Mais mulheres motocilistas no Brasil

 

Esqueça a imagem do homem de óculos escuros metido em sua jaqueta de couro carregando a namorada na garupa da moto. Acostume-se, a partir de agora, com outra imagem: com as mulheres assumindo o guidão das motocicletas. Dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) mostram que, em 2008, 2.534.237 de mulheres possuíam a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para motos. Em 2011, esse número aumentou para 3.655.428, um crescimento de 44% em apenas três anos.

Mas elas não têm dominado apenas os guidões. As mulheres têm comprado mais novas motocicletas. Os números da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo) indicam esse crescimento: desde 2009, as mulheres correspondem a 25% do total de motocicletas vendidas. O número é bem maior do que o registrado em 2001 quando elas representavam apenas 17% dos compradores destes veículos.

Ainda que o número de habilitação para mulheres cresça e elas comprem cada vez mais motos, o uso como forma de trabalho ainda é tímido. No Sindicato dos Mensageiros Motociclistas do Estado de São Paulo (SindimotoSP), que conta com pouco mais de 10 mil associados, as “motogirls” não chegam nem a 1% desse total.

Ainda que a área de “motofretista” (nome dado à categoria de motoboy e mototaxista após aprovação da lei federal em 2009) seja uma das que mais empregam no País, questões como vaidade, segurança e o cansaço físico costumam afastar as mulheres dos guidões como forma de sustento. Um motoboy chega a ficar, em média, 10 horas em cima de um banco em viagens.

Seja homens ou mulheres no guidão de suas motos, os cuidados com a segurança devem ser os mesmos. O Brasil é o segundo país no ranking de vítimas fatais em acidentes de motos. Os dados são da pesquisa “Mapa da Violência 2012”, realizada pelo Instituto Sangari, que analisou 1 milhão de certidões de óbito em todo o mundo. Por aqui, são 7,1 óbitos para cada 100 mil habitantes no País. Ficamos atrás apenas do Paraguai, com 7,5 mortes para o mesmo número de habitantes.

De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, a moto tem o direito de ocupar o mesmo espaço de um carro nas ruas, avenidas e estradas do País. Todos devem tomar cuidado com as armadilhas da cidade como manchas de óleo, areia e pedras na pista, consertos nas ruas encobertos por placas metálicas e trilhos e bueiros sem tampa.

 

Fonte : Cenário MT (Via Portal do Trânsito)