22 de novembro de 2024
Foto: Rafael Vieira/ DP Foto.
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João Victor Paiva/ Diario de Pernambuco

O segundo bloco do debate promovido pelo Diario de Pernambuco, Rádio Clube, Rádio Cultura e TV Nova foi o primeiro de embate direto entre os candidatos ao Governo de Pernambuco, que puderam questionar diretamente seus oponentes sobre temas livres. Pelo sorteio, Miguel Coelho (UB) abriu o bloco perguntando a Danilo Cabral (PSB); em seguida, João Arnaldo (PSOL) pôde indagar Raquel Lyra (PSDB); na terceira oportunidade, o pastor Wellington Carneiro (PTB) perguntou a Miguel; depois, o candidato do PSB questionou João Arnaldo; e, por último, a candidata tucana indagou o petebista.

Miguel Coelho começou o debate abrindo artilharia contra o socialista, criticando as gestões do PSB e explorando a rejeição ao governo Paulo Câmara. O ex-prefeito de Petrolina afirmou que Danilo de representa “o pior governo da história de Pernambuco” e disse que as propostas do deputado não possuem credibilidade. “Será que Pernambuco precisa de mais quatro anos de obras inacabadas e promessas não cumpridas?”, indagou. Danilo Cabral, por sua vez, se esquivou das críticas destacando sua passagem pela Secretaria de Educação e elencando feitos da gestão, como a concepção de escolas em tempo integral. Miguel, então, rebateu o socialista dizendo que Danilo parecia ser um “candidato de muleta” por se apoiar na imagem do ex-governador Eduardo Campos (PSB) e do ex-presidente Lula (PT).

Já no questionamento seguinte, o debate passou para o plano nacional. O candidato do PSOL, João Arnaldo, relembrou os últimos anos na política brasileira e defendeu a eleição de Lula à presidência da República. Em seguida, João perguntou quem Raquel Lyra está apoiando na disputa deste ano. “O PSDB fez uma aliança com o MDB e com o Cidadania e apresentou a candidatura de Simone Tebet com a senadora Mara Gabrilli como vice-presidente da República, e essa é a minha candidata”, respondeu a ex-prefeita de Caruaru, que logo trouxe a discussão para o plano estadual. “[Pernambuco] precisa de uma governadora que tenha a capacidade de buscar recursos independentemente de quem seja o presidente”, afirmou.

Na sua oportunidade, Pastor Wellington apontou uma suposta má qualidade nas obras realizadas pela gestão de Miguel Coelho em Petrolina e questionou o ex-prefeito sobre a desigualdade de destinação de obras entre os bairros da cidade sertaneja. O candidato do União Brasil então aproveitou para fazer propaganda das gestões à frente do município e alfinetou os ex-prefeitos adversários. “Wellington, eu acho que você andou por Recife, Caruaru ou Jaboatão”, disse, em referência às cidades que são comandadas pelos grupos de Danilo, Raquel e Anderson Ferreira (PL), respectivamente.

A João Arnaldo, Danilo Cabral criticou o presidente Jair Bolsonaro (PL), inimigo de ambos, e destacou os planos que possui para mitigar a fome no estado, como a construção de restaurantes populares. Questionado sobre seus projetos para combater o problema, o candidato do PSOL prontamente rebateu: “Danilo, é verdade que o governo Bolsonaro tem sido a maior tragédia da história brasileira para questões econômicas e sociais, mas também é verdade que o governo Paulo Câmara se omitiu para ajudar o povo de Pernambuco quando ele mais tem sofrido com essa calamidade.”

Encerrando esta rodada, Raquel Lyra mencionou as recorrentes tragédias provocadas pelas chuvas no estado e perguntou ao candidato do PTB o que ele planeja fazer pelas pessoas que moram em áreas de risco. O pastor respondeu que é preciso construir novos muros de contenção e criticou a “guerrinha de ficar jogando um para o outro” entre as gestões municipais e o governo estadual, que, de acordo com ele, atrapalha a solução de problemas como esse.

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