CTTU vai ampliar fiscalização eletrônica nos corredores de tráfego

Radar eletrônico na Avenida 17 de agosto, no Recife Foto Guilherme Veríssimo DP.D.A.Press
Radar eletrônico na Avenida 17 de agosto, no Recife Foto Guilherme Veríssimo DP.D.A.Press

O Recife dispõe de 46 equipamentos eletrônicos de fiscalização no trânsito, incluindos os três novos radares que vão passar a multar os infratores a partir do dia 1º de novembro. A meta da Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) é  de instalar mais 203 radares eletrônicos ao longo de 2015. A licitação que incluiu todos os equipamentos em um único pacote, prevê, prioritariamente, a instalação nos corredores de faixa exclusiva de ônibus e dos dois corredores de BRT.

Os aparelhos estão localizados na Avenida 17 de Agosto, no bairro do Monteiro; Avenida Doutor José Rufino, na Estância e Rua Guilherme Pinto, no bairro das Graças. Os cruzamentos também contam com refletores de LED, que acenderão quando o semáforo fechar para os veículos, para uma travessia mais segura aos pedestres.

Os pontos de fiscalização estão próximos a escolas e, no caso da Rua Guilherme Pinto, ao Instituto de Cegos de Pernambuco, onde há um fluxo alto de pedestres, crianças e deficientes visuais, mais vulneráveis a acidentes de trânsito.

CTTU licitou 206 equipamantos de fiscalização. Os corredores de Faixa Azul e BRT serão contemplados Foto Guilherme Veríssimo DP/D.A.Press
CTTU licitou 206 equipamantos de fiscalização. Os corredores de Faixa Azul e BRT serão contemplados Foto Guilherme Veríssimo DP/D.A.Press

A CTTU pretende implantar 50 quilômetros de Faixa Azul. Até agora estão em operação 22 km. “Nós vamos avançar na delimitação dos corredores exclusivos a medida que os novos radares forem disponibilizados”, ressaltou a presidente da CTTU, Taciana Ferreira. Os radares irão registrar infrações por excesso de velocidade, parada sobre a faixa de pedestre, avanço de semáforo e no caso dos corredores invasão do espaço destinado ao transporte público.

As infrações por excesso de velocidade variam de acordo com a velocidade que o condutor ultrapassar o equipamento de fiscalização (60 km/h e 40km/h). As multas vão de R$ 85,13 a R$ 574,62, além dos pontos registrados na Carteira de Habilitação.

Já os veículos flagrados avançando o semáforo ou parados sobre a faixa de pedestre, estarão sujeitos a multas de R$ 191,54 e 7 pontos na CNH e de R$ 85,13 e 4 pontos na CNH, respectivamente. “A tendência é de um número decrescente de multas. Com a fiscalização eletrônica os motoristas tendem a respeitar mais e com o tempo há uma redução nas infrações”, revelou Taciana Ferreira.

Saiba Mais

Sistema de identificação veicular  com leitura das placas
– Identifica veículos com restrição de circulação
– Permite estatística do tempo de percurso
– Identifica a velocidade média dos veículos
– Registra a placa dos veículos que avançarem o sinal vermelho
– Registra a placa dos veículos que estacionarem na faixa de pedestre

Ampliação dos equipamentos de fiscalização:
46 equipamentos existem atualmente
203 novos equipamentos serão instalados nos cruzamentos da cidade
72 câmeras auxiliam no monotiramento do tráfego em tempo real

Algumas das principais avenidas que reberão os equipamentos:
– Avenida Sul
– Avenida Domingos Ferriera
– Avenida Caxangá
– Avenida Mascarenhas de Moraes
– Avenida Beberibe
– Avenida Dois Rios
– Avenida Norte
– Avenida Agamenon Magalhães
– Avenida Conselheiro Rosa e Silva
– Avenida Herculano Bandeira
– Rua Cosme Damião
– Rua Cônego Barata
– Estrada dos Remédios
– Avenida Visconde de Albuquerque
– Estrada Velha de Água Fria

Fonte: CTTU

Mais atrasos em obras de mobilidade dos corredores do BRT no Recife

Obras no Túnel da Abolição no corredor Leste/Oeste Foto - Alcione Ferreira DP/D.A.Press
Obras no Túnel da Abolição no corredor Leste/Oeste Foto – Alcione Ferreira DP/D.A.Press

Quando as obras do corredor Leste/Oeste foram anunciadas para viabilizar a implantação do BRT na Região Metropolitana do Recife, a Secretaria das Cidades ampliou o cronograma em mais de três meses em relação às obras do corredor Norte/Sul, por causa da construção do Túnel da Abolição. Enquanto o Norte/Sul estava previsto para dezembro de 2013, a promessa do Leste/Oeste era março de 2014. No fim, nem um, nem outro. As previsões otimistas, desde então, não se sustentaram em nenhum dos prazos subsequentes: maio, junho, agosto e novembro de 2014. Agora, A Secretaria das Cidades trabalha com o cronograma de conclusão dos dois corredores até dezembro, quando chega ao fim a atual gestão.

O túnel que pareceu ser, desde o início, a pedra no sapato do cronograma não é, no entanto, o único item que não foi concluído. As obras das estações nos dois corredores ainda se arrastam e os terminais de integração, que serão determinantes para reduzir o fluxo de ônibus convencionais na Avenida Caxangá, também permanecem em obras.
O Túnel da Abolição, por exemplo, que teve seu último prazo anunciado para novembro, enfrenta problemas com drenagem e só deve ficar pronto em dezembro.

Túnel da Abolição, o trecho mais avançado é na Rua Real da Torre Foto Alcione Ferreira DP/D.A.Press
Túnel da Abolição, o trecho mais avançado é na Rua Real da Torre Foto Alcione Ferreira DP/D.A.Press

As obras mais avançadas podem ser vistas no trecho da Rua Real da Torre, onde já foram executadas obras de concretagem. O atraso maior é na passagem do túnel sob a Avenida Caxangá, onde sequer foi feito o piso e o trecho que emenda com a Rua João Ivo da Silva. Todo o piso ainda está para ser feito e no local podem ser vistas as estacas e ferragens.

No local, algumas máquinas fazem a retirada da água que se acumula e atrapalha o serviço. Em abril, os serviços chegaram a ser suspensos por causa das chuvas. “Houve alguns problemas na fundação do piso e é provável que o prazo se estenda para dezembro. Faltam apenas duas placas de concreto para serem montadas no piso”, revelou o secretário-executivo de Mobilidade da Secretaria das Cidades, Gustavo Rangel.

Ainda, segundo ele, está sendo estudada a adição de um produto no cimento para acelerar a secagem do concreto. “Depois da concretagem é necessário um prazo para que o piso seque completamente antes de liberar para o tráfego. Vamos tentar acelerar esse processo”, revelou.

Corredor Norte/Sul só em 2015

Obras da estação do BRT na Cruz Cabugá, só devem ficar prontas em 2015 Foto Teresa Maia DP/D.A.Press
Obras da estação do BRT na Cruz Cabugá, só devem ficar prontas em 2015 Foto Teresa Maia DP/D.A.Press

 

A corrida é para fechar o ano com os dois corredores concluídos, mas algumas estações podem ficar para 2015. É o caso das duas últimas da Avenida Cabugá, nas imediações da Rua Araripina e na frente da Assembleia de Deus, as últimas iniciadas. A Secretaria das Cidades já admite que elas venham a ser concluídas em 2015. “O esforço é de entregar tudo até o fim do ano, mas é provável que fique alguma coisa para 2015, a exemplo das duas últimas estações da Cabugá”, afirmou Gustavo Gurgel, secretário-executivo de Mobilidade.

A boa notícia é que o Terminal da 3ª Perimetral, na Avenida Caxangá, está mais perto de ficar pronto. A previsão da Secretaria das Cidades é que ele entre em operação em meados de novembro. “O terminal da 4ª Perimetral está mais atrasado porque há parte do pavimento a ser feita, além da cobertura, mas acreditamos que será concluído em dezembro”, disse Gustavo Gurgel.

Segundo ele, no Leste/Oeste as três estações da PE-27, que dá acesso a Camaragibe, estão em fase de acabamento. Outras duas estações em frente ao Country Club terão os vidros substituídos em razão de vandalismo, e a estação da Benfica está com a estrutura montada, mas falta cobertura. “As estações de Camaragibe e Conde da Boa Vista, que são diferenciadas, também devem ser entregues até dezembro.”

Qual o futuro da primeira e única perimetral do Recife?

 

Avenida Agamenon Magalhães, primeira perimetral do Recife - Foto - Ricardo Fernandes DP/D.A.Press
Avenida Agamenon Magalhães, primeira perimetral do Recife – Foto – Ricardo Fernandes DP/D.A.Press

A Avenida Agamenon Magalhães talvez tenha sido a via urbana do Recife que mais recebeu projetos para redesenhar o seu sistema viário. O mais polêmico foi o dos quatro viadutos previstos para facilitar a passagem em nível do BRT em 2012. Antes disso, já haviam sido cogitados sete viadutos na década de 1970 e ainda o projeto do urbanista Jaime Lerner, que desenhou um elevado passando do cima do canal para separar o transporte público do trânsito comum. E quando nenhum desses emplacou, houve ainda o projeto do ramal da Agamenon, um dos braços do corredor Norte/Sul. O fato é que 2014 está chegando ao fim sem sinal de obras do BRT na avenida.

O sistema chegou a ser licitado em 2013, mas as intervenções acabaram suspensas. A obra de R$ 96 milhões seria custeada pelo estado, que decidiu aproveitar recursos do PAC e aguarda aprovação da Caixa. A expectativa da Secretaria das Cidades é de retomada em outubro, mas há agora outra questão sobre a via. Urbanistas se perguntam o que é melhor – enquanto cidade inclusiva e sustentável – para a principal avenida da cidade.

A Agamenon é uma perimetral estratégica por ligar o Recife de Norte a Sul e Leste a Oeste. Também é passagem para municípios vizinhos e comporta frota maior do que muitas cidades – 79 mil veículos/dia. Para a arquiteta e urbanista Vitória Andrade, presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB-PE), a avenida perdeu a sua principal característica de ser interbairros e passou a ser uma via de passagem.

“Acredito que o projeto do Arco Metropolitano (rodovia paralela à BR-101) vai ser importante para reduzir a carga da Agamenon. Grande parte do trânsito é de outros municípios que apenas passam por ela.” Uma das preocupações do presidente do Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU), Roberto Montezuma, está com a articulação da via com o restante da cidade. “Ela tem uma qualidade paisagística real. Mas precisa de calçadas com padrão internacional, iluminação e articulação com o projeto do Parque Capibaribe”.

O ramal do BRT terá corredor exclusivo ao lado do canal. Estão previstas nove estações próximas a semáforos para facilitar a passagem do pedestre. “Serão substituídas as placas de concreto que deram problemas”, informou o secretário-executivo de mobilidade, Gustavo Gurgel. “Essa solução merece debate profundo, pois cria uma barreira do Centro expandido com o resto da cidade”, ressaltou Montezuma.

Melhoria do transporte do Recife é mais do que discutir tarifa e salários

A espera pela melhoria do transporte a cada degrau - Foto - Ricardo Fernandes DP/D.A.Press
A espera pela melhoria do transporte a cada degrau – Foto – Ricardo Fernandes DP/D.A.Press

Depender do transporte público no Recife nunca foi tão incerto. Sem nenhum aviso, o usuário pode ser surpreendido por uma paralisação. A eterna disputa entre patrões e empregados sobre o percentual de reajuste salarial da categoria não deveria comprometer o funcionamento do sistema, mas compromete. Dispor de um transporte diário é mais que um direito, mas talvez já tenha passado da hora de avançar nessa discussão e subir alguns degraus para um serviço de melhor qualidade.

Enquanto Amanda Stephanie, 25 anos, aguarda a chegada do ônibus, em uma parada da Marquês de Olinda, no Centro do Recife, sem ter ideia de quanto tempo terá que esperar, em outra esquina encontramos a estudante Helena Gomes, 20, que faz uma busca no celular para localizar a posição exata do seu ônibus. A tecnologia já existente ainda não chegou para todos.

Além da necessidade de se ter um aparelho capaz de baixar o aplicativo do CittaMob, disponibilizado pelas empresas de ônibus, é preciso sorte para o alcance do sinal. “Onde moro, na Guabiraba, não pega, mas aqui no Centro eu acesso. É bem prático”, contou Helena. Além do CittaMob, existem outros aplicativos em operação, mas isso não tira a responsabilidade do órgão gestor de disponibilizar informações nos pontos de parada e terminais.

Os painéis eletrônicos dos terminais da RMR, que deveriam informar as linhas e os horários, permanecem inoperantes. O sistema da central de controle operacional do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, só deve iniciar os testes do projeto piloto no fim do ano. Enquanto isso, nas paradas de ônibus não há informação das linhas e muito menos conforto nos abrigos ou calçadas que dão acesso às paradas.

“Há medidas que poderiam ser implantadas de imediato para a melhoria do sistema, como a boa pavimentação da faixa do ônibus, acessibilidade das calçadas e a disponibilização da tecnologia GPS, para que o ponto de ônibus seja ponto de chegada e não de espera infinita”, apontou o urbanista Nazareno Affonso, do Movimento pelo Direito ao Transporte (MDT).

No Grande Recife, o Sistema de Transporte Público de Passageiros deixa de fazer cerca de mil viagens por dia por conta do trânsito ruim. “Precisamos ampliar as faixas exclusivas. Não adianta aumentar o número de ônibus com trânsito travado”, destacou o presidente do Grande Recife Consórcio, Nélson Menezes.

Estação de BRT no corredor Leste/Oeste - Foto - Alcione Ferreira - DP.D.A/Press
Estação de BRT no corredor Leste/Oeste – Foto – Alcione Ferreira – DP.D.A/Press

As promessas da linha do BRT

Depois de 40 anos de jejum em investimentos na mobilidade na RMR, a construção de dois corredores com o sistema Bus Rapid Transit (BRT) encheu de expectativas os usuários do sistema de transporte público. A operação, no entanto, ainda é limitada em decorrência de atraso nas obras. E dos 300 mil passageiros diários previstos para os dois corredores, somente 10% tiveram o privilégio de usufruir do modal.

O sistema, que começou com três estações no corredor Leste/Oeste, opera com 10 das 27 paradas previstas. Já o Norte/Sul, começou com uma e atualmente está com quatro das 28 estações que permaneceram no projeto.

Os corredores de BRT do Recife, previstos para serem entregues entre dezembro do ano passado e março deste ano, podem ser finalizados até o fim do ano. O ritmo das obras é lento, as faixas, que deveriam ser segregadas, permanecem coletivas e não há sinal da obra de urbanização da rodovia PE-15. “Houve atraso, mas no quadro geral a mobilidade avançou muito em relação há 40 anos. Antes tínhamos nove terminais integrados. Hoje temos 15 e vamos chegar a 27”, avaliou o secretário das Cidades, Evandro Avelar.

Não basta entregar a obra. Para ter o padrão de BRT, o corredor deve atender a requisitos essenciais para tornar o sistema eficiente. “Além da estação nivelada com o piso do ônibus e o pagamento antecipado, quanto menos intervenções no corredor melhor”, afirmou Clarisse Linke, do Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP).

BRT Norte/Sul do Recife passa no teste, mesmo com limitações

 

Estação do BRT na Avenida Dantas Barreto - Corredor Norte/Sul Foto - Alcione Ferreira DP/D.A.Press
Estação do BRT na Avenida Dantas Barreto – Corredor Norte/Sul Foto – Alcione Ferreira DP/D.A.Press

O primeiro dia de funcionamento do Via Livre no corredor Norte/Sul serviu mais como um teste. O feriado municipal no Recife deixou as ruas praticamente vazias e o tempo gasto de viagem foi metade do que está previsto para os dias úteis. No percurso de 10km entre o Terminal da PE-15, em Olinda e a estação do BRT na Avenida Dantas Barreto o tempo de viagem foi de 25 minutos. Em dias úteis, a estimativa é que essa mesma viagem seja feita em 55 minutos.

A dona de casa Maria Lúcia da Silva, 69 anos, ficou entusiasmada com o conforto do ônibus. “Não sabia que ia pegar ônibus novo para ir para a cidade. Era bom que fosse sempre assim”. Já o comerciante Ronildo Almeida, 43, aproveitou o feriado para testar o BRT. “Eu sabia que ia começar hoje e vim ver como funciona. O ônibus é muito bom”, afirmou.

A partir do dia 28 de julho a linha PE-15/Dantas Barreto vai operar em horário comercial, por enquanto, a operação está sendo feita das 9h às 16h, mesmo padrão utilizado na estreia do corredor Leste/Oeste no mês passado.

De acordo com o coordenador de operações do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, André Melibeu a expectativa é que em agosto entrem em operação as outras estações da Avenida Cruz Cabugá, Dantas Barreto, Riachiel e 13 de maio. “Nós só vamos segregar o corredor quando essas estações estiverem funcionando”, revelou.

Segundo o Grande Recife Consórcio de Transporte, até novembro deste ano já devem estar funcionando as oito linhas previstas para o corredor Norte/Sul, com um total de 84 veículos em circulação. Os BRTs têm a capacidade de transportar entre 140 e 160 passageiros de uma vez e possuem uma estrutura de 19 ou 21 metros de comprimento.

O novo modal começou a circular com quatro veículos e se junta aos 24 ônibus convencionais que já operam na linha PE – 15. Serão feitas 21 viagens diariamente, das 9h às 16h, com um intervalo de 20 minutos entre cada viagem.

Ao sair do Terminal Integrado da PE-15, a primeira linha do BRT Norte/Sul segue pela Avenida Pan Nordestina, passa pelo Complexo de Salgadinho, Avenida Agamenon Magalhães, Avenida Cruz Cabugá, Rua do Riachuelo, Rua da Aurora, Ponte Princesa Isabel e, por fim, Avenida Dantas Barreto, de onde retornará no sentido cidade/subúrbio.

A tarifa para a nova linha custará R$ 2,15, equivalente ao anel A do transporte público e mesmo valor cobrado no BRT Leste/Oeste, em operação desde o mês de junho entre o Terminal Integrado de Camaragibe e o Derby. Para utilizar o BRT é necessário possuir o VEM (Vale Eletrônico Metropolitano). O passageiro que não tiver o cartão deverá fazer a troca do dinheiro nas máquinas de auto-atendimento disponíveis nas estações.

Via Livre com sete estações em funcionamento no Leste/Oeste

Corredor Leste/Oeste vai começar a operar com sete estações - Foto: Júlio Jacobina DP/D.A.Press
Corredor Leste/Oeste vai começar a operar com sete estações – Foto: Júlio Jacobina DP/D.A.Press

A partir desta quarta-feira (16) a estação Guararapes, localizada na Av. Guararapes em frente ao prédio dos Correios, começa a funcionar como ponto de embarque e desembarque do BRT Leste/Oeste, totalizando sete estações em operação.

Como o ponto de retorno dos veículos do Via Livre deixa de ser a Praça do Derby e passará a funcionar no Centro da cidade, a linha de BRT em operação será Camaragibe (Centro) e circulará com 18 veículos.

A linha sairá do TI Camaragibe, seguirá pela Av. Belmino Correia e irá parar nas estações Capibaribe, BR-101, Forte do Arraial, Getúlio Vargas e Abolição, localizadas na Av. Caxangá.

Os veículos também irão parar na estação Derby, no embarque localizado próximo a Av. Agamenon Magalhães, e seguirão pela Av. Conde da Boa Vista sem realizar embarque e desembarque. A estação Guararapes será o ponto de retorno do BRT para o subúrbio. Os usuários utilizarão o embarque mais próximo da Rua Sol para pegar o Via Livre.

A operação do BRT continuará a mesma, acontecendo de domingo a domingo, das 4h30 às 22h. As integrações temporais para os usuários com destino ao Joana Bezerra e Ilha do Leite acontecerão normalmente.

É importante lembrar que a linha convencional 450 – Camaragibe (Cond. da Boa Vista) continuará em operação atendendo aos usuários.

Fonte: Grande Recife

BRT do corredor Norte/Sul do Recife entra em operação

ADepois do Leste/Oeste, agora é a vez do Norte/Sul entrar em operação  - Foto Júlio Jacobina DP/D.A.Press
Depois do Leste/Oeste, agora é a vez do Norte/Sul entrar em operação – Foto Júlio Jacobina DP/D.A.Press

Depois de atrasos e adiamentos, o Norte/Sul vai entrar em operação com várias estações ainda sem conclusão. Assim como o Leste/Oeste, o corredor vai começar com apenas uma linha. Notícia enviada pelo Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano. Leia abaixo:

A primeira linha de BRT do corredor exclusivo de ônibus Norte/Sul começará a atender aos usuários, a partir desta quarta-feira (16). Após a fase de adaptação dos motoristas com o novo modal e dos testes de acoplagem nas estações do corredor, o Via Livre Norte/Sul começará a operar com a linha 1915- PE-15 (Dantas Barreto).

Neste momento, a linha inicia a operação com quatro BRTs, realizando 21 viagens por dia. É importante ressaltar que o veículo BRT será incorporado na operação atual da linha 915 – PE-15, ou seja, os 24 veículos convencionais da linha continuarão circulando. O tempo previsto de intervalo entre um BRT e outro será de 20 minutos. A primeira linha do Via Livre Norte/Sul espera atender cerca de 500 passageiros e irá operar de domingo a domingo das 9h às 16h.

O BRT irá operar de modo semi-expresso, ou seja, sairá do Terminal Integrado da PE-15 e seguirá em direção ao centro da cidade, realizando embarque e desembarque na estação Tacaruna, localizada na Av. Cruz Cabugá em frente ao Shopping Tacaruna e na estação Praça da República. Os veículos farão itinerário pela Rodovia PE-15, Avenida Pan Nordestina, Complexo de Salgadinho, Avenida Agamenon Magalhães, Avenida Cruz Cabugá, Rua do Riachuelo, Rua da Aurora, Ponte Princesa Isabel e Av. Dantas Barreto.

É importante lembrar que a tarifa da linha continuará a mesma, R$2,15 e que os usuários que desejarem experimentar o novo modal poderão utilizar o Vale Eletrônico Metropolitano (VEM) nos validadores instalados nas estações. Quem não possui o vale eletrônico, deverá fazer a troca do dinheiro nas máquinas de auto-atendimento, também disponíveis em todas as estações em funcionamento.

Na primeira vez que utilizar a máquina, o usuário poderá retirar o VEM Comum gratuitamente, mas para utilizá-lo será necessário fazer uma recarga mínima de R$ 4,00. As máquinas não concedem troco e só aceitam cédulas, portanto, o valor que for depositado será revertido todo em créditos no VEM.

Para orientar os usuários no uso do novo modal, o Grande Recife irá disponibilizar divulgadores que estarão distribuídos no TI PE-15 e nas estações de embarque e desembarque ao longo do Corredor Norte/Sul. A meta é que até novembro deste ano, toda a operação do Corredor Norte/Sul esteja funcionando com oito linhas de BRT e 84 veículos circulando no corredor.
BRT VIA LIVRE – Os BRTs têm capacidade de transportar de 140 a 160 passageiros e medem entre 19 e 21 metros de comprimento. As estações, que estão em fase final de preparação para receber o novo modal, possuem capacidade para atender cerca de 300 pessoas.

As estações do BRT Via Livre são as únicas do Brasil que possuem ar-condicionado, proporcionando mais conforto aos usuários. Os novos veículos também contam com câmbio automático, motor central ou traseiro e ar-condicionado, o que trará mais segurança tanto para os passageiros quanto para os motoristas.

Fonte: Grande Recife

Retornos em excesso no corredor Norte/Sul do Recife preocupam especialistas

Retorno em frente ao Terminal da PE-15, entrada e saída de ônibus - Foto - Especial Allan Torres DP/D.A.Press
Retorno em frente ao Terminal da PE-15, entrada e saída de ônibus – Foto – Especial Allan Torres DP/D.A.Press

Enquanto a lógica nos centros urbanos é reduzir ou eliminar retornos para dar mais fluidez ao tráfego, a quantidade deles, e de cruzamentos que cortam o corredor central de ônibus da PE-15, onde funcionará o corredor de BRT Norte/Sul, surpreende especialistas na área de mobilidade.

Até agora, o desenho do traçado no trecho entre Igarassu e Recife, que totaliza 33 quilômetros, acumula 27 interseções de travessia, que já faziam parte do desenho original do corredor central de ônibus. A média é de um ponto de travessia de carros a cada 1,2 mil metros.

Retornos no trecho da PE-15 Foto Especial Allan Torres DP/D.A.Press
Retornos no trecho da PE-15 Foto Especial Allan Torres DP/D.A.Press

A preocupação dos especialistas não é apenas com o impacto na redução da velocidade dos ônibus no corredor em razão das interseções, mas principalmente com o risco de acidentes. O acesso dos ônibus ao Terminal da PE-15, por exemplo, ocorre em meio a um retorno que passa em frente à entrada e saída de ônibus do terminal, que funciona como um girador na canteiro central, o que exige atenção redobrada dos motoristas.

Para o ônibus do sistema BRT do corredor Norte/Sul, que vai utilizar o mesmo corredor da PE-15, a estimativa de velocidade é de 50 km. “O BRT deve ter prioridade. Quando há cruzamento, isso é um problema. Os retornos precisam ser sinalizados para evitar problemas”, avaliou o presidente da Associação Nacional de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha.

De acordo com o Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, o projeto do Norte/Sul prevê 18 pontos de travessias ao longo do corredor. A meta da Secretaria das Cidades, no entanto, é eliminar apenas quatro retornos no trecho entre Igarassu e Abreu e Lima.

“É preocupante essa frequência de retornos. O ideal seria reduzir à metade. Além de diminuir o risco de acidente, melhoraria a velocidade dos ônibus”, ponderou o coordenador regional da Associação Nacional de Transportes Urbanos (ANTP), César Cavalcanti.

Das 27 interseções contabilizadas pela reportagem do Diario a partir do trecho anterior à estação do Parque Memorial Arcoverde até Igarassu, sem contar os cruzamentos suprimidos em Olinda com os viadutos de Ouro Preto e Bultrins, apenas três pontos de passagem contam com semáforo. Nas imediações da Cidade Tabajara, em Olinda, na área urbana de Abreu e Lima e em um trecho do corredor em Igarassu.

“Há uma resistência da população para suprimir retornos. Já há reivindicação para reabrir os que foram fechados”, revelou o secretário executivo da Secretaria das Cidades, Gustavo Gurgel. Segundo a assessoria de imprensa da secretaria, caberá ao Dnit a decisão de fechar ou abrir retornos no trecho da BR 101, por onde passa o corredor do BRT, cuja obra é do governo do estado.

Acidentes são frequentes no corredor Transoeste no Rio de Janeiro

Acidente no corredor Transoeste no Rio de Janeiro - Foto - Eduardo Naddar
Acidente no corredor Transoeste no Rio de Janeiro – Foto – Eduardo Naddar

O corredor de BRT Transoeste do Rio de Janeiro já foi palco de vários acidentes desde o início da operação do sistema em 2012. A velocidade do ônibus e a  presença de veículos e pedestres na faixa do corredor exclusivo são algumas das causas. O sistema de transporte é a aposta da prefeitura para ser o principal meio de transporte das Olimpíadas de 2016. Mas ainda não conquistou a confiança dos usuários devido aos constantes acidentes.

Para reduzir os acidentes no local o CREA do Rio de Janeiro propôs à Secretaria de Transportes do município algumas medidas de segurança, entre as quais a colocação do  guard-rail na divisão entre as pistas do BRT e demais veículos; colocação de barreiras para evitar que os pedestres atravessem fora da faixa; Deslocamento das paradas de ônibus urbanos para as imediações das travessias de pedestre; e limitar a velocidade dos ônibus expressos do BRT nos cruzamentos de pistas;

A Secretaria de Transportes do Rio de Janeiro não disponibilizou balanço dos acidentes nos últimos dois anos de operação no corredor. Em nota, a assessoria de imprensa informou que junto com a CET-Rio  estão sendo realizadas campanhas de educação no trânsito para sensibilizar pedestres e motoristas quanto ao comportamento seguro no trânsito ao longo do corredor do BRT Transoeste.

Entre os temas abordados estão o respeito à sinalização, principalmente no que se refere à travessia na faixa de pedestres e a conversão irregular. Na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, por meio de ações lúdicas e irreverentes, uma equipe de atores fantasiada percorre as estações mais movimentadas do BRT Transoeste, além dos cruzamentos, para realizar as atividades junto aos pedestres e motoristas. Entre as ações propostas estão encenações teatrais, mímicas e mensagens educativas.

BRT do Recife pode ter reforço de mais três estações

 

Corredor Leste/Oeste - Foto - Roberto Ramos DP/D.A.Press
Corredor Leste/Oeste na Avenida Caxangá- Foto – Roberto Ramos DP/D.A.Press

Um dia depois de anunciar que apenas duas estações de BRT seriam utilizadas para o Expresso Copa, no corredor Leste/Oeste, o governo sinaliza a possibilidade de ampliar mais três estações.

Além das estações na Avenida Guararapes e Derby, já anunciadas, poderão ser incluídas outras três na Avenida Caxangá. Também está em estudo a implantação de um terceiro estacionamento remoto, dessa vez na Zona Sul, que integrará o Expresso Copa, levando torcedores para a Arena de BRT. Estão sendo avaliados os estacionamentos dos shoppings Recife e RioMar.

De acordo com a Secretaria das Cidades, a ampliação da demanda no corredor Leste/Oeste, de 6 mil passageiros ao dia, dependerá do que for definido pela Secretaria da Copa. “Nós recebemos uma demanda de seis mil pessoas para transportar para a Arena, mas se houver necessidade de ampliar essa demanda, nós temos todas as condições”, afirmou o secretário das Cidades, Evandro Avelar.

Demanda é o que não falta, segundo o secretário da Copa, Ricardo Leitão. “Nós temos demanda, desde que haja ônibus suficiente do BRT”, ressaltou.O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros (Urbana-PE) garante que até a Copa serão disponibilizados cem ônibus para o Leste/Oeste e 125 para o Norte/Sul. Até maio, no entanto, só 14 ônibus estarão disponíveis para os testes com o público, que tem data marcada para 17 daquele mês.

O teste será feito entre o Terminal de Camaragibe e a estação do Derby. Das 28 estações do corredor, 13 estão com as obras ainda no piso e outras 15 praticamente prontas. “Vamos pedir prioridade à Secretaria das Cidades para as estações que serão usadas no Expresso Copa”, revelou Ricardo Leitão.

Dentro da estimativa de 54 mil pessoas a serem transportadas nos dias de jogo, sendo 44 mil torcedores e 10 mil trabalhadores, há pelo menos 7,8 mil pessoas ainda não incluidas nos modais apresentados no plano de mobilidade da Copa. “Essa diferença pode ser incluída no estacionamento da Zona Sul”, destacou Leitão.

BRT do Recife só terá 2 estações funcionando na Copa

Obras das estações provisórias do BRT em Camaragibe Foto - Teresa Maia DP D.A.Press
Obras das estações provisórias do BRT em Camaragibe Foto – Teresa Maia DP D.A.Press

O modelo de operação de transporte para a Arena Pernambuco nos jogos da Copa do Mundo já foi definido. O corredor Leste/Oeste do BRT, principal obra da matriz da Copa, não terá o desempenho que se previa inicialmente. Com capacidade estimada em 126 mil passageiros por dia, depois de pronto, só deverá transportar seis mil pessoas para a Arena em cada um dos cinco jogos.

A principal razão é que das 28 estações do corredor, sendo 16 no padrão BRT e 12 provisórias, apenas duas serão usadas. O atraso na conclusão de estações e de terminais, principalmente em Camaragibe, são as maiores causas. O Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano escolheu as estações da Avenida Guararapes e do Derby como ponto de partida para a Arena, por serem estações duplas e localizadas em áreas de grande fluxo.

Do Derby, os ônibus farão viagem expressa. Uma terceira estação, nas imediações do Parque de Exposição do Cordeiro, poderá fazer parte da operação, mas ainda está em estudo. A Secretaria das Cidades e a própria Secretaria da Copa (Secopa), estimam uma média de 54 mil pessoas nos dias de jogos, sendo 44 mil para a Arena e cerca de 10 mil para outros destinos. A secretária-executiva de gestão da Secretaria das Cidades, Ana Suassuna, tentou amenizar o atraso da obra. “O expresso do BRT é uma boa alternativa, uma vez que vai possibilitar um transporte mais rápido.”

O público restante terá que recorrer principalmente ao metrô,  que deverá transportar até 18 mil pessoas. Na distribuição dos modais, o sistema que permite aos motoristas deixar seu carro no estacionamento e seguir de ônibus para o estádio será repetido. É o caso do estacionamento do Parqtel, que já funcionou na Copa das Confederações. A previsão é que 10 mil pessoas sejam atendidas somente neste estacionamento, quatro mil a mais do que o BRT transportará.

Frustração
Entre o que se apostava no corredor e o que efetivamente será implantado até a Copa há uma longa distância. Para o presidente da Associação Nacional de Transporte Urbano (NTU), Otávio Cunha, há uma sensação de frustração, mas não só no Recife. Segundo ele, com exceção de Belo Horizonte, todas as cidades-sede que optaram pelo sistema não cumpriram o cronograma. “Havia um prazo razoável de implantação do projeto”, disse Cunha. “Se perdeu um tempo precioso com as desapropriações”, acrescentou. Segundo ele, no caso do Recife não há como avaliar o funcionamento do sistema. “Duas estações e seis mil pessoas é mesmo que nada.”

Caso tivesse ficado pronto com todos os terminais funcionando, o Leste/Oeste teria capacidade de transportar até duas vezes o público estimado para a Arena. “Mais uma vez o metrô será sobrecarregado”, lamentou César Cavalcanti, coordenador regional da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP).

Sobrecarga à vista no metrô

Estação Cosme e Damião - Foto - Teresa Maia DP/D.A.Press
Estação Cosme e Damião nos jogos da Copa das Conderações- Foto – Teresa Maia DP/D.A.Press

A estação Cosme e Damião será mais uma vez testada. Só que agora na Copa do Mundo. Sem ter sido projetada para as missões que têm recebido desde a Copa das Confederações, ela mais uma vez estará só. A estação do Terminal Integrado de Camaragibe, que iria dividir a parcela do público do metrô e do Corredor Leste/Oeste não estará operando na Copa.

As obras de expansão do terminal sequer começaram. Além disso, o ramal da Copa que deveria sair do terminal de Camaragibe até a Arena, ainda está em terraplanagem a menos de 50 dias do mundial.

Mesmo assim, ele será utilizado segundo o presidente do Grande Recife Consórcio de Transporte Metropolitano, Nélson Menezes. “Será construída uma faixa para o ônibus por sentido até a Copa”, revelou.

De acordo com o Grande Recife Consórcio, serão disponibilizados cinco ônibus a cada três minutos da estação Cosme Damião para a Arena Pernambuco. O metrô fará uma viagem a cada seis minutos.

Na Copa das Confederações houve congestionamento de metrô. As composições fizeram fila na linha, enquanto o público se espremia na plataforma à espera do transporte. “Mesmo com as mudanças, vai haver sobrecarga na estação Cosme e Damião”, previu o especialista César Cavalcanti.

A estação do TIP receberá o público vindo do interior. “Os torcedores poderão usar a linha já existente – Parque/Capibaribe -, que tem parada em frente à Arena, na rodovia BR-408”, explicou a secretária-executiva de gestão da Secretaria das Cidades, Ana Suassuna.