Deputados questionam estudos que definem velocidades de vias com radares

O deputado Augusto Coutinho (DEM-PE) esclareceu que o objetivo da audiência não foi questionar a necessidade dos controladores de velocidade. Ele acredita, no entanto, que a sua implantação não é tão simples como os convidados disseram. “Se há estudos para definir os locais onde são instalados os pardais e a velocidade das vias, isso não está claro. Hoje, o motorista fica confuso com a variação de velocidade numa mesma via”, questionou.

Para o deputado, é pouco provável que os municípios tenham esses estudos. Ele afirmou que buscará cópias dos estudos realizados em Pernambuco e no Distrito Federal para ter exemplos concretos disso.

Coutinho questionou para onde vai o dinheiro das multas e lembrou que essa verba deveria ser destinada à educação no trânsito. “Isso é uma grande fraude. Que município faz isso?”, questionou.

O coordenador-geral de Operações Rodoviárias do Dnit, Romeu Scheibe Neto afirmou que o pagamento às empresas que operam os controladores de velocidade é por faixa monitorada e não com base em um percentual de multas. “O que nós mais queremos é que não haja nenhum registro de excesso de velocidade”, afirmou.

O deputado Mendonça Prado (DEM-SE) avalia que falta educação no trânsito. Ele reconhece que os equipamentos de controle de velocidade produzem resultados, mas alerta para a falta de sinalização de velocidade ou sinalização confusa para o motorista. “Isso demonstra que o Estado quer apenas abocanhar o dinheiro do motorista”, afirmou.

Prado defendeu uma fiscalização como a que está sendo feita em São Paulo que leva em conta a média de velocidade ao longo da via, para evitar que o motorista reduza próximo ao pardal.

Fonte: Agência Câmara

Duas décadas da lombada eletrônica

 

Muitos não sabem, mas a lombada eletrônica nasceu em Curitiba e na segunda (20 de agosto) completou 20 anos. A invenção se deu por conta de um acidente de trânsito, provocado por uma lombada física, no início dos anos 1990. Os fundadores da empresa começaram a pensar em uma forma mais eficiente e menos abrupta de se reduzir a velocidade. Assim, chegaram ao primeiro modelo do dispositivo.

Em uma parceria com o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (IPPUC), em 1992, foi possível instalar as primeiras lombadas eletrônicas na capital paranaense. A primeira delas foi implantada na Rua Francisco Derosso, 905, no bairro Xaxim. Ela continua no mesmo lugar, onde ainda funciona uma escola primária, que conta com esse mecanismo para reduzir a velocidade dos carros que trafegavam na via.

De lá para cá, a tecnologia, aprimoramento do equipamento e legislação geraram muitas histórias, bem como aprovação da comunidade. “Acompanhamos diversas manifestações de comunidades solicitando a instalação da lombada eletrônica em alguns locais, faixas agradecendo a implantação, cidadãos vigiando para que os equipamentos não fossem depredados e etc.”, conta Luiz Gustavo de Oliveira Campos, Diretor Comercial e de Marketing da Perkons, a empresa inventora da Lombada Eletrônica.

As lombadas eletrônicas são conhecidas pela eficácia na redução de mortes em acidentes de trânsito. Por ser mais ostensiva que outros dispositivos, apresenta índices de respeito a velocidade superiores a 99,9%. Segundo estudo do Ibmec-Rio (Estudo do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais), realizado nas rodovias federais, esses equipamentos evitam cerca de três mortes e 34 acidentes por ano. O estudo, coordenado pela economista Daniela Ornelas, considerou os números de acidentes de 1996 (quando ainda não havia lombadas eletrônicas no Brasil) a 2005. As primeiras lombadas foram instaladas nas rodovias federais em 1999.

Mais informações sobre a fiscalização eletrônica no trânsito
– Levantamentos feitos pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em 2001, apontam que nos locais onde há equipamentos de controle de tráfego, o número de acidentes diminui em torno de 30% e o de mortes, 60%. Em alguns locais críticos em acidentes, o número de mortos chega a zero após a instalação de equipamentos de controle de velocidade.

– Pesquisa de opinião pública, encomendada pela antiga ABRAMCET – Associação Brasileira de Monitoramento e Controle Eletrônico de Trânsito e atual ABEETRANS – Associação Brasileira das Empresas de Engenharia de Trânsito, realizada em oito capitais brasileiras, aponta que 84% dos entrevistados aprovam o sistema de monitoramento eletrônico de trânsito implantado no país. Além deste dado, a pesquisa ainda apurou que 46% dos entrevistados pensam que, após a instalação dos radares eletrônicos, o número de acidentes reduziu; 30 % acreditam que a situação se manteve, 13% acreditam que o número de acidentes aumentou e 11% não opinaram ou não sabem. A margem de erro estimada é de 2,7 pontos percentuais para mais ou para menos.

– Estudo do Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais (Ibmec-Rio), realizado nas rodovias federais, comprova que a instalação de redutores eletrônicos de velocidade contribui para a redução do número de acidentes e mortes. De acordo com o estudo, só em 2004, a instalação de lombadas eletrônicas evitou 1.061 mortes e 12.370 acidentes nas rodovias federais brasileiras.

Com informações da Assessoria de Imprensa (via Portal do Trânsito)

DER desliga lombadas eletrônicas no feriadão da Semana Santa

A Secretaria de Transportes repete a estratégia de fazer o desligamento das lombadas eletrônicas nos grandes eventos, a exemplo da Semana Santa e do São João, para permitir mais fluidez no tráfego. Serão desligados os equipamentos nas rodovias .em direção ao interior e às praias dos litorais Norte e Sul.Entre as quais: PE-60, PE-35, PE-27 e na BR-232
Na BR-232, com exceção dos equipamentos localizados na Serra das Russas, serão desligadas as lombadas eletrônicas situadas no trecho entre Recife e Bezerros, das 22h da quarta-feira, 4 de abril, até às 5h da segunda-feira, 9 de abril. Nas PEs 60, 35 e 27, o desligamento dos equipamentos começa às 6h da quinta-feira, 5 de abril, e termina às 6h da segunda-feira 9 de abril.