Plano diretor cicloviário da Região Metropolitana do Recife

Passeio ciclístico - Foto - Alcione Ferreira DP/D.A.Press
Durante o 2º passeio ciclístico Pedala PE, que será realizado no próximo domingo, em homenagem ao aniversário de Recife e Olinda, o governador Eduardo de Campos e o secretário das Cidades, Danilo Cabral vão assinar a ordem de serviço para a contratação da empresa que fará o plano diretor cicloviário da Região Metropolitana do Recife e também o lançamento do edital de licitação para a contratação da empresa que irá explorar o serviço aluguel, operação e manutenção de bicicletas públicas.

O Programa Pedala PE é uma das frentes do Programa Estadual de Mobilidade (PROMOB) e pretende promover, além do incentivo ao uso da bicicleta,o convívio pacífico entre os modais (ônibus, carro, metrô e bicicleta) e, consequentemente, a segurança dos ciclistas. Na última quinta-feira, um ciclista foi atropelado quando fazia a travessia em cima da faixa de pedestre e com o sinal aberto para os carros, em Boa Viagem. O acidente reacendeu a discussão do compartilhamento seguro dos espaços.

Os interessados em participar do passeio ciclístico podem se inscrever até o sábado no Quartel do Derby ou no Quartel de Olinda. As inscrições podem ser feitas no horário comercial. Para participar basta levar dois quilos de alimentos não perecíveis. Na inscrição será fornecida uma camisa para participar do evento.

Roteiro: O percurso, com 15 km de extensão, terá como ponto de partida a Praça do Marco Zero. De lá, os ciclistas seguem pela Avenida Alfredo Lisboa; Rua do Observatório; Avenida Cais do Apolo; Avenida Militar; Avenida Norte (Ponte); Avenida dos Palmares; Avenida Cruz Cabugá (sentido Olinda); Avenida Olinda; Avenida Santos Dumont; Avenida Sigismundo Gonçalves.

Ao chegar na Praça do Carmo os ciclistas farão um retorno em frente a Praça do Carmo e segue voltando para o Recife pela Avenida Sigismundo Gonçalves; Avenida Santos Dumont; Avenida Olinda; Avenida Presidente Kennedy; Avenida Pan Nordestina; Avenida Agamenon Magalhães; Avenida Cruz Cabugá; Rua do Hospício; Rua Princesa Izabel; Praça da Republica; Avenida Rio Branco; Marco Zero.

Serviço:

Inscrições: Quartel do Derby e Quartel de Olinda (13 a 16/03/13)

Horário: 8h às 12h e 14h às 18h

II Passeio Ciclístico Pedala PE

Data: 17.03.13 (Domingo)

Concentração: Marco Zero às 7h

Saída – 8h

Com informações da Secretaria das Cidades

Detran divulga listão dos classificados no Programa CNH Popular

CNH Popular
Mais de 300 mil pessoas se inscreveram este ano no Programa CNH Popular 2013. Desse total foram classificados 225 mil, o que corresponde a 30% a mais em relação ao ano passado, que irão concorrer as 18 mil vagas disponíveis.

“O Programa contribui para o ingresso e a permanência dos cidadãos no mercado de trabalho, diminuindo a desigualdade social”, pondera a presidenta do DETRAN, Fátima Bezerra. 54 mil pessoas já foram atendidas pelo CNH Popular, o que representa um investimento de R$ 30 milhões por parte do DETRAN-PE.

Clique aqui e confira a lista dos classificados

A calçada, você e o outro

Calçadão Boa Viagem Foto - Tersa Maia DP/D.A.Press

Por

Mara Gabrilli

Você já parou para pensar em como as calçadas têm ligação com as nossas vidas? Não só por nos ligar aos serviços e lugares que fazem parte de nossas histórias, mas por serem em sua essência um elo de concreto, que sob nossos pés, nos permite chegar ao outro.

Na Avenida Paulista, cartão postal da capital paulista, entre empresas, bares, cinemas e tantos outros estabelecimentos, circulam mais de 450 mil pedestres por dias. Em cada pedaço do lugar é possível encontrar um mundo diferente de serviços e pessoas, coexistindo sobre o passeio universal da avenida.

Segundo o IBGE, 30% das viagens diárias realizadas em todo o País são feitas a pé. Por conta do alto custo do transporte público, andar não é apenas uma alternativa saudável, é também o meio mais econômico de se locomover e interagir com a cidade e quem faz parte dela.

Pense, quantas pessoas você cruza apenas quando faz o seu caminho de casa ao trabalho? Mesmo que o seu trajeto seja realizado por transporte público ou próprio, por algum momento você precisou da calçada. E por um instante ela o conduziu a alguém.

Longe dos centros urbanos, as calçadas também cumprem seu papel de promotora de encontros. Ao entardecer, é muito comum que as pessoas coloquem suas cadeiras nas calçadas para conversar, ver as crianças brincarem na rua.

O morador precisa da calçada do vizinho para chegar até ele, seja para lhe fazer uma visita, pedir um favor, prestar socorro, jogar conversa fora, oferecer um carinho… Ainda há bairros onde as pessoas se reúnem durante a Copa para pintar as calçadas com as cores do país. Há demonstração mais prática de que a calçada solidifica a união entre pessoas?

Dias desses, aproveitei o calor para fazer algo que adoro: fui jantar a pé em uma padaria próxima a minha casa.  No caminho, encontrei crianças, adultos, jovens, idosos, atletas… Uma diversidade de pessoas, cada uma a sua maneira, utilizando o espaço mais democrático que se pode existir em uma cidade.

Agora, imagine a situação oposta, quando por falta de cuidados, a calçada perde seu papel benevolente de conectar pessoas. Você não encontrará um cadeirante ou um cego, por exemplo, transitando livremente pelo mesmo trecho que um pedestre sem deficiência, se neste local não existir um mínimo de condições de acessibilidade.

Para muita gente, a calçada mal conservada representa um obstáculo, mas para outras pessoas ela simboliza uma barreira intransponível que lhes subtraem o direito de simplesmente fazer parte.

No final de abril de 2012, o Mobilize publicou a campanha Calçadas do Brasil (http://www.mobilize.org.br/campanhas/calcadas-do-brasil/sobre), mostrando o resultado da avaliação de calçadas em 12 cidades brasileiras.

Entre abril e julho do mesmo ano, com o apoio de voluntários, o estudo foi ampliado para a avaliação de 228 ruas em 39 cidades do país. O resultado ficou abaixo das expectativas e trouxe a nota média de 3,40, numa escala de zero a dez.

Também no ano passado, os Guardiões das Calçadas  (http://www.maragabrilli.com.br/guardioesdascalcadas/) vistoriaram cerca de 200 km de calçadas em São Paulo. Nas mais de 40 vistorias realizadas o que se viu foram muitos problemas e pouca participação dos órgãos responsáveis.

Para este ano, o grupo formado por minha equipe de trabalho e alguns voluntários, farão as vistorias concentradas nas vias constantes do Decreto Municipal nº 49.544/08, que define as rotas emergenciais abrangidas pelo Plano Emergencial de Calçadas – PEC.

Instituído pela Lei nº 14.675/08, o PEC é uma Lei de minha autoria enquanto vereadora de São Paulo. Hoje, dos 30 mil km de passeio, cerca de apenas 500 km foram reformados respeitando a legislação.

É importante lembrar que essa lei prevê que a Prefeitura seja responsável pela reforma das calçadas em todas as vias constantes do Decreto. São ruas que priorizam os focos geradores de maior circulação de pedestres, incluindo locais de prestação de serviços públicos e privados em todas as regiões da cidade de São Paulo, em sinergia com paradas ou estações para embarque e desembarque de passageiros em ônibus e metrô.

Ainda vale dizer que ao melhorar 10% dos acessos nesses pontos estratégicos, estamos melhorando 80% da mobilidade urbana de toda a cidade. O resultado dessa simples conta é menos trânsito, filas, acidentes, estresse e também solidão. Afinal, quando facilitamos acessos, chegar ao outro se torna mais fácil e natural.

Iniciativas como a do Mobilize Brasil e dos Guardiões das Calçadas mostram que tanto as cidades quanto as pessoas demandam cuidados, pois a condição do passeio público reflete diretamente no bem estar da população.

Não é por acaso que muitos especialistas afirmam que a qualidade das calçadas é o melhor indicador de desenvolvimento humano, além de funcionar como um sensor para medir o nível de civilidade de um povo. Cuidar da própria calçada e cobrar por sua manutenção e reforma é um ato de cidadania que deflagra seu amor pela cidade e as pessoas – um encontro que você pode ajudar a promover todos os dias.

Fonte: Portal Mobilize

BRT na capital do forró

Trilhos Caruaru - Foto - Tersa Maia DP/D.A.Press

Por
Tânia Passos

Do Trem do Forró ao modelo de Transporte Rápido por Ônibus, também conhecido como BRT (Bus Rapid Transit). O sistema de corredor exclusivo de ônibus, inaugurado em Curitiba na década de 1970, e que se tornou exemplo para o mundo, será implantado em Caruaru no trecho da antiga linha férrea que corta a cidade de Leste a Oeste. A cidade do Agreste é a primeira do interior do estado a apostar nos corredores exclusivos de ônibus. O município foi contemplado com recursos do PAC da Mobilidade 2, do governo federal, que destinou R$ 250 milhões para as obras. O projeto executivo deverá ser iniciado em até 90 dias e a obra do corredor no primeiro trimestre de 2014.

Com uma população de 306 mil habitantes e uma frota de 126 mil veículos, a cidade tem uma média de um carro para 2,4 pessoas, mesma proporção do Recife, com 1,5 milhão de habitantes e uma frota de 607 mil veículos. O principal sistema de transporte público de Caruaru é o de ônibus, que tem frota de 81 coletivos e transporta 1,4 milhão de passageiros por mês. “Acho o transporte público daqui muito escasso e a situação fica pior nos horários de pico. Demora muito de um intervalo para outro e a gente não tem outra opção”, reclama a estudante Jéssica Machado, 21 anos.

Ônibus Caruaru - Foto - Tersa Maia DP/D.A.Press

Caruaru obteve recursos para o BRT após apresentar um pré-projeto ao Ministério das Cidades, no fim do ano passado, com a proposta de dois corredores exclusivos: Norte/Sul e Leste/Oeste. Dos dois, foi escolhido o ramal Leste/Oeste, que cortará 12 bairros entre Rendeiras e Alto do Moura e beneficiará mais de 50 mil usuários.

“Nós tentamos emplacar os dois corredores, mas para nós o Leste/Oeste, que passa por dentro da cidade e atende quase o dobro do Norte/Sul, é mais urgente. Mesmo assim vamos tentar aprovar o Norte/Sul no PAC3, em 2014”, afirmou o secretário de Projetos Especiais da Prefeitura de Caruaru, Paulo Cassundé.

O corredor Leste/Oeste será construído por cima da antiga linha férrea em um trecho de 13,5 km. A estação da Refesa fica no centro de Caruaru. O local foi o principal palco do Trem do Forró, uma das maiores atrações juninas da cidade. O último trem passou pela estação em 2001. A atividade foi encerrada devido às péssimas condições da linha entre o Recife e Caruaru. A ideia, agora, é reaproveitar o espaço da linha, que ocupa uma área reservada de 10 metros de cada lado.

“Estamos em contato com a Diretoria de Patrimônio da União, a Agência de Transporte Terrestre, o Dnit e o Iphan para que a linha férrea seja oficialmente cedida ao município de Caruaru”, revelou o prefeito de Caruaru, José Queiroz.