Audiência de instrução do caso Suany acontece nesta quarta em Jaboatão

Está prevista para o início da tarde desta quarta-feira (12) a primeira audiência de instrução e julgamento criminal dos acusados de matarem a auxiliar de almoxarifado Suany Muniz Rodrigues, 33 anos, que foi asassinada no dia 20 de fevereiro do ano passado durante um assalto ao ônibus da linha Barra de Jangada/Curado IV. A morte de Suany foi destaque no Diario de Pernambuco.

Suany, que trabalhava no Estaleiro Atlântico Sul, foi baleada na cabeça dentro do coletivo. Ela ainda chegou a ser socorrida, mas não resistiu. Dois homens envolvidos no crime foram presos e estão no Centro de Triagem, em Abreu e Lima. A vítima deixou uma filha de quatro anos que está sendo cuidado pelo pai e pelos avós.

PMs seguiram com o suspeito para o IML. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A.Press
Um dos suspeitos foi preso pela Polícia Militar. Foto: Wagner Oliveira/DP/D.A.Press

De acordo com o pai de Suany, Antônio Rodrigues, a audiência acontece no novo Fórum de Jaboatão dos Guararapes, na BR-101 Sul. Parentes e amigos da vítima estarão no local com cartazes pedindo justiça para o crime.

Caruaru passa a contar com Patrulha Maria da Penha

Depois da Região Metropolitana do Recife, agora foi a vez de uma cidade do interior ganhar mais uma ferramenta de combate à violência contra a mulher. O município de Caruaru passa a ter agora a Patrulha Maria da Penha, ação que faz parte do Programa Justiça para as Mulheres. O lançamento aconteceu na Delegacia da Mulher de Caruaru.

Na ocasião, estiveram presentes a secretária da Mulher de Pernambuco, Cristina Buarque, a secretária especial da Mulher e de Direitos Humanos de Caruaru, Elba Ravane, a diretora geral de Enfrentamento da Violência de Gênero do Governo do Estado, Fábia Lopes, a delegada da Mulher de Caruaru, Sérvula Bezerra, e o capitão da Polícia Militar, Edmilson Silva.

Lançamento aconteceu nessa terça-feira. Foto: Amanda Samara/PMC
Lançamento aconteceu nessa terça-feira. Foto: Amanda Samara/PMC

Através da Patrulha Maria da Penha, a mulher vítima de violência doméstica e/ou familiar, que prestou queixa na Delegacia de Atendimento a Mulher e solicitou medida protetiva à Justica, é assistida com atendimento especializado em sua casa.

As visitas regulares às residências têm como objetivo garantir a proteção da vítima e evitar reincidências do agressor. Após as visitas, cabe aos policiais a elaboração de relatórios sobre a situação que serão encaminhados às secretarias responsáveis para as providências cabivéis, como a solicitação de agilidade no deferimento da medida protetiva.

A Secretaria Especial da Mulher e de Direitos Humanos de Caruaru acompanhará as mulheres atendidas pela patrulha. O acompanhamento será feito pela equipe do Centro de Referência da Mulher Maria Bonita, localizado na rua Felipe Camarão, nº 93, no bairro Nossa Senhora das Dores, com assistência jurídica, social e psicológica. Entre os meses de janeiro e fevereiro, 44 mulheres foram assassinadas em Pernambuco segundo a Secretaria de Defesa Social.

Mais de 8 mil presos estudam nos presídios pernambucanos

Balanço divulgado pela Secretaria de Ressocialização do estado (Seres), mostra que de janeiro até agora foram efetuadas 700 novas matrículas nas escolas que funcionam dentro das unidades prisionais. No final de 2013, 7.512 reeducandos estavam matriculados nas escolas. Hoje, esse número saltou para 8.521.

Salas de aula estão atraindo mulheres e homens presos. Foto: Seres/Divulgação
Salas de aula estão atraindo mulheres e homens presos. Foto: Seres/Divulgação

Apenas nos três presídios que fazem parte do Complexo do Curado receberam 250 novos alunos. De acordo com o secretário de Ressocialização, Romero Ribeiro, a meta é fechar 2014 com 10 mil matrículas. Uma tarefa um pouco difícil diante da falta de estímulo de alguns presidiários e das condições precárias dos precárias de algumas unidades.

Ainda segundo o balanço da Seres, com mais de 27% dos presos estudando, Pernambuco lidera o ranking da educação prisional, já que a média no resto do país é de apenas 11%. Esperamos que esses presos e presas que estão aproveitando o tempo atrás das grades para estudar voltem para as ruas com um novo pensamento e não entrem novamente no mundo do crime, como fazem a maioria que ganha liberdade.