro Nacional de Hóquei sobre a Grama (Deodoro)
Quadra principal: 8 mil
Quadra secundária: 5 mil
Modalidades: hóquei sobre grama

Centro Nacional de Hipismo. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br

Centro Nacional de Tiro Esportivo (Deodoro)
Capacidade: 15 mil
Modalidades: rúgbi, hipismo do pentatlo moderno e combinado (corrida e tiro) do pentatlo moderno

Centro Nacional de Tiro Esportivo. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br

Centro Nacional de Hipismo (Deodoro)
Capacidade: 14,2 mil
Modalidades: hipismo olímpico (saltos, adestramento e concurso completo de equitação)

Centro Nacional de Hipismo. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br

Estádio Olímpico de Canoagem Slalom (Deodoro)
Capacidade: 8.424
Modalidade: canoagem slalom

Estádio Olímpico de Canoagem Slalom. Foto: Gabriel Heusi/Brasil2016.gov.br

Trinidad encaminha aclimatação olímpica no Recife. Portugal e África na mira

Visita da comitiva olímpica de Trinidad e Tobago.  Foto: Peu Hatz/Secretaria de Turismo, Esporte e Laze

A Olimpíada do Rio de Janeiro reunirá 206 nações, com aproximadamente 12 mil atletas espalhados em 28 modalidades. Gente demais a caminho do Brasil, demandando inúmeros centros de treinamento. Segundo o guia oficial de preparação, existem 176 instalações no país, das quais apenas dez no Nordeste. Uma no estado, o Centro de Esportes e Lazer Santos Dumont, em Boa Viagem. Há quatro anos, quando o local foi selecionado, havia a expectativa de receber uma delegação. O tempo foi passando e, até pela situação da estrutura, a dúvida foi aumentando. Com a Olimpíada batendo à porta, uma articulação pode trazer até três delegações em busca de aclimatação.

A secretaria de turismo, esporte e lazer negocia há meses com Trinidad e Tobago (atletismo), Portugal (futebol) e África do Sul (rugby de 7). Em 1º de fevereiro, o secretário executivo da pasta, Diego Pérez, recebeu uma comitiva de Trinidad, país caribenho de 1,3 milhão de habitantes, a procura de uma pista de atletismo, a sua principal modalidade. Em Londres, os trinitinos ganharam 3 medalhas masculinas (bronze nos revezamentos 4x100m e 4x400m e nos 400m livres). Além da pista, o campo do Santos Dumont também pode ser utilizado pelo campeão olímpico de lançamento de dardo, Keshorn Walcott.

Delegação de Trinidad e Tobago nos Jogos
2004 – 19 atletas (1 bronze)
2008 – 28 atletas (2 pratas)
2012 – 30 atletas(1 ouro e 3 bronzes)

A visita técnica foi chefiada pela secretária geral do comitê de Trinidad, Annete Knott. Um ponto a favor para a escolha seria o acesso aos hotéis, hospitais e ao aeroporto, todos na zona sul, além de contar com voos diretos dos EUA e de Portugal (porta da Europa), onde os atletas estão competindo. Seriam 15 dias no Recife. No caso de portugueses (com dois encontros entre o presidente comitê lusitano, Manoel Constantino, e o secretário de esportes, Felipe Carreras) e sul-africanos, as escolhas estão focadas em centros de treinamento de futebol (Sport ou Náutico), que poderiam ser incorporados ao catálogo olímpico.

Eis a chance para Pernambuco fazer parte da Olimpíada diretamente…

O projeto original de reforma do Santos Dumont, de R$ 84 milhões, contemplaria até a construção de uma arquibancada coberta na pista principal em 2016. A reforma foi iniciada, mas a conclusão segue sem prazo.

Visita da comitiva olímpica de Trinidad e Tobago.  Foto: Peu Hatz/Secretaria de Turismo, Esporte e Laze