Dezesseis câmeras de videomonitoramento começaram a funcionar desde ontem no município de Paulista, na Região Metropolitana do Recife. As cenas registradas nos equipamentos serão gravadas e acompanhadas 24 horas por uma equipe, formada sempre por um policial militar e um guarda municipal, de plantão no Centro Integrado de Segurança, (CIS), na área central do município. O projeto custou R$ 800 mil, com contrapartida de R$ 127 mil da prefeitura, e inclui 13 quilômetros de cabo de fibra ótica.
O major André Ângelo, comandante do 17º Batalhão, informou que o modelo ajuda a agilizar a ação policial. “Os policiais não podem estar em todos os locais ao mesmo tempo. As viaturas terão um link direto com essa central identificando o criminoso e fazendo com que a viatura chegue mais rápido para verificar a abordagem”, explicou. O oficial disse, ainda, que as imagens poderão servir de provas contra suspeitos. Outra novidade no município é o projeto Garupa, da PM. Dois PMs em uma moto irão atuar no apoio à equipe da sala de videomonitoramento. Ao todo serão vinte homens em dez motos.
Um projeto piloto de videomonitoramento foi montado no bairro de Maranguape e, segundo o secretário de segurança cidadã, Manoel Alencar, vem surtindo efeito. “Instalamos o ônibus de videomonitoramento em agosto e de lá para cá não registramos mais homicídios no bairro”, garantiu. Antes disso, Alencar falou que eram registrados cinco assassinatos por mês na localidade, principalmente ligados ao tráfico de drogas. As câmeras foram instaladas em pontos estratégicos, como nas entradas da cidade, no comércio e nas principais praças dos bairros de Jardim Paulista, Paratibe, Aurora, Centro, Maranguape I e II, Nobre, Alameda e Vila Torres Galvão.
Após a denúncia exclusiva publicada ontem pelo blog sobre um possível golpe relacionado ao Bolsa Família, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) orientou a gestão local do programa a tomar providências de apuração e investigação junto às autoridades para elucidar os fatos e responsabilizar os supostos envolvidos. Um homem identificado como José Ricardo Rezende enviou comunicados para várias residências da cidade de Paulista convidando beneficiários do programa para participarem de uma palestra na qual seriam explicadas algumas alterações para as pessoas continuarem recebendo o benefício.
Moradores de Paulista ouvidos pela reportagem afirmaram que durante a palestra realizada na Escola Municipal José Firmino da Veiga, no Centro da cidade, no sábado passado, foram orientados a fazerem a matrícula de pelo menos um membro da família num curso profissionalizante com mensalidades de R$ 50 para não serem excluídos do programa, o que não é exigido por lei.
A empresa que oferecia os cursos disse que aceitou disponibilizar 50 vagas com preços mais baixos a pedido de José Ricardo Rezende, que se apresentou como represente do Projeto Capacitar como forma praticar uma ação social. A empresa disse desconhecer o teor da palestra dada por José Ricardo aos beneficiários do Bolsa Família. A coordenadora do Bolsa Família em Paulista, Mariana Bezerra, orientou beneficiários sobre ilegalidade da exigência.
O blog tentou contato com autora do Projeto de Lei (2105/2015), a deputada federal Giovania de Sá (PSDB/SC), que propõe a inserção de um membro da família do beneficiário num curso de educação profissional ou tecnológica como forma de permanência no programa, mas não obteve sucesso. A proposta ainda está sendo apreciada. O MDS reforça mais uma vez que não obriga os beneficiários do programa a participarem de cursos profissionalizantes. As únicas condicionalidades do Bolsa Família são a frequência escolar dos alunos beneficiários e o acompanhamento de saúde das crianças e das mães.
A facilidade de conseguir parceria numa empresa de cursos técnicos e autorização para utilizar duas salas de uma escola para a realização de uma palestra, por pouco, não levou dezenas de pessoas carentes da cidade de Paulista, no Grande Recife, a caírem num possível golpe. Os moradores receberam comunicados os convidando para uma conversa na Escola Municipal José Firmino da Veiga, no Centro da cidade, onde seriam explicadas suspotas alterações no Programa Bolsa Família.
Na palestra, os beneficiários disseram que foram orientados por um homem identificado como José Ricardo Rezende a fazer inscrições em cursos profissionalizantes com mensalidades de R$ 50, como condição de não serem excluídas do benefício. Procurado pelo Diario, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome informou que nenhum beneficiário é obrigado a fazer curso profissionalizante para se manter no Bolsa Família.
Uma dona de casa de 59 anos ficou preocupada após participar da palestra e decidiu não fazer o curso. O Projeto de Lei (2105/2015) apresentado na Câmara no final de junho pela deputada federal Giovania de Sá (PSDB/SC) propõe que um membro da família do beneficiário esteja matriculado, frequente e conclua um curso de educação profissional ou tecnológica, no prazo de 90 dias a partir da data de concessão de benefício como condição para permanência no programa. A proposta ainda está sendo apreciada. “Quem recebeu a carta ficou com medo. Na palestra disseram que as pessoas que não fizessem o curso iriam perder o benefício. Perguntaram se eu teria os R$ 50 para pagar naquela hora, mas eu não paguei”, revelou a dona de casa.
Cerca de 60 pessoas participaram da palestra no último sábado. Muitas delas chegaram a fazer um cadastro para só então efetivar a matrícula amanhã, quando aconteceria a primeira aula. “Quando chegamos na escola, as pessoas nos informaram que o curso seria pago parte pelo governo federal e parte por nós. Não paguei nada, pois achei muito estranho”, declarou uma comerciante que fez cadastro do filho e de uma sobrinha. As aulas oferecidas seriam de computação básica, operador de telemarketing, entre outros e aconteceriam num curso no Centro de Paulista.
O Diario esteve na empresa e falou com o proprietário. O empresário que preferiu não ter a identidade revelada disse que José Ricardo Rezende procurou sua empresa, se apresentou como integrante de uma ONG carioca e propôs que ele concedesse desconto para algumas pessoas ligadas ao Bolsa Família fazerem cursos profissionalizantes. “Não sabíamos do teor das informações que foram repassadas por ele na palestra, apenas aceitamos abrir 50 vagas com preços mais baixos como forma de fazer uma ação social. Agora vou analisar com meu advogado que medidas iremos tomar, pois a minha empresa ficou exposta”, ressaltou o empresário.
Em entrevista por telefone, o homem que confirmou ser José Ricardo Rezende disse ser integrante de um projeto social do Rio de Janeiro que roda várias cidades do país prestando serviços de assistência social. “Não fizemos nenhuma cobrança em dinheiro, nem pegamos documentos de ninguém. Nossa ideia era apenas informar aos beneficiários sobre as possíveis mudanças que podem acontecer no programa caso o projeto de lei seja aprovado”, declarou Rezende. Ele afirmou que contratou jovens para distribuir os comunicados em algumas casas e que a cidade de Paulista teria sido indicada pelo projeto social do qual é voluntário.
Governo federal e prefeitura negam exigência
Após receber os comunicados, alguns beneficiários do Bolsa Família procuraram a Secretaria de Políticas Sociais, Esportes e Juventude de Paulista para saber se as mudanças no programa eram verídicas. Segundo a coordenadora do programa na cidade, Mariana Bezerra, a exigência de curso profissionalizante para recebimento do Bolsa Família é ilegal. “Informamos às pessoas que essa informação era falsa. Não há nenhuma legislação que informe isso. As exigências para permanecer no programa são quanto à frequência escolar e os cuidados com a saúde”, explicou Mariana.
O secretário Augusto Costa ressaltou que nenhum beneficiário recebe comunicado ou telefonema do governo federal para tratar sobre o Bolsa Família. “Esses contatos são realizados através dos agentes públicos, que vão até as casas dos beneficiários, ou através dos extratos de pagamento dos benefícios. Quem se sentiu lesado deve procurar a polícia e fazer a denúncia”, destacou Costa.
Sobre a utilização das salas de aula da Escola Municipal José Firmino da Veiga, a Secretaria de Educação de Paulista esclareceu que “autorizou a utilização das salas na escola baseada na falsa informação de que uma empresa ofereceria capacitação aos beneficiários do Bolsa Família sem qualquer custo.” Após o episódio, o secretário Carlos Júnior pedirá aos diretores de escolas mais rigor para autorizar a liberação de salas de aulas para eventos externos.
Já o Ministério do Desenvolvimento Social ressaltou que “beneficiários não são obrigados a fazer cursos profissionalizantes para manterem o Bolsa Família.” O ministério ressaltou ainda que o governo federal oferece, de forma gratuita, cursos profissionalizantes do Pronatec para os beneficiários do Bolsa Família e para as famílias que estão no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal por meio de parcerias com o sistema S e instituições públicas, mas não obriga ninguém a participar deles.
O delegado Salatiel Patrício informou ontem que o inquérito que apurou a morte da garota Hilda Beatriz, 3 anos, e da tia dela, Janaína Rodrigues de Azevedo, 39, assassinadas em Pau Amarelo, Paulista, no último dia 10, foi encaminhado à Justiça. Segundo o delegado, os suspeitos Washington Gusmão Júnior, 33, e o casal Eudes Luís dos Santos, 40, a mulher dele, Maria do Socorro Oliveira, 52, foram indiciados por duplo homicídio, uma tentativa de homicídio e ainda por ocultação de cadáver.
“O inquérito já foi remetido à Justiça. Washington foi o autor dos crimes, mas o casal articulou tudo junto com ele. Irão responder pelos mesmos crimes. Já a quarta pessoa presa ainda está sendo investigada”, relatou o delegado. Ainda segundo a polícia, a motivação dos crimes só será revelada após a investigação contra a quarta suspeita. O delegado não confirma a hipótese do crime ter ligação com ritual de magia negra.
No último dia 10, Washington matou Janaína e Hilda Beatriz e ainda feriu a facadas outra tia da criança. Ele foi preso horas após o crime e o corpo da criança localizado à noite enterrado na casa do casal que também foi preso suspeito de participar do crime. “ Teremos até 15 de agosto para encaminhar o inquérito para a Justiça”, Salatiel Patrício.
A acusada de assassinar a administradora Narda Alencar Biondi, 33 anos, foi condenada pelo júri popular, no Fórum de Paulista, a 19 anos e seis meses de prisão por homícidio duplamente qualificado e ocultação de cádaver.
A ré Sayonara Cristine Rangel Boner, 47, havia confessado o assassinato à polícia, mas ontem, diante dos jurados e do juiz Arthur Guedes, negou o crime e apontou como autor um homem que morava em sua casa, no bairro de Pau Amarelo, em Paulista, onde a vítima também estava morando há poucos dias.
Segundo a polícia, Sayonara matou Narda após uma discussão banal, no meio da noite, na madrugada de 30 de março de 2010. “O único alívio é que ela foi condenada, apesar de isso não trazê-la de volta”, disse José Bioni, 67, pai da vítima.
Durante o julgamento, foram ouvidas como testemunhas de acusação a delegada Gleide Ângelo, que investigou o caso e contou o passo a passo da execução, e a mãe da vítima, Kátia Alencar Biondi. Do lado da defesa, foi interrogada a filha mais nova de Sayonara, Tuany Rangel. Usando camisas com a foto da vítima, familiares e amigos acompanharam todo o julgamento.
Narda foi dada como desaparecida no dia 29 de março de 2010. O corpo foi encontrado em 4 de agosto, enterrado no quintal da casa de Sayonara. Segundo a polícia, a administradora foi morta por estrangulamento pela amiga, que teve a ajuda sua filha mais velha, Kelly Rangel, e do outro morador do imóvel, Cícero Cunha, para ocultar o cadáver. Sayonara disse ontem que o autor do crime foi Cícero e que teria assumido a culpa por medo que ele matasse suas duas filhas e duas netas.
O inquérito também indiciou o irmão de Sayonara, Cleiton Sidnei Rangel, pela ocultação de cadáver. Ele, Kelly e Cícero respondem em liberdade. Sayonara está presa desde agosto de 2010.
O julgamento começou de manhã e terminou no início da noite. À tarde, o promotor Antônio Arroxelas exibiu o vídeo com a reprodução simulada do crime. Na gravação de uma hora, Sayonara contou à polícia a dinâmica do crime. O irmão de Narda, Elber Biondi, participou como assistente de acusação. O júri popular foi formado por quatro homens e três mulheres.
Acontece na manhã desta quarta-feira, no Fórum de Paulista, o julgamento da acusada de matar a administradora Narda Alencar Bionde, 33 anos. Narda foi dada como desaparecida no dia 29 de março do ano de 2010. O corpo foi encontrado quatro meses depois enterrado no quintal de uma casa na Rua Benone Sá, Pau Amarelo, em Paulista. O juiz que presidirá o júri será Arthur guedes. Segundo o TJPE, a imprensa não vai poder acompanhar o julgamento.
Durante as investigações a polícia descobriu que o crime foi praticado por uma amiga da vítima. Sayonara Cristine Rangel Boner confessou o assassinato à polícia. Ela será levada a júri popular a partir das 9h desta quarta-feira. Narda havia acabado um relacionamento com o ex-namorado e estava muito triste. Foi quando passou a morar com algumas amigas. Horas antes de ser morta, chorando muito, a administradora foi para o quarto para escrever uma carta para o ex.
Por volta das 22h, a dona da casa, Sayonara, teria levado um chá de capim santo para acalmá-la. Mas Narda continuou a escrever e adormeceu no chão. Sobre as cartas. Às 3h, ela foi acordada por Sayonara que queria levá-la para cama. Ainda atordoada, ouviu que estava muito triste e não era mais bem-vinda na residência, onde estava há três dias, em Pau Amarelo, Paulista. Elas discutiram e Sayonara matou Narda estrangulada. O caso foi solucionado pela delegada Gleide Ângelo, do DHPP.
O delegado de Maria Farinha Álvaro Porpino instaurou um inquérito policial para apurar as circunstâncias da morte de um homem de 28 anos durante uma festa rave em Maria Farinha, Paulista, na Região Metropolitana do Recife (RMR). Henrique Andrade Lima Batista teria passado mal e se debatido no chão, quando participava do evento Liquid Sky na madrugada do último domingo.
Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil, uma equipe de investigação já está em diligências colhendo informações sobre a morte. Ainda esta semana serão iniciados os depoimentos das pessoas que estavam na rave e também dos profissionais e pessoas que fizeram o socorro a Henrique.
Henrique, que era diretor-executivo de uma empresa de móveis, chegou a ser socorrido pelo Samu e levado para a Unidade de Pronto Atendimento(UPA) de Paulista. De acordo com a unidade de saúde, o paciente deu entrada por volta das 5h do domingo, com parada cardiorespiratória. O corpo de Henrique foi sepultado na noite desse domingo, no Cemitério Morada da Paz, em Paulista.
A ocorrência de casos de violência nos estádios de futebol em Pernambuco vai ser tema de um debate que acontece nesta terça-feira, às 9h, na Câmara de Vereadores do Paulista. Devem participar do encontro além de autoridades, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, e o comentarista esportivo Aderval Barros.
Aberto ao público, o debate discutirá as causas de consequências da violência nos estádios de futebol, além de soluções para este problema que vem assustando os verdadeiros amantes do esporte. Apesar de constante, a preocupação com os casos de agressão foi amplificada pelo recente crime cometido na saída do jogo entre Santa Cruz e Paraná, no Arruda, na Zona Norte do Recife, no último dia 2.
Uma família inteira atrás das grades por causa das drogas. Herdeiros de um “negócio” que se espalha com a rapidez de um cometa e, infelizmente, atraí cada dia mais gente. Nesse final de semana, a Polícia Federal divulgou a prisão de uma mulher e a apreensão de dois adolescentes. Era um casal de irmãos de 17 e 15 anos, cujos pais e outro irmão já cumprem pena por tráfico de entorpecentes. O garoto e a garota estavam envolvidos em uma transação onde estava em jogo 34 quilos de maconha para comercialização ilegal. Eles foram apreedidos no bairro de Pau Amarelo, em Paulista, e agora terão, pelo menos enquanto não completarem a maioridade, o mesmo destino do pai, da mãe e do irmão mais velho.
A polícia suspeita que o pai dos adolescentes comandava o esquema criminoso de dentro do presídio. Como está privado de liberdade, deve ter obrigado a família a continuar o trabalho sujo que realizava na rua. Agora, talvez esteja feliz por ter oferecido a eles uma vida atrás das grades. Tirou dos filhos o direito de ter uma adolescência sadia e de frequentar a escola. Da esposa, tirou a tarefa de cuidar dos filhos. O final dessa história, não deve ser das melhores. Quem conhece um pouco da realidade do nosso sistema prisional e das nossas unidades de internação para adolescentes infratores sabe do que estou falando. Uma pena. Mais uma família provavelmente destruída pelas drogas.
Confira a matéria publicada no Diariodepernambuco.com.br nesse domingo sobre o caso:
Dois irmãos adolescentes e uma diarista foram capturados pela Polícia Federal com 34 quilos de maconha em Pau Amarelo, Paulista, na última sexta-feira (18). Os pais dos adolescentes e outro dos irmãos já estão presos por tráfico de drogas. Os irmãos, um de 15 anos e uma menina de 17, estavam com Ana Caroline Mendes, de 29 anos, e foram abordados durante uma investigação sobre tráfico de drogas na Rua Marrocos. De acordo com a polícia, o esquema criminoso era comandado por reeducando do Complexo Prisional Professor Aníbal Bruno.
As prisões foram realizadas quando Ana Caroline foi comprar dez quilos de maconha na casa dos adolescentes. A droga estava escondida em um imóvel em construção utilizado para armazenamento de entorpecentes. No local, foram encontrados vários tabletes de maconha prensada, oriunda do Paraguai. De acordo com a adolescente, ela receberia R$ 3 mil para guardar os papelotes.