Foto: Sandy James/ Diario de Pernambuco

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Jailson da Paz/ Diario de Pernambuco

Os candidatos procuraram valorizar suas propostas para chegar ao Senado, na primeira rodada de perguntas livres, mas o que se destacou no embate foi o esforço deles em mostrar as contradições políticas dos adversários. A candidata do PT, Teresa Leitão, foi a primeira a fazer isso. Sorteada para questionar André de Paula (PSD), perguntou ao hoje deputado federal o que ele achava das consequências da lei que flexibilizou a venda de armas, aprovada no Congresso, sobre as mulheres. A petista apontou que André votou pela aprovação da lei.  Em resposta, André não tratou dos reflexos da lei, mas afirmou ser contrário à flexibilização da venda de armas e que a adversária estava “desinformada”, uma vez, segundo ele, que o projeto aprovado foi “desidratado” pelos parlamentares, representando uma derrota para o governo Bolsonaro. A isso, Teresa pontuou que o candidato tinha vontade a favor do projeto e que a flexibilização contribui no aumento dos assassinatos de mulheres durante à pandemia.

A tentativa de mostrar a contradição do adversário seguiu no questionamento do ex-ministro Gilson Machado (PL) à petista, ao perguntar sobre o fim da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Administração Pública (DECASP), em 2018, e a tentativa de se criar uma CPI na Assembleia Legislativa, onde Teresa tem mandato, para investigar o assassinato de Beatriz Angélica Mota, 7 anos, em 2015. Gilson quis saber se a petista, “aliada do governo Paulo Câmara”, continuaria a ser contra CPIs.  Teresa respondeu e atacou. Disse que o projeto do Executivo sobre a Decasp aprovado pelos deputados teria resultado no Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco). E este teria absorvido as funções da antiga delegacia e contribuído para elucidação de crimes. Quanto às CPIs, falou nunca ter sido contra elas e que a proposta da CPI para o caso Beatriz não obteve sequer o número suficiente para ser instalada por não ter um objeto como exigido. Daí, criticou o ex-ministro por defender um governo federal contrário à CPI da Covid instalada no Senado. Já o candidato tucano, Guilherme Coelho, ao perguntar o postulante do União Brasil, Carlos Andrade Lima, sugeriu que o adversário falava muito em privatizar e pouco falava de assistência social, questionando sobre o que sua coligação faria nesta área. Carlos, ao perceber a tentativa de mostrar uma contradição, ressaltou que era preciso se identificar o que era privatização e concessão. E que a coligação liderada pela União Brasil defendia a concessão de serviços, como o metrô e o abastecimento d’água, diante da má qualidade dos serviços prestados atualmente.

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