Foi realizado neste sábado (7), em São Paulo, o ato de lançamento da pré-candidatura de Lula (PT) à presidência da república, com Geraldo Alckmin (PSB) candidato à vice-presidência. A chapa faz parte do “Movimento Juntos Pelo Brasil”, composto por 7 partidos: PT, PSB, PCdoB, PSOL. REDE, Solidariedade e PV.
O evento iniciou com falas de diversos artistas e personalidades que apoiam a candidatura do ex-presidente petista, além da exibição de vídeos e materiais de campanha. Foi só cerca de uma hora e quarenta minutos após iniciar o evento, que iniciaram os discursos dos pré-candidatos à vice e à presidência. Geraldo Alckmin (PSB), foi o primeiro a falar através de pronunciamento virtual. O ex-governador de São Paulo testou positivo para a Covid-19 e não pôde participar presencialmente do ato.
Alckmin deixou claro que apesar de divergências passadas está junto com Lula (PT).
“Nenhuma divergência do passado, nenhuma diferença do presente, nem as eventuais discordâncias de hoje ou de amanhã, nada me fará deixar de apoiar e defender com toda a convicção a volta de Lula à presidência do Brasil”, ressaltou.
Em seu discurso, que durou cerca de 15 minutos, o socialista defendeu também o respeito ao meio ambiente e o estímulo da geração de emprego e reforçou a todo momento a importância da “união política” e “defesa da democracia e das minorias”.
O Discurso
Após fala de sua noiva, Janja, e exibição de uma música de campanha com diversos artistas, Lula deu início ao seu discurso, que durou cerca de 45 minutos. O candidato petista falou em “retomar a esperança do Brasil” e disse prometeu fazer “a maior revolução pacífica da história”. Lula ressaltou também as gestões anteriores do PT e criticou o atual presidente Jair Bolsonaro (PL), sem citá-lo diretamente.
“Não é digno desse título o governante incapaz de verter uma única lágrima diante de seres humanos revirando caminhões de lixo procurando comida, ou de mais de 660 mil brasileiros mortos de covid”, afirmou.
O ex-presidente falou ainda em “manter a soberania nacional” e falou em defesa das estatais, a exemplo da Petrobras.
“Somos auto-suficientes em petróleo, mas pagamos por uma das gasolinas mais caras do mundo: cotada em dólar, enquanto o brasileiro recebe em real (…) precisamos fazer com que a Petrobras volte a ser uma grande empresa nacional e uma das maiores do mundo. Colocá-la de novo a serviço dos brasileiros, e não dos investidores do estrangeiro”, destacou.
Lula também afirmou que Dilma não será ministra de seu governo, caso eleito:
“Tem muita gente, na perspectiva de criar confusão entre nós dois, que diz: ‘você vai levar a Dilma para o ministério?’. Não vou levar, e jamais a Dilma caberia em um ministério, porque a Dilma tem a grandeza de ter sido a primeira mulher presidente da história deste país. Dilma, você não vai ser ministra, mas vai ser minha companheira de todas as horas como sempre foi”, comentou o petista.