Suspeitos de morte de jovem na Aeronáutica serão ouvidos no dia 9

A primeira audiência de instrução do julgamento dos acusados da morte da estudante Monique Valéria de Miranda, 20, dentro do hotel de trânsito da Aeronáutica, foi adiada. A sessão deveria ter acontecido na 9º Vara Criminal do Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha de Joana Bezerra, na tarde desta quarta-feira (27), no entanto, foi remarcada para o próximo dia 9, porque um dos réus não teria recebido a intimação para comparecer à sessão. O blog havia informado, erradamente, mais que cedo que seria realizado o julgamento.

Nesta tarde, deveriam ser interrogados dois acusados de envolvimento no crime. Monique Freitas, amiga da vítima que estaria na festa acompanhando a jovem, e o soldado licenciado Gleyson Gonzaga dos Santos, que permitiu a entrada das mulheres e deu uma arma de uso restrito para elas tirarem fotos. A sessão seria presidida pela juíza Sandra Beltrão, mas, segundo ela, Gleyson Gonzaga não recebeu a intimação em casa e desconhecia a data da audiência.

A vítima participava de uma festa em um dos quartos do hotel de trânsito da Aeronáutica, há dois anos, quando foi atingida por um tiro no rosto. A amiga dela, Monique Freitas, confessou que brincava com a arma, quando ocorreu o disparo.  Monique e o soldado são acusados de homicídio culposo, quando não há intenção de matar, e aguardam o julgamento em liberdade.

Além da ação criminal que irá julgar a participação de cada um dos envolvidos e avaliar se houve omissão e intenção e que determinará as penas individuais, o crime está sendo avaliado pela Justiça Federal. A família da vítima move um processo contra a União pedindo uma indenização e discutindo sua responsabilidade no assassinato de Monique.

Dupla será julgada por morte ocorrida no Hotel de Trânsito da Aeronáutica

O ano era 2011 e uma festa feita às escondidas no Hotel de Trânsito dentro do parque de materiais da Aeronáutica terminou com a morte de uma mulher de 20 anos. Monique Valéria de Miranda foi ao local acompanhada de mais duas amigas, convidadas por soldados da Aeronáutica. Naquela noite a jovem morreu após ser baleada no rosto com uma pistola 9mm. Uma amiga com o mesmo nome da vítima, Monique Freitas da Silva, confessou que brincava com a arma na hora do disparo, que teria sido acidental.

Para mãe, condenação vai ajudar a superar perda (RICARDO FERNANDES/DP/D.A PRESS)

Dois anos após a tragédia, Monique Freitas e o soldado licenciado Gleyson Gonzaga dos Santos, que teria dado a arma para as meninas, vão ser julgados hoje, no Fórum Joana Bezerra, às 13h30. Os dois são acusados de homicídio culposo, quando não há intenção de matar e aguardam o julgamento em liberdade.

Para a mãe da vítima, a comerciante Vilma Rejane, 48 anos, a prisão dos envolvidos no assassinato vai ajudar a superar a ausência da filha. “Creio que vou me sentir mais confortada de saber que eles não ficaram impunes”, comentou.

Além da ação criminal que irá julgar a participação de cada um dos envolvidos e avaliar se houve omissão e intenção e que determinará as penas individuais, o crime está sendo avaliado pela Justiça Federal. A família da vítima move um processo contra a União pedindo uma indenização e discutindo sua responsabilidade no assassinato de Monique.