28 de abril de 2024
Foto: Reprodução/Twitter

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Por: Victor Correia e Ingrid Soares/Correio Braziliense

A estrutura ministerial da gestão Lula terá com 37 pastas. O conselho político do novo governo reuniu-se, ontem, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) para discutir, além da PEC da Transição, a composição da Esplanada a partir de janeiro. O número é bem maior do que o da configuração atual, que tem 23.

“Uma composição de ministérios passa por muito diálogo, com muitos atores. Serão 37. Serão 90% da composição de cargos de 2010”, afirmou a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), após o encontro.

Segundo o futuro ministro da Casa Civil, Rui Costa, o presidente eleito deve anunciar novos ministros ainda nesta semana. “Diria que a grande maioria, ou quase a totalidade, ele já tem definido. Está esperando uma oportunidade adequada para fazer o anúncio”, disse.

Até o momento, apenas sete nomes foram divulgados: Fernando Haddad (Fazenda), Mauro Vieira (Relações Exteriores), José Múcio (Defesa), Rui Costa, Flávio Dino (Justiça e Segurança), Margareth Menezes (Cultura) e Camilo Santana (Educação).

Questionada sobre a demora no anúncio dos outros nomes, Eliziane Gama ressaltou que a composição do novo governo requer mais articulação. “O presidente Lula não ganhou só com um ou dois partidos, na verdade, foram 10. Chegaram mais dois no segundo turno, e agora são mais dois. Então, são 14. É uma engenharia que não é muito simples”, explicou.

A lista prévia das pastas, divulgada ontem, confirma algumas sugestões debatidas pelos GTs da transição. O atual Ministério da Economia, por exemplo, será desmembrado em quatro: Fazenda, Planejamento, Indústria e Comércio, e Gestão e Inovação. O do Trabalho, em dois: Trabalho e Previdência. Infraestrutura, por sua vez, vira Portos e Aeroportos, e Transportes.

A relação inclui, ainda, órgãos que têm ou retomarão o status de ministério, como a Advocacia-Geral da União (AGU), a Secretaria de Comunicação da Presidência e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI).
Rui Costa destacou que as pastas foram desenhadas de modo a não elevar as despesas e sem a criação de cargos, exceto a de ministros. “Vai ter o mesmo custo. A delegação que Lula me deu foi para ampliar 37 ministérios sem elevar o custo. Apesar de alguns duvidarem disso, nós conseguimos fazer. Quero dar a boa notícia: isso já está concluído e está feito sem haver criação de cargos”, sustentou. “Fora o cargo dos ministros, toda estrutura foi feita a partir do remanejamento das estruturas existentes.” Segundo ele, cada um dos nomeados receberá um “kit ministro”, com o organograma da pasta e tudo o que precisar para atuar após a posse.

Educação

Em reunião na noite de segunda, Lula bateu o martelo sobre o Ministério da Educação. Resolveu nomear o senador eleito Camilo Santana (PT-CE). Também ficou definido que a atual governadora do estado, Izolda Cela (sem partido), assumirá a Secretaria de Educação Básica da pasta.
A governadora era cotada para assumir o ministério, mas esbarrou na resistência de ala do PT que insiste em manter a Educação sob o controle do partido. A gestora era do PDT, mas, nas eleições, rompeu com a legenda após o anúncio de Roberto Cláudio como o candidato da sigla a governador. A decisão resultou no rompimento da aliança entre PT e PDT no estado.

Santana governou o Ceará entre 2015 e 2022, deixando o cargo em abril para disputar as eleições ao Senado. Cela, sua vice, assumiu o posto.

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