Foto: Carlos Moura/ SCOSTF
Coluna Diario Político do dia 21/10/2022
O Diario de Pernambuco, fundado em 7 de novembro de 1825, às portas de completar 197 anos, é o mais antigo jornal em circulação da América Latina. O Diario, vitrine dos fatos e palco da livre expressão de seus colunistas e articulistas, já sentiu de perto, muito intensamente, a perseguição arbitrária que levou ao seu empastelamento. Na ocasião, o DP teve o seu redator-chefe e outros jornalistas presos. Foram mais de 40 dias sem o Diario de Pernambuco circular. Pois é, com a legitimidade de quem atravessou momentos turbulentos e contraditórios da liberdade de pensamentos e do direito à informação que observamos, cautelosos e apreensivos, os desdobramentos dos fatos que têm limitado e censurado alguns veículos de comunicação.
Ponderando I
O exímio jurista José Paulo Cavalcanti Filho, também imortal da Academia Brasileira de Letras, relata em artigo: “Fosse pouco, nosso presidente do TSE ainda aproveitou e quarta-feira, contra a Constituição art. 5º, IX (“É livre a expressão…, independentemente de censura”), censurou jornais (como a Gazeta do Povo), emissoras de TV (como a Jovem Pan) e desmonetizou ou determinou a remoção de matérias dos blogs (como Brasil Paralelo), ainda com vasto conjunto de proibições, inclusive se referir a um dos candidatos como “ladrão”, “ex-presidiário”, “chefe de ORCRIM (organizações criminosas)” e expressões equivalentes.”
Ponderando II
“Ainda proibiu a divulgação do parecer de seu ex-colega no Supremo, Marco Aurélio Mello, que entende não deva o mesmo candidato “ser considerado absolvido ou inocentado dos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, pelo qual foi condenado”. Tudo, como sempre, sob o silêncio cúmplice de tantos que se apresentam como Combatentes da Democracia (só mesmo rindo). Por essas e outras, o referido Marco Aurélio define este cenário como “Ditadura Judicial”. Não vou tão longe. Mas que tudo é muito estranho, lá isso é”, conclui o jurista José Paulo Cavalcanti Filho.
E as propostas?
O deputado Danilo Cabral (PSB) criticou a postura das candidatas Raquel Lyra (PSDB) e Marília Arraes (SD) no debate de ontem. Ao fim da transmissão, os ataques trocados entre elas e a “disputa” de quem teria ligação com o governo Paulo Câmara se sobressaíram às propostas para o futuro de Pernambuco. O atual governador foi citado 27 vezes no programa. “A fome e o desemprego, principais problemas enfrentados pela população do nosso estado, foram citados seis e oito vezes, respectivamente pelas candidatas”, destacou o parlamentar.
É hoje
Marília Arraes (SD) e Raquel Lyra (PSDB), candidatas ao Governo de Pernambuco, participam hoje do debate promovido pelo Diario de Pernambuco, em parceria com a TV Nova (canal 22), Rádio Clube AM 720, Rádio Cultura FM de Caruaru, AIP, Stampa e grande pool de emissoras. Vai ser às 21h. Farei a mediação do encontro que vai ajudar você a decidir quem vai ser a primeira mulher a comandar o Leão do Norte. Elas debatem, você escolhe.
