Foto: AI Grupo Mulheres do Brasil

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Osnaldo Moraes – Diario de Pernambuco

O Grupo Mulheres do Brasil organiza e convoca a sociedade a participar da quinta edição da Caminhada Pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas, neste domingo, em Boa Viagem, Região Sul do Recife. Com objetivo de sensibilizar a sociedade pela importância do combate e eliminação de todos os tipos de violência, a caminhada terá início às 9 horas, na Praça de Boa Viagem, indo em direção ao Posto 7. A mesma iniciativa vai ocorrer em mais de 30 municípios do Brasil e no exterior, com milhares de pessoas em sintonia.
Dois trios elétricos vão acompanhar o percurso, com muita música e informação sobre o movimento, sob o comando de Almir Rouche, Bárbara Ayres, Cirlene Menezes, Kelly Rosa e do sanfoneiro  ngelo Gabriel. A organização pede que sejam utilizadas roupas com o tom laranja, cor escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para se criar uma visão simbólica de um mundo brilhante e positivo, o ideal de um mundo livre da violência contra mulheres e meninas.


Segundo a ONU, uma em cada três mulheres (mais de 30%) em todo o mundo já sofreu violência sexual ou física ao logo da vida. Em Pernambuco, em média, 110 mulheres sofrem violência por dia. São cinco casos registrados a cada hora no estado, como revela levantamento da Secretaria de Defesa Social (SDS) presente no dossiê ”Violência Contra as Mulheres em Pernambuco”. No mesmo documento está o indicativo de que no primeiro semestre deste ano uma mulher foi assassinada a cada quatro dias e meio. 
À frente do Comitê de Combate à Violência à Mulher, do Grupo Mulheres do Brasil em Pernambuco, Claudia Molinna enfatiza que é necessária a participação de todos nessa luta. “Não apenas de mulheres, mas de toda a sociedade”, ressalta, acrescentando que não basta dizer que é contra a violência. “A gente precisa ter um posicionamento firme nesse assunto, entender do que se trata e da importância de falar sobre isso o tempo todo”, alerta.
Violência não é apenas físicaCaminhada Pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas realizada pelo Grupo Mulheres do Brasil também busca sensibilizar que a violência não é somente a agressão física e é importante reconhecer e denunciar, mudando a opinião pública e derrubando mitos e paradigmas. Além disso, construir estratégias integradas, unindo esforços com quem já trabalha pelo tema, promovendo a integração de movimentos que lutam pela erradicação da violência contra mulheres e meninas e o poder público. E garantir ações de transformação e combate, bem como a assistência adequada às vítimas de violência, lutando por legislações favoráveis às vítimas e pela recuperação dos agressores.


Como colaborar

O Grupo Mulheres do Brasil lembra que os dados publicados no mapa da violência e as notícias comprovam um aumento do índice da violência contra mulheres e meninas em todo o mundo. Acreditamos que, se não fosse à subnotificação (da existência de casos que não são registrados formalmente), os números seriam ainda maiores, diz o informe da organização, destacando que o assunto afeta toda a sociedade, que deve e pode colaborar “metendo a colher”, denunciando e encorajando as denúncias, além de exigir que a Lei Maria da Penha seja cumprida. E acrescenta que a violência gera um custo para sociedade: absenteísmo (ausências no trabalho) nas empresas, órfãos da violência, dentre outras consequências.


Por que 4 de dezembro

O Grupo Mulheres do Brasil participa todos os anos da “Campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas”, que é uma mobilização global da sociedade civil em torno desse tema, organizada pela ONU. No Brasil a campanha dura 21 dias, pois começa em 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e se encerra em 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Nos demais países, a campanha ocorre entre 25 de novembro, Dia Internacional para a Eliminação da Violência contra as Mulheres, e 10 de dezembro. Portanto, o dia 4 de dezembro, escolhido para a realização da Caminhada Pelo Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas, está dentro do período definido em nível mundial.
O Grupo Mulheres do Brasil foi criado em 2013 por 40 mulheres de diferentes segmentos com o intuito de engajar a sociedade civil na conquista de melhorias para o país. É presidido pela empresária Luiza Helena Trajano e tem mais de 98 mil participantes no Brasil e no exterior.
Com informações da Assessoria de Imprensa.

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