Blog e coluna: plantando mobilidade

 

Há 10 anos, a palavra mobilidade não era tão conhecida como é hoje. É mais ou menos a mesma lógica da palavra ecologia, tão difundida em todo o mundo. De substantivo ganhou o “status” de advérbio, qualquer um pode ser hoje “ecologicamente” correto. Apesar de estar em moda, a mobilidade ainda não alcançou esse grau de compreensão. Quem sabe daqui a 10 anos, seremos “mobilidamente” corretos.

O fato é que tanto quanto a ecologia, a questão da mobilidade parte da consciência cidadã. Assim como preservar a natureza, respeitar os espaços do outro seja nas vias, calçadas ou ciclovias, ou ainda preservar a iluminação pública, não estacionar em locais impróprios já seria um começo para alcançar um estágio que ainda estamos longe de conquistar.
Essa década, no entanto, talvez seja a que mais se falou em mobilidade. Hoje sabemos o que queremos e precisamos, mas além das intervenções dos gestores públicos, a participação de cada um é imprescindível dentro da dinâmica dos deslocamentos. Denunciar abusos como a aprovação de projetos que poderão trazer impactos desastrosos na circulação é uma das nossas obrigações enquanto “mobílicos”. Na primeira coluna do Diario sobre Mobilidade Urbana, fica o convite para reflexão, sugestões e cobranças. O plantio da mobilidade começa agora e cada um deve regar a sua parte.