Diminui o número de mulheres assassinadas em Pernambuco

Os oito anos de vigência da Lei Maria da Penha foram comemorados ontem com uma queda no número de mulheres assassinadas em Pernambuco no último ano. Houve redução de 8,3% entre janeiro e junho de 2014, em comparação ao mesmo período de 2013. Nos seis primeiros meses deste ano, 127 mulheres foram vítimas de homicídio no estado, contra 133 em 2013.

Antônia* decidiu denunciar ex-companheiro ontem, após cinco anos de agressões (BERNARDO DANTAS/DP/D.A PRESS)

Entre 2007 e 2014, 1.985 mulheres foram mortas em Pernambuco. Houve queda de 15,9% no número entre junho de 2013 e julho de 2014, em comparação com o mesmo período entre 2006 e 2007. Apesar da queda, o número ainda é considerado alto por entidades de combate à violência doméstica.

A assistente social integrante do Fórum de Mulheres de Pernambuco Sílvia Dantas avalia que a lei federal 11.340, sancionada em 7 de agosto de 2006, trouxe avanços, mas que o número de mulheres mortas assusta. “A lei trouxe benefícios como a definição do que é violência doméstica, a criação de instrumentos institucionais para coibir esses crimes e a possibilidade de punir os agressores. No entanto, ainda é inaceitável a quantidade de vítimas.”

As delegacias especializadas, os centros de referência, os núcleos de abrigamento e as ouvidorias da mulher são apontadas como os principais legados da lei. Pernambuco é o único estado a contar também com um departamento de polícia da mulher. “Isso significa que é o único estado a ter uma estrutura policial específica para pensar e gerenciar as ações voltadas para as mulheres”, explicou a delegada Marluce Ferreira, assessora do Departamento de Polícia da Mulher.

Cerca de 1,2 mil mulheres e crianças que corriam o risco de morrer por conta da violência doméstica estão abrigadas no estado. Vinte e seis vítimas são monitoradas. Os agressores são vigiados com tornozeleiras eletrônicas e não podem se aproximar delas. “Mas ainda falta consciência de toda a população para que a lei seja melhor aplicada”, afirmou a diretora de Enfrentamento à Violência de Gênero da Secretaria Estadual da Mulher, Fábia Lopes.

Drama que se repete
A rotina de cinco anos de agressões deixou marcas no corpo da dona de casa Antônia*, 34. Diariamente, ela levava tapas e chutes do companheiro, pai de dois de seus seis filhos. O agressor, que não trabalha e usa crack, chegou a esfaqueá-la nas costas. Duas semanas depois de ela terminar o relacionamento, ele retornou à residência e roubou geladeira, TV e documentos de Antônia e filhos. Ontem, ela decidiu denunciá-lo pela primeira vez.

* Nome fictício

Lançada campanha “Violência contra as mulheres – eu ligo”

O governo lançou a campanha nacional “Violência contra as mulheres – Eu ligo” que visa a estimular as denúncias por meio da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180. A campanha, que começa a ser veiculada em TV aberta e fechada a partir de domingo (25) fica no ar por um mês e terá a participação das atrizes Luana Piovani e Sheron Menezzes. Além das peças para televisão, a campanha inclui rádio, internet, folhetos e cartazes. A iniciativa é da Secretaria de Políticas para as Mulheres, do Ministério das Cidades e da Secretaria de Comunicação Social da Presidência.

Sandra e o filho Icauã foram mortos a facadas pelo companheiro dela. Foto: Reprodução/Facebook
Sandra e o filho Icauã foram mortos a facadas pelo companheiro dela. Foto: Reprodução/Facebook

“Esperamos que essa campanha elimine de vez a violência contra as mulheres ao sensibilizar toda a sociedade para abraçar essa luta. A campanha é lançada agora, na época da Copa do Mundo, porque temos que nos preocupar com a preservação da garantia dos direitos das meninas e mulheres. As crianças e mulheres brasileiras não podem ser vítimas de turismo sexual. Receberemos com maior carinho a todos os turistas que vierem, mas não admitiremos da parte de brasileiros ou de estrangeiros qualquer violência contra as nossas mulheres. Qualquer pessoa que estiver no nosso país e usar as mulheres para fins de exploração sexual ou de turismo sexual terá que responder como qualquer brasileiro”, disse a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci.

Em março, a secretaria adaptou o Ligue 180 para o formato disque denúncia. Com isso, as denúncias recebidas são encaminhadas aos sistemas de segurança pública e ao Ministério Público de cada um dos estados e do Distrito Federal. De acordo com a secretaria, a mudança trouxe mais agilidade à apuração das denúncias. As ligações são gratuitas e o serviço funciona 24 horas.

No evento, também foi lançado o aplicativo para celular Clique 180, desenvolvido pela Secretaria de Políticas para as Mulheres e pela ONU Mulheres. O aplicativo permite o acesso direto ao Ligue 180 e contém informações sobre os tipos de violência contra a mulher, dados de localização dos serviços da rede de atendimento e proteção, além de sugestões de rota para chegar até eles.

O aplicativo também traz o conteúdo da Lei Maria da Penha e uma ferramenta que mapeia os locais da cidade que oferecem mais risco às mulheres. Serão indicados, por exemplo, locais pouco iluminados ou onde há ocorrências de roubos nas cidades. O aplicativo gratuito está disponível para os sistemas IOS do Iphone e Android dos demais smarthpones.

“O Clique 180 é mais um instrumento no combate à violência contra a mulher. Esperamos que essa campanha de divulgação massiva leve informações importantes para a sociedade que podem salvar a vida das mulheres”, disse a diretora da ONU Mulheres no Brasil, Nadine Gasman.

Da Agência Brasil

Ipojuca adere ao Pacto pela Segurança Pública

A partir desta terça-feira, Ipojuca será mais um município pernambucano a aderir ao projeto “Pacto dos municípios pela Segurança Pública”, do Ministério Público de Pernambuco (MPPE). O objetivo do programa é não apenas combater, mas, principalmente, prevenir ações criminosas. O termo de compromisso será firmado pelo prefeito Carlos Santana durante cerimônia a ser realizada no Hotel Armação, localizado no balneário de Porto de Galinhas, a partir das 8h.

Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press
Município passou por toque de recolher. Fotos: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press

Entre as autoridades que estarão presentes, o procurador-geral de Justiça de Pernambuco, Aguinaldo Fenelon de Barros e o promotor de Justiça do Estado Paulo Augusto de Freitas Oliveira, além de promotores locais, secretários municipais, vereadores, oficiais da Polícia Militar, delegados de Polícia, educadores, dirigentes de ONGs e conselheiros tutelares, além de líderes comunitários.

O projeto, que visa promover atividades com impactos diretos na redução da violência, é dividido em 10 eixos temáticos, abrangendo desde melhorias na iluminação pública até a instalação de câmeras de vídeo e monitoramento, ações essas já realizadas pela Administração Municipal. O Pacto dos Municípios pela Segurança Pública propõe a união entre diversas esferas do Poder Público e a sociedade civil para combater a violência e, consequentemente, promover a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos em Pernambuco. Trata-se de um trabalho conjunto entre MPPE e Municípios.

Rapazes estavam na cobertura de uma casa quando a polícia chegou
Rapazes estavam na cobertura de uma casa quando a polícia chegou

O Pacto apresenta uma série de medidas relacionadas à segurança que podem ser adotadas pelos municípios. Após avaliar quais serão implantadas, a cidade firma um compromisso com o MPPE e pas­sa a ser constantemente avaliada. Ao fim do ciclo, aqueles que atingirem as metas recebem do MPPE uma certificação.

Com informações da assessoria da Prefeitura do Ipojuca

Violência nos estádios de futebol debatida em Paulista

A ocorrência de casos de violência nos estádios de futebol em Pernambuco vai ser tema de um debate que acontece nesta terça-feira, às 9h, na Câmara de Vereadores do Paulista. Devem participar do encontro além de autoridades, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, e o comentarista esportivo Aderval Barros.

Aberto ao público, o debate discutirá as causas de consequências da violência nos estádios de futebol, além de soluções para este problema que vem assustando os verdadeiros amantes do esporte. Apesar de constante, a preocupação com os casos de agressão foi amplificada pelo recente crime cometido na saída do jogo entre Santa Cruz e Paraná, no Arruda, na Zona Norte do Recife, no último dia 2.

População de Serra Talhada assustada com onda de violência

A Delegacia de Serra Talhada estava lotada ontem. Pelo menos oito pessoas prestaram depoimento ao delegado Isaías Novaes, designado especialmente para apurar os crimes. Enquanto as mortes não são esclarecidas, a população segue com medo.

José Adelmo da Silva, 50, tem um pequeno comércio no bairro de Bom Jesus e contou que a violência aumentou muito nos últimos meses. “Cheguei aqui no mês de outubro e estava tudo calmo. Do começo do ano para cá, estão acontecendo muitas mortes e assaltos. Ainda bem que a polícia agora está pelas ruas”.

Duplo assassinato aconteceu nesta rua no Centro da Cidade. Fotos: Annaclarice Almeida/DP/D.A.Press

Na semana passada, o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho, o comandante da PM, coronel Carlos Pereira, e o chefe da Polícia Civil, Osvaldo Morais, estiveram na cidade e disseram que todos os esforços serão feitos para trazer a tranquilidade de volta. Um reforço no policiamento, feito pelos policiais do 14º Batalhão da Polícia Militar, com o apoio da Companhia Independente de Operações em Área de Caatinga e do Gati está em curso.

Cidade de 100 mil habitantes fica no Sertão do Pajeú
Cidade de 100 mil habitantes fica no Sertão do Pajeú

O delegado Osvaldo Morais alertou que a preocupação com a cidade já estava na agenda da Polícia Civil antes das mortes acontecerem. “O delegado Isaías Novaes, que vem do DHPP do Recife, vai somar esforços com todos que estão na cidade para solucionar esses crimes e evitar que ocorram outros”, destacou Osvaldo.

Por determinação da SDS, as investigações são sigilosas. Segundo o prefeito Luciano Duque (PT), o Conselho de Segurança decidiu não adotar toque de recolher visto que as viaturas policiais estão circulando por todas as áreas.

Presidente da OAB diz que Brasil precisa combater intolerância e violência

Passados 50 anos do golpe militar que instituiu no Brasil o fim das liberdades individuais e a repressão como forma de calar vozes contrárias ao governo, o presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),  Marcus Vinicius Coêlho, alertou nesta segunda-feira que o país precisa combater os atos de intolerância e a violência como forma de debate de ideias para afastar definitivamente o risco da volta de regimes autoritários.

Brasília - A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) realiza ato público Para Não Repetir, que relembra os 50 anos do golpe militar, ocorrido na mesma data, em 1964 (Antônio Cruz/Agência Brasil)
Brasília – A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) realiza ato público Para Não Repetir, que relembra os 50 anos do golpe militar, ocorrido na mesma data, em 1964 (Antônio Cruz/Agência Brasil)Antonio Cruz / Agencia Brasil

“É fundamental verificarmos que nos dias de hoje ainda temos muitos atos de autoritarismo. Podemos perceber isso na intolerância, no desrespeito às divergências, nas agressões às liberdades, como à liberdade de expressão. São momentos que devem ser evitados porque eles muito se aproximam à regimes ditatoriais”, pontou Coêlho.

Em lembrança às cinco décadas do golpe de 1964, a OAB promove o ato público Para Não Repetir, que pretende relembrar e debater a ditadura, além de promover o lançamento de livros que relatam os momentos “chumbo” vividos pelos país.

O evento fará também uma homenagem ao advogado Raimundo Faoro, que batalhou pela volta do habeas corpus para presos políticos, que foi suspenso pelo regime militar. “Com a impossibilidade do habeas corpus, os advogados usavam da criatividade, faziam petições diretas aos ministros [do Supremo Tribunal Federal], com pedido de relaxamento de prisão, liberdade condicional, possibilidade de sair do país. Medidas que foram fundamentais para que grandes brasileiros não fossem torturados e assassinados nos porões da ditadura”, disse Coêlho.

Evento na Unicap pede fim da violência contra a mulher

Quase metade das mulheres assassinadas em Pernambuco no ano passado foi vítima de violência doméstica. Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), das 251 mortes, 108 casos (43%), tiveram como motivação os conflitos afetivos ou familiares. Neste ano, 44 mulheres foram mortas nos dois primeiros meses.

Apenas no mês de fevereiro, 23 mulheres perderam a vida, praticamente um crime por dia. É por esse e muitos outros motivos que o Grupo de Gênero e Diversidade Izaelma Tavares convida a todos para reivindicar pelas vidas de todas as vítimas de violência de gênero.

O evento vigília pelo fim da violência contra a mulher acontece nesta quinta-feira e marcará o dia de luto e de luta. O encontro será no hall do bloco G, às 18h. Com a hashtag #todxsvitimasdomachismo, vários temas serão abordados.

Caruaru passa a contar com Patrulha Maria da Penha

Depois da Região Metropolitana do Recife, agora foi a vez de uma cidade do interior ganhar mais uma ferramenta de combate à violência contra a mulher. O município de Caruaru passa a ter agora a Patrulha Maria da Penha, ação que faz parte do Programa Justiça para as Mulheres. O lançamento aconteceu na Delegacia da Mulher de Caruaru.

Na ocasião, estiveram presentes a secretária da Mulher de Pernambuco, Cristina Buarque, a secretária especial da Mulher e de Direitos Humanos de Caruaru, Elba Ravane, a diretora geral de Enfrentamento da Violência de Gênero do Governo do Estado, Fábia Lopes, a delegada da Mulher de Caruaru, Sérvula Bezerra, e o capitão da Polícia Militar, Edmilson Silva.

Lançamento aconteceu nessa terça-feira. Foto: Amanda Samara/PMC
Lançamento aconteceu nessa terça-feira. Foto: Amanda Samara/PMC

Através da Patrulha Maria da Penha, a mulher vítima de violência doméstica e/ou familiar, que prestou queixa na Delegacia de Atendimento a Mulher e solicitou medida protetiva à Justica, é assistida com atendimento especializado em sua casa.

As visitas regulares às residências têm como objetivo garantir a proteção da vítima e evitar reincidências do agressor. Após as visitas, cabe aos policiais a elaboração de relatórios sobre a situação que serão encaminhados às secretarias responsáveis para as providências cabivéis, como a solicitação de agilidade no deferimento da medida protetiva.

A Secretaria Especial da Mulher e de Direitos Humanos de Caruaru acompanhará as mulheres atendidas pela patrulha. O acompanhamento será feito pela equipe do Centro de Referência da Mulher Maria Bonita, localizado na rua Felipe Camarão, nº 93, no bairro Nossa Senhora das Dores, com assistência jurídica, social e psicológica. Entre os meses de janeiro e fevereiro, 44 mulheres foram assassinadas em Pernambuco segundo a Secretaria de Defesa Social.

Carnaval menos violento neste ano

Sessenta e três pessoas foram assassinadas em Pernambuco durante o carnaval deste ano. Ainda assim, a Secretaria de Defesa Social (SDS) considerou o período mais tranquilo em comparação ao ano passado, já que houve redução de 7% nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) e de 10,9% nos crimes contra o patrimônio. Ontem, o órgão divulgou um balanço da segurança pública nos seis dias de festa no estado, da sexta-feira (28 de fevereiro) à quarta-feira de cinzas.

Operação foi considerada a mais exitosa desde 2007 (RICARDO FERNANDES/DP/D.A PRESS)

Dos homicídios ocorridos em Pernambuco, 10 foram cometidos na capital, 25 na Região Metropolitana do Recife e 28 no interior. A operação de carnaval foi definida como a mais exitosa desde 2007, quando o programa Pacto pela Vida foi implementado. “Tivemos um carnaval maior, com mais polos e turistas. A redução é ainda mais significativa se considerarmos o crescimento da festa”, destacou o secretário de Defesa Social, Alessandro Carvalho.

Dos crimes com mortes, dois aconteceram em focos de folia: o primeiro na véspera do sábado de Zé Pereira, no desfile do Bloco do Tubarão, bairro do Prado, Zona Oeste do Recife, e o outro no Bloco Língua de Seda, no Cabo de Santo Agostinho, na terça-feira. “Apesar de terem ocorrido em focos, os crimes não teriam relação com a festa. No primeiro caso, a vítima seria envolvida com o tráfico de drogas. Já a vítima do crime que aconteceu no Cabo de Santo Agostinho tinha antecedentes criminais”, pontuou o secretário.

Do Diario de Pernambuco

Violência contra a mulher será monitorada por software do MPPE

O aumento no número de mulheres assassinadas em Pernambuco e o dever legal de confeccionar cadastro sobre o tema levaram o Núcleo de Apoio à Mulher (NAM) e a Coordenadoria Ministerial de Tecnologia da Informação (CMTI) do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) a criarem um software para verificar os possíveis entraves na apuração e julgamento dos delitos de gênero.

Sandra e o filho Icauã foram mortos a facadas. Foto: Reprodução/Facebook
Sandra e o filho Icauã foram mortos a facadas. Ela foi uma das últimas vítimas da violência de gênero em Pernambuco. Foto: Reprodução/Facebook

O software irá possibilitar ao MPPE levantar dados estatísticos sobre o problema e a partir daí, planejar ações e sugerir políticas públicas, a fim de diminuir os índices de violência contra a mulher. Quase metade das mulheres assassinadas no estado em 2013 foi vítima de violência doméstica. Segundo a Secretaria de Defesa Social (SDS), das 251 mortes, 108 casos (43%), tiveram como motivação os conflitos afetivos ou familiares.

Com o programa, o NAM, com base na Lei Maria da Penha (art. 26, III), iniciará uma pesquisa sobre a qualidade do atendimento às mulheres vítimas de violência abrangendo todo o Sistema de Justiça especializado no Recife (Ministério Público, Defensoria Pública, Polícia Judiciária e Poder Judiciário). “Poderemos diagnosticar a atuação de todo o Sistema de Justiça, identificando possíveis gargalos na investigação, processamento e julgamento dos casos de violência”, explica o coordenador do NAM, promotor de Justiça João Maria Rodrigues.

O software ainda permitirá definir o perfil do agressor e da vítima, classe social, religião, qual o dia da semana em que acontece a violência, período do dia, renda, entre outros dados. “O melhor é que o diagnóstico poderá ser feito sem interromper o trabalho diário da Promotoria de Justiça, aproveitando a presença da vítima e do agressor no momento da audiência de instrução e julgamento. À medida que formos preenchendo os questionários, vamos alimentando esses dados estatísticos sem precisar de uma compilação posterior”, ressalta.

Dados – De 2006 a 2012 houve uma redução no índice de violência contra a mulher de 40%. No entanto, de 2012 a 2013, houve um aumento de 24%. No ranking dos estados, Pernambuco é o 5º mais violento e o Recife é a 6ª capital mais violenta.

Com informações da assessoria de imprensa do MPPE

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Trinta e oito mulheres mortas em Pernambuco desde o início do ano