Empresariais do Centro do Recife são alvos de bandidos

 

Do Diario de Perambuco

Comerciantes e moradores de dois dos mais importantes prédios da Avenida Conde da Boa Vista convivem com uma rotina de assaltos. As investidas têm ocorrido no Edifícios Duarte Coelho, que abriga o Cinema São Luiz, e no Empresarial Pessôa de Melo, do outro lado da via. Nessa terça-feira, os bandidos fizeram mais uma vítima: uma cabeleireira que trabalha no empresarial há mais de 40 anos. A Polícia Civil chegou a prender dois assaltantes na semana passada, mas isso não foi suficiente para conter a onda de violência.

Pessôa de Melo voltou a ser alvo de bandidos ontem, quando cabeleireira foi abordada por uma dupla (ANA CLAUDIA DOLORES/DP/D.A PRESS)

Assalto aconteceu no Pêssoa de Melo. Foto: Ana Cláudia Dolores/DP/D.A/Press

Segundo a polícia, os criminosos agem em dupla, portando armas e em pleno horário comercial. As vítimas geralmente são pequenos comerciantes ou profissionais liberais que trabalhem sozinhos, por  terem poucas chances de defesa. Foi o caso da cabeleireira de 53 anos que há 45 trabalha no segundo andar do empresarial. Ela pediu para não ter seu nome revelado. Por volta das 12h de ontem, dois homens aproveitaram que uma cliente estava saindo do salão de beleza e entraram no local. “Eu estava de costas fazendo o cabelo de uma cliente quando um deles mandou que eu ficasse parada e não olhasse para trás. Pensei que fosse uma brincadeira, mas logo senti um objeto na barriga e percebi que era um assalto”. A dupla levou celulares, relógios, alianças e R$ 350 em dinheiro da profissional e da cliente.

Quando saíram do salão, os bandidos tentaram assaltar um consultório odontológico no primeiro andar. “Eles chegaram a forçar a porta, mas viram que estava difícil e desistiram”, contou um técnico em odontologia de 25 anos que trabalha no local. Há dois meses, o consultório foi alvo de outra dupla, que levou objetos e dinheiro de três funcionários e dois pacientes e trancou todos no banheiro. “Primeiro, veio um se passando por paciente e, em seguida, chegou o comparsa e os dois fizeram o assalto. A gente não se sente seguro aqui. Há câmeras na portaria, mas não funcionam”, reclamou.

O Diario procurou a administração, mas os empregados não estavam autorizados a informar o telefone do síndico. Um deles negou que tivesse ocorrido um assalto, dizendo que se tratou de uma briga de vizinhos. Ele disse que as câmeras estariam em processo de modernização. A falta de segurança também predomina no Duarte Coelho. Na semana passada, um escritório foi assaltado de forma semelhante ao caso do salão de beleza. O Diario tentou falar com o síndico, mas a ligação não foi atendida. Nos dois edifícios, não há controle de entrada. Ambos já foram nobres endereços comerciais do Centro, mas hoje estão sucateados e desprotegidos.

Depois da queda, o coice

Apesar de toda a divulgação na mídia sobre a Lei Maria da Penha, ainda existem seres do sexo masculino que seguem espancando suas companheiras. O número de denúncias, infelizmente, ainda é baixo devido ao medo que as mulheres têm de sofrer represálias. São casos que ganham destaque na imprensa por conta da violência empregada. As agressões costumam ser tão fortes que em alguns casos as mulheres chegam a morrer. O jornal Aqui PE traz em sua manchete de primeira página desta terça-feira mais um desses casos de violência contra mulher. Uma jovem precisou ser atendida em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), depois de apanhar do marido, o qual ela flagrou com outra mulher dentro de casa.

O caso aconteceu no bairro do Ibura, na Zona Sul do Recife, nessa segunda-feira. A vítima contou que depois de encontrar o marido com outra mulher foi espancada por ele. Em entrevista à equipe do Aqui PE, a jovem disse que pela janela flagrou o marido com uma desconhecida. “Eu tentava entrar em casa, mas ele não deixava. Ficava empurrando a porta”, contou. Ela disse ainda ter visto a mulher sair pela porta dos fundos e tentou correr atrás dela. Foi nesse momento que o marido, um homem de 30 anos, a espancou.

A jovem revelou que já havia sido espancada outras vezes e que não denunciava porque era ameaçada. “Essa não foi a primeira vez que ele me bateu, mas agora eu quero justiça e vou até o fim”, destacou a jovem. O casal morava junto há um ano e meio e tem duas meninas gêmeas de oito meses. Se você souber de casos de agressões contra mulheres, denuncie através do telefone (81) 3421-9595.

Shakira é assassinada com um tiro na cabeça

O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil de Pernambuco está empenhado em desvendar o assassinato de Shakira. O crime aconteceu na manhã desse sábado e ainda é um mistério para a polícia. Se você é fã da cantora colombiana, tenha calma, a vítima não foi ela. Segundo a polícia, uma travesti conhecida como Shakira foi morta com um tiro na cabeça, no município de Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife. O homicídio aconteceu em um bar localizado na Avenida Brasil, onde a vítima bebia com outras pessoas.

Ainda de acordo com a polícia, o nome da vítima era Ronaldo Rodrigues dos Santos, de 34 anos. A morte teria acontecido depois de um desentendimento. A polícia disse ainda que Shakira era conhecida por cometer pequenos furtos na área, se prostituir e consumir drogas. Ao ser examinado pelos peritos, foi constatado que o corpo de Shakira ainda guardava marcas de outras confusões. Uma cicatriz de garrafada na cabeça foi encontrada próximo ao local atingido pelo disparo. Ao que parece, o assassinato não tem ligação com homofobia.

Após a perícia realizada pelo Instituto de Criminalística (IC), o corpo de Shakira foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML). O local e horário do sepultamento ainda não foram divulgados.

MPPE faz alertas à polícia, ao IC e ao IML

A partir de agora, policiais, peritos e médicos legistas devem estar mais atentos ao desempenho das suas funções. É que os responsáveis pela fiscalização dos seus trabalhos resolveram apertar o cerco para que o resultado final das investigações não fosse comprometido devido à situação dos órgãos públicos.

Leia a matéria abaixo explicando as recomendações:

Dentro de sua atribuição constitucional de ser responsável pelo controle externo da atividade policial, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) expediu duas recomendações conjuntas direcionadas às Delegacias de Polícia, Instituto de Criminalística (IC) e Instituto de Medicina Legal (IML) de Petrolina. Com relação às Delegacias de Polícia, o MPPE recomenda que as medidas protetivas elencadas na Lei 11.340/06 e as prisões cautelares, uma vez constatada a sua necessidade, devem ser requeridas direta e imediatamente ao Tribunal de Justiça pela autoridade policial. Já nos casos de acidente de trânsito, os veículos apreendidos só deverão ser restituídos pela autoridade policial após a realização da perícia.

Já em relação ao IC e ao IML, as perícias médico-legais em crimes com utilização de arma de fogo devem indicar circunstâncias essenciais à elucidação do crime, como orifício de entrada e de saída dos projéteis, proximidade e angulação da entrada e saída do projétil na vítima etc. O exame residuográfico, sempre que possível, deve deixar claro se houve ou não utilização de arma de fogo pelo periciado. Os responsáveis pela perícia devem garantir a efetiva entrega dos Laudos Periciais no prazo de 10 dias, justificando eventuais atrasos.

Além disso, os cadáveres devem ser fotografados na posição em que foram encontrados e nos crimes cometidos com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa, ou por meio de escalada, os peritos devem informar com que instrumento, por quais meios e em que época presumem ter sido o crime praticado. Os promotores de Justiça afirmam, no texto das recomendações, que a atual situação das Delegacias de Polícia, IC e IML da região, que atuam com carência de pessoal e sem infraestrutura adequada, foi o motivo que levou à expedição dos documentos.

As recomendações são de autoria dos promotores de Justiça com atuação na Central de Inquéritos, Carlan Carlo da Silva, Ana Paula Nunes Cardoso e Rosane Moreira Cavalcanti. Os documentos foram publicados no Diário Oficial do sábado passado.

 

Com informações do Ministério Público de Pernambuco

Polícia investiga suposto caso de injúria

A polícia esta investigando um suposto crime de injúria que teria sido praticado contra um rapaz no bairro de Casa Amarela. Coisas que pensamos não mais existir nos dias atuais. O assunto esteve nas páginas do Diario de Pernambuco nessa quinta-feira. Confira abaixo a matéria publicada na editoria de Vida Urbana.

 

Um possível crime de injúria qualificada foi denunciado na Delegacia de Casa Amarela pelo servente Anderson Alexandre Martins. Ele acusa o atendente e o gerente de uma sapataria daquele bairro de tê-lo ofendido com um desenho provocativo na parte interna de uma caixa de sapatos. De acordo com Anderson, ele teria comprado um par de tênis e só em casa percebeu que o produto estava trocado. Foi então que resolveu voltar à loja para desfazer o engano. Após esperar por um atendente, recorreu ao responsável pela loja. “Avisei ao vendedor sobre o problema e ele me pediu para aguardar. Ele demorou muito, então fui falar com o gerente, que se prontificou a resolver o caso.”

Uma balconista do estabelecimento teria entregue a caixa com o produto certo, mas desrespeitado o cliente. “Quando eu abri, fiquei bastante constrangido. Havia um desenho estampado na tampa da caixa e a vendedora me olhou com um ar de riso. Ela segurou a vontade de rir e me deu a caixa. Fui discriminado por causa da minha cor”, ponderou Anderson.

Servente disse ter recebido caixa com desenho. Foto: Reprodução/TV Clube

O servente voltou para casa e contou o que havia acontecido ao primo, o técnico em informática Swamyleão Rodrigues. Ambos voltaram à loja para conversar e cobrar explicações do gerente. “Perguntei o que aquilo significava e ele, ironicamente, me respondeu que era um sapato. Pedi para deixar de palhaçada e ele reconheceu que era uma brincadeira de mau gosto. Ou seja, assumiu a autoria do que tinha acontecido”, afirmou Rodrigues. Anderson e o primo foram à Delegacia de Casa Amarela, onde prestaram queixa. O delegado responsável pelo caso, Gilmar Rodrigues, afirmou que o suposto crime se caracteriza como injúria qualificada. “A vítima será ouvida, assim como as testemunhas. Em seguida, vamos intimar o gerente e o vendedor da loja para que eles prestem esclarecimentos”, contou.

 

Morre delegado autor do hino da Polícia Civil do estado

 

Morreu na manhã desssa quinta-feira o delegado aposentado da Polícia Civil de Pernambuco José Martiniano da Silva. Martiniano, que estava com 81 anos, é o autor da letra e da música do hino da Polícia Civil. Além disso, compôs outras músicas e foi professor. O velório do corpo de Martiniano será realizado a partir das 10h e às 18h acontece a cremação, ambos no Cemitério Morada da Paz, no município de Paulista. Martiniano nasceu no dia 18 de abril de 1931.

Confira a letra:

HINO DA POLÍCIA CIVIL DE PERNAMBUCO

Letra e Música do Professor
JOSÉ MARTINIANO DA SILVA

Somos nós, esta classe briosa,
Que devemos a ordem velar
E, da sanha da mão criminosa
Os ditames da Lei preservar. (Bis)
Não buscamos a fama ou o mito,
Só nos move o dever a cumprir:
Evitar instalar-se o conflito,
Prevenir, apurar, reprimir. (Bis)
Cada um de nós seja um amigo,
Cada um de nós seja um irmão,
Possa sempre, iminente o perigo,
Minha mão encontrar tua mão. (Bis)
Pernambuco, que em dias de outrora
Permeaste de heróis o Brasil,
Em teus feitos espelha-se agora,
Grandiosa, a Polícia Civil! (Bis)

Presa sete anos após aplicar golpe milionário em idoso

A vida parecia seguir normalmente para uma mulher de 49 anos que passava os dias de forma confortável e morando em um apartamento à beira-mar. No entanto, ela foi presa na última quarta-feira sob a acusação de ter aplicado um golpe milionário contra um casal de idosos o qual ela costumava frequentar a casa e acompanhar o homem, um médico aposentado, para bancos e para resolver outros problemas. Segundo a família do idoso e a polícia, essa mulher falsificou documentos, desviou dinheiro e se apropriou de vários dos bens da família. Usufruiu deles até ser retirada de casa nessa quarta-feira e levada para a Colônia Penal Feminina, onde vai aguardar julgamento.

O caso está estampado nas páginas do Diario de Pernambuco desta quinta-feira e revela um lado perigoso. Devido à correria do dia a dia, muitos filhos e netos não podem, outros não querem mesmo, acompanhar os parentes idosos na hora de resolver questões relativas a dinheiro. E é justamente aí que mora o perigo. Existem quadrilhas especializadas em aplicar esse tipo de golpe. Abusam da confiança de senhores e senhoras de idade para tirar até o último centavo deles se for possível. Se você tiver conhecimento de algum caso parecido, faça uma denúncia através do telefone 3421.9595. O anonimato é garantido.

Veja parte da reportagem publicada no Diario de Pernambuco:

De motorista e auxiliar de um idoso, Marlucy Scalone de Mello, 49 anos, passou à condição de moradora de um edifício de luxo à beira-mar de Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, Graças a um golpe que, segundo a polícia, envolveu desvios de dinheiro, ameaças de morte, estelionato, falsificação ideológica e apropriação de apartamentos e fazendas do médico Ascendino do Rego Lins Filho, 82, que morreu há quase sete anos vítima de câncer. Investigações das polícias Civil e Federal resultaram em vários inquéritos, que comprovaram os crimes. Ontem pela manhã, com um pano de seda enrolado na cabeça e com as mãos algemadas, Marlucy deixou o edifício onde vivia com outros familiares, também suspeitos de participação no esquema. Em cumprimento de um mandado de prisão preventiva, ela foi encaminhada à Colônia Penal Feminina do Recife.

Marlucy foi levada para o presídio ainda ontem (ARTHUR DE SOUZA/ESP/DP/D.A PRESS)

Marlucy foi presa. Foto: Arthur Souza/DP/D.A/Press

As investigações apontam que a suspeita se aproveitou da condição do médico, que precisava de uma ajudante para sair de casa, e da mulher dele, que também tinha graves problemas de saúde. Indefesos, eles foram vítimas de consecutivos crimes. O primeiro aconteceu sete meses antes da morte de Espólio. Com documentos falsos, Marlucy deu entrada na Justiça com um pedido de reconhecimento de união estável com ele, alegando que os dois eram solteiros, mas mantinham um relacionamento. Depois disso, conseguiu uma procuração para poder, por exemplo, retirar ou transferir dinheiro da conta bancária da vítima.

Afirmando ter direito por ser “viúva”, a suspeita ainda se apropriou de dois apartamentos (um em Boa Viagem e outro em Itamaracá), e duas fazendas (uma em Igarassu e uma em Itamaracá). “Várias delegacias abriram inquéritos contra a mulher e outros três familiares dela. Um seria sargento da Aeronáutica. As investigações continuam. Conseguimos provar os crimes”, disse o delegado Eronildo Farias.

Marlucy estava morando em um dos apartamentos desse prédio, onde foi presa (MARIA EDUARDA BIONE/ESP.DP/D.A PRESS)

Com o dinheiro do idoso, ela comprou apartamento neste prédio. Foto: Eduarda Bione/DP/D.A/Press

 

Confira entrevista com o filho do idoso:

Henrique Sobral Lins, filho da vítima

“Ela alegou ter uma união estável com meu pai”

Como esta mulher surgiu na vida do seu pai?
Ele já estava com uma idade muito avançada, debilitado por cauda do câncer. Meu pai precisava de ajuda para sair de casa e ir ao banco ou supermercado, por exemplo. Ele pagava R$ 20, R$ 30 para que ela o acompanhasse. Como se fosse uma diarista. Pouco tempo antes dele morrer, ela deu entrada na Justiça no reconhecimento de uma união estável com ele. Algo que nunca aconteceu. Ela se aproveitou da condição de saúde da minha mãe, que também estava debilitada. Somente após anos, conseguimos provar na Justiça, sem sombra de dúvidas, que esta mullher não tinha nenhum vinculo afetivo com meu pai. Ela própria entrou em contradições.

Como a família começou a descobrir os golpes que estavam sendo aplicados?
Ela se apropriou de duas fazendas e outros dois apartamentos do meu pai, sob a alegação de que mantinha uma união com ele. Tentamos, várias vezes, falar com ela e com outros três familiares que estavam envolvidos no golpe, mas não tivemos retorno. Por isso, procuramos a Justiça, que nos deu razão. Precisei juntar um verdadeiro dossiê com documentos, fotografias e processos abertos pelas polícias Civil e Federal. Houve transferências bancárias em nome do meu pai que ela conseguiu fazer graças a uma procuração. Queremos que todos os quatro envolvidos sejam punidos. A Justiça vai prevalecer.

Veja matéria completa escrita pelo repórter Raphael Guerra na edição impressa do Diario de Pernambuco desta quinta-feira.

 

Delegada Gleide Ângelo assume caso de morte por Jack3D

 

A delegada Gleide Ângelo foi designada pelo gestor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Casimiro Ulisses, para apurar o inquérito que investiga a morte do jovem Wilson Sampaio Filho, 18 anos, ocorrida em maio do ano passado. A família acredita que Wilsinho, como o estudante era chamado, tenha morrido em decorrência do uso do suplemento alimentar Jack3D, que tem venda proibida no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) devido a algumas substâncias presentes em sua composição.

O caso foi publicado pelo Diario de Pernambuco em setembro de 2011 e o estagiário que vendeu o produto ao jovem em uma academia badalada da Zona Sul do Recife acabou indiciado pelos crimes contra a saúde pública e relações de consumo. A empresa responsável pelo Jack3D afirmou, na época, que o produto que estava sendo comercializado no Brasil era falsificado e não o fabricado por eles.

Gleide já recebeu o inquérito e está analisando o material. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A/PPress

 

Para a família de Wilsinho, não restam dúvidas de que o rapaz que sonhava em ser jogador de futebol foi vítima do uso do suplemento. Desde então, Wilson e Marcelle Sampaio lutam para provar que o Jack3D causou a morte do filho. A delegada Gleide já recebeu toda a documentação referente à morte do jovem e está analisando o que já foi investigado pela Delegacia do Consumidor em relação à venda do produto.

Em depoimento à polícia, no ano passado, o estagiário indiciado disse que não vendeu o produto e disse que não tinha relação de amizade com a vítima. No entanto, ficou confirmado – por meio de testemunhas, fotos e outras provas – que os dois mantinham contato. Wilson tinha o sonho de ser jogador de futebol e foi encontrado pelos pais caído no banheiro de casa.

 

Investigação de morte por Jack3D ainda parada

Depois de ter sido publicada com exclusividade pelo Diario de Pernambuco em setembro do ano passado, a morte de um  jovem de 18 anos que, segundo a família, foi causada pelo uso do suplemento alimentar Jack3D, ainda não foi iniciada. O  produto, que tem venda proibida no Brasil pela Anvisa, continua sendo vendido em lojas do Recife e sites da internet com a promessa de uma nova fórmula. As autoridades dizem que mesmo assim o suplemento ainda oferece riscos à saúde. Muitos jovens recifenses seguem consumindo o produto.

Veja parte da matéria publicada no Diario de Pernambuco desta terça-feira.
O restante desta reportagem pode ser conferido na edição impressa do jornal.

Wilson e Marcellle Sampaio, pais de Wilsinho, querem que o caso  seja esclarecido (BERNARDO DANTAS/DP/D.A PRESS)
Wilson e Marcellle Sampaio, pais de Wilsinho, querem que o caso seja esclarecido. Foto: Bernardo Dantas/DP/D.A/Press

A morte de Wilson Sampaio Filho, que pode ter sido causada pelo uso do suplemento Jack 3D, parece estar longe de ser esclarecida pela Polícia Civil de Pernambuco. Em dezembro do ano passado, após meses de investigações, a Delegacia do Consumidor indiciou um estagiário de educação física por ele ter vendido o produto ao jovem numa badalada academia da Zona Sul do Recife. O suspeito responde na Justiça por crimes contra a saúde pública e das relações de consumo. Na época, o caso foi encaminhado também ao Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que iria apontar de quem era a culpa pela morte do estudante recifense. Desde então, o inquérito passou por várias delegacias, mas nenhuma conclusão foi dada.

A mãe de Wilsinho, a funcionária pública Marcelle Sampaio, 42, relatou ontem a luta para que o caso não fique impune. Segundo ela, o inquérito estava sendo conduzido pela Delegacia de Boa Viagem e chegou a retornar para a do Consumidor. No início deste mês, após muitos pedidos dos pais, finalmente o caso chegou ao DHPP. “Queremos que um novo exame seja feito para identificar que havia substâncias dimethylamylamine (DMAA) no corpo do meu filho”, disse Marcelle.

Ao Diario, o gestor do DHPP, Cassemiro Ulisses, informou que deve designar, nos próximos dias, um delegado especial para comandar as investigações. O prazo de conclusão é de 30 dias, mas pode ser prorrogado. Em depoimento à polícia, no ano passado, o estagiário afirmou que não vendeu o produto, nem tinha uma relação de amizade com a vítima. No entanto, ficou confirmado – por meio de testemunhas e de outras provas colhidas – que os dois mantinham contato. Wilson tinha o sonho de ser jogador de futebol. O Diario entrou em contato com o escritório que representa o Jack 3D no Brasil, mas não obteve retorno dos advogados.

Menina de apenas um ano assiste à morte da mãe

A violência segue sem freio e sem limite no estado. Não bastassem os assaltos a pessoas e roubos a estabelecimentos comerciais, os crimes de homicídios não param de ganhar as manchetes policiais. O jornal Aqui PE desta terça-feira relata um crime ocorrido na noite do último domingo, na comunidade da Moenda de Bronze, na Vila Rica, no Centro de Jaboatão. Uma jovem de 18 anos identificada como Eduarda Priscila Alves da Silva foi assassinada a tiros na frente de casa. A jovem, que estava grávida de cinco meses foi morta na frente da filha de apenas um ano e segundo a polícia, a família suspeita de crime passional.

Sem piedade alguma, o criminoso (a) disparou duas vezes contra a cabeça de Priscila que morreu na hora. “Foi um crime característico de execução. Atiraram para acabar com a vítima”, disse o perito do Instituto de Criminalística Fernando Benevides. Ainda segundo os parentes da vítima, ela não tinha envolvimento com drogas, nem com nenhum tipo de crime. O caso foi registrado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que já deu início às investigações.

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Apesar de a comunidade da Moenda de Bronze ser conhecida como uma área violenta, até o momento, o crime está sendo tratado como crime passional. Familiares da vítima suspeitam de um ex-namorado da jovem, que não teve a identidade revelada. Durante entrevista à equipe da reportagem da TV Clube, um dos tios da jovem assassinada disse que encontrou a filhinha da vítima chorando e com a roupa suja de sangue, enquanto a mãe estava morta ao seu lado.

Daqui pra frente, o que passará na cabeça dessa criança? Com apenas um ano de idade a garota perde sua mãe e ainda assisti à sua morte. Ela vai precisar de um acompanhamento psicológico e de muita atenção da família para superar esse trauma. Infelizmente, não são raros os crimes cometidos diante de crianças e sobretudo filhos das vítimas. Lembro-me do caso da turista alemã Jennifer Kloker, assassinada a mando da família em fevereiro de 2010, que também foi executada na frente do seu filho de apenas três anos. O menino chegou a narrar a psicológos como aconteceu a morte da mãe. Crianças como essas têm grandes chances de se tornarem adultos com algum tipo de problema, se não forem tratadas corretamente.

A matéria completa sobre a morte da jovem você lê na edição impressa do Aqui PE desta quinta-feira, que você pode comprar nas bancas ao preço de R$ 0,25.