Sem atuar bem, Rubro-negro vence na Bahia e terá que mostrar força na Ilha

Copa do Brasil 2013, 1ª fase: Vitória da Conquista-BA x Sport. Crédito: Rede Globo/divulgação

Jogo fraquíssimo. Vitória da Conquista e Sport gastaram a paciência do torcedor diante da tevê. Passes errados, lentidão, chutes sem direção, pouca emoção.

Era a estreia na Copa do Brasil, torneio que virou xodó dos rubro-negros, por mais que as campanhas recentes sejam o oposto disso. Mesmo numa noite apagada, o Sport volta do interior baiano com a vitória.

O time pernambucano fez 1 x 0 ao 44 minutos. Rithely concluiu bem um rebote, agradecendo ao zagueiro Everton, que cortou de forma bisonha.

Na etapa final, a equipe de Sérgio Guedes passou a administrar. A diferença técnica era nítida. Faltou um pouco mais de vontade para alcançar a vaga.

Agora, o Sport decidirá a classificação na Ilha do Retiro, no próximo dia 17. Essencial na vitoriosa campanha de 2008, quando o Leão conquistou seis vitórias como mandante até a taça, o caldeirão rubro-negro esfriou desde então.

Nos últimos três mata-matas da Copa do Brasil nos quais o Rubro-negro atuou o jogo de volta em seu estádio foram três eliminações.

Em 2010, nas oitavas de final, caiu por 2 x 0 diante do Atlético-MG.

Em 2011, na primeira fase, empate em 2 x 2 com o Sampaio Corrêa e vexame.

Em 2012, uma noite fatídica, histórica. O Paysandu goleou por 4 x 1.

Obviamente, o adversário desta vez tem um potencial técnico bem mais baixo. O Vitória de Conquista esbanjou limitação atuando em casa.

Ao Sport, que não evitou o jogo de volta como desejava, é uma chance de voltar a esquentar o seu alçapão e de ter um peso bem favorável nesta campanha.

Copa do Brasil 2013, 1ª fase: Vitória da Conquista-BA 0x1 Sport. Foto: Vitória da Conquista (ecppvc.com)/divulgação

Em tarde de gols improváveis, difícil foi a costura da paz entre time e torcida na Ilha

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport 2x0 Porto. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Um jogo morno na Ilha. Com o estádio quase às moscas, com a torcida ainda chocada pelas declarações de Luciano Bivar sobre o pagamento de comissão a lobistas para “empurrar” Leomar na Seleção, o Sport precisava se recuperar.

Sem treinador, sem padrão de jogo, sem confiança, sem vontade. Está dura a vida rubro-negra nesta temporada. Mas os 8.902 corajosos que trocaram o domingo de sol pela paixão na arquibancada viram a recuperação leonina.

Pelo menos a recuperação estatística, com uma vitória e a volta à zona de classificação do Estadual. O resultado positivo, por 2 x 0, contudo, passou longe de agradar, até mesmo pela fragilidade do Porto, inerte em campo.

A equipe dirigida interinamente por Gustavo Bueno e armada no esquema 3-5-2 apresentou os velhos erros ofensivos, alguns deles primários, como o gol impedido (corretamente anulado) de Roger, por pura falta de atenção.

Já o golaço de Rithelly, num chutaço de prima de fora da área, foi o raro ponto positivo. Saiu aos 39 do primeiro tempo. No mesmo minuto, mas na etapa final, Cicinho, que acabara de entrar, marcou o seu primeiro gol pelo Sport. Se libertou da promessa de beber refrigerante só no dia em que esse tento saísse.

Golaço de Rithelly e gol de Cicinho. Difícil mesmo está sendo fazer as pazes com a torcida. Desta vez, o time ao menos deu um passo à frente.

Pernambucano 2013, 2º turno: Sport x Porto. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

 

Um ponto fora da casa, dessa vez sem comemoração no Sport

Série A 2012: Internacional 2 x 2 Sport. Foto: Edu Andrade/AE

Um desperdício que se repete, de forma nociva à classificação final dos rubro-negros.

Contra o Bahia, na Ilha do Retiro, uma atuação convincente no primeiro tempo. Finalizou dez vezes. Só não aproveitou tanto assim, marcando apenas um gol.

Contra o Internacional, onze chutes a gol na primeira etapa, jogando Beira-Rio. Tocando bem a bola e usando como nunca as laterais, o time teve um aproveitamento melhor, com dois gols. Nas duas apresentações, o Sport foi bastante superior aos adversários.

Até o intervalo. Quinze minutos no vestiário que mudaram profundamente a equipe.

Diante do Tricolor de Aço, passou a administrar o jogo, sem tanto empenho ofensivo. A marcação ficou mais frouxa. Mesmo sem atacar tanto, o visitante empatou no finzinho.

Neste domingo, em Porto Alegre, a situação foi ainda mais tensa, considerando a frenética luta rubro-negra para tentar deixar a zona de rebaixamento da Série A.

O Leão recuou excessivamente no pesado gramado do Colorado, castigado pela chuva durante todo o dia. Seu contragolpe foi anulado pelo Inter. Cansou. Não precisou sequer da pressão da torcida, com um estádio em obras e apenas 5.448 pessoas presentes.

Com o time pernambucano encostado na parede, sem saída de bola, o Inter pilhou a zaga rival. E o técnico Waldemar Lemos demorou além da conta para enxergar isso.

Os gols de Rithely e Gilsinho, que davam uma improvável vitória longe da Ilha, acabaram igualados pelos tentos de Cassiano, aos 17, e Leandro Damião, aos 30.

Após o empate o Leão seguiu encurrado. Por pouco não veio a virada gaúcha. De onze finalizações no primeiro tempo para apenas uma etapa complementar. Analisando friamente, esse pontinho conquistado com o 2 x 2 até poderia ser comemorado.

No entanto, o contexto parecidíssimo ao da partida contra o Bahia, na última quarta, indica que foram mais dois pontos perdidos. Jogando melhor, mas sem pontuar tanto.

Em 25 rodadas, apenas 5 vitórias. De empate em empate não se vai tão longe.

Série A 2012: Internacional 2 x 2 Sport. Foto: Edu Andrade/AE

Empate comemorado e frustrante, ao mesmo tempo

Série A 2012: Sport 1x1 Corinthians. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Não foi fácil compreender o sentimento da torcida do Sport ao fim da partida na Ilha do Retiro. O sorriso de alívio desaparecia rápido ao lembrar do jogo. Bipolar.

Uma atuação atípica, variando de um futebol dinâmico à velha irregularidade. Vamos lá.

Duas bolas na trave, três boas defesas do goleiro e zagueiros cortando chutes bem direcionados. A quantidade de gols perdidos pelo Sport no primeiro tempo não é natural.

Mas alguém vai dizer que era o time reserva do Corinthians. Paciência. Era um jogo de Série A e essa condição era um suposto problema exclusivamente dos corintianos.

Tentando manter o moral elevado, cabia ao Sport se aproveitar de um adversário desentrosado e buscar a segunda vitória seguida na competição.

Usando bastante as laterais e atacando em velocidade, o Leão bem que tentou.

A última chance na primeira etapa resume o sentimento de apreensão dos leoninos, que encheram a Ilha do Retiro. Rithelly arranca sozinho, numa bobeira da zaga paulista.

Acionado, o volante correu com a bola dominada, só tendo Júlio César pela frente. Afobado, ele chutou em cima do goleiro. Incrível.

Como não imaginar naquele momento a famosa regra da boleirada? Quem não faz, leva.

Na etapa complementar, o gás do Sport não foi o mesmo. O bom futebol ficou no vestiário. A equipe praticamente não chegou à meta de Júlio Cesar.

O Corinthians apertou a marcação no meio campo e equilibrou sensivelmente o duelo. Enquanto isso, os rubro-negros tentavam seguidas enfiadas de bola, sem sucesso.

Começando a assustar e contando com nomes como rodados Douglas e Liédson no time B, o campeão da Libertadores marcou o seu gol, aos 29 minutos, com Liédson.

O cenário ficou ainda mais adverso para os pernambucanos no minuto seguinte, com a infantil expulsão de Felipe Azevedo. Dois amarelos no mesmo lance, acredite.

Houve o baque, mas também teve tempo para uma reação. No apagar das luzes, Marquinhos Gabriel recebeu na meia-lua, fintou um zagueiro e mandou para as redes.

Empate em 1 x 1. Resultado comemorado e frustrante, ao mesmo tempo.

O time mostrou personalidade neste domingo. Só não foi suficiente para vencer.

Série A 2012: Sport 1x1 Corinthians. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco