Viadutos da Agamenon em novo debate

 

O governador Eduardo Campos falou pela primeira vez sobre a polêmica dos viadutos da Avenida Agamenon Magalhães. De acordo com o governador a prioridade do projeto  é garantir velocidade no corredor exclusivo do ônibus. Ele admitiu, no entanto, que os viadutos podem ser substituídos, desde que seja apresentado um projeto melhor,  capaz de garantir velocidade no corredor. “Vamos buscar o consenso, ouvir especialistas e ficar abertos a outros projetos que garantam a fuidez do corredor”, afirmou.

Pelo projeto do governo do estado,   a velocidade média atual (Olinda / Boa Viagem), que é de 20,9 km/hora vai passar para 30,3 km após a construção dos viadutos, sendo o maior ganho no trecho entre a Avenida Rui Barbosa e o cruzamento com a Rua Buenos Aires, cuja velocidade atual em horário de pico é de 5 km por hora e subirá para 18km/h – velocidade quase quatro vezes maior. No trecho Boa Viagem / Olinda, a velocidade média que hoje é de 18,2 km/hora passará para 33,7 km/hora, o que significa um ganho de 54% na velocidade média do trecho. Nesse sentido, no entanto, o ganho maior será no cruzamento com a Rua Paissandu, cujos carros passarão de 7km/h para 40 km/hora – 175% de ganho na velocidade do trecho.

O governador disse ainda que irá aguardar o resultado do estudo de circulação que será elaborado pela empresa que venceu a licitação. Em setembro será concluído o projeto executivo do ramal do Norte/Sul que passará pela Agamenon Magalhães.

3 Replies to “Viadutos da Agamenon em novo debate”

  1. Lendo o texto acima e recordando outros, notei uma coisa: o governo fala em aumento da fluidez para o corredor exclusivo, só que cita ganhos que também privilegiam o tráfego misto. Então, é promover ganho para a fluidez na via, qualquer veículo que transite nela com sugerem dados/projeções, ou só o corredor exclusivo?
    Para evitar os elevados transversais e só promover ganho ao corredor exclusivo sem prejudicar tanto o fluxo dos demais veículos quando em obras, a opção seria túneis longitudinais nos cruzamentos. As estações ficariam em superfície antes dos túneis. O BRT não dependeria dos cruzamentos, enquanto os outros veículos, sim.
    Agora, os viadutos transversais garantem aumento de fluidez para todos os veículos na pista principal(misto e BRT), permite uma travessia mais segura e rápida aos pedestres através das passalelas e as linhas de ônibus e outros veículos que cortam a avenida não dependerão do aguardo para cruzar em nível. Tem gente que critica que o principal cruzamento, Praça do Derby, não é contemplado com intervenção. Ali não pode ter viaduto. Se for para eliminar o cruzamento, só com túnel. Todavia, um túnel no sentido Leste-Oeste implicaria em desapropriação, pois acesso local teria que haver no sentido centro para quem vem pela pista local sentido Olinda. Se for sentido Norte-Sul, iriam paralizar o trecho da avenida nos dois sentidos e por os veículos onde? Túnel em cada sentido exclusivo para o BRT Norte-Sul é uma possibilidade, mas o Leste-Oeste continuaria dependendo do cruzamento em nível.
    Outra, enquanto o governador diz os viadutos podem ser substituídos se apresentarem um melhor e que garanta fluidez ao corredor, já orçaram as passarelas que serão construídas no corredor e serão feitas de anvenaria e sem cobertura. Serão cinco no corredor (quatro integradas aos viadutos) e uma para ligar a comunidade no lado oposto do Shopping Tacaruna.

    • Raimundo,

      Esse é um pepino que eles terão que resolver. A solução de túneis em alguns trechos pode ser uma alternativa viável. No Rio de Janeiro eles estão tirando o viaduto da perimetral, que é gigantesco e vão alternar o fluxo entre passagem em nível e mergulhão, que funciona com passagens subterrâneas em determinados trechos. Acho que o que precisa é colocar o pessoal técnico para pensar, mas é necessário que o governo queira. Não adianta dizer que vai esperar uma proposta melhor da sociedade. Uma intervenção desse tipo necessita de estudos e profissionais muito preparados e que precisam receber para dedica tempo a isso.

  2. Se os moradores da área fossem pobres,já tinham desapropriado,licitado à obra e começado os serviços!!!! Mas como vai mexer com os grandões e uma pequena minoria de moradores antigos que tem alguma influencia…