Delegado federal Angelo Fernandes Gioia é o novo secretário de Defesa Social de Pernambuco

O delegado da Polícia Federal Alessandro Carvalho não é mais o secretário de Defesa Social do estado. O governo do estado anunciou no início desta tarde que a pasta passará a ser comandada a partir desta sexta-feira pelo também delegado federal Angelo Fernandes Gioia. Segundo o Palácio do Campos das Princesas, Alessandro teria pedido para deixar o cargo. Angelo participará nesta sexta-feira da primeira reunião de trabalho, quando será apresentado pelo governador aos integrantes do Programa Pacto Pela Vida. Ele está aposentado desde abril deste ano.
Foto: Karina Morais/Esp.DP
Alessandro Carvalhou deixou o cargo. Foto: Karina Morais/Esp.DP

“Quero publicamente agradecer o trabalho e as contribuições que Alessandro deu à área de segurança, como um profissional dedicado e de elevado espírito público. Um grande amigo. E agora também tenho certeza que Angelo, por sua experiência e capacidade, vai se integrar com eficiência ao trabalho do Pacto Pela Vida”, afirmou o governador de Pernambuco.

Logo após a indicação de Angelo Gioia para o novo cargo, começaram a circular nas redes sociais informações sobre uma ação penal movida contra ele pelo Ministério Público Federal do Rio de Janeiro. O delegado federal respondeu, por meio de nota. Leia a seguir:

“Quando assumi a Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, em 2008, a unidade se encontrava em dificuldades operacionais e de produtividade. Quando deixei a função, em 2011, a Superintendência do Rio de Janeiro se encontrava em situação invejável de produtividade frente às demais unidades do DPF, reconhecido pelo então corregedor geral da Polícia Federal. Faço essa observação para dizer que as acusações de abuso de poder, denunciação caluniosa e coação no curso do processo, decorrem exatamente desse trabalho para corrigir os problemas crônicos que existiam na Superintendência do Rio de Janeiro. Essa atuação me trouxe adversários, foram abertos processos contra mim e de todos fui absolvido, inclusive com decisões de segunda instância pelo Tribunal Regional Federal da 2ª Região.”

Confira as experiência profissionais do novo secretário

– 1° Sargento Especialista em Infantaria de Guarda da Força Aérea Brasileira (1981-1996)
– Chefe da Delegacia de Prevenção e Repressão a Crimes Fazendários, Cuiabá, Mato Grosso (1997-1999);
– Chefe Substituto do Núcleo de Disciplina da Corregedoria Regional de Polícia, Rio de Janeiro (1999-2002);
– instrutor da Academia Nacional de Polícia Federal, Brasília (2001-2002);
– Chefe do Setor de Operações da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado e de Inquéritos Especiais, Rio de Janeiro (2002-2003);
– Chefe da Delegacia Especial no Aeroporto Internacional Tom Jobim, Rio de Janeiro (2003);
– Chefe da Delegacia de Controle de Segurança Privada, Rio de Janeiro (2004-2006);
– Delegado Regional Executivo da Superintendência Regional do Distrito Federal (2006-2007);
– Superintendente Regional do Departamento de Polícia Federal no Estado de Pernambuco (2007-2008);
– Superintendente Regional do Departamento de Polícia Federal no Estado do Rio de Janeiro (2008-2011);
– Adido da Polícia Federal na Itália (2011-2013).

TJPE julga recurso de apelação no caso da Ponte Joaquim Cardoso

A 2ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) julga na tarde desta quinta-feira o recurso de apelação cível apresentado pelo estado no caso da Ponte Joaquim Cardoso. Em dezembro do ano passado, o estado foi condenado a pagar uma indenização de R$ 350 mil para Zineide Maria de Souza e Israel Ferreira da Silva, pais de Zinael José de Souza, 17 anos, que morreu após ser torturado por policiais militares e obrigado a pular no Rio Capibaribe durante o carnaval do ano de 2006 junto com um grupo de amigos.

Caso da Ponte Joaquim Cardoso demorou mais de nove anos para ser julgado. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press
Caso da Ponte Joaquim Cardoso demorou mais de nove anos para ser julgado. Foto: Ricardo Fernandes/DP/D.A Press

Além de Zinael, o adolescente Diogo Rosendo Pereira, 15, também morreu. Segundo o advogado Afonso Bragança, a família e a defesa esperam que a decisão da Justiça seja mantida. O caso da Ponte Joaquim Cardoso foi publicado com exclusividade pelo Diario de Pernambuco.  De acordo com a denúncia, em 28 de fevereiro de 2006, policiais militares teriam obrigado 14 adolescentes a atravessarem a nado o Rio Capibaribe, ameaçados com revólver, a partir da Ponte Joaquim Cardoso, na Ilha Joana Bezerra. Por não saberem nadar, os adolescentes Diogo Rosendo e Zinael José morreram afogados.