Missão cumprida

Pouco mais de 30 horas depois da morte da passageira Suany Muniz Rodrigues, 33 anos, que morreu após ter sido baleada num assalto a ônibus, a polícia conseguiu prender o homem que confessou ter apertado o gatilho da arma que tirou a vida de uma mulher que tinha muitos planos para sua vida pessoal e profissional. O corpo de Suany foi sepultado sob revolta e lamentação dos familiares e amigos. Enquanto isso, do outro lado do crime, a polícia corria contra o tempo para capturar os suspeitos pelo assassinato. Até o final da manhã desta sexta-feira havia conseguido prender pelo menos um deles. Mesmo cansados, os policiais relataram que estavam satisfeitos com o trabalho realizado. Numa demonstração de amor pela profissão.

PMs seguiram com o suspeito para o IML. Fotos: Wagner Oliveira/DP/D.A.Press

“Estamos sem dormir. Desde ontem iniciamos as diligências atrás dos suspeitos, mas ficamos felizes por conseguir prender o rapaz que atirou e matou a passageira. Agora, as outras equipes estão na rua para prender os outros envolvidos no crime”, relatou um soldado do Grupo de Apoio Tático Itinerante do 19º BPM que participou da prisão do suspeito. Na mesma empolgação estavam os agentes da Polícia Civil. Foram horas seguidas de trabalho para tirar os criminosos das ruas. Depois de passar a manhã prestando depoimento na Delegacia de Prazeres, Leandro Assis da Silva, 29 anos, foi fazer exame de corpo de delito no Instituto de Medicina Legal (IML) e depois seguiu para o Centro de Triagem, em Abreu e Lima.

Militares relataram estar satisfeitos com o resultado do trabalho

O depoimento

Durante as horas em que prestou depoimento à equipe de Crimes Violentos Letais Intencionais da Delegacia de Prazeres, Leandro disse que essa teria sido a primeira vez que praticava um assalto. Relatou ter sido “convidado” pelo comparsa para a empreitada. Aceitou sem titubear. Entraram no ônibus com destino a Barra de Jangada certo de cometer o crime na viagem de ida. Decidiram praticar o crime quando o coletivo voltava para o Curado. Momento em que Suany resolveu sair da aula mais cedo para contar à família que havia sido promovida no trabalho. Do apurado no assalto, Leandro diz que ficou “apenas” com dois telefones celulares, os quais trocou por pedras de crack. Histórias que se repetem, infelizmente, quase todos os dias.

 

Droga apreendida poderá ser queimada sem autorização judicial

A Câmara analisa o Projeto de Lei 4747/12, do deputado Eliseu Padilha (PMDB-RS), que acaba com a exigência de autorização judicial e da presença do Ministério Público para incinerar drogas apreendidas pela polícia. A proposta altera a lei que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas (Lei 11.343/06).

Segundo o autor, as delegacias do país não estão estruturadas para armazenar a quantidade cada vez maior de entorpecentes apreendidos. Padilha observa que a Delegacia de Repressão a Narcóticos em Goiânia, por exemplo, não tem espaço para acomodar mais drogas.

“A situação é explicada por dois aspectos: o primeiro é que a destruição deve ser autorizada pela Justiça e o procedimento não é nada simples; o segundo é que a posição geográfica de Goiás favorece a inserção do Estado na rota do tráfico, até mesmo internacional, e a quantidade de material recolhido aumentou muito nos últimos anos”, afirma.

Da Agência Câmara