Mais 10 mil vagas de estacionamento no Recife nos próximos três anos

 

Nos próximos três anos, os motoristas que circulam pelo Recife poderão contar com mais 10 mil vagas em edifícios-garagem. Pelo menos esta é a expectativa da Prefeitura do Recife ao lançar nesta quarta-feira um edital de chamada pública para empresas que tiverem interesse em construir ou adaptar edifícios-garagem na cidade. A solenidade aconteceu na manhã de hoje na sede da PCR, no Bairro do Recife, com a presença do prefeito João da Costa.

As edificações serão construídas ou adaptadas em 25 áreas consideradas prioritárias, com início das obras previsto para o prazo de um ano. De acordo com a Prefeitura do Recife, as áreas mapeadas pelo Instituto da Cidade do Recife Engenheiro Pelópidas Silveira são o centro do Recife no bairro de São José no Cais de Santa Rita, Avenida Dantas Barreto, Praça Sérgio Loreto e Avenida Sul; Bairro do Recife nas proximidades da prefeitura e do Porto do Recife; Boa vista na Praça Machado de Assis; Santo Amaro na região do Parque 13 de Miao; Soledade, perto da Unicap; Ilha do Leite; Cais José Mariano, perto da Casa da Cultura; Casa Amarela; Encruzilhada; Água Fria; Afogados, no Largo da Paz; Boa Viagem; Graças; Derby; nos cruzamentos dos corredores Leste-Oeste; Beberibe; Madalena; perto do Shopping Tacaruna e na Joana Bezerra, nas proximidades do polo jurídico.

A ação faz parte dos projetos que visam a melhoria no trânsito na capital pernambucana, livrando as ruas de carros estacionados em locais impróprios e aumentando a fluidez no tráfego. A implantação dos prédios será desenvolvida em parceria entre o poder público e empresas privadas. As empresas que vencerem a licitação vão entrar com o capital, enquanto a prefeitura vai ceder os terrenos.

 

A “máfia” das carteiras

Diario de Pernambuco

Por Wagenr Oliveira

Passageiros com deficiências mental ou física e idosos têm direito assegurado pela Lei 11.897/2000 a andar de graça nos ônibus que circulam na Região Metropolitana do Recife. A falta de fiscalização por parte do Grande Recife Consórcio de Transportes, antiga EMTU, está abrindo espaço, porém, para que o esquema de venda ilegal de carteiras falsificadas cresça e se espalhe por vários endereços, inclusive nas avenidas Dantas Barreto e Guararapes, no Centro do Recife. Do início do ano até a primeira quinzena deste mês, 184 carteiras de livre acesso falsificadas já foram apreendidas pelos fiscais. No ano passado, 980 documentos falsos foram recolhidos. De 2007 até agora, o número sobre para 3.940. Documentos apreendidos das mãos de pessoas que “compraram” o passaporte para fraudar o sistema de transporte público. Segundo o Diario apurou, uma carteira falsa pode ser “vendida” entre R$ 30 e R$ 50. E a falsificação é tão grosseira que, em alguns casos, são xerox coloridas.

O Diario percorreu durante três dias as linhas Campina do Barreto e Linha do Tiro, ambas da Zona Norte, apontadas pelos cobradores como “campeãs” de uso irregular do livre acesso. Ficou claro a explicação de tantas pessoas que, aparentemente, não são deficientes físicas, nem têm problemas mentais, muito menos idosas, consigam entrar pela porta traseira, sem passar pela catraca. “Mais de 50% das pessoas que mostram essas carteiras não podiam tirá-la. Mas não temos poder de fiscalizar nem de apreender os documentos. Apenas os fiscais do Grande Recife fazem isso”, destacou o cabrador de um ônibus da empresa São Paulo. Os motoristas também se dizem reféns. “Quando o ônibus para, eles mostram de longe o documento. Não tem como a gente olhar pessoa por pessoa. Mas a gente sabe que a maioria não tem direito a andar de graça. Sobra para quem paga”, explicou um motorista.

E ele tem razão. Além de ser crime falsificar ou alterar documento público, cuja pena prevista em lei é de dois a seis anos de prisão, a utilização das carteiras falsas acaba aumentando a evasão no sistema, cujo rombo é repassado na composição do preço da tarifa de ônibus, paga por todos. Segundo o consultor do Sindicato das Empresas de Transportes (Urbana-PE), João Braga, o sistema arrecada por mês R$ 80 milhões. “Se não houvesse tantas fraudes, essa arrecadação seria acrescida em 2%, segundo estudos de outros estados, que já conseguiram diminuir a evasão. Isso significaria mais R$ 1,6 milhão por mês”.

Algumas pessoas estão reproduzindo carteiras a partir de documentos já falsificados. “O meu marido tirou uma carteira dessas com uma mulher lá de Itapissuma, onde a gente mora. Ele pagou R$ 50. Uma amiga minha disse que vai tirar uma cópia da carteira falsa da prima dela”, disse uma jovem que trabalha no Centro do Recife. “Um rapaz que mora perto da minha casa, em Olinda, pegou os números dos meus documentos, além de uma foto, e fez uma carteira para mim. Paguei R$ 30. Isso já faz mais de um ano”, relatou um homem de 29 anos. Ele disse ainda que conhece muitas pessoas que também tiraram a carteira falsa. “Rapaz, isso tá em todo lugar”, alertou.

Trânsito mata 6,5 mil crianças por ano na América Latina

 

Na América Latina morrem a cada ano cerca de 6,5 mil crianças como consequência de acidentes de trânsito, cifra que poderia diminuir em 90% com o uso correto das cadeirinhas nos veículos, segundo estudo divulgado nesta terça-feira no Panamá. De acordo com a investigação da Fundação Mapfre em 18 países da América Latina, Espanha, Suécia e Portugal, o número de vítimas menores de 15 anos representa 42 mortes a cada milhão de habitantes.

A principal causa de morte é que os menores, no momento do acidente, não estão sentados e se estão, usam incorretamente as cadeiras de segurança infantis, indicou o estudo.

“As cadeirinhas evitam entre 50 e 90% de todas as lesões infantis, graves ou mortais”, disse o documento, que compara a situação de seu uso com a Europa, onde a taxa de mortalidade nos países analisados é de 11 em cada milhão de habitantes.

“Há um dado que é muito chamativo: se a taxa de mortalidade na América Latina fosse exatamente a mesma que a da Europa seriam salvas 4.800 pessoas” dessas 6.500, disse Agustín Galdón, subdiretor do Instituto de Segurança Viária da Fundação Mapfre.

O país com mais vítimas mortais de 0 a 14 anos é El Salvador, com 95 em média em cada milhão de habitantes, seguido do Equador (73), Venezuela (60), Argentina (56), México (53) e Peru (50).

Porto Rico (15), Guatemala (21), Colômbia (23), Panamá (26), Uruguai (27), Chile (30) e República Dominicana (30) apresentam as menores taxas.

Segundo Galdón, para reduzir a mortalidade infantil em acidentes viários na América Latina é necessário “normas mais efetivas” para o uso das cadeiras de segurança e “que os cidadãos as conheçam, as entendam e que saibam que as devem cumprir”.

Fonte: Terra Brasil

Alternativas para o caos no trânsito das cidades brasileiras

O Conselho de Altos Estudos e Avaliação Tecnológica reúne-se hoje para analisar alternativas para o crescente caos no trânsito das grandes cidades. Foi convidado para o debate o professor Augusto César Mendonça Brasil, coordenador acadêmico da Faculdade de Engenharia da Universidade de Brasília, especialista em “soluções de mobilidade sustentável”.

Mendonça Brasil pesquisa “modelos para a redução do caos que se instalou nas regiões metropolitanas, todos eles focados em soluções para o transporte urbano e cujo alcance está associado a um efetivo envolvimento da população no processo de mudança e na implementação das políticas públicas concebidas com esse propósito”.

De acordo com o presidente do Conselho de Altos Estudos e 3º secretário da Mesa, deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE), “os parlamentares que integram o colegiado, sempre preocupados em pautar temas de relevância para a agenda nacional, não poderiam deixar de fora tema tão palpitante como o debate em torno da questão do caos urbano nas grandes cidades”.

A reunião será realizada às 14 horas, na sala de reuniões da Mesa.

Da Redação/WS
Com informações da assessoria de imprensa do Conselho de Altos Estudos (via Agência Câmara)