Mensagem de celular supera álcool em mortes no trânsito

 

Reprodução/Internet

Dirigir alcoolizado foi substituído. Agora, mandar mensagens de texto enquanto dirige é a principal causa de morte adolescente em os EUA. Um estudo realizado pelo Centro Médico da Cohen Crianças de Nova York mostra que mais de 3.000 adolescentes morrem a cada ano como resultado de envio de mensagens SMS durante a condução um veículo. Isso se compara com os números 2.700 adolescentes que são mortos a cada ano como resultado de dirigir alcoolizado, uma figura na quinta-feira pela CBS News.

O autor do estudo, Dr. Andrew Adesman, chefe de desenvolvimento e comportamentais Pediatria do Centro Médico Infantil de Cohen, disse à rede de transmissão em que as leis que proíbem mensagens de texto e dirigir não estão provando ser eficaz. 57% de todos os meninos entrevistados disseram que eles texto enquanto dirige, mesmo em estados onde é contra a lei. 59% disseram que enviou uma mensagem de SMS durante a condução em estados sem tais leis. CBS News repórter Carolyn Gusoff disse que metade de todos os estudantes do ensino médio entrevistados disseram que eles mandou uma mensagem ao operar seu veículo a motor.

A fim de tornar totalmente adolescentes conscientes dos perigos de mensagens de texto e dirigir, algumas escolas estão oferecendo aulas que abordam os perigos do envio e recebimento de mensagens SMS enquanto ao volante, enquanto outros tiveram simuladores construídos de modo a que os adolescentes podem experimentar em primeira mão o quão perigoso isso realmente é. Legisladores estão tentando levantar as multas associadas a esta ação, enquanto no Reino Unido, as mensagens de texto capturado durante a condução irá enfrentar uma multa £ 90 ($ 138 USD), o que representa um aumento de 50%.

“A realidade é que as crianças não estão bebendo sete dias por semana – eles estão levando seus celulares e mensagens de texto sete dias por semana, assim você sabe intuitivamente esta uma ocorrência mais comum”-Dr Andrew Adesman, chefe de Pediatria do Desenvolvimento e Comportamento, Cohen Crianças. Centro Médico

“Com o tanto de mensagens de texto e de mão uso de telefones celulares ao volante, causando mais prejuízo do que estar no limite de álcool no sangue ou sob a influência de maconha, a polícia precisa para atingir o grande número de motoristas que continuam a desrespeitar a lei.” -Professor Stephen Glaister, diretor da Fundação RAC.

Estudos mostram que uma pessoa que está dirigindo enquanto mensagens de texto é 23 vezes mais probabilidade de acabar em um acidente do que um motorista que se abstém de tal ação. Texting faz com que um motorista a perder 79% de seu foco. E pelo jeito, a imagem que usei como a imagem em miniatura para esta história é o último texto real de 22 anos de idade Alexander Heit, que foi morto em um acidente, assim como ele estava escrevendo esta mensagem de texto. Você deve obter os arrepios de ouvir isso.

Fonte: Phone Arena (Via Portal do Trânsito)

O braço do ciclista, a insensatez de um piloto e o álcool

Acidente ciclistas Avenida Paulista - Foto : J. DURAN MACHFEE

Por

Milton Corrêa da Costa

Dois graves acidentes, que envolvem o uso de bebida alcoólica ao volante, ocorreram no domingo 10 de março, um no Rio de Janeiro e outro em São Paulo. Na cidade do Rio de Janeiro, um empresário paulista, de 55 anos, disse ter ingerido o conteúdo de cinco latas de cerveja antes de pilotar a Ferrari modelo 458 e atropelar três pessoas durante um evento promocional no Aterro do Flamengo. A informação consta do laudo do Instituto Médico Legal (IML).

Apesar de ter admitido o consumo de bebida alcoólica, o piloto recusou-se a fornecer material biológico (urina) para pesquisa de dosagem de álcool. A autoridade policial, que apura o fato, pedirá a suspensão do direito de dirigir do piloto imprudente.

Já em São Paulo, a comanda de consumo de um jovem motorista, paga na casa noturna de onde saiu antes de atropelar um ciclista na Avenida Paulista, na manhã do domingo 10/03, registra três doses de vodca e um energético, segundo a polícia, que investiga o caso. O atropelador, um estudante de psicologia, de 22 anos, se entregou à polícia após jogar em um córrego da Avenida Dr. Ricardo Jafet, na Zona Sul de São Paulo (PASMEM!) o braço da vítima, o ciclista David Santos de Souza, de 21 anos – que foi amputado no acidente e ficou preso nos estilhaços do vidro frontal do carro.

O horário que a comanda individual de consumo foi fechada, às 6h, porém, é posterior ao horário do acidente, ocorrido às 5h30. A Polícia Civil espera agora imagens da casa noturna para saber se foi mesmo o acusado do atropelamento quem pagou a conta. A comanda foi aberta quando o estudante de psicologia entrou na boate, às 2h14 de domingo, e fechada às 6h pontualmente. O valor final foi de R$ 96. O motorista foi indiciado por lesão corporal grave e mais três crimes do Código de Trânsito Brasileiro, entre eles fuga de local de acidente. Os exames do motorista no IML foram realizados seis horas após o grave acidente.

Este continua sendo, pois, o quadro de imprudência e insensatez de motoristas irresponsáveis- até pilotos profissionais- que colocam em risco a incolumidade dos demais usuários das vias públicas, ao insistir em beber e conduzir um veículo. Depois, para manterem-se livres do cárcere, como ex-deputado estadual do Paraná, Carli Filho, que matou dois jovens há alguns anos, estando alcoolizado, com o direito de dirigir suspenso e a 167 km/h, utilizam-se de todas os extensos recursos da benevolente lei penal brasileira. Profundamente lamentável que condutores alcoolizados continuem a provocar tragédias na barbárie sem fim do trânsito brasileiro. São os mesmos assassinos em potencial que vivem contestando os rigores da providencial e por demais necessária Lei Seca.

Fonte: Portal do Trânsito

Câmara deve votar tolerância zero para álcool no trânsito

Depois da determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que afirmou ser necessário o teste do bafômetro para aplicação da Lei Seca, a Câmara dos Deputados deve votar um projeto que vai de encontro com essa decisão e também aumenta o rigor das punições para motoristas que bebem e dirigem. A proposta em tramitação no Congresso torna crime conduzir veículos sob o efeito de qualquer quantidade de álcool e permite que o flagrante seja feito mesmo quando o motorista se recusa a fazer o teste do bafômetro.

“Já há um acordo com todos os atores envolvidos, o que nos permite dizer que a Câmara vai votar esse projeto em breve”, prometeu o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), nesta quinta-feira. O projeto da tolerância zero foi aprovado pelo Senado em novembro. O texto aguarda votação na Comissão de Viação e Transportes.

A nova lei prevê que, quando o condutor se recusar a fazer o exame do bafômetro, o agente pode se valer de outras provas, como o depoimento de testemunhas ou vídeos que comprovem a influência de bebidas alcoólicas sobre o motorista.

Embora continue tratando como crime dirigir sob efeito de qualquer quantidade de álcool, o projeto deve ser abrandado na Comissão de Viação e Transportes. A proposta do relator Hugo Leal (PSC-RJ) prevê a pena de prisão apenas para quem for pego com pelo menos 0,6 gramas de álcool por litro de sangue. Nestes casos, a pena seria de seis meses a três anos de cadeia.

Se a quantidade de álcool for menor, o crime seria punido apenas com penas administrativas. Hoje, o motorista pode ser multado se for pego com 0,1 grama de álcool por litro de sangue, mas a conduta só se torna crime se a quantidade chegar a 0,6 decigramas.

Via Portal do Trânsito

Ingestão de álcool reduz a consciência do perigo para pedestres e ciclistas

O ciclista Wanderson Pereira, vítima fatal do acidente que envolveu recentemente, na BR -040, em Xérem, no Rio de Janeiro, Thor Batista, filho do empresário Eike Batista, tinha em sua corrente sanguínea, conforme detectado em exame post mortem, a dosagem de 15,5 decigramas de álcool por litro de sangue.

Tal concentração de álcool, comparada ao caso de motorista de veículo automotor, é quase oito vezes acima da dosagem tolerada , onde a tolerância é de até 2 decigramas de álcool por litro de sangue, sendo tal regra estabelecida pelo Decreto Federal 6488/08 que regulamentou a Lei Seca (Lei 11.705/08), no caso simplesmente da configuração infração administrativa ao Artigo 165 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).

A Lei Seca, que alterou dispositivos do CTB, entrou em vigor em território nacional a partir de 20 de junho de 2008 . Para a configuração do crime de direção alcoolizada, a redação do Artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro, prevê a concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue, o equivalente, matematicamente, a 3 mg/l de álcool por litro de ar expelido dos pulmões, no caso do teste do bafômetro.

Ou seja, além da infração administrativa, o ciclista Wanderson Pereira, se na condução de veículo automotor, poderia também ser autuado por crime de direção alcoolizada. Conforme estudos científicos de alcoologia, a concentração entre 10 e 20 decigramas de álcool, encontrada no organismo humano, provoca descoordenação motora e desorientação espacial, além de comprometimento na fala, andar trôpego e agressividade ou passividade.

O legista aposentado e psiquiatra forense Talvane de Moraes, ao ser consultado sobre o acidente de Thor Batista, disse que a reação à bebida alcoólica depende de alguns fatores, desde a massa corporal até a alimentação. Ressaltou, porém, que 15,5 é uma taxa bastante elevada que em geral configura estado de embriaguez.

Para o Doutor José Mauro Braz Lima, médico e professor da UFRJ, em sua obra científica (ano de 2003) “Alcoologia- uma visão sistêmica dos problemas relacionados ao uso do álcool”, a presença de álcool na corrente sanguínea exige maior tempo para avaliar as situações de risco no trânsito, mesmo as mais corriqueiras, tornando-se difícil sair de situações que dependam de reações rápidas e precisas, tendo-se a percepção de um menor número de fatos que se desenvolvem na via.

No caso da direção veicular, o estudioso informa que o risco de acidentes pode aumentar em até 20 vezes em razão da quantidade de 15,5 de álcool por litro de sangue, conforme a detectada no organismo do ciclista Wanderson Pereira. Ressalte-se que Thor Batista, em depoimento em Delegacia Policial, afirmou que logo depois de atropelamento encontrou uma lata de cerveja sobre o para-brisa de seu carro, sustentando que a lata estava em poder da vítima fatal, conforme matéria da última edição de uma revista semanal de grande circulação no país.

Fica comprovado, portanto, que a ingestão de bebida alcoólica também põe em risco, além de motoristas e motociclistas, o deslocamento seguro de pedestres e ciclistas em rodovias e vias urbanas. Uma pessoa embriagada não é capaz de se auto determinar, caminhando obviamente com dificuldade, quiçá conduzir com segurança um veiculo automotor ou mesmo uma bicicleta em rodovias, locais onde a velocidade de deslocamento dos carros é maior.

Ao encontrarem-se sob o efeito do álcool, mormente no período noturno, onde a visibilidade, avaliação segura de distância e o cálculo da velocidade de deslocamento dos carros são mais difíceis, muitos pedestres e ciclistas, ao se deslocarem ou atravessarem tais vias, têm sido vítimas de graves acidentes por pura imprudência, basta observar o número de acidentes fatais em rodovias envolvendo ciclistas e pedestres.

Segundo a Polícia Rodoviária Federal a cada dois dias uma pessoa morreu por atropelamento ou vítima de colisão com bicicleta (387 no total), na área de competência das oito rodovias federais que cortam o Estado do Rio de Janeiro, no período compreendido entre o inicio do ano de 2010 e 22 de março deste ano. O uso de bebida alcoólica no trânsito continua, pois, a ceifar preciosas vidas e as estatísticas, apesar do advento da Lei Seca, são de números de uma violenta e infindável guerra.

A violência no trânsito, num permanente cenário de vítimas ensanguentadas, veículos retorcidos, dor e sofrimento, prossegue. Até quando? Certamente até quando todos, devidamente educados, entenderem que trânsito é meio de vida, não de tragédias e perdas humanas. Educar para o trânsito é educar para a vida. Entenda-se.

* Milton Corrêa da Costa é coronel da reserva da Polícia Militar do Rio de Janeiro (Via Portal do Trânsito)