Enviar mensagens enquanto dirige já é o maior motivador de acidentes

celular2O envio de mensagens pelo celular ao volante não é uma exclusividade do brasileiro. E o perigo dessa prática também não. Segundo pesquisa do departamento de direção geral de tráfego da Espanha, 4 milhões de motoristas espanhóis reconhecem que utilizam o aplicativo Whatsapp enquanto dirigem.

O instituto também apurou que 87% dos entrevistados afirmaram ver outros motoristas enviando mensagens constantemente ou ocasionalmente. Mas o dado mais alarmante é que 51,74% dos acidentes com lesões são causados por falta de atenção na condução gerada pelo uso do celular, responsabilidade mais alta que o uso de drogas ou álcool ao volante.

O Whatsapp é um aplicativo de mensagem por texto ou áudio utilizado em telefones celulares com maior penetração no mundo. Na Espanha, em fevereiro de 2014, o App era utilizado por 25 milhões de pessoas. No Brasil, o número ultrapassa os 38 milhões de usuários, o que pode ser um indício de que os números de acidentes podem ser ainda maiores por aqui.

Na Espanha o uso de celular ao volante também é passível de multa (200 euros ou cerca de R$ 600) e acarreta acúmulo de pontos na carteira de habilitação. O departamento de trânsito espanhol está intensificando as campanhas educativas para inibir essa atitude, como a criação da “Stop Chatear”, para alertar aos motoristas sobre o problema. Além do site stopchatear.com, a campanha tem perfil em diversas redes sociais.

Fonte: Portal do Trânsito

Qualidade do sono é tema de palestra no Recife

motorista direção rotativa

Dados da Associação Brasileira do Sono (ABS) apontam que problemas decorrentes do sono são responsáveis por 30% das mortes e 20% dos acidentes no Brasil. Um dos maiores especialistas em sono do país, Dr. Sérgio Barros, virá ao Recife no próximo dia 8 de agosto para falar do assunto. A palestra gratuita ?Sono e Qualidade de Vida? é uma realização do projeto DurmaBem da Interne Soluções em Saúde e acontece nas instalações da entidade a partir das 10h.

O evento é voltado para médicos, empresas do segmento de transportes e formadores de opinião. O objetivo do evento é reunir as referências locais para trocar experiências e a capacidade do local é para 70 convidados. As inscrições e outras informações poderão ser obtidas através do fone (81)2123-0440 Ramal- 6490 e do site www.interne.com.br.

Pós-graduado em Pneumologia e Medicina do Sono, no Hospital Saint Antoine, em Paris e membro da Sociedade Brasileira de Sono, o médico partilha sua experiência com o trabalho desenvolvido com motoristas rodoviários no Grupo Águia Branca, de Belo Horizonte. O projeto é considerado o maior do gênero no mundo. No ano 2000 cada motorista recebeu diagnóstico e tratamento baseado em exames como a polissonografia e avaliação das condições do local de trabalho e de casa.

Além de orientar os motoristas, os familiares também foram esclarecidos sobre as condições ideais de alimentação e descanso. A iniciativa reduziu a zero o numero de acidentes causados por sonolência em cinco anos. ?A higiene do sono é tão importante quanto a corporal. É imprescindível manter hábitos saudáveis para ter um padrão de sono adequado.? afirma o especialista.

Interne – A Interne Soluções em Saúde presta serviços médicos de alta qualidade de maneira humanizada utilizando tecnologia, logística e a otimização de processos para levar o cuidado com a saúde no lugar onde o paciente em casa. Além de programas de reabilitação, tratamento e prevenção de doenças. Contabilizando mais de 5 mil pessoas tratadas por sua equipe, a empresa foca em ações ligadas à qualificação e expansão do conhecimento através de cursos e palestras para o público interno e externo.

“Trabalhamos com uma equipe consciente, que sabe que nosso maior patrimônio é a qualidade dos serviços que alcançamos, com presteza e exatidão. O que nos credencia aqui e fora do Estado.?, ressalta Paula Meira, desde o início integrante da equipe fundadora da empresa e que hoje comanda mais de 700 funcionários. O evento também é o ponto de partida das atividades da Uninterne, Universidade Corporativa vinculada à empresa.

SERVIÇO:
Palestra: Sono e Qualidade de Vida
Dia 08 de agosto, às 10h
Interne Soluções em Saúde – Rua Marquês Amorim, 444, Ilha do Leite
Inscrições gratuitas: (81)2123-0440 Ramal- 6490. www.interne.com.br.

Exames de direção diferem nos estados, inclusive o tempo de olhar o retrovisor

Retrovisor de carro - Foto - Blensa Souto Maior

Por

Márcia Pontes

Alguns estados brasileiros, na tentativa de serem mais rigorosos nos exames de direção, já tentaram de tudo: iniciar a prova pela baliza, diga-se de passagem, o terror de todo candidato a habilitação, provas nas ruas, segurar o carro na rampa de frente e de ré, fazer garagem, dentre outros comandos básicos de condução.

Para muitos, isso não é novidade, tampouco significa tanto rigor assim porque é o que diz a Resolução nº 168/2004, de abrangência federal, e, portanto, deveria ser regra de toda avaliação ao final do processo de habilitação. Deveria! Porque não é bem assim.

Por incrível que pareça, em alguns estados os exames de direção ainda se limitam às manobras do pátio compostas de duas fases: slalom e baliza. Fez o percurso curtinho sem bater nas balizas ou cones de slalom e depois colocou o carro na vaga, pronto! Está habilitado.

A falta de padronização nos exames é tão grande que no Grupo Aprendendo a Dirigir, no Facebook, – um espaço de construção de práticas seguras e defensivas no trânsito, mas também um rico laboratório de informações e de aprendizagens significativas para o processo de habilitação, – cada vez que algum candidato expõe o motivo da reprovação no exame, causa espanto.

Não pela reprovação em si ou pelas dificuldades de cada um, mas pelo modo como os exames de direção são feitos. O que mais se lê são comentários do tipo: “Nossa, como aí no seu estado é fácil o exame!”, ou mesmo: “aqui a prova nem é feita na rua, só no pátio.”

Curiosos mesmo são os comentários que informam que nas provas práticas em alguns estados, os candidatos são punidos caso olhem por muito tempo para o espelho retrovisor. E não são comentários só de alunos, de candidatos à habilitação, mas também de instrutores que já me alertaram quando posto alguma dica significativa para a prova de direção que envolva a devida atenção aos espelhos retrovisores.

Ora, condutores, todo mundo sabe ou deveria saber que os espelhos retrovisores são os olhos do motorista para tudo que acontece atrás e nas laterais de seu carro e não olhá-los é o mesmo que dirigir com venda nos olhos? Como formar futuros motoristas para um trânsito cada vez mais exigente de cuidados desse jeito?

Será que quem inventou essa proibição absurda faz baliza sem olhar os retrovisores? Sem checar a aproximação com os obstáculos, com o meio fio, com os outros carros, pessoas e ciclistas?

Peraí, mas não é para formar condutores defensivos? Não é para ensinar nas aulas a dirigir como se vai dirigir nas ruas? Então, como dirigir no trânsito de verdade sem saber usar os retrovisores? É para prevalecer o adestramento, esse câncer que corrói o processo de habilitação inteiro?

Pois saibam que para dirigir no dia a dia não existem macetes, não existe contar voltinha em volante, muito menos marcações nos vidros e nas portas do carro. Existe sim, a exigência de que o motorista recém-habilitado tenha o mínimo de autonomia e segurança para dirigir.

A estimativa é de que 30% dos acidentes por imperícia em manobras de ré são porque os motoristas iniciantes não olham os retrovisores! Muitos dos acidentes por imperícia nas transposições de faixa são porque os alunos temem de morte olhar nos retrovisores.

Vocês fazem ideia de quantos retrovisores são arrancados ou quantas portas e outras partes laterais do carro são amassadas por dia porque motoristas novatos não aprenderam a olhar os retrovisores nas manobras, estacionamento e entrada de vagas, garagens e portões?

Então, faz sentido punir o candidato que olha atentamente no retrovisor para fazer uma manobra de baliza no teste prático se todo motorista que se preze faz isso atentamente no dia a dia?

Ou será que a direção defensiva se encerrou lá atrás, com as aulas teóricas e não precisa ser aplicada na prática? Então, de que adianta cobrar tanto dos instrutores e do CFC se até no dia da prova prevalece o adestramento com carimbo vindo de cima?

Sabemos que a 168 é tão federal quanto a 358, que dá autonomia aos Detrans para fazer as mudanças pedagógicas necessárias que melhorem o processo de habilitação e a formação de condutores. Mas, não seria um desserviço à boa aprendizagem da direção e à formação de condutores defensivos uma proibição absurda dessas de olhar nos retrovisores o tempo que for necessário para fazer uma manobra segura?

Sinceramente? No que essas diferenças nos exames de direção no país estão implicando para as reprovações e para os acidentes por imperícia?

Fonte: Portal do Trânsito

Dirigir sem habilitação não é brincadeira, é crime!

Por
Mariana Czerwonka

jovem dirigindo sem habilitação, sem passar por uma autoescola, é uma situação, infelizmente, muito comum em nosso país. As desculpas são muitas, a cultura do nosso povo, adquirir prática antes de pegar o carro, enfim, nada disso mais faz sentido com tanta informação como temos nos dias de hoje.

A autoescola, não só a parte prática, mas todo o processo, não está aí à toa. Ela tem a sua importância, pois muitas vezes é a única oportunidade que muitos de nós temos de ter contato com educação para o trânsito. Talvez nunca mais a pessoa passe por esta experiência. De acordo com entrevista do especialista Celso Alves Mariano para o Portal, “quem faz um bom curso de primeira habilitação adquire uma visão crítica do mundo do trânsito e tende a participar dele não apenas como condutor, mas como cidadão, contaminando as outras pessoas com os conceitos de respeito e bom senso na utilização deste bem público”.

Estas pessoas que estão aí, testando seus carros e suas habilidades pelas ruas, sem passar pelo treinamento legal, não tem noção da dimensão e dos riscos que correm por praticar este ato criminoso. Sim, este é um ato criminoso.

Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, dirigir sem habilitação é crime e atenção pais, entregar o veículo a pessoa não habilitada também é e pode levar à prisão.

Para mim, certamente não é só isso que importa. A multa, a prisão, são os menores problemas que podem ocorrer com este cidadão infrator. O meu grande temor são as vidas que se colocam em risco, não só a do próprio condutor, mas a de tantos outros que participam do trânsito.

Quantos acidentes lemos nos noticiários, causados por jovens sem habilitação? Isto tem uma explicação. Segundo a psicóloga Nereide Tolentino, “o jovem que dirige – mesmo o que tem habilitação- pelas próprias características inerentes a idade, potencializa o perigo, por exemplo, da velocidade, que para eles é o símbolo da liberdade. Em relação aos acidentes, também é inerente a idade o pensamento de que isso não vai acontecer comigo, por isso o jovem tende a minimizar os riscos que corre”.

Ainda segundo a psicóloga “a carteira de habilitação tem este nome- de habilitação- e não de registro, ou qualquer outro, porque atesta que o indivíduo desenvolveu habilidades para operar uma máquina e que não é fácil desenvolvê-las. Não é a máquina que é difícil, dirigir no trânsito cujas interferências são muito grandes, exige uma maturidade neurológica de percepção, de reação e de emergência que é o que falta no condutor inexperiente”.

Quanto à conivência dos pais com tal atitude, Nereide é enfática. “O pai que é parceiro do filho que pega o carro sem habilitação está sendo coadjuvante num acidente, e até numa morte. Às vezes o menor nem é pego pela fiscalização, mas o pai o expôs a um risco, e infelizmente, este é um caminho que pode não ter volta”.

Não me iludo que as pessoas que cometem tal infração mudem seu comportamento ao ler este texto, mas a minha consciência não permite assistir a tudo isso e ficar calada.

Fonte: Portal do Trânsito

Batom e direção não combinam

 

Para enfrentar bem o trânsito das cidades é preciso muita concentração. Uma distração, por menor que seja, pode causar uma batida e dores de cabeça.
Estatísticas apontam que as mulheres são mais cuidadosas, causam menos acidentes graves e, dependendo da faixa etária, costumam ser beneficiadas pelas seguradoras.

Mas como a mulher é multitarefa, dificilmente fica paradinha e atenta dentro do carro em um congestionamento. E se está indo para o trabalho ou a uma festa, qualquer sinal vermelho é oportunidade para passar um batom e lápis e dar uma olhadinha no espelho para organizar o penteado. Só que esses segundos de falta de atenção ao trânsito podem ser perigosos.

Conforme explica Jaime Soares, gerente de Auto da Porto Seguro, aproveitar a parada do trânsito para fazer a maquiagem amplia a chance de a mulher ser abordada por uma pessoa má intencionada. “Ao distrair-se o condutor dá condições para que um estranho se aproxime do seu automóvel sem que ele perceba, colocando em risco sua segurança pessoal, seus pertences (como bolsas, notebook, etc.) e até mesmo o roubo do veículo”, alerta.

Sendo assim, evite baixar a guarda e não deixe pequenos objetos à vista sobre os bancos. E Jaime lembra que esse tipo de distração pode provocar pequenas batidas. A mulher pode ter a falsa impressão de que o trânsito voltou a fluir normalmente quando, na verdade, ainda está lento. “As famosas pequenas batidas na traseira do veículo à frente sempre geram aborrecimento.”

Só no celular!

Outro problema é o celular. Tudo bem que a gente vê muitos homens por aí tagarelando ao celular enquanto dirige, mas também tem muita mulher indo pelo mesmo caminho. “O ato de dirigir, por si só, já nos ocupa toda a atenção. E numa fração de segundos podemos estar diante de situações inesperadas, mesmo em ruas de pouco movimento”, alerta Antonio Cesar Costa, consultor da Oficina Brasil.

Ele exemplifica: “Pode haver uma criança que se desvencilha da mãe e atravessa em nosso caminho, uma pessoa de mais idade que muitas vezes atravessa sem a devida atenção, um motociclista que faz uma manobra mais arriscada etc. O certo é estacionar o carro, atender ao telefone e só depois seguir caminho.”

A condutora também precisa escolher bem o que vestir antes de entrar no carro. Saltos que podem ficar presos entre os pedais e pulseiras que enroscam no câmbio podem provocar acidentes graves. “Use roupas confortáveis, que possibilitem os devidos movimentos. Casacos pesados, por exemplo, dificultam a trocar a marcha do veículo ou o manuseio do volante”, explica Jaime, da Porto Seguro.

Os calçados precisam ficar presos aos nossos pés e não ter a sola lisa. Dessa forma, Jaime não aconselha o uso de salto alto, pois o salto pode quebrar e travar os pedais de freio, embreagem ou acelerador. “Uso de chinelos, rasteirinhas e tamancos também não é recomendado. Podem escorregar dos pés, comprometer a condução do automóvel e, em casos mais extremos, causar acidentes.”

Remédios e direção

Mulher também sempre tem um remedinho para curar tudo, mas é importante lembrar que a combinação medicamento e direção não é nada legal. Segundo Mika Yamaguchi, farmacêutica e Consultora Técnica da Biotec Dermocosméticos, a mulher deve evitar os medicamentos que afetam principalmente o sistema nervoso central.

“Eles diminuem o nosso reflexo motor e causam sonolência, tontura entre outros sintomas, diminuindo muito as nossas respostas frente aos obstáculos”, explica. “Esse tipo de medicamento sempre deve ser tomado com orientação médica. E leia a bula, pois ela dará uma noção de quanto tempo o medicamento terá efeito”, completa. Se você estiver ingerindo outro tipo de substância, avise o especialista, pois pode ocorrer interação medicamentosa e outros efeitos colaterais.

Fonte: Vila Mulher (Via Portal do Trânsito)

Medo de dirigir tem tratamento

 

 

Tirar a carteira de habilitação, ou seja, ser aprovado no exame prático e teórico, até que não é problema. Os movimentos adequados foram adquiridos, a coordenação motora necessária foi assimilada, as leis de trânsito estão na ponta da língua e o funcionamento básico do carro já é conhecido. Na hora de encarar o trânsito caótico das grandes cidades, porém, é como se todas as lições tivessem sido em vão. As mãos e o corpo inteiro começam a tremer, um suor frio escorre pela face, a pressão cai e há quem sinta até dor de barriga. Isso tem nome: fobia de dirigir. Ou simplesmente, medo. Não se trata de um mal-estar passageiro, mas de um problema que deve ser tratado e que é bastante comum entre os motoristas.

Causas do medo

Há várias causas que podem produzir a fobia ao volante. As principais, segundo Cecília Belina, são:

1. A complexidade do trânsito das grandes cidades, que não permite erros do motorista.

2. Envolvimento em acidente grave, com vítimas fatais de pessoas próximas, como pai ou mãe, também pode gerar o medo de dirigir.

3. Propensão a esse tipo de sintoma — aqueles que têm “personalidade fóbica”.

“O medo é uma emoção boa, porque nos protege do perigo e promove cuidados. Mas pode se tornar uma doença quando é exagerado, prejudicando muito a vida das pessoas”, diz a psicóloga Cecília Bellina. Pioneira, ela começou a trabalhar com vítimas dessa síndrome há 20 anos e hoje possui 12 clínicas espalhadas nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santos e Minas Gerais. Nelas, uma equipe de psicólogos e instrutores treinados aplicam um tratamento aos “fóbicos do volante” (como também são chamados), que inclui aulas práticas e terapias em grupo.

 

Mulheres são a maioria

Mais de 90% dos motoristas que frequentam as clínicas para tratar de fobia de volante são mulheres. Segundo Cláudia Ballestero, psicóloga da clínica de Cecília Bellina, o motivo é que “elas têm natureza emocional mais frágil e suscetível ao medo”. Mas não é só: os homens resistem à ideia de um tratamento porque simplesmente não assumem o medo. “É uma questão cultural. Os homens são criados para dirigir e não acreditam tanto nos tratamentos propostos pela Psicologia”, diz Cláudia. Por outro lado, garante ela, os homens que se submetem ao tratamento, conseguem obter sucesso muito mais rapidamente do que as mulheres.

A média de tempo do tratamento é de seis a oito meses, com 12 horas semanais, e o resultado é surpreendente. “Praticamente todos os clientes terminam o tratamento em condições de dirigir em qualquer situação, sem sintomas de medo”, garante Cecília. As exceções são aqueles que desistem do tratamento no meio do caminho, “por não se sentirem capazes de enfrentar seus medos”, diz Cecília, ou por motivos econômicos. O preço é de R$ 480 mensais.

O investimento vale a pena. Quem garante é a advogada Roberta Christ, que desde 1996 tem carteira de habilitação, mas não conseguia dirigir. “Fazia só trajetos curtos”, diz. E logo sentia tremores nas pernas, suava e tinha dores de barriga. “Mesmo nesses trajetos, eu precisava traçar todo o roteiro que ia fazer. Inclusive, prever semáforos e cruzamentos”. Além disso, Roberta era perseguida pelo que chama de “fantasmas”. “Na minha imaginação, eu causava acidentes, atropelava pessoas, atrapalhava o trânsito. Sentia que não era capaz de controlar o carro. Ele é que me dominava”, conta. Em 2008, Roberta sofreu um pequeno acidente de trânsito e, a partir daí, assumiu definitivamente sua incapacidade de dirigir. Mas essa limitação acarretava problemas profissionais e familiares.

Autoescolas não ajudam

O sistema de habilitação de motoristas não ajuda em nada aqueles com mais dificuldades para dirigir. A começar pelas autoescolas. “Elas se limitam a preparar o aluno para o exame, não a dirigir”, diz Cecília Bellina. E, focados nas exigências da prova, muitas vezes sufocam as pessoas que apresentam tendência a desenvolver fobias. “Principalmente aquelas que são mais tímidas e exigentes consigo mesmas”.

Decidiu buscar ajuda. Depois de oito meses de tratamento, com aulas de direção e terapia em grupo, os sintomas desapareceram. “Resolvi um problema grave”, diz. “Passei a ter liberdade e autonomia para visitar meu clientes”, testemunha. Apesar de o acidente ter desencadeado a fobia de Roberta, a psicóloga Cecília não acredita que esse motivo tenha sido o causador do problema. Muitas podem ser as razões e Cecília prefere analisar caso a caso para estabelecer um diagnóstico. De toda forma, há coincidências nas histórias das pessoas que sofrem do sintoma, em geral mulheres.

E há uma explicação lógica para isso. A designer de interiores Nívea da Costa Salles, que terminou seu tratamento em dezembro passado, também sofreu um acidente (“uma leve batidinha”), mas revela que o episódio não provocou o surgimento da fobia de dirigir, que a acompanhou desde que tirou a carteira, em 2005. “Eu não sabia lidar com situações diferentes. Só conseguia repetir os mesmos gestos”, explica Nívea. Outro problema sério que ela enfrentava era a dificuldade de “interpretar o que via no retrovisor”. Ou seja, não sabia calcular a distância e nem mesmo entender por qual lado o veículo de trás passaria. Os sentimentos de insegurança e ansiedade eram insuportáveis. Quando deu a tal batidinha, em 2008, “o mundo acabou”. “Percebi que não estava apta para dirigir”. Ela já havia feito outros cursos em autoescola sem qualquer resultado. A questão, diz ela, não era somente técnica.

Como funcionam as aulas

O tratamento para combater a fobia de volante consiste em duas atividades principais:

1. As práticas, conduzidas por um instrutor com treinamento específico para esse tipo de caso.

2. Terapias em grupo, em que o motorista conta sua história de vida e, principalmente, os episódios relacionados ao carro. “Nessas sessões, os pacientes mostram suas emoções. Choram, brigam, falam. E o processo de cura se inicia”, diz Cecília Bellina.

Foi atrás de tratamento especializado. Em oito meses, começou a dirigir com desenvoltura, sem resquício dos sintomas que antes a atormentavam. “Talvez seja um pouco mais cautelosa do que as pessoas são em geral. Mas não tenho mais aquela ansiedade de antigamente”, garante.

“Essa é uma das fobias que mais atrapalham a vida”, diz Cecília. Outras, como fobia de avião, de cachorro e de elevador, para citar as mais comuns, também podem ser desconfortáveis. Mas a de dirigir mexe profundamente com a autoestima do motorista. Por isso, deve ser enfrentada e tratada, se possível, com profissionais especializados.

Quem busca tratamentos alternativos pode encontrar métodos pouco recomendáveis, que vão da hipnose a meditação e rezas. Cecília garante: “Ninguém perde o medo sem o contato direto com o objeto que produz esse medo”. Cedo ou tarde, o jeito é encarar o volante.

Fonte: Carro Online (Via Portal do Trânsito)

 

Grávidas podem dirigir, mas com segurança

 

Há muitos mitos que rondam a gravidez. Um deles é de que não é possíve dirigir durante a gravidez. “A princípio a gestante pode dirigir, mas como tudo na vida é uma questão de bom senso, a gestante deve ponderar se está se sentindo bem para essa função”, explica o obstetra, Dr. Mauro Sancozki.

Algumas mudanças físicas na mulher podem contribuir com o aparecimento de sintomas que tornam o ato de dirigir mais difícil. Nos primeiros meses a mulher tende a sentir muitas náuseas, enjoos e tonturas. “Se estiver com algum destes sintomas o melhor é evitar, pois geralmente o trânsito é muito estressante e contribui para a piora desse estado”, diz o obstetra.

Já no final da gestação, conforme aumenta o volume abdominal a gestante deve tomar alguns cuidados. “A mulher grávida deve estar numa posição confortável e segura para dirigir, com o banco um pouco afastado, mas de forma com que ela alcance os pedais. A barriga não pode ficar muito próxima ao volante, os riscos aumentam e são potencializados se o carro possuir airbag”. Para ele, nesses casos o melhor é não dirigir e nem ocupar o banco da frente do veículo

O cinto de três pontos deve passar pelos ombros, entre os seios e abaixo da barriga.O cinto de três pontos deve passar pelos ombros, entre os seios e abaixo da barriga.

Outro assunto tabu é o uso do cinto de segurança. De acordo com pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina, muitas mulheres ignoram a forma correta, o posicionamento e as exigências legais da utilização do cinto de segurança. Além disso, muitas delas não usam alegando desconforto e medo de prejudicar o feto, porém o cinto de segurança é fundamental e obrigatório para todo mundo, inclusive às gestantes. “O cuidado que a grávida deve ter é usar o cinto de três pontos passando pelos ombros, entre os seios e abaixo da barriga”, afirma Elaine Sizilo, especialista em trânsito e consultora do Portal.

Em motocicletas
Na motocicleta o assunto muda. Para o obstetra, a gestante nunca deve transitar neste tipo de veículo. “Qualquer queda com a moto pode expor o feto a riscos e, além disso, na motocicleta os corpos do passageiro e do condutor devem acompanhar os movimentos do veículo, o que não é uma tarefa simples para uma mulher grávida”, aconselha Dr. Sancozski.

 

Fonte: Portal do Trânsito

Saiba como evitar acidentes e não dormir ao volante

No próximo dia 13 de maio (domingo) é comemorado o Dia do Automóvel. Com cerca de 40 milhões de carros nas ruas, o Brasil está entre os cinco países que mais vendem automóveis no mundo. Ao mesmo tempo em que o mercado quatro rodas cresce, os índices de acidentes preocupam as autoridades. Segundo dados da Associação Brasileira do Sono (ABS), 30% das mortes ocasionadas em rodovias brasileiras são causadas pelo sono, sendo este o responsável por 20% do total de acidentes envolvendo veículos no país.

A desatenção ao volante é uma das principais consequências de uma noite mal dormida. Para Renata Federighi, consultora do sono da Duoflex, é fundamental que o indivíduo esteja com o sono em dia antes de pegar a estrada. “Uma boa noite de sono é de extrema importância para qualquer pessoa, principalmente para quem irá viajar ou dirigir por um longo período. A privação do sono provoca diversas consequências, como redução da capacidade de raciocínio, perda dos reflexos, além da sensação de fadiga, que pode resultar em pequenos cochilos”, afirma a consultora.

Para Renata, o sono de qualidade implica em medidas simples, que podem evitar os imprevistos nas estradas. “É importante que as pessoas tenham em média um período de 7 a 8 horas de sono por dia, para que os prejuízos da privação do sono não surjam em longo prazo. O sono também deve ser renovador, para isso a postura correta é fundamental durante toda a noite”, completa Renata.  A consultora reforça que consumir café, energéticos ou mesmo molhar o rosto durante o trajeto são métodos pouco eficazes no combate ao sono. “Essas não são medidas 100% eficazes. Quando o condutor sentir que o sono chegou, a melhor opção é parar o carro e tirar algumas horas de sono”, finaliza.

 

Fonte: Dezoito Comunicação

O risco de mandar mensagens de texto ao dirigir

Por Mariana Czerwonka

Com a crescente popularidade dos smartphones, as mensagens de texto estão se tornando o método preferido de comunicação para muitos brasileiros. Na verdade, um jovem que tenha entre 18 e 24 anos recebe e envia em média mais de 40 mensagens por dia, de acordo com um recente estudo do Pew Research Center, um centro de pesquisas norte- americano. E muitos desses textos são enviados ou recebidos, por quem está atrás do volante. “O jovem dirige de forma mais arrojada, no sentido de aceitar mais os riscos na direção”, diz Dr. David Duarte Lima, professor da Universidade de Brasília (UnB) David Duarte Lima, doutor em Segurança de Trânsito.

Este tipo de distração fere um dos princípios da direção defensiva que é a atenção, pois o condutor perde o foco do que está fazendo e não enxerga os perigos à sua volta. “O estado precisa investir mais em educação para que as pessoas sejam mais atenciosas no trânsito”, afirma o professor.

Estudos comprovam que falar ao celular enquanto dirige aumenta em 400% o risco de acidentes, mas nem todos que falam ao celular se acidentam. “A pessoa fala uma vez e não se acidente, fala duas vezes e não se acidenta, inconscientemente ela vai pensar que pode falar e dirigir. Isto é um grande problema, uma falsa resposta”, explica Dr. David.

Para o professor, o cidadão precisa ser conscientizado. “Aquele que fala ao celular enquanto dirige não é um bandido, é uma pessoa comum, um pai de família ou um trabalhador que precisa ser sensibilizado para ter atitudes corretas na direção de um veículo”, diz.

Segundo estatísticas, no Brasil, de cada dez mil pessoas que usam o celular enquanto dirigem apenas uma é flagrada.

Fonte: Portal do Trânsito

Jovens têm mais chance de sofrer acidentes por distração

 

Pesquisa americana revela que os jovens são os passageiros com menor probabilidade de alertar o motorista se ele enviar mensagens de texto ou falar em um telefone celular. “Encontrar motoristas distraídos é muito mais comum do que imaginamos e novas descobertas mostram que os condutores mais jovens estão particularmente em risco”, diz Elaine Sizilo, especialista em trânsito.

Pesquisa divulgada pelo NHTSA, órgão de segurança americano, aponta que os motoristas mais jovens entre 18 e 20 anos tem quase três vezes mais probabilidade de se envolver num acidente deste tipo do que os condutores com mais de 25 anos, pelo simples fato de assumirem que não largam o telefone celular enquanto dirigem.

A pesquisa foi feita para avaliar as atitudes dos condutores e o comportamento deles em relação ao celular. Quando perguntados, como passageiros, como eles se sentiriam sobre diferentes situações, quase todos os entrevistados (cerca de 90% do total) assumiram que consideram inseguro andar com um motorista que envia ou lê mensagens de texto enquanto dirige. No entanto, a pesquisa também descobriu que os passageiros mais jovens são menos propensos a alertar sobre este perigo que os mais velhos. “Isto mostra que apesar de conhecer o risco, o jovem tem essa barreira de alertar o amigo, até por vergonha de ser ‘rejeitado’ pelo resto da turma”, analisa Sizilo.

Fonte: Portal do Trânsito