Para cada dólar gasto com ciclovias, as cidades economizam até R$ 62

 

Ciclovia de Boa Viagem - Foto Ricardo Fernandes DP/D.A.Press
Ciclovia de Boa Viagem – Foto Ricardo Fernandes DP/D.A.Press

Para cada dólar gasto com a construção de ciclovias segregadas, as cidades podem economizar até US$ 24 (R$ 62), graças à redução de custos com saúde, poluição e tráfego, de acordo com um estudo divulgado por pesquisadores da Nova Zelândia para a revista norte-americana científica Environmental Health Perspectives, do Instituto Nacional de Ciências de Saúde Ambiental.

“No momento em que a maioria das cidades está dominada pelos carros, é fácil justificar o dinheiro gasto com novas estradas como resposta à crescente utilização do automóvel, apesar dos impactos negativos que isso traz ao meio ambiente e à saúde das pessoas, agora e no futuro”, explica Alexandra Macmillan, principal autora do estudo, da Universidade de Auckland, em entrevista ao site Co.Exist. “Nós queríamos explorar algumas escolhas políticas que são realistas, a preços acessíveis, transformadoras e saudáveis”, acrescenta.

No artigo “Os custos sociais e os benefícios da bicicleta: simulando os efeitos de políticas específicas a partir de sistemas de modelos dinâmicos”, seis pesquisadores analisaram a cidade de Auckland, a maior da Nova Zelândia, usando métodos da agência de transporte local para calcular índices indicativos de custo-benefício em dólares neozelandeses para diferentes investimentos em ciclovias.

“Em nossos pressupostos de modelos primários, os benefícios de todas as políticas de intervenção superam os danos, entre 6 até 24 vezes”, concluem os pesquisadores no artigo. “Estima-se que essas mudanças trariam grandes benefícios para a saúde pública nas próximas décadas, em dezenas de dólares para cada dólar gasto em infraestrutura. Os maiores benefícios serão a redução da mortalidade por todas as causas”, completam.

Além disso, os autores também observaram que se a Prefeitura de Auckland construísse uma rede de ciclovias segregada e diminuísse as velocidades de tráfego, tais medidas poderiam aumentar o ciclismo em 40% até 2040. No entanto, caso optasse por adicionar pistas apenas em alguns poucos pontos estratégicos, isso só aumentaria o tráfego de bicicletas em 5%.

Embora já existam pesquisas que sustentem que andar de bicicleta nos faz mais felizes, mais saudáveis e até mesmo aumenta a lucratividade de negócios locais, este estudo é pioneiro em concluir como investimentos em infraestrutura cicloviária podem trazer retornos financeiros para as cidades em longo prazo, além do bem-estar físico, social e ambiental.

Quanto maior o número de pessoas que andam de bicicleta, maior a redução de custos de cuidados de saúde.

Embora o estudo ternha se concentrado em Auckland, os pesquisadores acreditam que os princípios gerais se aplicam a outras cidades onde os carros dominam. “Auckland é muito semelhante em design e padrões de transporte de muitas cidades norte-americanas, por isso, esperamos que nossos resultados sejam relevantes também para outros lugares”, explica MacMillan. “Acredito que a maré esteja mudando, tanto na Nova Zelândia quanto em muitos outros países que têm negligenciado a bicicleta nas duas últimas décadas”, completa Alastair Woodward, co-autor do estudo.

Fonte: Embarq Brasil

Curitiba: Estudo indicará origem e destino de ciclistas

ciclovia curitiba foto - reprodução internet

O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc) está realizando, com o apoio da Associação de Ciclistas do Alto Iguaçu (CicloIguaçu), uma contagem de tráfego de bicicletas nas regiões centrais da cidade para confirmar de que maneira os ciclistas circulam por essa área.

Além de avaliar a quantidade de ciclistas que passam por trechos da Avenida Sete de Setembro, Avenida Mariano Torres, Rua Tibagi, Rua Lamenha Lins, Avenida Brigadeiro Franco, Rua Bento Vianna e Rua Silveira Peixoto, os pesquisadores também querem saber qual é o perfil dos adeptos da bicicleta.

Para tanto, realizam um questionário que investiga a origem e o destino do ciclista, o motivo de seu deslocamento de bicicleta, a frequência com que faz o itinerário, além da idade, sexo, escolaridade, ocupação, faixa de renda e local de moradia. A tabulação da pesquisa deverá ocorrer em setembro.

“É muito importante compreender como o ciclista se movimenta na cidade e que motivos o levam a escolher determinados roteiros. Isso vai nos auxiliar na definição do Plano Cicloviário que estamos desenvolvendo para Curitiba”, afirma Antônio Miranda, especialista em ciclomobilidade e responsável no Ippuc pela elaboração do plano, que dará a Curitiba mais 300 km de ciclofaixas, ciclorrotas e ciclovias, além de permitir a requalificação da malha cicloviária já instalada, que compreende 127 quilômetros.

Para Jorge Brand, coordenador da CicloIguaçu – conhecido entre os cicloativistas como Goura -, participar dessa pesquisa em parceria com o Ippuc é um marco para o movimento pela ciclomobilidade. “Sempre desejamos uma interface positiva com o poder público, sempre buscamos ser ouvidos, e isso finalmente aconteceu. Essa atitude mostra que a preocupação com os ciclistas e com a ciclomobilidade vai muito além das pranchetas”, disse. A CicloIguaçu congrega cerca de 300 pessoas entre associados e colaboradores e possui milhares de seguidores nas redes sociais.

O presidente do Ippuc, Sérgio Póvoa Pires, explica que a pesquisa é muito valiosa por estar sendo realizada de forma colaborativa com os cicloativistas e por ajudar a desenhar cenários mais precisos dentro da malha viária. “Precisamos saber de onde vêm o ciclista, para onde ele se dirige e que motivos o levaram a escolher a bicicleta como modal de transporte. Se fornecermos a infraestrutura adequada e segura, com toda certeza estaremos contribuindo para aumentar o número de ciclistas em nossa cidade”, destaca Pires.

Além da malha cicloviária, a Prefeitura de Curitiba deverá implantar paraciclos e bicicletários que permitirão, inclusive, a possibilidade de troca de modal de transporte. “Estamos trabalhando para transformar Curitiba numa cidade multimodal e a bicicleta será um componente fundamental nesse processo, ao lado da acessibilidade por calçadas seguras e dos demais meios de transporte”, disse Pires.

Novos “ajustes” no binário Parnamirim

 

A  Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU) irá realizar, na madrugada desta terça-feira, o ajuste de sinalização no início da Estrada do Arraial, no bairro do Parnamirim. A Estrada do Arraial, entre as ruas Cônego Barata e Desembargador Goes Cavalcante, terá novamente três faixas de circulação, todas no sentido cidade/subúrbio. Para isso, haverá a retirada de um trecho de aproximadamente 350 metros da ciclofaixa. A retirada de apenas 7% dos mais de cinco quilômetros implantados em todo o circuito do binário, visa também garantir a segurança dos ciclistas, uma vez que muitos estão transitando no contra fluxo, indo de encontro aos veículos que seguem pela Av. Rosa e Silva.

 

Fonte: CTTU

Acidente na ciclovia de Boa Viagem

 

Os ciclistas precisam seguir as regras de trânsito. Quando isso não acontece, ele mesmo corre risco de acidente ou terceiros. Na ciclovia de Boa Viagem, o internauta Edson Campos, registrou um acidente envolvendo dois ciclistas. Segundo relato do internauta, ns proximidades da Rua Padre Carapuceiro, em frente ao Edifício Portugal, um militar com uma bicicleta em alta velocidade teria passado para a contramão e se chocado com outro ciclista que vinha em sentido contrário. O militar sofreu um corte no rosto e sentia forte dores na coluna sendo atendido no local por um médico caminhante da orla, dois PMPE e posteriormente levado para a emergência pelo SAMU. O outro ciclista sofre uma pequena escoriação na mão esquerda

 

 

No mês passado, o Diario de Pernambuco mostrou os riscos dos  ciclistas que desrespeitam as normas de trânsito. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, os veiculos não motorizados devem se adequar às normas de circulação dos veículos motorizados. O problema é que não houve regulamentação.  “Aqui em Pernambuco nenhum município regulamentou as normas de circulação dos veículos não motorizados. Sem o instrumento do licenciamento não há como aplicar a multa”, explicou a presidente do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran), Simíramis Queiroz.

Durante quase duas horas, o Diario acompanhou o tráfego na Avenida Boa Viagem e constatou que os ciclistas ignoram o sinal vermelho na ciclovia, sem nenhuma hesitação. “Se não tiver pedestre passando na faixa, eu não paro”, admitiu o ciclista Cleonildo da Silva, 34 anos, porteiro. Ele mora no Ibura e trabalha em Boa Viagem. A bicicleta é o seu meio de transporte. “Eu não vou dizer que cumpro todas as normas de trânsito de minha casa até o trabalho. Os carros não respeitam o ciclista e, em alguns casos, a gente tem que se defender, mesmo que seja errado”, justificou.

Pedalar na contramão, aliás, deixou de ser exceção há muito tempo. Flagrar esse tipo de irregularidade é fácil. Na Avenida Jaime da Fonte, no bairro de Santo Amaro, onde há duas vias largas nos dois sentidos, é comum encontrar ciclistas circulando pela contramão. Foi lá que encontramos a dona de casa, Sandra Maria Cabral Cavalcanti, 45 anos, transportando os dois netos em uma bicicleta pela contramão. Um neto no bagageiro e outro dentro de uma caixa no quadro da bicicleta, o que também não é permitido.  “É o único transporte que eu tenho, mas vou ter mais cuidado para não ir pela contramão”.  Apesar dos riscos, ela conta que nunca sofreu um acidente.

Monteiro e Iputinga ligados por uma ponte

Um novo complexo viário promete reduzir distâncias e tempo de percurso entre as zonas Norte e Oeste do Recife. Os bairros de Monteiro e Iputinga, separados pelo Rio Capibaribe, serão ligados por uma ponte. Para se ter uma ideia do que isso irá significar, a distância das duas pontes mais próximas, ao longo do rio, é de cerca de 11 quilômetros. São as pontes da Torre, na altura do Carrefour, e da BR-101. Para fazer a integração dos dois bairros, além do elevado haverá a requalificação das vias do entorno nas duas margens. O prefeito João da Costa assina hoje a ordem de serviço no valor de R$ 43 milhões. O prazo previsto de conclusão é de 18 meses.

No projeto, o sistema viário foi dividido em três partes. Os subsistemas trabalharão a logística de acesso à semiperimetral nos bairros próximos ao equipamento nos dois lados do Rio Capibaribe (direito e esquerdo), possibilitando a interligação de vias principais com as secundárias. “Esste projeto existia há bastante tempo e nós estamos tirando do papel. A ponte vai unir duas regiões que estavam separadas”, resaltou o prefeito. Segundo ele, além da semiperimetral, a ponte da 3ª perimetral, prevista no Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU), também teve o projeto aprovado no Pac da Mobilidade. “A terceira perimetral é importante porque vai funcionar também para o corredor do BRT (Transporte Rápido por Ônibus)”, afirmou o prefeito. A estimativa é que até o fim do ano, tenha início o processo de licitação da perimetral.

A Ponte Monteiro-Iputinga terá 280 metros de extensão e 20 de largura e vai contar com duas faixas por sentido e espaço para pedestre. A ciclovia havia ficado de fora. “Nós vamos estudar uma forma de implantar também uma ciclovia na área destinada ao pedestre”, afirmou a presidente da Empresa de Urbanização do Recife, Débora Mendes. Na requalificação das vias do entorno, que darão acesso à ponte, já estão previstas ciclovias.

Para as obras serão removidas cerca de 600 famílias que residem no entorno. O orçamento da obra inclui indenizações e a construção de conjuntos habitacionais. As obras viárias do entorno do Capibaribe serão iniciadas pela Rua jornalista Possidônio Cavalcante, na Iputinga. A via integra o subsistema viário A, formado por dois corredores marginais ligando vias como a Avenida 17 de Agosto.

Ciclovias e carros elétricos dão a Bolonha prêmio de mobilidade sustentável

Com 130 quilômetros de ciclovias, uma rede de pontos de recarga para carros eléctricos e uma ampla zona pedestre, a cidade italiana de Bolonha ganhou o prémio da Semana Europeia da Mobilidade de 2011. Bolonha deixou impressionado o júri da Semana Europeia da Mobilidade 2011 com a forma como viveu o Dia Europeu Sem Carros, alargado a um fim-de-semana. 

A cidade italiana instalou uma série de pontos de recarga para veículos elétricos e adoptou um plano de expansão da rede urbana de ciclovias para 130 quilómetros, segundo um comunicado da Comissão Europeia, divulgado terça-feira. Durante a Semana da Mobilidade foi criada no centro da cidade uma extensa zona pedestre, aberta a artistas de rua, vendedores a retalho e associações desportivas e visitada por mais de 60.000 pessoas.

Para promover a mobilidade sustentável, Bolonha promoveu passeios de bicicleta, acções de formação para ciclistas e demonstração de reparações de bicicletas, jogos, passeios e uma exposição de veículos eléctricos.

O painel independente de peritos no domínio da mobilidade decidiu ainda distinguir as cidades de Larnaca (Chipre) e Zagreb (Croácia) com menções honrosas. A primeira criou um “banco de bicicletas” para facilitar a manutenção e a reutilização destas e promoveu exposições, conferências e comprometeu-se a tornar uma das artérias do centro em zona pedestre. Zagreb lançou um projecto para melhorar a sua infra-estrutura de transportes sustentáveis.

“Com as cidades e os seus habitantes a sofrerem cada vez mais com o tráfego congestionado e a poluição, é particularmente oportuno passar dos veículos particulares para outros meios de transporte”, disse o comissário europeu responsável pelo Ambiente, Janez Potočnik. “As cidades de Bolonha, Larnaca e Zagreb encontraram formas criativas de tornar permanentemente mais sustentáveis as suas infra-estruturas de transportes. Faço votos para que inspirem outras cidades nesse sentido.”

Este ano, a Semana Europeia da Mobilidade decorrerá de 16 a 22 de Setembro e o tema será “Mobilidade na direcção certa”. Em 2011 o evento contou com a participação de 2268 cidades de todo o mundo.

Malha cicloviária nas principais capitais brasileiras

 

Os 120 quilômetros de ciclovias de Curitiba superam a soma da malha cicloviária de três grandes capitais brasileiras: Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte.  Na infraestrutura para o trânsito de bicicletas, a capital paranaense está à frente de São Paulo, que tem 47,2 km de ciclovias, Belo Horizonte com seus 30 km e Porto Alegre, com 7,8 quilômetros. Rio de Janeiro é a campeã com 240 kms e o  Recife aparece na 9ª posição com 21kms de ciclovia.

Para se chegar a um número equivalente à quilometragem de pistas para bicicletas implantadas em Curitiba é necessário somar as malhas cicloviárias de Porto Alegre, São Paulo e Belo Horizonte e incluir na conta os 36,9 quilômetros existentes em Florianópolis.

O resultado da somatória é 121,9 km de vias para bicicletas considerando o que existe nas capitais gaúcha, paulista, mineira e catarinense, número praticamente igual ao que Curitiba, sozinha, oferece aos seus habitantes. O cálculo leva em conta a malha cicloviária implantada nessas capitais, sem considerar o que está em obras.

Incluindo na conta as ciclovias em obras nessas cidades, Curitiba ainda tem a maior extensão em vias cicláveis na comparação direta entre as capitais. Em Porto Alegre, por exemplo, são 7,8 km de ciclovias implantadas e 9,4 km em implantação até 2012. Em São Paulo existem 47,2 km de ciclovias de uso restrito a bicicletas, 15 quilômetros das chamadas rotas de bicicletas e 45 km de ciclofaixas de lazer que funcionam aos domingos e feriados. Belo Horizonte tem 30 km implantados e 15 km de ciclovias em obras e Florianópolis tem 36,9 km de ciclovias.

Mais 22,5 km – Curitiba tem mais 22,5 quilômetros de infraestrutura cicloviária em implantação. A maior obra de ciclovia em construção no momento está na Avenida Fredolin Wolf, com 7,6 km, nos bairros Santa Felicidade, São João e Pilarzinho. Esta ciclovia compartilhada vai ser ligada à da Avenida Toaldo Túlio, cuja revitalização foi entregue em fevereiro, com 5,5 km de ciclovia.

Assim, neste eixo, será possível ir de bicicleta desde a BR 277, no Orleans, até o Pilarzinho, passando por Santa Felicidade.
Já a Urbs lançou edital de licitação para ocupação e exploração de seis bicicletários em diferentes pontos de Curitiba: Parque São Lourenço, Centro Cívico, Santa Quitéria, Carmo, Pinheirinho e Jardim Botânico.

Mais 400 Km – Curitiba tem a segunda maior malha cicloviária rede do País, atrás somente do Rio de Janeiro. Porto Alegre, cidade do porte de Curitiba, tem apenas 7,8 km de ciclovias. A meta de Porto Alegre é chegar a 40 km de ciclovias até a Copa de 2014. Até lá, Curitiba deve ter uma infraestrutura cicloviária de mais de 400 km.

Entre os locais que terão mais ciclovias estão a Linha Verde Norte, que está sendo ampliada do Jardim Botânico ao Atuba. Assim, a Linha Verde completa terá 20 km de ciclovias, do Contorno Sul ao Atuba.
A Avenida das Torres, que será revitalizada para a Copa, ganhará 10 km de ciclovias. O primeiro trecho da Linha Azul do Metrô Curitibano, entre a CIC/Sul e Centro da cidade, também abrirá espaço para bicicletas, já que as canaletas do expresso darão lugar a um parque linear com ciclovia num trecho de 13 km. As 13 estações de embarque e desembarque do metrô terão estacionamentos para bicicletas.

Ao largo das bacias do Barigui, Ribeirão dos Padilhas, Iguaçu, Atuba e Vila Formosa, a prefeitura vai implantar mais 14 quilômetros de ciclovias.

Capilaridade – Os 120 quilômetros da malha cicloviária já implantada em Curitiba conectam a cidade de ponta a ponta. São ligações que vão do bairro Cachoeira, no extremo Norte ao Pinheirinho, no Sul, ou do Capão da Imbuia, no Leste ao Orleans, no Oeste.
Para aumentar ainda mais as conexões cicloviárias, a Prefeitura está construindo novas vias para o trânsito de bicicletas, entre ciclovias, ciclofaixas, e calçadas compartilhadas. Gradativamente a malha cicloviária curitibana está sendo ampliada para atingir, ao longo dos anos, a meta de 400 quilômetros prevista no Plano Diretor Cicloviário.

Uma dessas novas conexões é a ciclofaixa da avenida Marechal Floriano Peixoto, que terá um total de oito quilômetros (4 km em casa sentido), desde viaduto da Linha Verde até a divisa com São José dos Pinhais. O primeiro trecho será iniciado em novembro.
Quem usar a ciclofaixa da Marechal no sentido Centro, por exemplo, poderá acessar também a ciclovia compartilhada da Rua Aluizio Finzetto, seguindo pelas ruas João Negrão, Conselheiro Laurindo, Mariano Torres para chegar à área central. Seguindo adiante, o ciclista poderá ir até a Barreirinha pelas ciclovias já existentes, passando pelo Passeio Público e o Parque São Lourenço.
A ciclofaixa será toda pintada em vermelho, terá sinalização especial e vai separar ciclistas dos motoristas. A outra etapa, da ligação até o limite da cidade com São José dos Pinhais, será feita com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) a Copa.

Mais de 30 km de ciclovias com obras da Copa e Metrô

O Ippuc está projetando ainda a implantação de 10 quilômetros de infraestrutura cicloviária na avenida Comendador Franco (avenida das Torres). As obras integram o pacote de requalificação do Corredor Aeroporto/Rodoferroviária, financiado pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) da Copa 2014.

Previsto no Plano Diretor, o projeto para esse eixo prevê a implantação de infraestrutura cicloviária nos dois lados da avenida das Torres, com sentidos opostos, totalizando 20 quilômetros no trecho até a divisa com São José dos Pinhais.

O primeiro trecho da Linha Azul do Metrô Curitibano, entre a CIC/Sul e Centro da cidade, também abrirá espaço para bicicletas. Parte das canaletas do eixo Pinheirinho/Santa Cândida serão transformadas em ciclovia, num trecho de quase 13 quilômetros.
As 13 estações de embarque e desembarque do metrô terão estacionamentos para bicicletas. Assim, quem estiver pedalando na ciclovia e quiser continuar o deslocamento usando o metrô poderá guardar a “magrela” dentro de uma estação.
O parque linear do Barigui também terá uma ciclovia com cerca de 10 quilômetros, ligando a CIC ao bairro Santo Inácio.

Malha cicloviária nas capitais

Rio de Janeiro – 240 quilômetros de ciclovias.
Curitiba – 120 quilômetros de ciclovias implantadas (22,5 km em construção em 2011); 4 km de Ciclofaixas de Lazer e 43 km projetados, que incluem as obras do eixo Aeroporto/Rodoferroviária e do Metrô Curitibano).
São Paulo – 47,2 km de ciclovias implantadas, 45 km de ciclofaixa de lazer; 15 km de rotas de bicicleta (faixa compartilhada com veículos).
Porto Alegre – 7,8 km de ciclovias implantadas e 9,4 km em construção até 2012.
Florianópolis – 36,9 km de ciclovias implantadas
Belo Horizonte – 30 km de ciclovias implantadas e 10 km em obras.
Vitória – 35 quilômetros implantados e 15 km em obras
Fortaleza – 25 quilômetros
Recife – 21 km de ciclovias
Cuiabá – 1,898 km (1,153 km pavimentados e 745 metros sem pavimentação)
Rio Branco – 60 km
Boa Vista – 21 km

* Fonte: dados fornecidos pelas prefeituras

Blog Meu Transporte

Multas de trânsito para financiar ciclovias

 

Um dos maiores inimigos dos ciclistas, o veículo motorizado, está prestes a se tornar o responsável pela popularização das bicicletas no Brasil. Isso porque está tramitando no Congresso brasileiro um PL – Projeto de Lei que prevê a destinação de parte do valor arrecadado, mensalmente, com as multas de trânsito para a realização de ações que incentivem o uso das bikes nas cidades. Que tal?

Se aprovado, o PL 6474/09, de autoria do deputado Jaime Martins, virará Lei e obrigará as prefeituras das cidades com mais de 20 mil habitantes a utilizar 15% do montante arrecadado com as multas de trânsito para iniciativas pró-bikes, como:
– a construção de ciclovias e ciclofaixas;
– a instalação de bicicletários em espaços públicos;
– a integração das bikes ao sistema de transporte coletivo e
– a realização de campanhas educativas sobre os benefícios do uso da bicicleta.

A iniciativa receberá o nome de PBB – Projeto Bicicleta Brasil e a fiscalização do cumprimento da Lei ficará por conta da Secretaria Nacional de Transporte e Mobilidade Urbana, do Ministério das Cidades. Além das multas de trânsito, o projeto também poderá receber incentivo financeiro de organizações nacionais e internacionais e pessoas físicas e jurídicas interessadas em contribuir com a causa.

O PL já foi aprovado pelas Comissões de Viação e Transportes e de Desenvolvimento Urbano e, agora, seguirá para análise das Comissões de Finanças e Tributações e Constituição, Justiça e Cidadania, para depois ser aprovado pela presidente Dilma Rousseff. E aí, você vai torcer para essa ideia virar Lei?

Por Débora Spitzcovsky


Tamarineira, sem ciclovia integrada

Foi mais de um ano entre o anúncio do concurso para elaboração do projeto do Parque da Tamarineira e a escolha do vencedor. O prefeito João da Costa anunciou o 1º colocado.

Trata-se do escritório arquitetônico recifense: LF Empreendimentos e Projetos Arquitetônicos Ltda. Os outros 22 trabalhos participantes ficarão em exposição na galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem.

A ideia era que o Parque da Tamarineira fosse interligado a um cinturão verde na Zona Norte formado também pelos parques: da Jaqueira , Santana e Caiara. Estes dois com projetos de melhoria já aprovados.

A mobilidade para permitir um melhor acesso entre os equipamentos seria com a construção de uma ciclovia interligando os diversos parques. O anúncio do vencedor se refere apenas a concepção da estrutura física da Tamarineira. Não há previsão dessa ligação via ciclovia, como se previa inicialmente.

“Estamos dando o segundo passo com o anúncio do projeto vencedor. O primeiro foi dado quando decidimos pela desapropriação da Tamarineira para a construção de um parque público. Foi uma decisão difícil e corajosa por conta do interesse que havia naquela área”, revelou o prefeito.

De fato a desapropriação ocorreu após a Santa Casa, proprietária do imóvel ter anunciado a venda da área da Tamarineira à empresa Realisis, que pretendia instalar no local um centro de compras.

Um dos arquitetos representantes do escritório vencedor, Celso Sales, explicou como procurou desenvolver a ideia que se tornou a campeã. “Tentamos criar um projeto que quebrasse o folclore que existia sobre o hospital psiquiátrico”, revelou.

Ainda segundo ele, o edifício principal vai abrigar a administração, museus e um centro de convivência. “Sugerimos também a revitalização do canal do Jacarezinho, e, na entrada, procuramos colocar um espaço com jardins formando labirintos, em alusão à história do lugar, uma vez que os labirintos sempre foram relacionados ao estudo da mente humana”, disse.