Foto: PH Reinaux

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Coluna Diario Político do dia 08/10/2022

Agora é outra eleição, segundo turno para o Governo de Pernambuco. Na largada do pleito, o acordo com a Frente Popular corroborou para a vitória de Teresa Leitão (PT), para o Senado. No entanto, o candidato do PSB ao governo estadual, Danilo Cabral, não obteve êxito. Diante do resultado a Frente Popular tem dividido-se entre Raquel Lyra (PSDB) e Marília Arraes (SD). O diretório estadual do Partido dos Trabalhadores optou por apoiar Marília. O PSB fará, dizem nos bastidores, um apoio à neta de Arraes, mobilizando as bases, mas não subindo com o governador Paulo Câmara e o prefeito do Recife João Campos no palanque. A decisão interna, a longo prazo, pode significar aos socialistas um acordo para o apoio à reeleição de João à prefeitura, em caso de vitória de Marília. O PSB-PE entende que, caso Raquel Lyra saia vitoriosa, nomes como Daniel Coelho e Priscila Krause, ambos do Cidadania, teriam mais força para antagonizar com o atual gestor da capital.

Mudou I

A chegada ao segundo turno provocou mudanças também na composição dos apoios à candidatura e postura de Marília Arraes (SD). Mesmo tendo declarado, em entrevista coletiva, a satisfação de ter derrotado os socialistas na disputa eleitoral, a ex-petista anuncia a chegada ao seu palanque das legendas: PCdoB, Republicanos, PDT, PMB, PT e PSB. “Devemos fazer política olhando para frente” afirmou a candidata.

Mudou II

Após o resultado das urnas ter deixado de fora da disputa do segundo turno o candidato Danilo Cabral (PSB), o MDB de Pernambuco desembarcou da Frente Popular. O presidente regional da legenda, Raul Henry, o senador Jarbas Vasconcelos, o prefeito de Vitória de Santo Antão, a deputada federal eleita Iza Arruda, anunciaram apoio à candidatura de Raquel Lyra (PSDB).

Racha

Também há conflito nas bases do União Brasil, já que o presidente nacional do partido, Luciano Bivar, declarou apoio da legenda à candidata Marília Arraes (SD). No entanto, o “grosso” do partido enviou uma nota à imprensa desautorizando a decisão, acusando o chefe da sigla de não ter dialogado e de não respeitar o regimento interno. Miguel Coelho (UB) e seu grupo político, dos Bezerra Coelho, assim como Mendonça Filho (UB), Alessandra Vieira (UB), Romero Sales (UB), Romero Albuquerque (UB) e outras lideranças dizem que não sairão do palanque de Raquel Lyra (PSDB) e batem o pé.

Violência não

O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) instituiu o Núcleo de Justiça 4.0 especializado em delitos violentos com motivação político-partidária. São considerados atos de violência político-partidária toda conduta com violência física ou moral, estando incluídos, inclusive, os crimes contra honra que tenham com motivação direta ou indireta questões de fundo político, eleitoral ou partidário; intolerância ideológica contra espectro político diverso; e inconformismo direccionado a valores e instituições do Estado Democrático de Direito, especialmente os relacionados ao processo eleitoral, à posse das pessoas eleitas, à liberdade de expressão e à legitimidade das eleições ou de seus(suas) partícipes.

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