Agora é com o Mundão para conseguir erguer a taça

Série D 2011: Tupi 1 x 0 Santa Cruz. Foto: Tupi/divulgação

Tecnicamente, não foi uma boa partida em Juiz de Fora.

Se diante da TV os tricolores não escondiam o nervosismo no primeiro jogo da final da Série D, em campo os jogadores corais também não conseguiram.

Nem os do Santa Cruz nem os do Tupi, diga-se.

Os 14.726 torcedores presentes no estádio mineiro assistiram a um duelo amarrado, de poucas oportunidades e muitos passes errados.

Em demasia… Poucas conclusões assustaram.

Ainda assim, o placar não saiu em branco. Infelizmente.

Aos 42 minutos do primeiro tempo, numa bobeira generalizada da zaga pernambucana, Ademilson marcou o gol solitário da vitória do Tupi, 1 x 0.

A defesa falhou no posicionamento, com a “linha burra”, e na marcação.

Com o revés a 2.000 quilômetros de distância do Recife, a equipe comandada por Zé Teodoro precisará vencer por dois gols de diferença no Arruda.

Sim, no Arruda, às 15h50 no próximo domingo.

Para terminar o ano com volta olímpica, o Santa terá que se despedir da torcida com uma grande apresentação, assim como o povão, que também deverá a fazer a sua parte nas arquibancadas, com a chance de quebrar o recorde de 2011, de 63.871 pessoas.

O título é mais que possível. Estamos falando do atual campeão pernambucano…

Pernambucanos x mineiros pelo título da D

Santa Cruz x Tupi, final do Campeonato Brasileiro da Série D de 2011

Definida a final da Série D do Campeonato Brasileiro. Os dois times lutam pela primeira conquista a nível nacional. Confira os duelos:

13/11 – Tupi x Santa Cruz, no estádio Mario Helênio, em Juiz de Fora/MG.

20/11 – Santa Cruz x Tupi, no estádio do Arruda.

Os dois jogos vão acontecer às 16h, horário do Recife.

Campanha pernambucana: 14 jogos, 7 vitórias, 6 empates, 1 derrota, 17 GP e 10 GC.

Campanha mineira: 14 jogos, 8 vitórias, 3 empates, 3 derrotas, 26 GP e 15 GC.

O estádio municipal de Juiz de Fora, inaugurado em 1988, tem capacidade para 40 mil pessoas e é um dos maiores do interior do Brasil. Veja aqui.

Santa Cruz e a estrela de cobre

Série D 2011: Cuiabá/MT 1 x 2 Santa Cruz. Foto: Roberto Barcelos/especial para o Diario de Pernambuco

Um breve relato sobre a história do Santa Cruz em finais nacionais:

Em sua melhor campanha, passou muito perto em 1975.

Diante de 38 mil torcedores, num Arruda bem diferente – ainda sem o anel superior -, o Santa Cruz disputou a semifinal do Campeonato Brasileiro.

Da Série A, é bom lembrar. Contra o timaço do Cruzeiro, o Tricolor jogava pelo empate para chegar à decisão da competição.

O jogo seguia 2 x 2 até os 45 minutos do segundo tempo, quando Palhinha, em posição duvidosa, fez o gol da vitória mineira.

Não veio a classificação à finalíssima do Brasileirão e nem a vaga à Libertadores de 1976. Depois daquele dia fatídico na história coral, o clube ainda teve mais duas oportunidades claras de conquistar uma estrela.

Em vez do ouro, um metal menos nobre, a prata. Primeiro, em 1999.

No estádio Serra Dourada, o Santa Cruz jogava pelo empate com o Goiás para conseguir o acesso. Uma vitória, no entanto, daria o título da Série B.

Não foi uma final de direito, mas quase isso, de fato. Porém, naquela última rodada do campeonato, o empate sem gols não foi sequer ameaçado.

Portanto, Goiás campeão e Santa vice.

Depois, novamente ma Segundona, o título ficou ainda mais perto.

Na verdade, o título chegou a ser comemorado durante 15 minutos, após a vitória pro 2 x 1 sobre a Portuguesa, diante de 65 mil pessoas no Mundão.

A derrota do Náutico diante do Grêmio, aos 60 minutos (isso mesmo) do 2º tempo, brecou a volta olímpica tricolor, então com uma taça improvisada.

Veio, então, a derrocada que todos estão cansados de saber.

Mas o primeiro passo para a reconstrução de um gigante adormecido – como o próprio povão faz questão de dizer – está acontecendo.

Neste primeiro passo, a pioneira estreia numa decisão nacional. Neste domingo, o time treinado por Zé Teodoro venceu o Cuiabá/MT por 2 x 1, de virada e fora de casa.

Na Série D, a última divisão do país?! Pouco importa, hoje. Só por hoje.

Infelizmente, o Santa Cruz teve que disputá-la (três vezes). Está fazendo o seu papel e agora está a duas partidas de superar essa fase em sua história com uma conquista.

Pela lógica, seria uma estrela de cobre, “cor” instituída pela Conmebol nesta temporada. Valeria a pena bordar? A expectativa da torcida tricolor é a resposta.

O blog já deu outra ideia…  Veja aqui.

Série D 2011: Cuiabá/MT 1 x 2 Santa Cruz. Foto: Roberto Barcelos/especial para o Diario de Pernambuco

É preciso acordar para buscar a taça

Série D 2011: Santa Cruz 1 x 0 Cuiabá/MT. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Sem dúvida alguma, o ano de 2011 já está “ganho” pelo Santa Cruz. Para muitos torcedores, o time coral foi além do que era possível no início da temporada.

Começando pelo título estadual, quando desbancou os dois rivais, com investimento muito acima da realidade tricolor.

Depois, ainda que com algum sufoco, com o desejado acesso à Série C, diante de 60 mil torcedores. O ano teria acabado ali que não haveria qualquer problema.

Porém, não acabou e uma importante taça ainda está na mira do Santinha.

O título brasileiro da Série D pode referendar de uma vez por todas esse renascimento, coroando – literalmente – a temporada coral.

Portanto, a sonolenta vitória por 1 x 0, neste domingo, sobre o Cuiabá, deve ser tratada como parte disso. O ímpeto da massa foi menor na abertura da semifinal, com 26 mil torcedores, mas não deve ser.

O time está a três jogos de erguer um troféu, o primeiro de uma série de conquistas que poderá recolocar o clube na elite nacional, em 2014, em seu centenário.

Leve a sério essa taça, Santinha…

Série D 2011: Santa Cruz 1 x 0 Cuiabá/MT. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Sem sono nas próximas temporadas?

Hotsite do Santa Cruz sobre o acesso à Série C de 2012

Acesso à Terceirona de 2012 confirmado e hotsite do site oficial do clube no ar.

Destaque para o título: O gigante acordou!

Confira a postagem sobre a classificação do Santa Cruz à Série C clicando aqui.

Que essa subida coral só pare em 2014, em pleno centenário do clube, na elite nacional.

O Santa Cruz nos braços do povo

Bandeira de guerra do Santa Cruz. Crédito: Clébio Junior/divulgação

Nos braços do povo, o Santa Cruz subiu.

Após o inesquecível título pernambucano desta temporada, o Tricolor deu outro importante passo para a sua reconstrução.

Um passo gigantesco, sob o olhar de uma multidão de 60 mil pessoas no Arruda e outra ainda maior, de outras cores e uniformes, fora dele.

Esta segunda, em escala nacional, viu o verdadeiro tamanho do “Santinha”, que de diminutivo só tem mesmo o apelido.

A força pulsante de sua torcida carregou o clube a um novo degrau, ainda modesto, da D para a C. Divisões sem peso algum para a camisa coral, bem acima disso tudo.

Foram três anos imersos em uma letargia na qual poucos conseguiriam sair. Com apoio maciço, pouquíssimos. Com uma paixão cega, só o Santa Cruz, jamais abandonado.

Neste domingo, no tenso empate em 0 x 0 com o Treze, a Cobra Coral encerrou o seu capítulo mais doloroso, ensaiando de cara as primeiras palavras de um novo momento.

Nada de desilusão, desgraça, desencanto, decepção e dor.

Espaço para felicidade, vitória, euforia, emoção, conquista…

Em vez de nomes esquecidos, heróis como Tiago Cardoso, Weslley, Thiago Cunha e, sobretudo, Zé Teodoro, treinador do começo ao fim da empreitada.

Superando o histórico de gestões desastradas, a cadenciada postura de Antônio Luiz Neto, conduzindo uma massa difícil de controlar e uma falta de crédito ainda maior.

E assim, nos braços do povo, repito, o Santa Cruz subiu. E tem tudo para continuar subindo, juntando mais essa vitória.

Série D 2011: Santa Cruz 0 x 0 Treze. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Amigão, agora é no Arruda…

Série D 2011: Treze 3 x 3 Santa Cruz. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Pode-se dizer, em tese, que o Santa Cruz está a um empate do acesso…

Jogará no próximo domingo por um 0 x 0, 1 x 1 ou 2 x 2…

Em caso de 3 x 3, placar pra lá de incomum no futebol, a decisão da vaga na Série C de 2012 sairá nos pênaltis.

De 4 x 4 em diante, francamente, ficará nítido que o setor defensivo não colaborou com o restante do grupo.

Obviamente, claro, uma vitória por qualquer contagem também serve. E como.

Acima, um rápido resumo do que o Santa Cruz precisa para finalmente sair do inferno da 4ª divisão nacional.

O duelo de volta das quartas de final contra o Treze será no próximo domingo, no Arruda, cuja lotação vai brigar pelo recorde da temporada (veja aqui).

Para que os cálculos apresentados neste post tivessem uma cara favorável, o povão precisou sofrer demais neste domingo.

Com apenas 23 minutos de jogo, o estádio Amigão, em Campina Grande, já tinha visto dois gols, ambos do Treze. Parecia um atropelamento… Só Jesus pra salvar.

E o time paraibano ainda chegou a fazer 3 x 1. Aos trancos e barrancos, o Tricolor buscou o empate em 3 x 3, com dois gols de Fernando Gaúcho na etapa complementar.

Que o Santinha tenha um dia “abençoado” no histórico 16 de outubro de 2011.

Série D 2011: Treze 3 x 3 Santa Cruz. Foto: Helder Tavares/Diario de Pernambuco

Treze motivos para acreditar no acesso coral

Gato preto

Definido o confronto que irá gerar o acesso à próxima Série C, Santa Cruz x Treze. Confira os motivos para acreditar no sucesso coral nos próximos 180 minutos de futebol.

1º) O Santa Cruz conta com o apoio maciço da torcida, dona da maior média de público em todas as séries do Campeonato Basileiro de 2011, com 33.450 pessoas.

2º) O clube manteve a base do time campeão estadual, quando superou três adversários da Série B, passando de coadjuvante a protagonista.

3º) Tiago Cardoso, o craque do Estadual. Todo time começa com um grande goleiro.

4º) Apesar do buraco econômico em que se meteu, o clube, presidido por Antônio Luiz Neto, ensaia uma recuperação. A venda de Gilberto por R$ 2 milhões foi prova disso.

5º) Apesar de ter uma campanha inferior ao do rival na Série D (19 pontos, contra 21), o Tricolor não terá desvantagem, pois o regulamento é no estilo “Copa do Brasil”.

6º) A Cobra-Coral pode até ter perdido o seu capitão, o zagueiro Tiago Mathias. No entanto, o melhor defensor ainda segue lá, Leandro Souza.

7º) No meio-campo, Weslley vem mantendo o nível do PE2011. Cadenciado, ditando o ritmo dos jogos e com bom aproveitamento nas bolas paradas. Pode ser decisivo.

) Após lesões e suspensões durante a temporada, Thiago Cunha se firmou entre os 11 titulares. O jogador tem qualidade e pode, enfim, marcar a sua passagem no clube.

9º) Os confrontos serão nos dois próximos domingos. Isso significa uma semana de preparação para cada partida. Tempo para recuperar jogadores e aprimorar a tática.

10º) O técnico Zé Teodoro tem o grupo na mão e, sobretudo, a paciência da torcida.

11º) O time de Campina Grande tem tradição e torcida, o que “divide” a cobrança em relação ao acesso. A pressão natural no Arruda vai existir na Paraíba.

12º) Em 2005, o título estadual foi somado ao acesso. Fim do jejum neste script?

13º) Doze motivos já não bastam? Treze é o número do adversário… Gato preto pra lá!

A dois jogos da Série C

Série D 2011: Coruripe 0 x 0 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Para qualquer clube tradicional no Brasil, um título como o desta postagem significa o abismo cada vez mais próximo, decadente.

Sim, a dois jogos da Terceirona, do inferno, distante dos 40 melhores times do país.

Para o Santa Cruz, tão achincalhado nos últimos anos, isso seria a redenção. O primeiro passo dela, na verdade. Um desejo maior, numa longa marcha. Que precisa começar…

Para chegar pertinho do primeiro acesso nacional, foi preciso superar um confronto de 180 minutos contra os alagoanos do Coruripe.

No Arruda, vitória magra por 1 x 0. Futebol fraco, diante de 44 mil pessoas, mas com uma vantagem importante. Seria uma semana inteira de preparação para a decisão.

E aquela vantagem acabou se tornando vital para a campanha coral…

Em Coruripe, a 343 quilômetros do Recife, com a presença de dois mil fiéis tricolores no acanhado estádio Gerson Amaral, um empate em 0 x 0.

Foi o resultado esperado pelo campeão pernambucano. Necessário.

A partida teve cara de várzea, digna de uma divisão tão abissal. Um cartão vermelho para cada lado, muitos passes errados e poucas chances de gol.

Apesar disso, o clima foi tenso durante toda a partida. Esse sensação vem dos anos no limbo, com o tricolor quase acostumado ao que há de pior em torcer: sempre sofrer.

Enfim, o Tricolor está classificado às quartas de final da famigerada Série D, o pré-sal do futebol brasileiro, onde não cabe mais o Santa Cruz. Nunca coube.

Faltam apenas dois jogos. Um deles, no Mundão. Recorde de público à vista.

A Série C está perto. Nunca uma multidão ficou tão feliz e ansiosa por isso…

Série D 2011: Coruripe 0 x 0 Santa Cruz. Foto: Ricardo Fernandes/Diario de Pernambuco

Alçapão do Hulk

Estádio Gerson Amaral, em Coruripe. Foto: Henrique Silva/Flickr

Acanhado, o estádio Gerson Amaral, em Coruripe, foi inaugurado em 1993, mas somente dez anos depois foi construída a arquibancada principal.

São apenas seis mil lugares, no formato alçapão. Na estrutura, dez cabines de rádio.

As fotos deste post são de 29 de janeiro deste ano, produzidas por Henrique Silva, torcedor do CRB, durante o campeonato alagoano.

Campo modesto, mas bem cuidado, a 343 quilômetros do Recife. Lá, pela primeira vez nesta Série D, o Santa Cruz irá entrar em campo diante de uma torcida “rival”.

Nos quatro jogos como visitante na 1ª fase, três ocorreram em João Pessoa, nos quais os adversários tiveram o objetivo de arrecadar mais com a “colaboração” do povão.

O outro duelo foi em Belo Jardim, contra o Porto, com maioria absoluta de tricolores. Agora, não teve jeito. O Gerson Amaral terá um visual de “clássico” neste sábado…

Na teoria, seriam 600 ingressos para os corais neste jogo de volta das oitavas de final do Brasileiro, ou 10%. Porém, serão 2.500, o que corresponde a 41%.

De fato, os dirigentes locais confiam numa invasão do Santa, mas, é bom lembrar, o restante do estádio será mesmo ocupado pela barulhenta torcida do “Hulk”…

Estádio Gerson Amaral, em Coruripe. Foto: Henrique Silva/Flickr