Dunga e Taffarel de volta ao Rose Bowl

Tetracampeões em 1994, Gilmar, Taffarel e Dunga caminham no Rose Bowl em 2016. Crédito: Rafael Ribeiro/CBF

Nostalgia pura a passagem de Dunga, 52 anos, o técnico da Seleção Brasileira, e Taffarel, 50, o preparador de goleiros da equipe, no gramado do Rose Bowl, palco da final da Copa do Mundo de 1994. Se no presente o trabalho da comissão é contestado, há 22 anos a idolatria foi construída, com ambos entre os principais nomes do tetra, encerrando um longo jejum no futebol do país.

Então capitão, numa patente justa, Dunga marcou o terceiro gol da série, que terminaria no chute isolado por Baggio, enquanto Taffarel, dono absoluto da camisa 1, defendeu a cobrança de Massaro, diante de 94.194 torcedores.

Nesse tempo todo, o Brasil só voltou a Pasadena uma vez, num amistoso conta os donos da casa, há quinze anos. O destino recolocou a Seleção no estádio na estreia da edição centenária da Copa América, em 2016. Na véspera da partida, a dupla fez um passeio no gramado (novo), também na companhia de Gilmar Rinaldi, terceiro goleiro do tetra. Lembranças de quem fez história. Assista.

Jogos da seleção principal no Rose Bowl
13/07/1994 – Brasil 1 x 0 Suécia (semifinal da Copa do Mundo)
17/07/1994 – Brasil (3) 0 x 0 (2) Itália (final da Copa do Mundo)
03/03/2001 – Brasil 2 x 1 Estados Unidos (amistoso)
04/06/2016 – Brasil x Equador (estreia da Copa América)

Copeiro, Felipão já estimula os pênaltis, com Júlio César, Victor e Jefferson

Júlio César, Victor e Jefferson, os goleiros das Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014. Foto: Gaspar Nóbrega/VIPCOMM

Teresópolis – O Brasil sequer estreou na Copa do Mundo, então falar de uma disputa de pênaltis a partir das oitavas de final talvez seja bastante cedo. Ou não. Copeiro em sua essência futebolística, o técnico Felipão vai estimulando ao fim de cada coletivo na Granja Comary uma série de cobranças de pênalti.

Há duas formas de observar esse treinamento. Ou no viés dos atacantes, que não vêm rendendo bem, ou dos goleiros, em excelente forma caso necessário o dramático desempate. Júlio César, Victor e Jefferson vêm defendendo várias cobranças nos treinos. Aqui, um registro do blog com o goleiro do Botafogo, com duas defesas em quatro cobranças.

Todos os cobradores, Neymar, Fred, Marcelo, David Luiz e Willian, são os já indicados por Felipão caso necessária uma situação do tipo. A ordem possivelmente seria esta.

Até hoje, a Seleção Brasileira já passou por três disputas assim, todas dramáticas. em 1986, quando Zico perdeu uma cobrança ainda no tempo normal, o país acabou eliminado pela França de Platini (3 x 4). Em uma das cobranças, a bola bateu nas costas do goleiro Carlos entrou. Era o início do fantasma dos Bleus.

Nas outras duas, apesar da elevada carga emocional imposta, os resultados foram festejados. Em 1994, na primeira final da história decidida nos tiros livres, com Baggio chutando por cima a última bola da Azzurra (3 x 2), e em 1998, numa semifinal antológica contra a Holanda (4 x 2), com Taffarel brilhando com duas defesas nos pênaltis – e já havia defendido o chute de Massaro quatro anos antes.

Na última disputa de pênaltis da Seleção, na Copa América de 2011, o país foi eliminado pelo Paraguai desperdiçando quatro cobranças. Portanto, é bom que os atacantes melhorem também…

Júlio César, Victor e Jefferson, os goleiros das Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 2014. Foto: Gaspar Nóbrega/VIPCOMM