Policial Militar assassinado em Itamaracá durante desfile de bloco de carnaval

O policial militar Moisés Félix da Silva, 35 anos, foi assassinado a tiros no final da tarde desta terça-feira de carnaval, durante o desfile do bloco As Katraias de Itamaracá. O militar estava de folga e brincando no bloco quando foi morto a tiros. O crime aconteceu no bairro de Jaguaribe e o PM foi baleado durante uma tentativa de assalto. As primeiras informações dão conta de que os criminosos queriam roubar a pochete do soldado e ao descobrirem que ele era da polícia o mataram.

Moisés tinha 35 anos. Foto: Reprodução/Facebook

Houve troca de tiros e um dos acusados está baleado e internado sob custódia no Hospital Miguel Arraes, em Paulista. Segundo o comandante do 17º Batalhão da Polícia Militar, tenente-coronel Hailton Arruda, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa está investigando o caso. “Moisés estava conosco já fazia uns cinco anos e sempre foi um policial tranquilo. Ainda estamos sem muitas informações concretas do que aconteceu, mas estamos acompanhando tudo”, declarou o oficial.

Atualmente, Moisés estava servindo à equipe do Gati (Grupo Tático de Apoio Itinerante). A morte do policial deixou colegas de farda revoltados. Nas redes sociais, alguns PMs estavam afirmando que os culpados pela morte do companheiro não ficarão impune.

Mais informações em instantes.

A ação da polícia para alguns e vistas grossas para outros

Desde as prévias momescas até os primeiros dias de carnaval, tenho observado que os agentes de segurança pública têm focado sua atuação também para grupos de jovens que se reúnem para consumir e vender loló durante a folia. Atitude louvável, já que esse tipo de droga também causa males à saúde, principalmente se usado em excesso.

Câmaras de segurança da Secretaria de Defesa Social (SDS) estão ajudando a Polícia Militar a identificar e deter essas pessoas. No entanto, esses olhos eletrônicos da SDS e os PMs só podem impedir as pessoas que estão brincando no meio da rua de usarem tal produto.

Enquanto isso, também desde as prévias, em quase todos os camarotes por onde aconteceram festas regadas a muita bebida inclusa nos ingressos, um velho e conhecido entorpecente voltou a fazer parte do kit festa dos jovens economicamente bem favorecidos do Grande Recife. O lança-perfume tem sido usado e comercializado dentro desses espaços sem que nenhum dos consumidores seja importunado.

Produto considerado ilegal tem circulado com facilidade nos camarotes da folia. Foto: Polícia Federal/Divulgação

Nem os seguranças, nem os organizadores dos eventos têm coragem de tentar impedir que as pessoas consumam o produto nesses espaços, apesar dos riscos de alguém passar mal. A título de informação, lança-perfume é considerado produto ilícito e está sempre na mira da Polícia Federal. Porém, a fiscalização por parte das polícias passa longe desses camarotes.

Com base nos números disponibilizados no site da SDS, nos três primeiros dias de carnaval, a polícia apreendeu um total de 1.145 tubos de loló nos focos de folia. Como já havia comentado acima, na lista dos entorpecentes sequer aparece a descrição do lança-perfume, que é uma droga cara e difícil de ser encontrada atualmente.