O Tribunal Superior Eleitoral publicou hoje (26) no Diário Oficial, a exoneração do servidor Alexandre Gomes Machado, assessor de gabinete da Secretaria Judiciária da Secretaria-Geral da Presidência.
A demissão de Machado foi emitida no mesmo dia em que a campanha bolsonarista encaminhou ao TSE a petição com os detalhes dos documentos usados para sustentar a denúncia de que rádios, especialmente no Nordeste, deixaram de transmitir mais de 150 mil inserções de propaganda eleitoral do presidente.
Os advogados enviaram o relatório de auditoria de mídia realizado pela empresa Audiency Brasil Tecnologia Ltda e fizeram um recorte amostral de oito rádios de municípios de Pernambuco e da Bahia, que deixaram de veicular mais de 700 inserções da campanha de Bolsonaro — beneficiando indiretamente Lula.
Machado exercia a função de Coordenador do Pool de Emissoras, sendo responsável pelo recebimento das peças publicitárias e sua disponibilização no sistema eletrônico do TSE, para que sejam baixadas pelas emissoras de TV e rádio.
*Vale ressaltar que distribuir o material a ser veiculado no horário gratuito não é função do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). São as emissoras de de televisão e rádio que devem se planejar para ter acesso às mídias e divulgá-las seguindo as regras estabelecidas na Resolução TSE nº 23.610.
Procurada pelo Antagonista, a assessoria do tribunal disse que a exoneração ocorreu “em virtude do período eleitoral” e que “a gestão do TSE vem realizando alterações gradativas em sua equipe”.
Depoimento à Policia Federal
O ex-assessor foi a Polícia Federal nesta quarta-feira (26) para prestar um depoimento em que diz ter sido demitido do TSE depois de relatar a seus superiores no tribunal a ocorrência de irregularidades na veiculação da propaganda de Jair Bolsonaro por rádios, conforme a campanha do presidente denunciou nesta semana.