Ex-PM é condenado a 37 anos por homicídio de grávida

O ex-policial militar Marco Antônio de Medeiros Silva foi condenado pela Justiça a 37 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio triplamente qualificado da corretora Taciana Barbosa de Carvalho. O veredicto foi lido pela juíza Maria Segunda Gomes, na tarde de ontem, após decisão do júri popular.

O ex-policial mantinha um relacionamento amoroso com a corretora, mas não aceitava o fato de
ter um filho com ela (Julio Jacobina/DP/D. A Press; Julio Jacobina/DP/D. A Press/reprodução)

O crime aconteceu em maio de 2008. Grávida de oito meses, ela foi morta e seu corpo, jogado em alto-mar, segundo o Ministério Público.

Além do homicídio, o ex-PM foi condenado por sequestro, aborto provocado por terceiro, furto qualificado, ocultação de cadáver e coação no curso do processo.
Na sessão do júri, convocado a depor, Marco Antônio de Medeiros Silva preferiu permanecer em silêncio. A magistrada determinou que ele cumpra a pena na Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá. Mas ele continuará no Presídio de Igarassu, pois a defesa irá recorrer.

“Entendemos que a decisão do júri foi contrária às provas que estão nos autos. A pena decidida pela juíza também foi exacerbada”, afirmou o advogado Maurício Gomes.
Na fase de debates, a promotora Eliane Gaia afirmou que a vítima foi morta porque era “uma pedra no caminho” de Marco. “Ele queria impedir o nascimento do filho. Por falta de inteligência, cometeu seis crimes para tirar essa pedra. Primeiro, sequestrou Taciana. Depois, matou e, consequentemente, abortou. Furtou itens dela, ocultou o cadáver e coagiu testemunhas. O objetivo era não dar pensão e não ser descoberto na sua traição pela esposa”, disse a promotora.

Antes dos debates, a mãe da vítima, Fátima Maria Barbosa, única a depor, relatou que, no dia em que a filha desapareceu, o acusado telefonou para Taciana e marcou um encontro. Contou ainda que o réu teria oferecido um medicamento para que a gestante abortasse, o que não foi aceito pela corretora. Após o resultado, os pais dela disseram ter ficado aliviados.

Desde o desaparecimento do corpo, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros realizaram buscas em alto-mar, em Itamaracá, mas nada foi encontrado. Em 2011, com uso de outras tecnologias, equipes voltaram a fazer buscas, novamente frustradas.

Acusado de matar grávida de oito meses vai a julgamento

Está previsto para a manhã desta terça-feira o julgamento do ex-policial Militar Marco Antônio de Medeiros Silva. Ele é acusado de ter assassinado a corretora de imóveis Taciana Barbosa de Carvalho, que desapareceu desde o dia 11 de maio 2008.

taciana julga

Marco foi indiciado e denunciado pelo Ministério Público de Pernambuco pelos crimes de sequestro, homicídio triplamente qualificado, aborto, furto qualificado, ocultação de cadáver e coação a testemunhas. Ao total, se condenado por todos os crimes, Marco Antônio Medeiros Silva pode pegar uma pena de até 60 anos de prisão.

O caso
Taciana Barbosa de Carvalho estava grávida de oito meses do ex-PM Marco Antônio de Medeiros Silva, com o qual mantinha um caso extraconjugal, quando desapareceu no dia 11 de maio de 2008, dia das mães.

De acordo com a denúncia, Marco Antônio convidou Taciana para receber um presente pelo dia das mães, Após o encontro, ele a a sequestrou, matou, subtraiu objetos pertencentes a ela e depois jogou o corpo no mar em Itamaracá, envolvido em correntes e âncoras de ferro, passando depois a ameaçar diversas testemunhas do caso. Marco Antônio está preso no Cotel, em Abreu e Lima, onde aguarda o julgamento.

Menina de apenas um ano assiste à morte da mãe

A violência segue sem freio e sem limite no estado. Não bastassem os assaltos a pessoas e roubos a estabelecimentos comerciais, os crimes de homicídios não param de ganhar as manchetes policiais. O jornal Aqui PE desta terça-feira relata um crime ocorrido na noite do último domingo, na comunidade da Moenda de Bronze, na Vila Rica, no Centro de Jaboatão. Uma jovem de 18 anos identificada como Eduarda Priscila Alves da Silva foi assassinada a tiros na frente de casa. A jovem, que estava grávida de cinco meses foi morta na frente da filha de apenas um ano e segundo a polícia, a família suspeita de crime passional.

Sem piedade alguma, o criminoso (a) disparou duas vezes contra a cabeça de Priscila que morreu na hora. “Foi um crime característico de execução. Atiraram para acabar com a vítima”, disse o perito do Instituto de Criminalística Fernando Benevides. Ainda segundo os parentes da vítima, ela não tinha envolvimento com drogas, nem com nenhum tipo de crime. O caso foi registrado pelo Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), que já deu início às investigações.

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Apesar de a comunidade da Moenda de Bronze ser conhecida como uma área violenta, até o momento, o crime está sendo tratado como crime passional. Familiares da vítima suspeitam de um ex-namorado da jovem, que não teve a identidade revelada. Durante entrevista à equipe da reportagem da TV Clube, um dos tios da jovem assassinada disse que encontrou a filhinha da vítima chorando e com a roupa suja de sangue, enquanto a mãe estava morta ao seu lado.

Daqui pra frente, o que passará na cabeça dessa criança? Com apenas um ano de idade a garota perde sua mãe e ainda assisti à sua morte. Ela vai precisar de um acompanhamento psicológico e de muita atenção da família para superar esse trauma. Infelizmente, não são raros os crimes cometidos diante de crianças e sobretudo filhos das vítimas. Lembro-me do caso da turista alemã Jennifer Kloker, assassinada a mando da família em fevereiro de 2010, que também foi executada na frente do seu filho de apenas três anos. O menino chegou a narrar a psicológos como aconteceu a morte da mãe. Crianças como essas têm grandes chances de se tornarem adultos com algum tipo de problema, se não forem tratadas corretamente.

A matéria completa sobre a morte da jovem você lê na edição impressa do Aqui PE desta quinta-feira, que você pode comprar nas bancas ao preço de R$ 0,25.