Polícia conclui inquérito que apurou quadrilha dos golpes pela internet

A Polícia Civil do Pará encaminhou hoje à Vara de Combate às Organizações Criminosas o inquérito que indiciou 11 pessoas da quadrilha que usava sites de venda online para publicar falsos anúncios de carros usados. Segundo a polícia paraense, o grupo criminoso fez publicações nos sites OLX, Bom Negócio e outro de nome não informado, além de criar uma página falsa na internet em nome de uma agência de carros do Pará.

Pelo menos 100 pessoas de sete estado do país foram vítimas do golpe que causou um prejuízo estimado em R$ 1 milhão. Os criminosos ofereciam carros com valores abaixo do mercado, pediam parte do pagamento mas os carros nunca eram entregues. Dez suspeitos foram presos, sendo seis no Sertão de Pernambuco e quatro na Bahia.

Suspeitos fizeram cerca de 100 vítimas em sete estados. Fotos: Policia Civil do Para/Divulgação
Suspeitos fizeram cerca de 100 vítimas em sete estados. Fotos: Polícia Civil do Pará/Divulgação

Ainda de acordo com a Polícia Civil do estado do Pará, os suspeitos foram indiciados pelos crimes de estelionato e formação de quadrilha. O delegado Bruno Brasil, da Delegacia de Capanema, identificou pelo menos dez vítimas do golpe no estado do Pará. As outras pessoas enganadas são dos estados do Tocantins, Maranhão, Ceará, Bahia, São Paulo e Santa Catarina.

A organização tinha bases em Petrolina e Juazeiro (BA). Segundo a assessoria de impresa da Polícia Civil do Pará, uma segunda fase da investigação será iniciada no mês de setembro, quando o delegado Bruno Brasil retornar das férias, para identificar os responsáveis pelas contas bancárias onde eram realizados os depósitos. Os anúncios ofereciam desde carros populares até luxuosos. Um comprador chegou a perder R$ 100 mil.

Delegado Bruno Brasil encaminhou inquérito à Justiça nesta quinta-feira
Delegado Bruno Brasil encaminhou inquérito à Justiça nesta quinta-feira

O grupo foi preso por policiais do Pará no último dia 24 com o apoio das polícias pernambucana e baiana. A investigação foi iniciada em novembro do ano passado, na cidade de Capanema, após a dona de uma loja de carros denunciar à polícia que havia sido procurada por duas vítimas do golpe. As pessoas realizaram depósitos pensando que estavam comprando carros no site da loja Estrela Veículos, mas a empresa não oferece esse tipo de serviço.

O blog procurou a assessoria de imprensa do site OLX, o qual também é proprietária do site Bom Negócio que respondeu por meio de nota que lamenta o ocorrido e coloca-se à disposição das autoridades para colaborar no que for necessário. A nota diz ainda que “apesar de não participar da negociação realizada diretamente entre comprador e vendedor, a OLX ressalta que preza pela qualidade do serviço prestado. Para isso, conta com uma equipe de atendimento dedicada a aprimorar e melhorar ainda mais seu serviço, a fim de manter segura a comunidade de usuários.”

A empresa ressaltou ainda que disponibiliza um botão de denúncia em todos os anúncios e recomenda que quando os usuários verificarem a existência de anúncios que apontem para práticas irregulares ou conteúdos indevidos, denunciem o conteúdo no próprio site ou entrem imediatamente em contato com a equipe de atendimento ao cliente da OLX, para que a empresa investigue o anúncio e tome as medidas necessárias.

Dicas de segurança da OLX:

Mesmo que o anunciante forneça a você informações e dados pessoais, isso não garante a sua veracidade/idoneidade

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Aprenda a identificar fraudes e golpes:

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O olx.com.br sempre exibe as dicas de segurança à direita da visualização dos anúncios

Golpe dos carros fantasmas na internet descoberto pela polícia

Uma quadrilha que usava grandes sites de venda online para publicar falsos anúncios de carros usados lesou 100 pessoas em sete estados e causou prejuízo estimado em R$ 1 milhão. O bando, que teve seis membros presos no Sertão de Pernambuco e outros quatro na Bahia, pedia valores abaixo de mercado. Os carros nunca eram entregues.

Iludidas pelos preços atrativos, as vítimas deixavam de observar um dos critérios recomendados pela polícia e especialistas para escapar de golpes online: sempre desconfiar de anúncios de carros com preços mais de 20% abaixo do valor real. Em um dos casos, o comprador perdeu R$ 100 mil.

Suspeitos estão detidos no estado do Pará. Fotos: Policia Civil do Para/Divulgação
Suspeitos estão detidos no estado do Pará. Fotos: Policia Civil do Para/Divulgação

A organização tinha bases em Petrolina e Juazeiro (BA). Os bandidos também publicavam anúncios em sites de agências de automóveis. O grupo criou ainda uma página falsa na internet, usando nome e CNPJ de empresas verdadeiras. O bando anunciava que os veículos poderiam ser adquiridos mediante antecipado de uma entrada, e o restante via financiamento.

As prisões foram realizadas no dia 24 pela Polícia Civil do Pará, onde foi feita a primeira denúncia contra o bando, com apoio de policias pernambucanos e baianos. O inquérito, iniciado na cidade de Capanema, corria desde novembro. A quadrilha também fez vítimas em Tocantins, Maranhão, Ceará, Bahia, São Paulo e Santa Catarina.

Esquema criminoso foi investigados pela Polícia Civil do Pará, que deu detalhes dos golpes
Crimes foram investigados pela Polícia Civil do Pará, que deu detalhes dos golpes

“Começamos a investigar o caso após a proprietária de uma loja de veículos nos informar que algumas pessoas estavam procurando o estabelecimento sob alegação de que teriam pago um sinal pela compra de carros via internet. A loja, porém, não fazia anúncios na web”, afirmou o delegado paraense Bruno Brasil. Brasil. “Verificamos que eles agiam dando prioridade a cidades do interior, evitando as capitais”, acrescentou. Segundo o delegado Augusto Damasceno, também da polícia do Pará, os bandidos ofereciam carros populares e de luxo.

Das dez pessoas presas, oito são da mesma família. O líder do grupo é o pernambucano Joventino Soares Ramos, 47, preso em Petrolina, que já respondia a processos por estelionato em Pernambuco e São Paulo. Ele teria convidado familiares para o esquema. Os outros presos foram Eduardo José Souto, 36, César Rodrigues dos Santos, 35, Marcos Aurélio Santana Novaes, 31, Emerson Gonçalves, de idade não revelada, Erisson Gonçalves, 26, Flávio Ferreira da Silva, 33, Vandevelton Santana Caldas, 27, Wesley Ramos Oliveira, 20, Danilo Conceição da Silva, 22. Em Pernambuco, as prisões ocorreram em Petrolina, Cabrobó e Lagoa Grande. Na Bahia, houve prisões em Juazeiro, Senhor do Bonfim e Jacobina.

Polícia só agirá contra lanterna elétrica em caso de lesão

Apesar do alerta de especialistas de que as lanternas elétricas vendidas livremente no Centro do Recife representam risco de morte, a Secretaria de Defesa Social afirmou ontem que só agirá após eventuais casos de lesão corporal provocados pelo equipamento. Segundo a SDS, quem aplicar o choque em outra pessoa responderá criminalmente. O Código Penal Brasileiro prevê pena de três meses a um ano de prisão por lesão corporal grave, e de quatro a 12 anos se o ato resultar em morte.

Produto pode ser comprado em lojas do bairro de São José. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press
Produto pode ser comprado em lojas do bairro de São José. Foto: Paulo Paiva/DP/D.A Press

A venda do equipamento foi denunciada ontem pelo Diario. A secretaria argumentou, através de nota, que não pode coibir a venda do artigo porque ele não é proibido pela legislação brasileira. “Não há vedação legal à comercialização desses produtos no território nacional, não estando classificados como produtos controlados pela legislação aplicável (Decreto Presidencial n. 3.665, de 20/11/2000, e portarias regulatórias expedidas pelo Exército Brasileiro)”, comunicou a SDS.

 

O Exército também afirmou que não pode fiscalizar, pois o produto não faz parte dos itens sob controle das Forças Armadas. O tenente-coronel Helder de Barros, chefe do Serviço de Fiscalização de Produtos Controlados da 7ª Região, disse, porém, que se as lanternas provocam choques, não deveriam estar sendo vendidas.

Fabricada na China, a lantaser tem manual em inglês e poucas informações sobre o funcionamento. O diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Nabil Ghorayeb, afirmou à Agência Estado que o choque pode causar parada cardíaca e morte.