“Faz-me rir”

Série B-2010: Náutico 1 x 0 Figueirense. Gol de Zé Carlos. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

No último treino, na segunda-feira, um bom humor animador.

Apesar das três derrotas consecutivas e dos dois meses de salários atrasados, os jogadores do Timbu procuraram mostrar que ainda era (é) possível buscar uma recuperação no Brasileiro da Série B.

O time até recebeu a visita do conselheiro e colaborador Américo Pereira. Mas, de forma unânime, eles negaram a especulação de que uma folha havia sido quitada.

Mas a garantia de um esforço por parte da diretoria surtiu efeito. Com o apoio de 7 mil torcedores, com “sangue nos olhos” e com uma boa dose de raça, o Náutico conseguiu superar o difícil confronto contra o Figueirense, na noite desta terça-feira.

Uma vitória suada por 1 x 0, nos Aflitos, em uma penalidade convertida pelo ala Zé Carlos, conduzida pelo meia Giovanni e, sobretudo, confirmada pela defesa de Glédson, que segurou um pênalti aos 42 minutos do 2º tempo.

Além do bicho pelo resultado, o elenco deverá receber, finalmente, o “faz-me rir” em cifras. O bom humor precisa continuar em Rosa e Silva.

Final alternativo na liderança

Série B-2010: Náutico 2 x 1 ASA. Foto: Edvaldo Rodrigues/DP

Quase meia-noite de terça-feira.

Até ali, o Figueirense curtia a ponta da Série B. Já havia vencido o Vila Nova, cuja partida acabou às 21h30. Era só contar os minutos para festejar.

Nos Aflitos, o Náutico, que só começou a jogar às 21h50, insistia bastante no ataque tentando desempatar o 1 x 1 com o aguerrido ASA de Arapiraca, que não abriu mão dos contra-ataques. Primeira noite e o clima já era tenso!

Era o duelo que encerraria a rodada de reabertura do Brasileiro. E olhe foi um noite “cheia”, com 10 partidas.

O Timbu havia começado a sétima rodada num bom 4° lugar, já na zona de acesso à elite nacional na próxima temporada. Em casa, o dever de somar três pontos. Porém, aquele empate em casa tiraria o Alvirrubro do G-4…

Começar assim realmente não estava no script dos alvirrubros, ainda mais para um clube que poupou bastante o time principal durante a disputa do Nordestão.

Mas a espera valeu muito a pena. Demais!

Aos 44 minuto do segundo tempo, já naquele sufoco, o ala Zé Carlos cobrou uma falta, a bola voltou, o próprio jogador dominou e arriscounovamente. Certeiro, 2 x 1.

Foi o gol que levou o Náutico ao topo do Brasileiro, com 17 pontos, aproveitando os tropeços dos concorrentes. Líder isolado, diga-se. Acho que esse script estava bem além do que o técnico Alexandre Gallo havia planejado. Nada como um suspense…