Ingrid Soares – Correio Braziliense
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está reunido com o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan. O encontro começou às 11h desta desta segunda-feira (5), em Brasília, no hotel onde o petista está hospedado.
Em nota, o governo norte-americano informou que Sullivan discutirá a relação entre os países. “Durante as reuniões, Sullivan discutirá como os Estados Unidos e o Brasil continuarão a trabalhar juntos por desafios em comum, como o combate à mudança climática, a preservação da segurança alimentar, a promoção da democracia e a gerência da migração regional”, diz o trecho da nota.
Também acompanham a reunião, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT), o senador Jaques Wagner (PT-BA) e o ex-chanceler Celso Amorim.
Segundo o documento divulgado, a reunião também dá continuidade a conversa iniciada pelo telefonema de Biden a Lula, após a vitória nas eleições, na qual conversaram sobre manter abertos os diálogos entre os governos.
Sullivan também se encontrará com o secretário de Assuntos Estratégicos do presidente Jair Bolsonaro (PL), o almirante da Marinha, Flávio Rocha.
Viagem aos EUA
No encontro de hoje, Lula fecha ainda detalhes sobre a viagem que fará aos EUA. Em coletiva de imprensa, no último dia 2, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), o petista disse que a visita ocorrerá após a diplomacia da Presidência, marcada para o dia 12 de dezembro.
Na pauta do encontro em território americano estarão assuntos como a democracia e a guerra entre Rússia e Ucrânia, que já dura mais de nove meses.
“Penso que vamos conversar política. Quero conversar sobre a relação Brasil/Estados Unidos, conversar sobre o papel do Brasil na nova geopolítica mundial, falar com ele da guerra na Ucrânia, que não há necessidade de ter guerra”, apontou na ocasião.
Lula ainda comparou Bolsonaro ao ex-presidente dos EUA, Donald Trump, afirmando que ambos fizeram igual estrago na democracia. “Temos muita coisa para conversar, porque os EUA padecem de uma necessidade democrática tanto quanto o Brasil. O estrago que Trump fez na democracia americana é o mesmo estrago que o Bolsonaro fez no Brasil”, finalizou.