Um novo olhar para as calçadas

Calçadas - Foto - Edvaldo Rodrigues DP/D.A.Press

Por

Tânia Passos

Mudar a concepção de calçadas estreitas e ocupadas com árvores, como a maioria dos passeios do Recife, sempre pareceu uma missão impossível. A discussão normalmente paira na impossibilidade de remover árvores ou ainda em desapropriar imóveis para alargar as calçadas. Até então, não havia se pensado em fazer um caminho bem mais curto. E por que não avançar o passeio para a faixa de rolamento dos carros?

Pois, é exatamente isso que está sendo estudado pelo Instituto da Cidade Pelópidas Silveira, a apartir de um estudo da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU). A ideia de estreitar as vias para o carro em benefício do pedestre e do ciclista é uma medida politicamente correta, mas vai fazer muito barulho.

O alargamento dos passeios não ocorrerá em todas as vias. Cada rua, segundo a presidente do Instituto, Evelyne Labanca, terá uma solução diferenciada. O estudo da CTTU já aponta, inclusive, quais as vias poderão ter os estacionamentos públicos eliminados. Na verdade, a medida servirá para o aproveitamento eficiente do espaço, que hoje serve de estacionamento.

Então, na prática, não reduzirá as faixas que hoje sobram para os carros. Na maioria das ruas do Recife, as vias com até quatro faixas, só funcionam duas. Nesse caso, os motoristas nem teriam motivos para reclamar. Então, quando começa?

5 Replies to “Um novo olhar para as calçadas”

    • Aqui não é a Europa. Muitos países europeus são majoritariamente frios, enquanto o Brasil, majoritariamente quente. Asfalto é um pavimento inadequado até mesmo para as ruas, pois além de ajudar a esquentar o ambiente, deteriora-se fácil com a ação do calor. Espero ter ajudado. Abraço!

  1. Na verdade o que vai se fazer, caso a ação seja realizada da forma como está escrito, é maquiar uma estrutura urbana deficiente tanto para veículos, quanto para pedestres. Dar espaço para o pedestre e tirar dos carros é burrice, como também criar essas ciclofaixas que mal cabem uma bicicleta, definitivamente é melhor não tê-las. Não tem jeito, como o Recife foi uma cidade que cresceu sem nenhum planejamento, e que contou também com uma população mal educada e muito ambiciosa, pois os loteamentos que foram criados nos bairros, via de regra sempre deixaram espaços exíguos para pedestres e veículos, para “benefício” de se construir residências entulhadas umas em cima das outras, só será resolvido o problema dessa cidade quando houver desapropriações de imóveis para o devido alargamento de ruas, avenidas e calçadas. Tem mais, já se pode fazer alargamento como o proposto em várias vias do Recife sem necessariamente lançar mão de desapropriações, seria acabar com essa cultura estúpida de que toda avenida tenha que ter mão e contra mão. Por exemplo, a Conde da Boa vista pela largura e movimento que possui é péssima para veículos e pedestres. Caso fosse via de mão única com a outra mão sendo deslocada para outra avenida paralela como as ruas Princesa Isabel ou do Riachuelo, poderia-se alargar os passeios para uma largura digna, e que permitisse que a avenida tivesse três faixas em único sentido, mas não se inventasse colocar ciclofaixa, pois aí acabaria ficando ruim de novo pra todo mundo. Pois se for para criar ciclofaixa que mal cabe uma bicicleta é melhor não ter. Mais uma sugestão por que não se aproveita as ruas estreitas e transversais do centro do Recife para se criar vias exclusivas de pedestres e nessas, sim, poderia-se pensar em colocar ciclofaixas sinalizadas, largas e seguras. Finalmente, aproveitando essa esperança de melhoria da mobilidade na cidade, aproveito para sugerir a própria Tania Passos e demais internautas o que acham, se fosse criado um movimento para mudar o nome da atual Conde da Boa Vista para Avenida Maurício de Nassau, que, foi certamente um dos maiores nomes que já pisou, viveu e amou esta cidade como poucos e que contribui,verdadeiramente, para o seu engradecimento, visibilidade e projeção para o mundo. Sendo, inclusive, um nome conhecido em todo o Brasil, enquanto que o “Conde da Boa Vista”….tem recifense que nem conhece, ao contrário do grande Maurício de Nassau que até hoje é lembrando em qualquer lugar do Brasil por onde você ande! Já ouvi essa sugestão de outras pessoas e achei fantástica, fica aí então mais uma sugestão!

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  3. Boa noite Tânia, tudo bem com você ?

    Seguinte, há pouco tempo atrás tive uma ideia de criar um projeto chamado CICLOFERROVIARJ. A ideia é utilizar o espaço público das rede ferroviária da área metropolitana do rio de janeiro. Para que você possa ter uma compreensão melhor do projeto, ai vai o site. http://www.facebook.com/cicloferroviarj

    Quanto tiver um tempinho dê uma olhada

    Abraços

    Ribamar.