Por Rosana Hessel/Correio Braziliense
A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (12), a redução de 4,73% no preço médio do gás de cozinha (GLP) pago pelas distribuidoras. A partir de amanhã, o preço médio do botijão de gás de cozinha de 13kg passará de R$ 54,94 para R$ 52,34, de acordo com a estatal.
É a segunda redução de preço do GLP no ano e o quarto reajuste no preço do botijão desde outubro de 2021. Naquele mês, o custo do botijão era de R$ 50,15 e passou para R$ 58,21 em 11 de março deste ano — reajuste de 16,07%.
A redução anterior no preço do GLP ocorreu em 9 de abril, quando o botijão passou a custar R$ 54,94 – queda de 5,61% em relação ao preço anterior.
Com o novo corte de preços, o quilo do GLP, de acordo com a nota da Petrobras, passará a custar R$ 4,03 em vez de R$ 4,23.
“Essa redução acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, informou a companhia.
Gasolina teve reajuste recente
No início de setembro, a Petrobras anunciou queda no preço da gasolina. Desde o último dia 2, a companhia reduziu em R$ 0,25 o preço médio do litro da gasolina A nas refinarias. Com isso, o preço do médio do combustível para os distribuidores passou de R$ 3,53 para R$ 3,28, queda de 7%.
Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,57, em média, para R$ 2,39 a cada litro vendido na bomba, de acordo com o comunicado da estatal na época do anúncio.
Para o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), Deyvid Bacelar, a queda no preço do gás de cozinha é medida eleitoreira. “Pressionada pelo calendário eleitoral, a gestão da Petrobras virou instrumento de campanha política às vésperas das eleições, passando a reduzir o intervalo de rebaixamento dos preços dos combustíveis. A queda no preço do gás de cozinha, anunciada nesta segunda-feira, segue essa estratégia”, afirmou.
Segundo a entidade, somente no gás de cozinha, a alta de preço, na refinaria, foi de 119,1%, no governo Bolsonaro. Enquanto isso, o salário mínimo, sem aumento real, teve reajuste de apenas 21,4% no atual governo.