Operação para reduzir acidentes nos trechos mais críticos

BR -101 em Pernambuco é uma das que mais registram acidentes no estado.

 

Em ação inédita, o governo federal lançou, nesta segunda-feira (19/12), a Operação RodoVida. O objetivo é reduzir a gravidade dos acidentes de trânsito com ações integradas entre a Polícia Rodoviária Federal (PRF), polícias estaduais e agências de trânsito.

Diagnóstico realizado pela PRF mostra que 60 trechos de dez quilômetros de extensão respondem por 22% dos acidentes mais graves atendidos pela corporação. É nesses 600 quilômetros de rodovias que as ações coordenadas pela PRF acontecerão entre 19 de dezembro e 27 de fevereiro de 2012.

Uma característica comum a todos esses pontos levou à integração das ações: em todos existe a confluência de vias estaduais ou municipais para as rodovias federais. Assim, a ação simultânea nas rodovias e vias de acesso vai aumentar a segurança e propiciar a redução dos acidentes.

A ação integrada da Operação RodoVida se dará por Blitzen simultâneas nas BRs, rodovias estaduais ou vias municipais nas proximidades dos pontos críticos. O foco estará no combate à embriaguez ao volante e na fiscalização de motocicletas. O primeiro por ser uma das principais causas de acidentes graves e o segundo por ser um veículo que vem se destacando em relação ao número de acidentes nos últimos anos. Em 2011, de janeiro a setembro, a PRF atendeu 25.437 acidentes com motociclistas, com 18.083 feridos leves, 8.166 feridos graves e 1621 óbitos.

Estima-se que o custo social dos acidentes nas rodovias federais este ano foi de R$ 7,9 bilhões (considerando o período de janeiro a setembro).

Campanha
O Ministério das Cidades, por meio do Departamento Nacional de Trânsito ( Denatran), lança a campanha de conscientização sobre não dirigir depois de consumir qualquer quantidade de bebida alcoólica.

Norteada pelo conceito “Bebida e direção. O efeito do álcool passa, a culpa fica para sempre”, a campanha mostra o sentimento de culpa de quem causa uma tragédia depois de dirigir sob o efeito do álcool.

As peças publicitárias chamam atenção também para o número de mortos e feridos graves em consequência dos acidentes relacionados à embriaguez.

confira o link da  tabela com os trechos dos acidentes:

http://www.portaldotransito.com.br/wp-content/uploads/2011/12/tabela_301.JPG


Desconto de 50% no IPVA para motorista que não cometer infração

 

O governo do estado de Goiás deseja diminuir em 25% o número de acidentes de
trânsito em 2012. Para isso, anunciou uma medida que vai mexer diretamente no
bolso dos motoristas e que deve influenciar seu comportamento ao volante: a
partir do ano que vem, o motorista que não se envolver em nenhum acidente e
também não cometer infrações pelo período de 12 meses terá desconto de 50% no
valor do IPVA devido de seu veículo.

As regras valem para carros com motor 1.0 e motos de até 125 cilindradas. “É
uma ação de educação para o trânsito que visa, sobretudo, a valorização da
vida. O governo de Goiás incentiva o bom condutor, aquele que cuida da sua
vida e da vida do próximo. Sendo responsável, ele recebe esse bônus”,
esclarece o presidente do Departamento Estadual de Trânsito de Goiás (Detran),
Edivaldo Cardoso.

“Num primeiro momento, queremos ver qual será o resultado concreto com esses
veículos que delimitamos. Os carros 1.0 correspondem a 67% do total da frota e
as motos de até 125 cilindradas, a 64% de todas as motocicletas registradas em
Goiás”, afirmou Edivaldo Cardoso à Agência CNT de Notícias.

Taxistas, mototaxistas e motofretistas também terão direito ao desconto, desde
que cumpram as regras. Atualmente, Goiás conta com uma frota de pouco mais de
2,7 milhões de veículos, de acordo com levantamento do Detran. Desses, 1,28
milhão são automóveis e 656 mil, motocicletas.

Em 2010, foram registrados 91.103 acidentes de trânsito no estado, resultando
em 1.940 mortes e mais de 62 mil feridos. Se a redução no número de acidentes
se tornar realidade, o governo espera diminuir também as despesas com o
tratamento de vítimas de trânsito pelo Sistema Único de Saúde (SUS), os custos
das empresas por seus veículos não trafegarem em decorrência de acidentes e
melhorar, assim, a qualidade do trânsito em geral.

A ação do governo goiano condiz com o Plano Nacional de Redução de Acidentes
de Trânsito da Organização das Nações Unidas (ONU), que pretende reduzir pela
metade o número de mortes no trânsito até 2020.

Fonte: Agência CNT

Número de acidentes em rodovias sob concessão é 12% menor do que nas públicas

 

O número de acidentes nas rodovias brasileiras sob concessão é apenas 12% menor do que o registrado nas estradas públicas. A informação se refere ao ano de 2009 e faz parte de uma pesquisa divulgada pelo Núcleo CCR de Infraestrutura e Logística da Fundação Dom Cabral.

As rodovias com pedágios, geralmente melhores e com pistas duplas, deveriam registrar um número bem menor de acidentes, mas isso não ocorre devido ao mau comportamento dos motoristas brasileiros, segundo dados da pesquisa.

As informações revelaram que a maioria dos acidentes registrados em um trecho de 25.000 km de estradas brasileiras está relacionada com o comportamento de quem dirige. Segundo o coordenador do Núcleo, Paulo Resende, os acidentes estão ligados a fatores comportamentais, como excesso de velocidade, imprudência, manobras perigosas, falta de experiência na direção, entre outros.

De acordo com a pesquisa, a porcentagem de acidentes nas rodovias públicas em 2009 foi de 37,1% e nas rodovias sob concessão, 32,6%. Em relação aos acidentes envolvendo mortos, a porcentagem nas públicas foi de 6,16% e nas concedidas de 3,81%. Os acidentes com mortos nas sob concessão representam quase 40% a menos. Segundo Resende, os acidentes nas rodovias sob concessão são menos graves.

– Os principais acidentes nas rodovias concedidas são saída de pista e colisão. Eles têm a ver com velocidade e essa é a prova de que o motorista brasileiro não sabe ainda conviver com estradas boas, porque quando ele vê boas estradas ele pisa no acelerador.

Além de apontar o comportamento humano como a principal causa para os acidentes, a pesquisa também mostrou que os acidentes se concentram nos finais de semana. Para Resende, as batidas nos finais de semana apresentam características urbanas e rurais.

– O comportamento perigoso do consumidor, frequentemente encorajado por consumo de álcool e outras drogas, característico dos finais de semana, leva a um aumento nas taxas de acidentes assim como a um acréscimo nos acidentes com fatalidades neste período da semana.

Os principais tipos de acidentes de trânsito apontados no relatório são: colisão, principalmente a frontal e fora da pista dupla; o atropelamento, principalmente quando não há passarelas; e o abalroamento, que ocorre quando há mudança de pista e os carros batem na lateral. Apesar de ter diminuído de 2005 (41,55%) para 2009 (37,45%), a colisão ainda predomina entre os tipo de batida.

– Nós temos uma predominância no Brasil de colisão. No mundo inteiro ela tem uma relação muito grande com o comportamento do motorista. O próprio capotamento é um exemplo de acidente que ocorre quando o motorista imprime velocidade.

Fonte: R7

Restrição de venda de moto para reduzir acidentes

 

Preocupado com o aumento do número de acidentes com motos no país, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, afirmou que pretende limitar a venda de motocicletas aos motoristas que tenham habilitação específica para o veículo.

Padilha deu a declaração em entrevista à rádio Banda B, de Curitiba, onde esteve nesta manhã para a inauguração de uma unidade de saúde.

Hoje, qualquer pessoa, mesmo sem habilitação, pode comprar uma moto ou outro veículo –a compra de automóveis no Brasil não está relacionada à carteira de habilitação.

“É necessária uma mudança na lei. Eu tenho conversado com vários deputados para criarmos uma restrição: a pessoa, para comprar uma moto, teria que mostrar uma carteira de habilitação específica para moto”, afirmou o ministro. “Esse é um tema a ser debatido. Não podemos continuar perdendo vidas.”

Dados preliminares do Ministério da Saúde mostram um aumento de 27% no número de acidentes com motos no país entre 2009 e 2010. Nos últimos dois anos, o salto foi de quase 75%.

“Vivemos uma verdadeira epidemia de acidentes de trânsito”, afirmou Padilha. “Isso tem pressionado bastante a urgência e emergência dos nossos prontos-socorros. É fundamental que a gente aja na prevenção.”

De acordo com o ministro, em 2010, os acidentes de trânsito geraram R$ 190 milhões em despesas para o SUS em procedimentos cirúrgicos. Somente os acidentes envolvendo motocicletas, segundo Padilha, provocaram 145 mil internações.

O Ministério da Saúde informou que não encaminhou nenhum projeto de lei ao Congresso para instituir a restrição, mas que o ministro tem levantado o debate nas últimas duas semanas.

Fonte: Portal do Trânsito e Correio do Estado

 

Animais na pista, uma epidemia

 

Na coluna Diário Urbano escrevi, no último dia 30 de outubro, sobre um grave problema que tem tido pouca atenção das autoridades: animais na pista. Os números impressionam. Confira.

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De 2010 até outubro de 2011, morreram 27 pessoas nas rodovias federais que cortam o estado, após colisões com animais soltos na pista. Nesse período, foram registrados 556 acidentes que resultaram em 250 pessoas feridas. Mesmo com o recolhimento, por parte da PRF, de 828 animais.

Ou seja, com quase mil animais a menos nas pistas, 27 pessoas perderam a vida porque o dono do animal não teve o mínimo cuidado em prendê-lo ou cercá-lo. Os números por si só já são alarmantes, mas o descaso dos proprietários e a certeza de que dificilmente serão punidos está transformando esses incidentes em uma verdadeira epidemia.

Identificar os responsáveis é uma das dificuldades apontadas pela PRF. Quando o animal é apreendido, o proprietário prefere abandoná-lo a assumir o risco de ser responsabilizado por algum acidente. Segundo o inspetor da PRF, Eder Rommel, a criação de animais soltos à sua própria sorte é um costume antigo principalmente no interior do estado. Uma das alternativas que estão sendo estudadas é a instalação de chips nos animais com as informações do animal e do proprietário.

A experiência já foi iniciada em São Paulo por meio de uma parceria com uma Ong. A parceria, no entanto, só tem condições de funcionar com a participação dos municípios. Aliás, já está mais do que na hora de os municípios assumirem a sua parcela de responsabilidade.

A Polícia Federal apenas recolhe os animais, mas o destino deles é outro problema. Uma sugestão do inspetor é a realização de leilão, pelos municípios, dos animais que não forem resgatados pelos donos. Que tal a criação de um fundo que possa ser usado em campanhas de conscientização para reduzir o número de acidentes? A epidemia tem controle, só precisa ser combatida.

O plano do estado para reduzir os acidentes de moto

Diario de Pernambuco
Por Ana Cláudia Dolores

Os números provam que estamos lidando com uma epidemia. Em Pernambuco, 602 pessoas morreram, em 2010, vítimas de acidente com moto. Até julho deste ano, já são 302 óbitos.

Os feridos somam 19 mil. As ruas da Região Metropolitana do Recife (RMR) são o palco da maior parte dessa tragédia. Por dia, acontecem de 12 a 15 acidentes envolvendo esse tipo de veículo.

O sinal vermelho já foi aceso pelo governo do estado. O governador Eduardo Campos apresentou a Política Estadual de Prevenção aos Acidentes de Moto. Serão investidos R$ 18 milhões num conjunto de ações nas áreas de fiscalização e repressão, educação e saúde.

A meta é reduzir em 6,7% ao ano o número de mortes ocasionadas por motos. Com isso, o estado espera alcançar a meta colocada a todos os países pela Organização Mundial de Saúde (OMS) de redução de 50% das mortes em dez anos.

Repressão e educação são os dois eixos principais da política lançada pelo governo. A partir de hoje, a fiscalização aos motociclistas será mais rigorosa. A intenção é aumentar em 30% o número de abordagens.

As blitze da Lei Seca serão intensificadas, a fim de flagrar quem está pilotando sob efeito de álcool. Quem estiver sem capacete e habilitação vai sentir o peso do descaso no bolso.

Até 2014, 544 novos policiais militares do BPTRAM, BPRV e BPM serão colocados na rua para ajudar a organizar o trânsito. Além disso, 125 equipamentos serão comprados para aumentar os autos de infração eletrônica.

A responsabilidade dos motociclistas também será cobrada por campanhas publicitárias divulgadas em outdoors e outbus e em propagandas veiculadas na televisão.

Num dos vídeos, o motoqueiro se despede da família em casa e segue para um dia de trabalho. Por causa da sua imprudência no trânsito, acaba atropelado e morto. “Queremos conscientizar mostrando casos reais. As cenas são fortes, mas campanhas de outros países mostraram que, se não for assim, não chamamos atenção e o debate que precisa ser feito não é travado”, declarou o governador.

Cerca de cinco mil alunos dos oitavo e nono anos do ensino fundamental da rede estadual terão aulas obrigatórias de educação no trânsito. O mesmo será feito em instituições de ensino superior.

Já na área de saúde, os hospitais regionais vão ganhar salas vermelhas, para priorizar os casos mais graves, e dois helipontos serão construídos nos hospitais de Serra Talhada e Caruaru.

Com o plano, o estado pretende, além de poupar vidas, diminuir a conta que é paga pelos cidadãos para bancar as vítimas de acidente com moto. Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o acidentado de moto chega a custar R$ 954 mil ao estado.

Nesse bolo, estão os gastos sociais da vítima, como o que ela vai deixar de produzir para o país por estar incapacitada, e os hospitalares, que chegam a R$ 154 mil. Somente no Hospital da Restauração (HR), por exemplo, o tempo médio de internação de um paciente é de 45 dias.

José Ronaldo Alves dos Santos, 48 anos, deu entrada no HR no dia 1º de setembro e não tem previsão de alta. Ele teve fratura exposta na perna direita e ferimentos na cabeça depois que colidiu com a moto num carro. “Eu estava certo, mas o carro avançou o sinal e bateu em mim”, justificou.