A 7ª classificação da Segundona 2015

Classificação da Série B 2015 após 7 rodadas. Crédito: Superesportes

A liderança da Série B foi mantida pelo Botafogo ainda na terça-feira, vencendo o Oeste fora de casa. Somente a vitória deixaria o Timbu na cola. No Serra Dourada, não chegou nem perto disso. O Náutico perdeu do Atlético-GO por 2 x 0, pondo fim à sua melhor arrancada na Segundona. Queimou um pouco a gordura acumulada e ainda tem dois pontos de vantagem.

Enquanto isso, com menos de quatro mil torcedores no Arruda, o Santa Cruz ficou no empate sem gols com o Boa Esporte,  segundo tropeço seguido como mandante. Terminou a rodada no Z4, um ponto atrás do 16º lugar. E na próxima semana terá outro “confronto direito”…

No G4, um carioca, um pernambucano, um paraense e um maranhense.

A 8ª rodada dos representantes pernambucanos
16/06 (19h30) – Náutico x Paysandu (Arena Pernambuco)
20/06 (16h30) – Ceará x Santa Cruz (Castelão)

Jogando mal, de novo, Santa Cruz empata com o Boa Esporte e segue no Z4

Série B 2015, 7ª rodada: Santa Cruz x Boa Esporte. Foto: Rafael Martins/Esp. DP/D.A Press

Era um confronto direto contra o rebaixamento, segundo aponta a classificação. Uma partida na qual apenas a vitória tiraria o Santa Cruz da zona de descenso da Série B. Dando sequência ao desempenho pífio, nesta sétima rodada, o Tricolor ficou no 0 x 0 com o Boa Esporte, um adversário pobre tecnicamente, mas que se defendeu com muita garra no Arruda. Pior para o atual campeão pernambucano, com apenas 5 ganhos dos 21 disputados (23%).

No primeiro tempo, algumas boas oportunidades foram criadas pelos corais, a partir das articulações dos meias João Paulo e Daniel Costa. Faltou, mais uma vez, qualidade nas definições – bola no travessão à parte. Essa conhecida limitação vem custando pontos importantes, sobretudo em casa. Na etapa complementar, o ritmo do jogo caiu bastante, beneficiando, claro, o visitante, satisfeitíssimo com o resultado. Recuado estava, recuado ficou. Enquanto isso, um apático Bruno Mineiro foi novamente substituído. Contratado para ser o “matador” tricolor, o centroavante é uma decepção até aqui.

No fim, com cinco minutos de acréscimo, nem o abafa trouxe perigo real à meta mineira, com vaias no Mundão. A pressão sobre Ricardinho só não foi maior porque o público foi diminuto, com o Mundão vazio. Apenas 3.985 tricolores deixaram a má fase de lado e ignoraram o péssimo horário, 21h50 de uma sexta. Agora, o Tricolor vai ao Castelão para outro confronto direto no Z4, contra o Ceará. Continuar relembrando essa situação o tempo todo só atrapalha…

Série B 2015, 7ª rodada: Santa Cruz x Boa Esporte. Foto: Rafael Martins/Esp. DP/D.A Press

A 6ª classificação da Segundona 2015

A classificação da Série B 2015 após 6 rodadas. Crédito: Superesportes

Impossível na Série B, o Náutico só não lidera a competição, apesar do aproveitamento de quase 89% após seis rodadas, porque o Botafogo tem um saldo de gols melhor (10 x 7). Ainda assim, a vitória alvirrubra sobre o América Mineiro, 2 x 1, deixou o time com quatro pontos de vantagem sobre o 5º colocado, já dando uma margem de segurança no G4. Enquanto isso, lá embaixo, o Santa Cruz conseguiu respirar, após o suado empate em 2 x 2 com o Luverdense. O complemento da rodada, na noite de sábado, deixou o Tricolor em 16º lugar, fora do Z4 devido ao número de gols marcados. Agora, enfim, deve ter uma sequência de partidas no Mundão.

No G4, dois cariocas (incluindo o líder), um pernambucano e um baiano.

A 7ª rodada dos representantes pernambucanos
12/06 (21h50) – Santa Cruz x Boa Esporte (Arruda)
13/06 (16h30) – Atlético-GO x Náutico (Serra Dourada)

Santa estanca série de derrotas e acalma o ambiente, lá em Lucas do Rio Verde

Série B 2015, 6ª rodada: Luverdense 2x2 Santa Cruz. Foto: Luis Felipe Nischor/divulgação

O gol de Nathan aos 33 minutos do segundo tempo, no Passo das Emas, foi de uma importância ímpar para o Santa Cruz. Até ali, o campeão pernambucano ia somando a quinta derrota, numa crise sem fim na Série B. Perdia de virada, com todos os gols anotados na primeira etapa, e o Luverdense parecia mais próximo de ampliar do que o contrário. O visitante pouco fazia, ainda mais com um zagueiro expulso. Foi assim até o lançamento do meio campo e uma arrancada fulminante, com um toquinho deslocando o atabalhoado goleiro, 2 x 2.

O empate foi visto basicamente pela torcida tricolor, uma vez que o restante do mundo estava sintonizado na final da Champions League, mas a sua consequência poderá ser sentida por todos. O resultado acalma, em tese, o ambiente no Arruda, conturbado após o entrevero entre o técnico Ricardinho e o gerente de futebol Sandro Barbosa. O segundo deixou o clube por não concordar com a permanência do treinador, que “cobrava bastante”.

A cobrança principal do treinador? Salário em dia e um centro de treinamento (prometido) para trabalhar. Os bastidores do Mundão ainda devem se agitar mais um pouco até a próxima sexta-feira, data da partida contra o Boa Esporte, em casa. Até lá, mais pedidos por reforços e por um ambiente estável. À diretoria, o dever de proporcionar esse cenário. Acredite, o gol de Nathan pode ter sido o primeiro passo para um entendimento entre as partes.

Série B 2015, 6ª rodada: Luverdense 2x2 Santa Cruz. Foto: Luis Felipe Nischor/divulgação

Apagão do Santa Cruz na Segundona chega em Belém e Ricardinho balança

Série B 2-15, 5ª rodada: Paysandu 2x1 Santa Cruz. Foto: THIAGO GOMES/FUTURA PRESS

Os circuitos de um transformador explodiram, deixando a Curuzu na penumbra. A energia só foi restabelecida 54 minutos depois, não para o Santa. O título estadual foi comemorado com justiça, mas a limitação era evidente. Desde então, contra adversários de nível técnico um pouco melhor (do que Serra, Central e Salgueiro), o time se apagou. Quatro derrotas em cinco jogos e um início preocupante na Série B. Hoje, dez pontos separam alvirrubros (13) e tricolores (3). O revés para o Paysandu por 2 x 1, num jogo ruim, aumentou o questionamento sobre o trabalho de Ricardinho, num senso comum.

Uma visão mais periférica alcança a reposição ruim e a queda de rendimento de alguns atletas, como o meia João Paulo, eleito o melhor do Estadual. Mas há também uma parcela de culpa do treinador, que mesmo mudando cinco peças não abre mão de um sistema extremamente precavido – mas vazado dez vezes em cinco rodadas. Ao ensaiar um pouco mais de ofensividade, vem a carência máxima do atual campeão pernambucano. Bruno Mineiro, que em janeiro parecia uma ótima contratação, simplesmente não cumpre um papel decente. E depender só de Anderson Aquino, autor do gol de pênalti no Pará, não é o ideal.

A isso tudo, adicione um problema crônico no desempenho de qualquer time: salário. É simplesmente uma regra não escrita no futebol, a de que o um grupo com os ordenados atrasados (de forma recorrente) cai vertiginosamente. A bronca, claro, foi ver esse cenário estourar na competição mais importante do ano para o Santa Cruz. O texto soou pessimista demais? Para alguns torcedores, sem dúvida. Seguem com a visão turva em relação à conquista local. Enxergam a saída de Ricardinho como solução. Talvez a mais barata, só.

Série B 2-15, 5ª rodada: Paysandu x Santa Cruz

Com chuva e sem transporte público, Santa Cruz encerra a sexta com derrota

Série B 2015, 4ª rodada: Santa Cruz x ABC. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

O campo de jogo estava pesado. A forte chuva que caiu sobre o Recife, à noite, deixou o gramado irregular, com a bola parando em alguns pontos e deslizando bastante em outros. Esse foi mais um dos problemas enfrentados pelo Santa Cruz diante do ABC. A partida parecia fadada a não terminar bem. Logo cedo, o clube tentou formalmente adiar o jogo, por causa da paralisação nacional do sistema de transporte público, mas o pedido foi negado pela CBF, por causa da transmissão na tevê. Sem ônibus e metrô, a mobilidade até o Arruda ficou bastante comprometida, com o vazio na arquibancada refletindo o óbvio.

Os fiéis presentes viram um time esforçado, mas esbarrando em suas limitações. O setor ofensivo se mostra um problema desde o Estadual, título à parte. As chances até apareceram, mas faltou qualidade na definição. Quando o time potiguar marcou com Kayke, aos 26, o mandante já havia finalizado quatro vezes, sem perigo real. Aliás, o gol abecedista também contou com uma farrapada na defesa, com Danny Morais vendo o adversário passar por trás.

A derrota por 1 x 0, a terceira em quatro partidas, acende o sinal de alerta, mesmo ainda no início de Série B. Do banco, Ricardinho vai fazendo o que pode para aprimorar o time à frente. Nem que seja no abafa, como ocorreu na reta final do segundo tempo, quando aproveitou a vantagem numérica em campo (11 x 10) para deixar o Tricolor com Bruno Mineiro, Anderson Aquino, Nathan e Waldison (sim, ele ainda faz parte do elenco). No gol, Saulo, emprestado pelo Sport, fez apenas uma defesa efetiva no período. Diz muito.

Série B 2015, 4ª rodada: Santa Cruz x ABC. Foto: Antônio Melcop/Santa Cruz

América Mineiro atropela o Santa Cruz no primeiro tempo e breca reação coral

Série B 2015, 3ª rodada: América-MG 4x1 Santa Cruz. Foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press

“Não marcamos o adversário e não construímos as jogadas. Daí, o resultado. Ainda não conseguimos jogar.”

A chateação de Ricardinho era visível (e justa) no intervalo no Horto. No sábado em que completou 39 anos, o técnico assistia à pior atuação do Santa Cruz neste ano. Com apenas 8 minutos, já perdia por 2 x 0. Com 15, o placar já apontava 3 x 0. No intervalo, 4 x 1, isso por causa das duas chances claras desperdiçadas pelo Coelho, até então em crise, mas àquela altura já arrancando um sorriso do carrancudo Givanildo Oliveira, ídolo nos dois clubes.

A leitura do técnico coral foi correta. Então, por que não mexeu? Porque podia fazer apenas três mudanças. E o time como um todo falhou. Fred inseguro, Danny Moraes lento e desatento, Sacoman marcando gol contra, Renatinho falhando bisonhamente na marcação, Sitta sem dizer a que veio, João Paulo isolado, Bruno Mineiro inoperante etc. Logo, era preciso ter calma para mudar. E ainda havia mais 45 minutos. Seja pelo relaxamento natural do América ou pela pressão (e reorganização) necessária do visitante, o Tricolor melhorou e teve boas chances, com duas bolas na trave e um gol mal anulado de Aquino.

Insuficiente para modificar o resultado, numa derrota certa desde as 16h28. Conforme escrito pelo blog no jogo passado, na vitória sobre o Paraná, cabia ao Santa quebrar o paradigma do perde/ganha na Série B. Ou seja, voltou ao ponto básico, o de vencer no Arruda (ABC, sexta) e só depois tentar algo fora de casa. A aspa de Ricardinho é um resumo do que não fazer na próxima vez.

Série B 2015, 3ª rodada: América-MG 4x1 Santa Cruz. Foto: Sidney Lopes/EM/D.A Press

Santa Cruz goleia o Paraná e se recupera rápido no Brasileiro, com autoridade

Série B 2015, 2ª rodada: Santa Cruz x Paraná. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

O Santa Cruz voltou ao palco do título estadual para se recuperar no Brasileiro. Na Série B, com equipes niveladas, o perde/ganha é bem comum. Porém, é preciso sempre fazer a sua parte em casa, podendo, assim, aproveitar as brechas como visitante. Derrotado no Rio de Janeiro, na estreia, os corais precisavam vencer no Arruda para manter o time nos eixos na competição.

E o resultado foi construído com autoridade, goleando o Paraná por 4 x 1, com destaques individuais (fato preponderante na Segundona), de João Paulo e Anderson Aquino. O time paranaense expôs a sua fragilidade logo cedo, num gol contra de Rodrigo, aos dois minutos. Acaso, claro, mas emblemático em um time com muita dificuldade para sair jogando. Na bola parada, assustou empatando ainda no primeiro tempo, na redenção de Rodrigo.

As vaias no intervalo, justas, acordaram o time – assim como as broncas de Ricardinho, vazadas durante a transmissão na tevê. Com um gol de Nathan (que entrou no lugar do ainda apagado Bruno Mineiro) e dois de Aquino, os corais somaram seus primeiros pontos. Ainda houve tempo para uma substituição “moral”, com João Paulo saindo só para ser aplaudido, fazendo jus ao status de jogador mais técnico da equipe. Nesta sexta, misturou raça e categoria.

Os 8.172 torcedores – na sequência dos públicos reduzidos na capital este ano, finais à parte – deixaram o Mundão satisfeitos. A expectativa agora é quebrar o paradigma do perde/ganha e pontuar fora, contra o América em BH.

Série B 2015, 2ª rodada: Santa Cruz x Paraná. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Campeão estadual, Santa estreia mal na Série B e mostra necessidade de reforços

Série B 2015, 1ª rodada: Macaé 2x0 Santa Cruz. Foto: CELSO AVILA/FUTURA PRESSSérie B 2015, 1ª rodada: Macaé 2x0 Santa Cruz. Foto: CELSO AVILA/FUTURA PRESS

O apertado calendário brasileiro faz com que um campeão não tenha sequer uma semana de sossego. A festa pelo título pernambucano no Arruda parece mais distante do que a realidade, tamanha a cobrança da torcida após a atuação burocrática contra o Macaé, na estreia da Série B. O Santa foi derrotado pelo Macaé por 2 x 0, numa tarde com com falhas de posicionamento e finalização.

Na primeira etapa, até houve equilíbrio na posse, com 51% para o mandante e 49% para o visitante. Com a bola nos pés, o último campeão da terceirona teve mais personalidade. Basta ver o primeiro gol, no qual Fernando Santos finalizou (uma bola defensável para Fred) mesmo com seis jogadores de linha do Tricolor dentro da grande área. Impressionante como a marcação foi displicente. No lado pernambucano, duas chances desperdiçadas por Aquino e só.

No segundo tempo, o time fluminense controlou mais o jogo. E quando se arriscou o ataque, levou bastante perigo, tendo um gol anulado (de forma correta) e uma bola no travessão. Aos 48, o ataque alviazulino fez o quis na área coral, com troca de passes e Juninho fechando o placar.

A partida, transmitida ao vivo para o Recife, mostrou o que já se sabia. Apesar da taça, o Santa necessita ser reforçado, na criação de jogadas e no ataque (ausente no Estadual, Bruno Mineiro poderia ajudar agora). A diretoria tem plena consciência disso. A bronca é que o Campeonato Brasileiro já começou…

Série B 2015, 1ª rodada: Macaé 2x0 Santa Cruz. Foto: CELSO AVILA/FUTURA PRESS

Os bastidores do título do Santa em 2015

Bastidores do título pernambucano de 2015 do Santa Cruz. Crédito: TV Cora/youtube

Bastidores da final, a preleção de Ricardinho, a ansiedade dos jogadores e o delírio do povão após a conquista. Através da TV Coral, o Santa Cruz lançou um vídeo de 22 minutos com imagens exclusivas sobre a decisão do Estadual de 2015, que consagrou o clube como campeão pernambucano pela 28ª vez. Da chegada do time no Arruda, no Expresso Coral, à volta olímpica com o troféu.

Assista à íntegra do especial.