Os uniformes da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo 2018. De 149 a 449 reais

Uniformes da Seleção Brasileira em 2018. Crédito: CBF/site oficial

Dando sequência ao longo contrato, a Seleção Brasileira irá vestir uniformes produzidos pela Nike pela sexta Copa do Mundo consecutiva: 1998, 2002, 2006, 2010, 2014 e 2018 – a cada ciclo mundialista a fabricante paga US$ 48 milhões à CBF. Para esta temporada, com a edição na Rússia na mira, a linha adota as “cores vivas de 58 (1º título) e 70 (tri)”, tendo como inspiração o “legado de habilidade, técnica e ousadia”. À parte do discurso marketeiro, a linha chega completa, com dois uniformes, padrão pré-jogo e linha casual – nos modelos masculino e feminino, inclusive na apresentação. No caso do padrão de jogo, existem três versões, com R$ 300 de variação.

Na camisa principal, o amarelo mais vibrante é chamado de ‘ouro samba’, com um detalhe azul na parte de trás da nuca – segundo a confederação, isso não acontecia há 50 anos. No padrão reserva, um mosaico de estrelas projetado a partir de escudo, além da numeração amarela, a mesma em 58, quando a Canarinha venceu o seu primeiro Mundial jogando de azul. Na apresentação desta nova coleção, imagens com Neymar, Philipe Coutinho, Willian, Daniel Alves, Paulinho e Thiago Silva. Nomes certos na lista de Tite.

Camisa oficial da Seleção na linha 2018/2019 (amarela ou azul)
R$ 449,90 (modelo jogador)
R$ 249,90 (modelo torcedor – único com versão feminina)
R$ 149,90 (modelo supporter)
R$ 229,90 (modelo infantil torcedor) 
R$ 129,90 (modelo infantil supporter) 

Sobre a diferença de R$ 200 entre as camisas de jogador e de torcedor, nota-se basicamente a cor mais clara na versão mais barata – sem contar a tecnologia de absorção etc. Tirando isso, fica a critério do consumidor…

Confira os três modelos adultos da camisa 1 clicando aqui.

A estreia dos uniformes ocorrerá no giro europeu em março, com o azul no jogo com a Rússia, dia 23, e o padrão amarelo contra a Alemanha, dia 27.

Uniforme da Seleção Brasileira em 2018. Crédito: CBF/site oficial

Uniforme da Seleção Brasileira em 2018. Crédito: CBF/site oficial

Uniforme da Seleção Brasileira em 2018. Crédito: CBF/site oficial

Uniforme da Seleção Brasileira em 2018. Crédito: CBF/site oficial

Uniforme da Seleção Brasileira em 2018. Crédito: CBF/site oficial

A resenha no treino da Seleção Brasileira

Faltam 92 dias para a Copa do Mundo de 2018. A Seleção Brasileira começa a ganhar uma cara, com pelo menos 15 dos 23 nomes já definidos na cabeça do técnico Tite – indo além, 18 jogadores já foram ‘convocados’ no álbum oficial do torneio. Paralelamente à expectativa pela campanha na Rússia, a CBF publicou um vídeo com cenas da resenha futebolística antes dos jogos/amistosos da canarinha, em verdadeiros testes de habilidade.

Nesta gravação, em três atos (altinha sentado, futmesa e volta olímpica com a bola), aparecem Neymar (PSG), Gabriel Jesus (Manchester City), Willian (Chelsea) e Daniel Alves (PSG), alguns dos nomes certos na lista final.

Em 2006, Ronaldinho Gaúcho foi o rei da resenha – resultado do time à parte.

Em jogo na Europa, Brasil vence o Japão com Diego Souza atuando em 37 minutos

Amistoso da Seleção em 2017: Brasil x Japão. Foto: Lucas Figueiredo/CBF

O Brasil fez um ótimo primeiro tempo em Lille, na França. Rápido e objetivo, o time marcou três gols no Japão, com Neymar, Marcelo e Gabriel Jesus. No intervalo, Tite promoveu a estreia do goleiro Cássio. Na linha, passou a mexer aos 13 minutos, numa troca dupla, incluindo Diego Souza na vaga de Jesus. 

Pouco depois, Neymar e Willian foram substituídos por Taison e Douglas Costa, com DS87 atuando com o ataque reserva, num claro teste do treinador da Seleção, em busca de alternativas de jogo – além de manter a disputa por vagas no grupo para o Mundial de 2018. Mas a verdade é que no segundo tempo o ritmo da equipe caiu bastante, tanto em velocidade quanto em entrosamento. Os japoneses diminuíram o placar e o time brasileiro, já com seis mudanças, pouco fez em campo, numa atuação burocrática.

Na Europa, o meia do Sport entrou com o papel de retenção de bola e força na jogada aérea, mas limitou-se ao posicionamento. Pela convocação, ainda tem mais uma chance visando a Copa, em Londres. No Recife, o leão, em sua ausência, também parece ter mais uma oportunidade na Série A, em Goiânia.

Diego Souza no Sport em 2017
51 jogos
20 gols
7 assistências

Diego Souza na Seleção em 2017
5 jogos (206 minutos)
2 gols

Participação de Diego Souza na Seleção Brasileira em 2017
25/01 – Brasil 1 x 0 Colômbia (titular, 64 minutos), Amistoso
23/03 – Uruguai 1 x 4 Brasil (reserva, 5 minutos), Eliminatórias
28/03 – Brasil 3 x 0 Paraguai (reserva, 6 minutos), Eliminatórias
09/06 – Brasil 0 x 1 Argentina (reserva, não entrou), Amistoso
13/06 – Austrália 0 x 4 Brasil (titular, 94 minutos e 2 gols), Amistoso
10/11 – Brasil 3 x 1 Japão (reserva, 37 minutos), Amistoso
14/11 – Inglaterra x Brasil (a disputar), Amistoso

Jogos em 2017 nos quais DS87 não foi convocado
31/08 – Brasil 2 x 0 Equador, Eliminatórias
05/09 – Colômbia 1 x 1 Brasil, Eliminatórias
05/10 – Bolívia 0 x 0 Brasil, Eliminatórias
10/10 – Brasil 3 x 0 Chile, Eliminatórias

Amistoso da Seleção em 2017: Brasil x Japão. Imagem: Rede Globo/reprodução

A pedido da CBF, clubes do país analisam rivais da Seleção na Copa. Sport na lista

Os países selecionados pela CBF para que os analistas dos clubes brasileiros. Crédito: CBF

A preparação da Seleção para a Copa do Mundo de 2018, visando o estudo sobre os países adversários, contará com a participação de 19 clubes brasileiros, incluindo os nordestinos Sport, Bahia e Vitória. A partir da ideia do coordenador Edu Gaspar, aprovada pelo técnico Tite, os analistas de desempenho dos clubes da Série A de 2017 – exceção feita ao Flamengo, que não pôde participar – ficarão responsáveis pela análise de 27 países. Das 32 seleções classificadas ao torneio da Rússia, só ficam fora dessa lista os sul-americanos e o próprio Brasil, com dados detalhados pelo Centro de Pesquisa e Análise (CPA) da Confederação Brasileira de Futebol.

A escolha foi feita mediante sorteio, na CBF. No caso do rubro-negro pernambucano, a bolinha trouxe a Sérvia, centro da antiga Iugoslávia, que, mesmo sendo dissolvida durante décadas, esteve em nove Mundiais. Como Sérvia, duas participações: 2010 e 2018. Na eliminatória europeia, os sérvios lideraram o grupo D, obtendo a vaga direta numa chave com Irlanda, Gales e Áustria. Em Salvador, o departamento de análise do Bahia vai se debruçar sobre o Irã! Já o Vitória espera a definição na África, com três possibilidades: Senegal, Burkina Faso e Cabo Verde. Em vários outros casos os clubes ainda dependem das repescagens para definir o país a ser analisado.

Número de países analisados por cada clube
5 – Centro de Análise da CBF
2 – Atlético-PR, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Grêmio, Palmeiras, São Paulo e Vasco
1 – Atlético-GO, Atlético-MG, Avaí, Bahia, Chapecoense, Coritiba, Fluminense, Ponte Preta, Santos, Sport e Vitória

Diego Souza é reconvocado à Seleção Brasileira, mantendo a disputa à Copa

Diego Souza na Seleção Brasileira em 2017. Fotos: dsoficial.com (reprodução)

O meia Diego Souza voltou a ser lembrado por Tite na Seleção Brasileira em 2017. Artilheiro do Brasileirão da temporada anterior, o jogador havia sido chamado para as cinco primeiras partidas do escrete nacional, atuando quatro vezes. No entanto, após uma queda técnica, simultânea ao imbróglio sobre a quase saída para o Palmeiras, DS87 acabou ficando fora das listas seguintes, para quatro partidas das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2018.

Com o fim da fase classificatória ao Mundial, com o Brasil classificado como líder, o treinador terá quatro amistosos preparatórios. Começa já agora, num giro na Europa, em Lille, na França, diante do Japão, e em Londres, na Inglaterra, contra os donos da casa. Entre os 25 nomes chamados, o do principal jogador do Sport, que ganha mais duas chances, recolocado-se na disputa de forma até surpreendente neste momento – embora tenha voltado a jogar bem. Vale lembrar que, para a Canarinha, Diego Souza vem sendo chamado como “atacante”, numa briga ferranha com Firmino, que, apesar de se destacar no Liverpool, ainda não brilhou com a camisa verde e amarela.

E essa pode ser a última oportunidade para “testes” na visão de Tite, que quer utilizar os dois amistosos de 2018 (Rússia em 22/03 e Alemanha em 27/03) já com o grupo fechado. Ou seja, com a lista final de 23 nomes…

Obs. Em relação à Série A, o jogador poderá desfalcar o leão contra Botafogo (08/11), Atlético-GO (12/11) e Palmeiras (16/11). Aí, depende da logística.

Diego Souza no Sport em 2017
46 jogos
17 gols
8 assistências

Diego Souza na Seleção em 2017
4 jogos
2 gols

Participação de Diego Souza na Seleção Brasileira em 2017
25/01 – Brasil 1 x 0 Colômbia (titular, 64 minutos)
23/03 – Uruguai 1 x 4 Brasil (reserva, 5 minutos)
28/03 – Brasil 3 x 0 Paraguai (reserva, 6 minutos)
09/06 – Brasil 0 x 1 Argentina (reserva, não entrou)
13/06 – Austrália 0 x 4 Brasil (titular, 94 minutos e 2 gols)

31/08 – Brasil 2 x 0 Equador (não foi convocado)
05/09 – Colômbia 1 x 1 Brasil (não foi convocado)
05/10 – Bolívia 0 x 0 Brasil (não foi convocado)
10/10 – Brasil 3 x 0 Chile (não foi convocado)

10/11 – Brasil x Japão (a disputar)
14/11 – Inglaterra x Brasil (a disputar)

Os cabeças de chave da Copa do Mundo de 1930 a 2018. A Seleção em 19 edições

Os países com o maior número de indicações como "cabeça de chave" na Copa do Mundo. Arte: Cassio Zirpoli/DP

O Ranking da Fifa correspondente a outubro de 2017, a oito meses da Copa do Mundo, é a base oficial para a composição dos oito cabeças de chave do torneio de 2018. À parte da Rússia, sede pela primeira vez e cabeça de chave pela primeira vez, sete países vieram da lista mensal da federação: Alemanha (1º lugar no ranking), Brasil (2º), Portugal (3º), Argentina (4º), Bélgica (5º), Polônia (6º) e França (8º). O critério técnico adotado, apenas com o ranking, mudou o perfil histórico dos principais países na disputa.

Na compilação de 1930 a 2018, sem surpresa, os oito campeões mundiais são justamente as oito seleções mais apontadas nos sorteios como cabeças de chave. No 21º Mundial, considerando todos os ex-campeões presentes, quatro não serão cabeças de chave. Ou seja, Espanha (11º), Inglaterra (15º), Uruguai (16º) e Itália (17º) devem surgir em prováveis grupos da morte.

À parte do desempenho em campo, o status para o país-sede é regra. Em todas as edições, o anfitrião só não foi escolhido pela federação que controla o futebol como um dos líderes prévios dos grupos em três oportunidades (1954, 1958 e 1970). Em 2022, no Catar, o regulamento deve ser mantido. Já a partir de 2026 o torneio terá 48 seleções, dobrando o nº de grupos…

Indicações dos 122 cabeças de chave nos Mundiais:
1930 (5) – Argentina, Brasil, Estados Unidos, Paraguai e Uruguai
1934 (8) – Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Holanda, Hungria, Itália e Tchecoslováquia
1938 (8) – Alemanha, Brasil, Cuba, França, Hungria, Itália, Suécia e Tchecoslováquia
1950 (4) – Brasil, Inglaterra, Itália e Uruguai
1954 (8) – Áustria, Brasil, França, Hungria, Inglaterra, Itália, Turquia e Uruguai
1958  – sem cabeças de chave
1962 (4) – Argentina, Brasil, Chile e Uruguai
1966 (4) – Alemanha, Brasil, Inglaterra e Itália
1970 – sem cabeças de chave
1974 (4) – Alemanha, Brasil, Itália e Uruguai
1978 (5) – Alemanha, Argentina, Brasil, Holanda e Itália
1982 (6) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, Inglaterra e Itália
1986 (6) – Alemanha, Brasil, França, Itália, México e Polônia.
1990 (6) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Inglaterra e Itália
1994 (6) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Estados Unidos e Itália
1998 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, França, Holanda, Itália e Romênia
2002 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Coreia do Sul, Espanha, França, Itália e Japão
2006 (8) – Alemanha, Argentina, Brasil, Espanha, França, Inglaterra, Itália e México
2010 (8) – Alemanha, África do Sul, Argentina, Brasil, Espanha, Holanda, Inglaterra e Itália
2014 (8) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, Colômbia, Espanha, Suíça e Uruguai
2018 (8) – Alemanha, Argentina, Bélgica, Brasil, França, Polônia, Portugal e Rússia

Ranking de indicações como cabeça de chave:
19 – Brasil
15 – Alemanha e Itália
13 – Argentina
7 – França e Inglaterra
6 – Espanha e Uruguai
4 – Bélgica e Holanda
3 – Hungria
2 – Áustria, Estado Unidos, México, Polônia e Tchecoslováquia
1 – África do Sul, Colômbia, Chile, Coreia do Sul, Cuba, Japão, Paraguai, Portugal, Romênia, Rússia, Suécia, Suíça e Turquia

Evolução dos critérios para a escolha dos cabeças de chave:
Decisão do comitê organizador: 1930, 1934, 1938, 1962 e 1966
Recomendação da CBD (precursora da CBF): 1950
Sorteio: 1954
Sem cabeça de chave: 1958 e 1970
Votação: 1974
Histórico técnico e posição geográfica: 1978, 1982 e 1986
Performance nas Copas anteriores: 1990 e 1994
Performance nas Copas anteriores + ranking: 1998, 2002 e 2006
Ranking da Fifa: 2010, 2014 e 2018

Seleção Brasileira faturou R$ 70 milhões como mandante nas Eliminatórias de 2018

Eliminatórias da Copa 2018, em 10/10/2017: Brasil 3 x 0 Chile. Foto: divulgação

A Canarinha encerrou as Eliminatórias da Copa de 2018 com dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o Uruguai. Na última rodada, no Allianz Parque, o moderno estádio do Palmeiras, a Seleção goleou o Chile, deixando o atual bicampeão da Copa América fora do Mundial da Rússia. A tranquila vitória manteve o país como o único sul-americano invicto como mandante no qualificatório e também estabeleceu a maior renda do futebol no Brasil. O dado desconsidera o Mundial de 2014, pois a Fifa não divulgou os borderôs.

Com R$ 15 milhões, o jogo superou a final da Libertadores de 2013, entre Atlético-MG e Olimpia do Paraguai. Na ocasião, a partida em Belo Horizonte proporcionou uma arrecadação de R$ 14 mi. Essa renda recorde mostra o quanto a participação nas Eliminatórias, utilizando apenas as arenas com “Padrão Fifa”, turbinou o caixa da CBF. A entidade faturou R$ 70 milhões! Embora não detalhe o percentual repassado a cada operador dos estádios, é possível aferir um desconto de 8%, o valor entregue ao Corinthians na apresentação anterior em São Paulo. Ou seja, a confederação teria ficado com 92%, ou R$ 64,4 milhões líquidos. E, de fato, o torcedor pagou caro para produzir esta receita. No Allianz Parque, com valores semelhantes aos da Copa do Mundo realizada no país, o tíquete médio foi de R$ 368.

A gestão desse recurso, lembrando, fica a cargo de Marco Polo Del Nero…

Público total: 371.897 (média de 41.321 torcedores) 
Renda total: R$ 70.073.561 (média de 7.785.951 reais) 
Tíquete médio: R$ 188,42
Campanha: 9 jogos; 8 vitórias, 1 empate e nenhuma derrota; 26 GP e 4 GC

Eis o ranking de bilheteria nos jogos da Seleção nas Eliminatórias de 2018.

Balanço da Seleção Brasileira nas Eliminatórias da Copa 2018 jogando no Brasil. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Seguindo com a evolução cronológica dos públicos da Canarinha, com a taxa de ocupação dos estádios. A maior foi em São Lourenço da Mata, com 98,17% dos 45.845 cadeiras vermelhas ocupadas – curiosamente, no único empate no país. A menor ocorreu em Fortaleza, com índice de 60,98%.

Evolução dos públicos nos jogos da Seleção Brasileira como mandante nas Eliminatórias da Copa 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

A escalada cronológica sobre o preço dos ingressos vai da média de R$ 69 na estreia até R$ 368 na despedida do qualificatório da Fifa. As quatro menores rendas foram no Nordeste. Por outro lado, as maiores bilheterias foram registradas com a Seleção em grande fase, já sob comando de Tite.

Evolução das bilheterias nos jogos da Seleção Brasileira como mandante nas Eliminatórias da Copa 2018. Arte: Cassio Zirpoli/DP

Islândia na Copa do Mundo, mesmo com população menor que Olinda, Caruaru…

Islândia vence o Kosovo e se classifica para a Copa do Mundo de 2018. Foto: Fifa/site oficial

O território da Islândia é quase do mesmo tamanho de Pernambuco, com 103.001 km² x 98.149 km². Demograficamente, porém, há uma enorme diferença, com 9,4 milhões de habitantes no estado e apenas 334 mil no país insular, espalhados em cidades pequenas no litoral, bem afastadas da Europa. Lá, num cenário frio e quase deserto, o futebol vive. Apesar da população menor que 5 municípios locais (Olinda tem 56 mil pessoas a mais!) ou abaixo de 79 cidades brasileiras, a ilha é capaz de formar uma seleção competitiva, que fez história na Eurocopa 2016 e fará história na Copa do Mundo de 2018.

Indo contra qualquer lógica, o país se classificou ao torneio europeu e ainda eliminou a Inglaterra nas oitavas de final. Do exótico ao resultado prático. Em nova disputa nas Eliminatórias, agora ao Mundial, a seleção islandesa garantiu a 1ª colocação no Grupo I, vencendo o Kosovo por 2 x 0 na capital Reykjavik. Conseguiu a vaga direta para o Mundial da Rússia, na sua estreia no maior torneio do futebol. Será, sem surpresa, o país menos populoso a disputar a Copa em todos os tempos. Na Islândia, segundo a federação nacional de futebol, a “Knattspyrnusamband Islands” (KSI), fundada em 1947, existem apenas três mil adultos jogando bola, com 100 profissionais!

Islândia vence o Kosovo e se classifica para a Copa do Mundo de 2018. Foto: Fifa/site oficial

Fazendo uma relação entre a população masculina, com cerca de 167 mil islandeses, e os 23 convocados da seleção, 1 em cada 7,2 mil será chamado para a Copa do Mundo. No estado, essa conta ficaria em torno de 1 em 198 mil. Mesmo na relação municipal, considerando o top 5, o material humano local seria, em tese, mais factível na montagem de um time competitivo. Pois é, absolutamente tudo sobre a Islândia parece ficção, incluindo a sua torcida. Na Euro realizada na França, 5% do país esteve nas arquibancadas. Ou seja, o envolvimento para o sucesso é geral… Mesmo num território escasso.

As 10 cidades pernambucanas mais populosas x Islândia
1.633.697 – Recife (IBGE, estimativa de 2017)

695.956 – Jaboatão
390.771 – Olinda
356.128 – Caruaru
343.219 – Petrolina

334.252 – Islândia

328.353 – Paulista
204.653 – Cabo
156.361 – Camaragibe
138.642 – Garanhuns
137.578 – Vitória

A classificação final do Grupo I das Eliminatórias da Uefa para o Mundial de 2018. Crédito: Fifa/site oficial

Grito de gol somente após a confirmação do árbitro de vídeo. O futuro do futebol?

Gol anulado no jogo Camarões 0 x 2 Chile, na Copa das Confederações de 2017. Crédito: Sportv/reprodução

Após um teste mal executado no Mundial de Clubes, em dezembro de 2016, a Fifa voltou ao tira-teima tecnológico com um novo formato na Copa das Confederações de 2017. No jogo entre Chile e Camarões, com vitória da Roja por 2 x 0 na largada do torneio-teste, o árbitro de vídeo (sigla VAR, para video assistant referee) foi acionado duas vezes em lances bem ajustados.

Impedimento ou não? Em ambos, o chileno Vargas balançou as redes…

Uma característica interessante vista na tevê foi a medição do campo com linhas em 3D, ou “grid”, equalizando os ângulos duvidosos das câmeras. Na cabine instalada na arena do Spartak, três árbitros analisaram os lances.

1) No último lance do primeiro tempo (acima), Vargas recebeu um belo passe de Vidal, entre os zagueiros africanos, e finalizou com categoria. Porém, o VAR apontou o atacante adiantado. Gol anulado.

2) No fim da partida (abaixo), Alexis Sánchez foi lançado ainda no círculo central e desperdiçou a chance na sequência, com Vargas marcando no rebote. O VAR paralisou para conferir o passe para Sánchez. Gol validado.

Sobre o tempo gasto em cada lance, considerei aceitável, sem quebrar o ritmo da partida. No entanto, a partir de agora, em jogos de futebol com a função, o gol passa a ser comemorado à vera somente após a a confirmação da cabine. Nada muito diferente do que já vemos na NFL, NBA, tênis etc.

Melhor do que anular um lance legal ou validar um lance irregular…

Gol validado no jogo Camarões 0 x 2 Chile, na Copa das Confederações de 2017. Crédito: TyC Sports/reprodução

Brasil lidera Ranking da Fifa após 7 anos

Ranking da Fifa em abril de 2017. Crédito: Fifa/twitter

A incrível sequência de Tite, com nove vitórias em nove jogos, já é a maior arrancada de um técnico na Seleção Brasileira. E olhe que foram oito jogos pelas Eliminatórias da Copa 2018, fazendo com que o time saísse de uma situação complicada para o status de primeiro classificado, à parte do país-sede. Com isso, o Brasil voltou ao topo do Ranking da Fifa, após sete anos.

A última vez que a Canarinha havia liderado a lista mensal foi em maio de 2010, antes do Mundial na África. Ali, iniciou-se o reinado da Espanha, depois revezado com Alemanha e Argentina. Neste hiato, até países sem títulos mundiais alcançaram o topo no futebol, como as vizinhas Holanda e Bélgica.

A goleada sobre o Paraguai por 3 x 0, na Arena Corinthians, foi fundamental para ultrapassar os hermanos. Só em caso de vitória seria possível através do complexo (e questionável) sistema, com pesos diferentes aos jogos de todos os filiados – somente no último mês foram 129 partidas contabilizadas. Em abril o Brasil chegou a 151 meses de liderança, de um total de 285 desde a criação do ranking, em agosto de 1993. Ou seja, mesmo em jejum – e chegou a ser 18º em 2012 -, o time verde e amarelo já liderou em 52,9% do tempo.

Meses na liderança (entre parênteses, o primeiro mês em 1º):
Brasil – 151 (09/1993)
Espanha – 64 (07/2008)
Argentina – 26 (03/2007)
Alemanha – 18 (08/1993)
França – 14 (05/2001)
Itália – 6 (11/1993)
Bélgica – 5 (11/2015)
Holanda – 1 (08/2011)

Desempenho da Seleção Brasileira no Ranking da Fifa:

O desempenho da Seleção Brasileira no Ranking da Fifa