150 jogadores na temporada recifense

Elencos de Náutico, Santa Cruz e Sport em 2013. Crédito: sites oficiais de Náutico, Santa e Sport

Planejamento. No futebol, a palavra é na prática uma cobrança às diretorias dos clubes, de 1º de janeiro a 31 de dezembro. É preciso usar bem o dinheiro, na maioria das vezes escasso, para contratar peças qualificadas e ajustar o time.

Muitos jogadores são empurrados por empresários, muitos a contrapeso, além dos custos operacionais das transações, estourando o orçamento. Nos times de massa, a pressão até atrapalha. Alguns atletas são testados uma única vez.

Entre outros inúmeros fatores no tal planejamento, outros nomes para uma mesma posição são contratados a cada três meses. No fim do ano, o balanço costuma apontar bem mais que um time no clube.

Neste ano, por sinal, alvirrubros, rubro-negros e tricolores abusaram da quantidade de contratos assinados. Ao todo, 150 jogadores profissionais entraram em campo ao menos uma vez pelo trio, com informações dos departamentos de fisiologia dos Aflitos, Ilha e Arruda ao Superesportes.

O número é quase suficiente para compor 14 equipes.

63 – Náutico
46 – Sport
41 – Santa Cruz

Coincidência ou não, quem usou menos teve o ano mais produtivo.

O goleiro tricolor Tiago Cardoso conseguiu um feito entre todos esses atletas. Ele jogou todas as 53 partidas da Cobra Coral na temporada.

Quem mais atuou, no entanto, foi o também goleiro Magrão, com 57 jogos. No Náutico, cuja rotatividade foi enorme, Elicarlos ficou à frente, com 51 aparições.

Teve até quem defendeu mais de um grande no ano, como William Alves (Santa/Náutico) e Anderson Pedra (Santa/Sport).

Na sua opinião, qual foi a melhor a contratação do seu clube no ano? E a pior?

Apesar do bom futebol, Rubro-negro passa zerado no Pacaembu

Série B 2013, 24ª rodada: Palmeiras 2 x 1 Sport. Foto: Marcello Zambrana /VIPCOMM

Os números da partida entre Palmeiras e Sport, neste sábado, foram equilibrados, mas, efetivamente, os dados pernambucanos foram superiores, como nas finalizações certas (6 x 5) e passes certos (286 x 279), além de ter errado mesmo passes (27 x 28), segundo o scout do footstats.

No placar do Pacaembu, Verdão 2 x 1. Afinal, uma vitória se constrói com gols.

O Alviverde que o diga, ao abrir o placar com apenas 57 segundos. O visitante nem chegou a tocar na bola. Com a devida orientação para arremates de longe, Wesley se aproveitou do enorme espaço dado pela cabeça de área leonina.

De forma bem agressiva, esse gol acordou o Sport. O domínio no primeiro tempo foi claro, com várias oportunidades criadas pelos laterais, com mais liberdade ofensiva e cobertura. Faltou acertar o pé rente à trave. Felipe Azevedo e Lucas Lima perderam gols incríveis, cara a cara. O próprio Azevedo, em jogada individual, ainda acertou a trave.

No intervalo, Gilson Kleina sacou um atacante (Kardec) e colocou um volante (Charles), apesar da vantagem mínima. Sabia que precisava mudar o esquema para contornar o cenário. De fato, até melhorou. Porém, o maior benefício foi a passividade da intermediária rubro-negra, novamente dando espaço a Wesley. Mais um gol num chute de fora da área, desta vez rasteiro.

A partir daí, Geninho se mexeu e acionou o volante Chumacero, que teve nesta tarde teve o seu maior tempo de jogo pelo clube, com 38 minutos, incluindo os acréscimos. Grata surpresa. A afobação inicial do boliviano foi dando lugar a um jogador rápido, batalhador e com bom passe. Útil.

É verdade que nesse meio tempo a estrutura tática armada por Geninho passou por outra transformação, com a expulsão de Tobi. Este, numa péssima tarde. Mais uma. Para qualquer jogada com falta. Assim, o veterano zagueiro espaço para Osvaldo, uma prata da casa que vem agradando.

No finzinho, o gol de Rithely, desviando o cruzamento do instável Marcos Aurélio, ainda deu um fio de esperança numa partida de bom futebol do Sport. Mas ficou nisso e o time sequer pontuou. Era preciso somar, ainda mais após os tropeços dos adversários diretos para o G4 da Série B. Pelo menos ficou a impressão de uma evolução no desempenho da equipe…

Série B 2013, 24ª rodada: Palmeiras 2 x 1 Sport. Foto: Marcello Zambrana /VIPCOMM

Quatro vitórias seguidas e a melhor arrancada leonina em busca do acesso

Série B 2013, 10ª rodada: Sport x Oeste. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

A quarta vitória seguida do Sport na Série B ocorreu curiosamente com todos os jogos após a paralisação da competição para a Copa das Confederações.

A sequência de bons resultados do Rubro-negro, agora com 21 pontos, proporcionou sua melhor arrancada nas dez primeiras rodadas no formato atual da segunda divisão nacional. Demais anos: 18 (2006), 11 (2010) e 17 (2011).

Apesar dos reforços escassos na parada, a série de treinos de Martelotte parece ter surtido efeito. O time vem ganhando e apresentando um bom futebol, algo que há muito tempo não se via nas bandas da Ilha do Retiro.

Dois meias de ligação e toques rápidos. Tudo dentro da limitação técnica que a Segundona impõe, naturalmente. Após Joinville, América-RN e Avaí, foi a vez do Oeste, na noite desta sexta-feira, no Recife, com um seguro 2 x 0.

Apesar do momento, o primeiro tempo não foi nada fácil, com um duelo truncado. O time da casa, aliás, viu o Oeste chegar com certo perigo. De volta ao time, Rithely se movimentou bastante, mas, acredite, o volante estava sendo marcado. Através de lampejos individuais o Leão furou o bloqueio paulista.

Num jogada rápida, Marcos Aurélio tocou rasteiro para Lucas Lima, que ganhou do zagueiro e abriu o placar. Eram 35 minutos. Levantou a torcida e participou diretamente do segundo gol, instantes depois. Uma bela asistência, troca de passes e finalização de Tobi, em uma atuação decente, na zaga.

Os 19.571 torcedores, entre eles o homenageado Ariano Suassuna, viram o Leão agredir por quinze primeiros na etapa final. A partir daí, com a marcação encaixada, só gastou o tempo e poupou energia, pois a jornada será longa.

Série B 2013, 10ª rodada: Sport 2x0 Oeste. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press