Corredor Leste/Oeste em nova etapa

 

Túnel Caxangá - Maquete/Secretaria das Cidades

Por

Tânia Passos

As obras do corredor Leste/Oeste na Avenida Caxangá estão prestes a entrar em uma nova etapa. A previsão da Secretaria das Cidades é de iniciar este mês as escavações do túnel nas imediações do Museu da Abolição no cruzamento da Caxangá com a Real da Torre, um dos principais pontos de conflito de tráfego das duas vias. Para reduzir os impactos no trânsito, a obra só será iniciada após a liberação do estudo de circulação do trecho compreendido entre o museu e a Praça do Derby. Um primeiro exercício do plano de circulação já foi feito. Mas teve que ser submetido a ajustes. A previsão é que o túnel seja entregue até janeiro de 2014.

Estações Caxangá - Foto - Alcione Ferreira DP/D.A.Press
Só com o plano de circulação  serão definidas a localização das estações de embarque e desembarque que ficarão nesse trecho. De acordo com o secretário das Cidades, Danilo Cabral, a estação da Benfica poderia ficar na Praça Euclides da Cunha ou mais à frente. “Nós não tivemos ainda liberação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em relação à praça, que é um bem tombado”, revelou o secretário. Caso essa estação seja aprovada, a logística do trânsito também será modificada.
Outra indefinição é quanto à parada que estava prevista na Rua Visconde de Albuquerque, nas imediações do Bompreço. “O estudo de circulação pode inviabilizar duas estações muito próximas e optar entre uma e outra”,ressaltou Danilo Cabral.

Os nós

Faltando um ano para a entrega do Leste/Oeste, a localização das estações de embarque e desembarque ainda são um dilema. Outro nó para desatar fica no trecho entre o Derby e a Rua da Aurora, onde o BRT vai dividir o corredor exclusivo com os ônibus convencionais. “Estamos estudando com o município a localização das estações no corredor que passa pela Avenida Conde da Boa Vista que, com certeza, é o trecho mais delicado”, disse o secretário.

8 Replies to “Corredor Leste/Oeste em nova etapa”

  1. Então, quer dizer que existirá uma ligação entre o corredor leste-oeste e a conde da boa vista?

    obrigado pela matéria.

  2. Essa matéria prova o quanto há informações desincontradas, pois cada vez que alguém questiona uma determinada pessoa do governo, a informação diverge de outro ou se for a mesma, muda o contexto porque o citado corredor vem sofrendo ajustes com mais de um ano de obras.
    Vou elencar os questionamentos:
    – Projeto Básivo V2, não é o definitivo, disponível na net, mostra duas estações na Rua Benfica: uma elevada na altura do Bompreço; outra na praça tombada, lado oposto do Internacional, onde há uma escola. Matérias mais novas na contagem de estações não sugerem mais estação em toda a Benfica apenas havendo duas faixas exclusivas, então sairam a estação elevada e a da praça. Não há espaço na hoje faixa de tráfego misto na praça para se fazer uma estação e aí se fosse feita como sugeriu o citado projeto, o tráfego misto seria afetado, embora criaram não sei como um espaço para tal. No Bompreço é outro problema, pois ali a via já foi alargada. Por uma estação BRT conjugada, que é menor, seguindo o resto do corredor, ocuparia com os ônibus três faixas de rolamento, isso sem considerar possibilidade de ultrapassagem dos ônibus, então o tráfego misto só teria uma faixa sentido centro ou nem isso. Há comércios e imóveis residenciais que só podem ser acessados pela própria rua, então tornar o trecho restrito a ônibus poderá criar entraves para os moradores e comerciantes.
    – Eu não diria que a Rua Benfica será um possível problema em implantar estação, as a Praça do Derby que compartilha diversos ônibus e carros. O citado projeto prever encurtamento das calçadas onde hoje são as paradas para manter as três faixa em cada sentido com a estação na divisa de sentidos que será a maior, 70m de comprimento. Se ali a prioridade for o ônibus, as ruas no entorno já ruim não vão suportar o desvio do tráfego misto, seja sentido subúrbio ou centro, afinal problema na área gera reflexos até na Av.Conde da Boa Vista.
    – tinham dito que poderiam fazer estações entre as paradas na Boa Vista e até disseram a localização delas. Ainda estão vendo isso com a promessa do corredor ficar pronto no próximo ano? Existe modelo de estação compatível com a situação da Av. Conde da Boa Vista, dividir com outras linhas, só que o tamanho delas é duas vezes as empregadas, então haveria espaço entre as paradas?
    – não é citada nesta matéria, mas sobre os elevados do corredor, hoje li matéria do blog Meu Transporte e este, novamente, citou elevado perto da UPA da Caxangá, contudo este elevado presente no citado projeto e até relatado em outras matérias inclusive aqui, teria sido descartado para fazer o elevado na entrada de Aldeia, também presente no citado projeto. Então, vai ser um dos dois ou os dois?
    – a estação elevada no Cordeiro, Perimetral 3, deixou ser ser elevada, todavia o governo diz que fará um elevado transversal a Caxangá, no caso, fará parte do traçado da Perimetral 3, tendo a sua descida na Av. San Martin. Não foi dito quando irão fazer este elevado, mas questiono a eficácia dele, pois seria muito mais útil um elevado para acabar de vez o cruzamento da Av. San Martin com a Av. Abdias de Carvalho.

  3. Se vai passar na Conde da Boa Vista sem modificar as paradas significa que o BRT tem portas aos dois lados e significa também menos cadeiras para os usuários se sentar; Onde já se viu construir um terminal de ônibus e um viaduto muito próximos de um hospital? A posição do viaduto seria ficar atravessando a perimetral! As únicas avenidas como opção de desvio é a Abdias de Carvalho e a José Osório, essa última teria que inverter o tráfego. Nunca vi tanta coisa mal planejada em nossa terrinha. #homitedana

  4. Sra. Donizete Amorim,

    acredito que não tenha conhecimento melhor sobre o assunto e interpretou de forma equivocada a matéria, e não tiro sua razão porque é possível.
    Vou explicar por partes!
    Há ônibus dedicados BRT feitos a partir de 2010 como o Viale BRT e outros mais simples com as caracteristicas do conceito. Veículos com embarque em nível (plataforma), que é o caso de estações tipo conjugada como a que teremos, sendo a comunicação com o veículo pelo lado esquerdo, embora possa ser pelo lado direito como é em Curitiba, têm portas nos dois lados. As do lado oposto a estação são com escadas para em caso de pane fora da estação o usuário tenha condição de sair do veículo, bem como o motorista entrar. A quantidade de portas é uma num veículo não articulado, duas no articulado que pode ser também no biarticulado também. Vai reduzir a quantidade de cadeiras? Em parte. O layout interno dos veículos BRT prever uma melhor organização de espaço, então o espaço da porta com degrau nem permitiria uma cadeira. As portas para o lado estação são mais largas, essa, sim, ocupam um espaço de uma cadeira. Outra é que um veículo BRT dedicado é maior que um normal para adequado para o conceito, tipo um articulado convencional tem 18m de comprimento, enquanto um articulado dedicado tem 20m. Logo, se vê que há espaço para mais pessoas mesmo tendo portas no lado oposto quando há acesso em nível.
    A questão das estações na Av. Conde da Boa Vista é que pretendem fazê-las entre as paradas atuais, contudo vão ver em que pontos serão colocadas. Quando de adota o conceito, costuma-se aumentar a distância entra uma estação e outra. Se hoje a distância média de uma parada e outra é de 200m, com o BRT será de uns 300m, podendo ser até mais.
    A confusão é que o BRT na Boa Vista vai conviver com linhas convencionais, mas isso não quer dizer que vai usar as paradas destes, pois não há compatibilidade (acesso em nível e pagamento antecipado). Só se fizessem uma gambiarra tipo como o veículo terá portas nos dois lados sendo a do lado direito com degraus, igual aos outros ônibus, colocariam um cobrador e catraca no BRT para só atuar na Boa Vista usando as paradas e não estações. O problema em adotar isso é que se perde no quesito tempo. Numa estação BRT, são mais portas para entrar no veículo (se for articulado são 4 portas) e estas são largas. Há um tempo para deixar o usuário entrar no veículo ou sair deste similar ao metrô, e o pagamento já foi feito na hora de entrar na estação. Logo, há maior controle nessa migração. No modelo convencional, vemos várias pessoas numa fila para entrar pela frente no ônibus que por vezes esta fila se dá porque há retenção no pagamento dentro do ônibus. O motorista tem que esperar que já está dentro passar pela catraca e os que estão fora entre no veículo e lá se vai o tempo.

    Sobre a posição do terminal da Perimetral 3 ficar junto ao HGV, digo que faz mais barulho os carros na Av. San Martin que buzinam em área imprópria do que os ônibus e se realmente investirem em ônibus top, estes são mais silenciosos. Em outro jornal questionam o HGV ter prejuízo com poluição e possível derrubada de árvores que elevaria a temperatura num hospital concebido para não depender de ar condicionado. Se não depende, por que há várias centrais de ar condicionado e splits na parte de trás e pelo acesso a emergência? Se as árvores já não dão conta, ampliam a quantidade de aparelhos no trecho próximo ao TI que também poderia evitar possível problema de poluição, apesar que os ônibus com motores mais novos poluem muito menos. Ao meu ver, os carros na avenida são pior concentração que no futuro terminal. Concordo, tende a aumentar.

    Com relação ao elevado, no jornal que li, foi sugestão do governo tirar a estação elevada e este, parece, assumiria o transversal voltado para a Av. San Martin, pois atenderá ao futuro corredor da Perimetral 3. Só acho que será mais problemático o elevado no cruzamento da Caxangá com a San Martin, embora tende a eliminar o atual cruzamento em nível.

    Contudo, li a matéria deste post no jornal impresso, a tarde, e o governo descartou o elevado ao lado da UPA da Caxangá. Seriam dois elevados, e só ficou um: estação elevada na Ipuntinga, entrada da Bom Pastor.
    A declaração me fez ver que ele comenta de acordo com o município, no caso Recife.
    Digo que na verdade, quando este corredor começou a ser divulgado e bate com dados do Projeto Básico V.2, seriam aqui em Recife quatro elevados (Benfica, Perimetral 3/Cordeiro, Iputinga/Bom Pastor para ônibus, e UPA da Caxangá para tráfego misto). Em Camaragibe, cita o projeto, um elevado onde hoje é a rotatória para ir a Aldeia ou vir desta com três faixas sendo duas para ônibus em mão dupla e uma para misto sentido centro de Camaragibe.
    Outro jornal cita que são dois elevados no Leste-Oeste, todo o corredor e não apenas o trecho de Recife: estação elevada Bom Pastor em Recife; entrada de Aldeia em Camaragibe.
    Eu manteria o elevado da UPA, pois ali fazendo um binário eliminaria o sinal de três tempos juntamente com o elevado. Outra é que estão para fazer uma estação em frente ao TI Caxangá e esta vai ficar na área usada para fazer retorno subúrbio-centro e acessar a Av. Afonso Olindense. A estação sendo feita neste ponto, ao meu ver, poderá eliminar o sinal, pois não faria sentido ter veículos querendo fazer conversão em trecho que será usado para ônibus. Então, o sinal saindo, como será o retorno e acesso a Afonso Olindense? Deslocar para o sinal da UPA vai ter o mesmo problema, pois vai ter faixa exclusiva de ônibus. Por aí se vê que o elevado da UPA teria alguma serventia, pois poderia até eliminar o sinal de retorno em frente ao TI Caxangá além do de três tempos da UPA fazendo giros de quadro e binário.

    • é o tal do Jornal do Commercio q é ao lado da folha e do aqui pe,os PIORES jornais deste estado e desta cidade!só falam besteira!agora,concordo com o Donizeti.como essa turminha daqui planeja MAL!planejamento aqui,passa longe dos nossos arrecifes!

  5. Bom dia, Tânia Passos! Muito ricas as suas matérias. Parabéns! Aproveitando o espaço, deixo pra você um debate em relação ao teste de sistema de rodízio em Recife. A pequena, mas significativa entrevista foi com o senhor Fernando Lopes, Conselheiro de Trânsito e Transporte da Cidade do Recife, que se mostra bastante contra ao assunto. Acompanhe em: http://familiaesociedadedebate.blogspot.com.br/2013/03/entrevista-exclusiva-com-fernando-lopes.html

  6. Gostaria de saber, como ficará a situação dos ônibus que não serão BRT, e ainda vão ter a Avenida Caxangá como itinerário, essas paradas laterais vão continuar?